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Gestão e Negócios

cervesia gestao negocios

tirar empresa do vermelho

Assim como o Governo Federal que tenta diminuir algumas de suas despesas através da redução de itens supérfluos, como artigos de papelaria, por exemplo, as empresas brasileiras que estão no vermelho voltam suas atenções olhando para “dentro de casa”, em busca de soluções para reduzir custos e rentabilizar seu negócio.

“Aqueles gastos que parecem pequenos podem comprometer os recursos da empresa e significar a diferença entre sobreviver ou fechar o seu negócio”, destaca Samuel Lopes, sócio da Tiex, empresa de consultoria e gestão financeira corporativa.

Conforme Lopes, além de reduções de custos, controle pode gerar receita extra, que deve ser reinvestida no negócio, como novos produtos, serviços, bonificações e incentivos para colaboradores, no crescimento da empresa em geral, e até no lucro dos acionistas.

O especialista elenca cinco iniciativas que as empresas precisam ter para conseguirem se recuperar e crescer.

Plano efetivo

Antes de fazer qualquer corte, é necessário elaborar um planejamento financeiro/estratégico que tenha uma análise do passado e do presente, assim como uma projeção do futuro. “É importante lembrar que esta projeção tem que ser muito bem desenhada, considerando, por exemplo, as dificuldades atuais do mercado”, diz o sócio da Tiex.

Acompanhamento mensal

A viabilização de um acompanhamento mensal é imprescindível para que a empresa consiga obter resultados mais eficazes. Só assim os gestores poderão ter percepção de suas necessidades para a tomada das melhores decisões possíveis. “Qualquer desvio deve ser apontado e discutido. O redesenho dos processos internos e otimizações tecnológicas pode ser muito efetivo”, destaca.

Cortes menos impactantes

Deve-se saber onde é possível cortar sem interferir nos negócios. Vender ativos que fogem ao “core business” é desnecessário. “Ás vezes, as empresas entram em um mercado que possuem pouco conhecimento e acabam gastando recursos onde não tem experiência. Já uma renegociação de contratos com fornecedores, seguradoras e bancos é primordial”, afirma Samuel.

Planejamento Tributário

O planejamento fiscal é uma forma de minimizar os custos fiscais. Sucintamente, o planejamento fiscal terá de respeitar a lei de forma integral, procurando negócios jurídicos com menor ou nula tributação. Com isso, é possível se ter um maior controle dos gastos administrativos.

Aprender

Épocas de crise são ocasiões para aprender, pensar muito e ter resiliência. “Se, com a crise, conseguimos renegociar contratos, minimizar custos administrativos, redesenhar processos para que se tornem mais efetivos, pagar menos impostos com um planejamento adequado, por que não fazíamos antes?”, questiona.

Fonte: Portal Newtrade - 18/06/2018

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Não existem muitos livros sobre negócios de 50 anos atrás que resistiram ao tempo, mas “O gestor eficaz”, de Peter Drucker, é uma das poucas obras que ainda vale muito nos dias de hoje. Em 1967, muito antes de os millennials pensarem em existir, Drucker declarou: “do executivo, em primeiro lugar, espera-se que a coisa certa seja feita. Dizer isso significa que ele deve ser eficaz”.

Agora, como escreve Theodore Kinni para a revista Inc.,Drucker é tão relevante como foi na segunda metade do século passado, porque ele abordou o estudo dos negócios de forma tão precisa como um cirurgião. Sua clareza de pensamento e de linguagem foram como um bisturi, usado para dissecar cada aspecto da administração até que sua essência fosse revelada. Em “O gestor eficaz”, Drucker aplicou esse bisturi à liderança.

O escritor estava convencido de que líderes são feitos, e não nascem assim. Ele descreveu cinco práticas que podem tornar qualquer executivo um líder mais eficaz.

Confira:

1. Administre seu tempo

“Esse é o recurso mais escasso”, escreveu Drucker, “e se não for bem gerenciado, nada mais será”. Executivos bem-sucedidos sabem como passar os seus dias, e eles descartam ou delegam qualquer atividade que não requer sua atenção direta.

Para identificar práticas desnecessárias no seu dia a dia, Drucker sugere anotar tudo o que você faz na hora em que está fazendo. Você até pode baixar um aplicativo para administrar seu tempo e seus afazeres, se precisar. Depois, analise suas atividades e, para cada uma delas, se pergunte: “o que aconteceria se eu não tivesse feito isso?”. Se a resposta for “nada” (e frequentemente é, de acordo com Drucker), pare de fazê-la. Se a tarefa precisa ser cumprida, se pergunte se ela poderia ser feita por outra pessoa. Se sim, repasse-a. Repita esse processo de tempos em tempos para ter certeza de que você está ocupando seu tempo de forma sábia.

2. Foque na contribuição

Bons executivos se sentem “responsáveis pelo desempenho do todo”, segundo Drucker. Isso significa que eles não estão focados apenas na sua própria performance ou carreira. Em vez disso, os melhores líderes são jogadores de equipe que trabalham duro para cumprir os objetivos estratégicos de suas próprias organizações.

Para direcionar seu foco para alguma coisa que maximize sua contribuição para a empresa, Drucker tem alguns conselhos pontuais. Ele sugere começar “perguntando a outras pessoas da companhia, superiores, subordinados e, principalmente, colegas de outras áreas: como posso ajudar para que você possa contribuir para a organização?”.

3. Baseie-se em seus pontos fortes

Drucker pregava uma abordagem baseada em pontos positivos para se sobressair, antes mesmo de a ideia se tornar um mantra empresarial. Bons executivos geram produtividade e resultados, disse, a partir dos “pontos fortes disponíveis – dos sócios, do superior e das próprias qualidades”.

Para focar nos seus pontos positivos em vez de fraquezas, concentre-se naquilo que os funcionários podem fazer bem, e não no que não conseguem, aconselha Drucker. Procure apenas pessoas bem qualificadas, e não aqueles que se dão bem com os outros ou que parecem não cometer erros (invariavelmente, todos cometem). E não se esqueça de aplicar essa prática em você mesmo: identifique suas qualidades e as use para melhorar seu desempenho.

4. Priorize e concentre

Muito antes de estarmos todos grudados em nossos smartphones, Drucker já aconselhava líderes sobre os perigos de ser “multitarefas”. Em primeiro lugar, para aproveitar ao máximo a sua disposição, priorize suas atividades. Priorizar é a chave, segundo Drucker, porque se você estiver trabalhando em apenas uma tarefa, você tem que se certificar de que está fazendo isso direito. “Bons executivos fazem o que é mais importante primeiro e sempre uma coisa de cada vez”.

5. Tome decisões de forma sistemática

Por fim, Drucker diz que bons líderes tomam decisões racionais – o que significa que não há surpresas ou um sexto sentido. Essas decisões, diz, provêm de um processo repetitivo e consistente, com elementos definidos e específicos e executados em uma sequência distinta.

Como você deve abordar a tomada de decisões? Drucker tem algumas dicas:

– Determine o tipo de decisão necessária. Se a questão for constante, você precisará desenvolver uma política; se é uma situação pontual, tome uma decisão rapidamente e siga em frente;

– Defina as fronteiras dessa decisão – quais os seus objetivos e as condições necessárias para alcançá-los;

– Mire no resultado ideal. Guarde os compromissos inevitáveis para depois, quando for a hora de implementar a decisão;

– Defina as ações necessárias para implementar a decisão na decisão.

Fonte: Época Negócios - 02/06/2017

relações profissionais

Por Allessandra Canuto, especialista em gestão estratégica de conflitos e negociação

Perdemos a conta quando medimos a quantidade de vezes que falamos e ouvimos a frase “a confiança é a base de tudo”. No entanto, quantas vezes verdadeiramente a consideramos em nossas práticas e em nossos relacionamentos dentro do ambiente de trabalho?

O motivo para que muitas organizações sintam dificuldade em alcançar seus objetivos com clareza ou para executar sua performance com excelência pode ser justamente a falta da relação de confiança entre líderes e liderados, pares ou até entre equipes. A confiança é um dos pilares do relacionamento de trabalho que garante assertividade e que colabora com o senso de percepção e pertencimento da equipe dentro da organização, afinal, como ser produtivo por, em média, seis horas dentro de um ambiente que não te traz segurança ou tampouco confia em você?

Ano após ano estudando a respeito de conflitos organizacionais, técnicas de negociação e de comunicação não violenta, pude elencar alguns atributos que podem ser trabalhados para que a confiança seja solidificada dentro das relações profissionais.

Seja coerente:

As palavras e promessas, tanto do líder quanto do liderado precisam estar alinhadas com suas ações.

Alinhe suas expectativas:

Ao definir as prioridades dentro do ambiente de trabalho, as atribuições do colaborador se tornam mais coesas e estreitam o vínculo entre empresa e funcionário.

Pratique a empatia:

Ouvir e ser ouvido, se colocar no lugar dos outros também traz benefícios para os relacionamentos profissionais. A empatia também aguça a percepção, aumentando o senso de urgência para tarefas que demandam mais esforços da equipe.

Diminua pré-conceitos:

Deixar de julgar a atitude do colega ou do líder permite que a ligação ao factual se torne mais precisa. Experimente questionar e chegar a conclusões em conjunto antes de tentar entender sozinho os motivos do porque algumas decisões foram tomadas.

Estimule a flexibilidade:

Negociações de prazos e acordos internos devem ser bem-vindos em todas as relações, uma vez que situações pontuais, muitas vezes, geram desgastes dentro do ambiente de trabalho.

É importante ressaltar que todos os itens que foram elencados acima são sugestões a serem seguidas e não padrões, ou seja, o ideal é primeiro entender o modelo de negócio e atuação da empresa antes de aplicá-los de modo adaptado ao seu ambiente, assim é possível constituir essa via de mão dupla baseada na confiança. Entender o funcionamento quanto ao líder e o liderado – o know how que adquirimos durante a nossa jornada profissional, também garante a assertividade e excelência que já mencionamos. Experimente trabalhar seus atributos diariamente, em conjunto com seus colegas! Os resultados virão em breve.

Fonte: Portal Newtrade - 26/06/2018

criatividade

Quantas vezes escutamos das pessoas e até de nós mesmos que não temos tempo. O tempo é uma grandeza relativa muito discutida em filmes de ficção científica. Pode ser aliado ou inimigo da criatividade. Mas como a parte criativa pode ser ativada no tempo presente? Como fazer uma entrega para um cliente de forma inovadora? Como despertar o instinto de criatividade nos funcionários em um momento de pressão?

O que poucos profissionais percebem é que criar algo está ligado com as experiências que o ser humano já viveu, vive e viverá. Ou seja, é a junção de toda a bagagem que este indivíduo carrega que o faz dar algo realmente novo ao próximo. Estamos na era do digital em que a velocidade das informações influenciam pessoas e, muitas vezes, as fazem perder o foco em muitas atividades.

Neste cenário temos algo ainda mais intrincado: chamar a atenção dessa pessoa com criatividade e a trazê-la para o “mundo real”. A CEO da Francisca Joias, o maior e-commerce de semijoias do país, Sabrina Nunes, trabalha em um ramo em que o internauta está na página dela para adquirir uma semijoia e pode facilmente se distrair e não finalizar a compra.

O que Sabrina enxergou é que não basta ter uma página bonita, de fácil navegação, com produtos únicos e atuais. Era necessário ter criatividade na entrega e em todo ciclo até o momento que o consumidor (a) recebem as semijoias. Por isso, a CEO realizou várias pesquisas e desvenda em 5 passos como ter esta entrega diferenciada.

  1. Criatividade e inteligência não são as mesmas coisas

Muitas empresas, no processo de seleção, geralmente entregam testes para os candidatos que envolvem lógica, língua portuguesa, entre outros. Porém, neurologistas já descobriram que a criatividade não é sinérgica a inteligência medida pelo QI. Muitos dos que já ganharam o Prêmio Nobel não tinham o QI para serem considerados gênios. Se você quer contratar pessoas realmente criativas as questione sobre as experiências que ela já teve pessoalmente e profissionalmente. Os lugares que já conheceu, o que já comeu de diferente, se tem muitos amigos, se já teve contato com outras culturas, todos esses fatores influenciarão na entrega desse funcionário. Vale usar, por exemplo, jogos de tabuleiro para decidir a contratação. A chave para descobrir esse candidato é ouvir e ouvir ativamente.

  1. Deixe os funcionários trabalharem fora do escritório

E veja bem, não estou falando apenas de home office. Ideias criativas podem vir lavando a louça, limpando casa, olhando um jardim ou mesmo ouvindo música. Logo, crie um sistema de controle de atividades que este colaborador possa usar em qualquer lugar, isso o possibilita trabalhar independente de estar na sede da empresa ou não. Assim, o funcionário fica livre para exercer suas funções no local que lhe for melhor, desde que entregue algo único.

  1. Por mais tecnologia que exista: lembre que pessoas são seres únicos

Seres humanos têm um cérebro complexo e que está sendo cada vez mais descoberto. As pessoas criativas têm a tendência de conectar informações com intensidade. Isso foi diagnosticado com imagens de cérebros no momento dos insights. Assim, opte por funcionários com gostos diversos e menos metódicos.

  1. Exercite o sexto sentido

Uma comprovação científica recente propõe que inteligência emocional está ligada a criatividade. Isso porque quando estamos com o estado de consciência relaxado poupa-se energia do cérebro e concomitantemente a criatividade é aflorada. Assim, além dos 5 sentidos centrados no presente, indivíduos criativos tendem a dar valor a intuição que tem haver mais com o inconsciente do que com o consciente. Intercambiar as duas esferas- consciência e inconsciência – ajudam na escolha das melhores decisões. Faça testes lúdicos recorrentes com os seus funcionários, enxerguem as suas necessidades e estimulem a despertarem o sexto sentido nas funções do dia a dia. Já entreguei semijoias únicas devido a vários concursos de criatividade na Francisca Joias.

  1. Dê valor para a improvisação dos funcionários

Na hora de criar, o cérebro “desliga” a parte de adequação ao ambiente. Ou seja, padrões esperados não são entregáveis. O indivíduo pode falar muito rápido ao expor a ideia no momento ou, se ele for desenhista rabiscar algo que em um primeiro não faz sentido e nem é compreendido. Isso acontece porque no instante em que está ocorrendo essas conexões neurais a parte ativa é o córtex pré- frontal medial e a parte de padronização adormece. Com isso, dê valor a improvisação. Não quer dizer aceitar um trabalho moroso e/ou não planejado. Mas sim, aceitar outras formas de entrega, de improviso.

Fonte: Newtrade - 22/08/2017

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No segundo dia do NRF Retail’s Big Show, a manhã foi dedicada às empresárias que estão promovendo a transformação digital de seus negócios. Quem abriu as palestras foi Beth Comstock, ex-vice-presidente da General Electric. Nos 27 anos anos em que esteve na companhia, foi uma das principais responsáveis pelos processos de inovação e desenvolvimento de novos negócios – foi ela quem coordenou o FastWorks, programa de inovação baseado nas teorias de Eric Ries.

Atuando como diretora na Nike e prestes a lançar seu primeiro livro, Imagine it Forward (numa tradução livre, “Imagine para a frente”), previsto para sair em setembro, Beth falou o que as empresas devem fazer para entrar em sintonia com um mundo onde 4 bilhões de pessoas estão conectadas online. Confira as cinco dicas para levar a transformação digital para o seu negócio.

1. Forme um time de pensadores divergentes

“Para conseguir inovar, é preciso ir atrás de pessoas com o mindset correto. Pensadores divergentes, que tragam perspectivas completamente diferentes para a empresa e estejam dispostas a experimentar. Busque sócios e funcionários com essas características. No caso das grandes empresas, pode ser preciso formar times inteiros com esse perfil.”

2. Monte um laboratório de inovação

“É preciso destravar a criatividade e parar que achar que, para inovar, só com grandes investimentos. Use o laboratório para testar pequenos projetos, que demandem investimentos menores e possam ser testados no curso prazo. Exatamente como as startups.”

3. Reúna comunidades de experimentadores

“Escolha, dentro do seu público, grupos de pessoas dispostas a testar novas ideias o tempo todo, e a dar feedback para a empresa. Dessa maneira, seus produtos serão baseados no mundo real e o desenvolvimento será feito junto com o cliente, criando engajamento.”

4. Reinvente-se sempre

“Todo empreendedor quer escolher um objetivo e dizer, ‘Isso é o que eu vou fazer nos próximos cinco anos’. Mas isso não é mais possível. Se fizer isso, o seu público vai ficar cansado e se voltar par o concorrente. O desafio é manter a vontade de mudar. Quanto mais você inovar, mais vai manter o cliente com você.”

5. Convença o resto da empresa a mudar com você

“No meu livro mostro que, de maneira geral, os times são formados assim: 30% são loucos para mudar o tempo todo; 30% se dispõem a mudar, mas com cautela; e 30% não querem mudar de jeito nenhum. Esse último grupo é o maior desafio do empreendedor. Será preciso fazer um treinamento intenso para trazê-los para a nova cultura – e evitar uma demissão.”

Fonte: Época Negócios - 17/01/2018

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Misturar sonhos e realidade na hora de criar a empresa. Organizar o pensamento, colocando tudo no papel. Conhecer de verdade as pessoas que você pretende impactar. E, claro, ser confiante e fazer de tudo para seu negócio estar na crista da onda.

Tais máximas para criar uma pequena empresa do zero (e obter sucesso) foram dadas por quem já teve essas experiências: as startups Nama, Eureciclo, Sensedata, Upbeat, Alugalogo, Trakto, Handtalk, Bliive, Baby&Me, SciCrop, Smarttbot, StoryMax, EasyCrédito e Cuponeria.

As 14 empresas são residentes do Google Campus, espaço da gigante de tecnologia para acelerar negócios inovadores. Em evento realizado no Campus, algumas dessas startups detalharam quais dicas principais dariam a quem quer começar a empreender.

Os conselhos estão no Primer, aplicativo global do Google com lições de cinco minutos em marketing digital e negócios. Agora, o app conta com o “Manual do Empreendedor”, que reúne uma lição de cada startup nos blocos “Encontre sua ideia”, “Tire sua ideia do papel” e “Faça sua ideia crescer”.

Confira, a seguir, as dicas das startups aceleradas pelo Google para criar seu negócio do zero:

1 — A melhor ideia vem das paixões e do mercado

Como você pode encontrar a melhor ideia de negócio? Para Fábio Sato, diretor de novos negócios da startup EuReciclo, um empreendedor deve olhar oportunidades que se adaptem ao mercado e, ao mesmo tempo, combinem com suas competências.

“A ideia não pode ser mais importante que você. Por isso, não tenha medo de sair divulgando sua ideia com o mercado – afinal, você é a melhor pessoa existente para realizá-la”, diz Sato. No caso do empreendedor, o interesse está em melhorar taxas de reciclagem no Brasil e a oportunidade de negócio está em realizar parcerias com empresas.

Depois de identificar paixões e necessidades de mercado, sua ideia de negócio deve ser validada com outras pessoas. No fim desse processo está o desenvolvimento do produto ou serviço, que deve ser uma junção de suas percepções com as lacunas apontadas pelo seu público-alvo.

Outras lições do Primer para encontrar sua ideia são usar a cultura da sua startup para criar uma empresa inovadora; encontrar exemplos para sua startup; e aprender a melhorar seu negócio ouvindo feedback.

2 — Você conhece – de verdade – quem é seu cliente?

Logo depois de ter uma ideia, é preciso encontrar o público que irá consumi-la por meio de um produto ou serviço. Nessa hora, não vale viver de intuições e dizer que todo mundo poderia ser seu cliente.

“Alguns chegam até mim falando que possuem uma ideia genial e que impacta milhões no Brasil. Eu logo respondo para eles pensarem direito em com quem querem falar”, conta Mateus Pestana, co-fundador da Sensedata.

Esse afunilamento de público-alvo aconteceu na própria startup de software. O negócio achou que venderia sua solução para outras startups. Porém, a prática mostrou que as compradoras do programa eram as grandes empresas.

“Elas que conseguiam comprar nosso produto e que de fato queriam aplicar a solução com seus próprios clientes. Hoje temos menos clientes do que imaginamos, mas cada um deles tem um peso grande”, diz Pestana.

3 — Faça um plano de negócios, do básico ao avançado

Se você quer criar uma empresa, provavelmente já possui em mente dados como perfil de público-alvo, possíveis parceiros de negócio e formas de monetização. O registro de tais informações é o chamado plano de negócios.

É uma etapa que pode não só botar a casa em ordem, mas facilitar a divulgação da sua proposta para futuros investidores. Foi o que percebeu João Bogas, growth hacker da startup HandTalk, negócio social de acessibilidade em Libras. “A gente sempre trabalhou com um plano de negócios mais simples, uma apresentação visual. Mas, como queríamos captar investimentos, trabalhamos nos últimos dois anos em um planejamento mais complexo”, explica.

“Citamos dados novos, como situação do mercado no Brasil e em potenciais alvos de internacionalização. Isso nos ajudou muito na hora de conseguir aportes.”

Se você está começando sua empresa, uma dica do empreendedor é olhar para modelos como o conhecido Business Model Canvas. Outras lições do Primer para tirar sua ideia do papel são criar um protótipo e apostar em um mentor para melhorar sua startup.

4 — Menos ideias fixas, mais criação de marca

O mundo das startups está cheio de encantamentos. A cada nova semana são divulgada ideias de negócios que pretendem revolucionar o mercado ou trazer disrupção para toda uma indústria. Porém, viver das ideias que surgem no começo da empresa pode matar seu projeto em longo prazo.

Como empreendedor, você provavelmente precisará mudar de posicionamento várias vezes para se adaptar às mudanças do mercado. Mesmo assim, a essência do seu negócio deve permanecer.

Paulo Tenório, fundador da startup de marketing Trakto, conhece bem esse equilíbrio delicado. O empreendedor conta que as primeiras versões do site e da comunicação de seu negócio eram “horríveis”. Foram várias tentativas até chegar ao simples Trakto.

“Recomendo que você, antes de criar o branding do seu negócio, delimite bem qual problema irá resolver e deixe-o ditar suas ações de marketing. Senti isso na pele quando precisei pivotar minha ideia de negócio, indo de propostas comerciais para diversos documentos. Se tivesse seguido o conselho que recebi de um mentor e colocado o nome Proposta Fácil, teria tido muitos problemas.”

5 — Quer acelerar seu negócio? Gere buzz

Nara Iachan, fundadora da plataforma Cuponeria, enfrentou um grande desafio ao tentar popularizar a cultura americana dos cupons gratuitos em terras brasileiras. Mesmo anunciando seus descontos de forma totalmente gratuita, o público-alvo da Cuponeria ainda estava receoso em adotar a solução. “A gente tinha de gerar assunto. Não é algo fácil, mas não tinha outra forma”, afirma Iachan. A startup se encontrou com mentores, inclusive do Google, e fez uma repaginação total do negócio. Mudou as cores da marca e adotou a linguagem das promoções brasileiras, começando a mudança dentro da empresa.

Após esse reposicionamento, a startup atingiu seu ponto de virada com uma ação promocional. Emitiu cupons de “2 hambúrgueres por 1” para um festival gastronômico. Nessa ação, as pessoas começaram a entender como os cupons funcionavam. O boca a boca do festival atraiu o interesse de gigantes como Unilever para fazer parcerias.

“Conseguimos crescer sem aumentar nossos custos. Então, conheça seu produto, tenha foco e entregue isso para as pessoas da melhor forma possível, gerando novas recomendações. Assim, você acelera o crescimento do seu negócio.”

Outras lições do Primer para fazer sua ideia crescer são arrumar um sócio; aumentar as vendas ao lançar seu projeto; vender sua ideia com uma apresentação memorável; e conseguir investimento para sua startup.

Fonte: Portal Newtrade - 12/04/2018

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*Por Enio Klein é CEO & General Partner da empresa de consultoria Doxa Advisers.

Como definir o público-alvo dos meus produtos?

O trinômio produto ou serviço, vendas e cliente é fundamental para o sucesso de qualquer empresa. Vendemos alguma coisa a alguém. Para que isso aconteça, este alguém precisa se interessar pelo que você tem a vender. Seu público-alvo é o conjunto de pessoas com maiores chances de interesse pelo que você tem a oferecer.

O seu público-alvo possui uma série de características relevantes o suficiente para que indiquem a maior ou menor chance de que potenciais clientes que pertençam a esse grupo queiram comprar o seu produto ou serviço. As características de seu público-alvo são de duas naturezas principais. Demográficas e comportamentais.

Enquanto a primeira indica, por exemplo, quem são, onde moram, idade, estado civil, se têm filhos, com o que trabalham, quanto ganham; a segunda descreve como vivem e o que fazem estas pessoas, por exemplo, o que compram, quanto gastam, entre outras características.

Dependendo do tipo de negócio ou do produto que você vende, algumas características podem ser mais relevantes ou não para indicar determinados comportamentos que impactam ou não na compra ou no interesse de seu público-alvo pela sua oferta.

No fim do dia, o que você precisa buscar é o comportamento de compra de seu público-alvo e quais os fatores – características – que o leva ou poderiam levá-lo ao seu negócio, ao seu produto ou ao seu serviço. O desafio é a captação destas informações e o uso com inteligência.

As redes sociais despejam segundo a segundo toneladas de informações sobre o comportamento do cliente, seus hábitos, como se deslocam e para onde, o quanto gastam e com o quê. A boa notícia é que a maior parte das redes sociais oferecem ferramentas interessantes para você se aproveitar desta informação – big data –  sem gastar muito dinheiro. Algumas voltadas para pessoas (B2C – business to consumer) outras para empresas (B2B – business to business).

Fala-se muito da inteligência artificial e do seu uso para, a partir das informações adquiridas, inferir ações a tomar. É uma questão de tempo para que este tipo de ferramenta se torne acessível. E você certamente não precisará esperar muito para que esteja em suas mãos.

Algumas sugestões simples poderão ajudá-lo neste trabalho, mesmo enquanto os benefícios da tecnologia ainda não estão todos disponíveis:

  1. Busque informações:conhecer o mercado onde você vai atuar ou onde atua é importantíssimo. Reúna o máximo de informações sobre a demografia. Mas foque-se naquilo que tem relação com a sua estratégia, produto ou serviço. Não perca tempo com informações de menor relevância;
  2. Segmente seu mercado:procure criar subgrupos dentro de seu mercado que possam ter comportamentos de compra semelhantes e trabalhe de acordo com estes segmentos. Com foco e ofertas assertivas suas chances de sucesso aumentam;
  3. Crie ofertas assertivas:monte suas ofertas para que atendam aos requerimentos dos segmentos que identificou. Você pode até pensar em algumas necessidades ainda não identificadas pelo seu público, mas cuidado, procure atendê-lo no que ele precisa antes de inovar na oferta;
  4. Cuidado com o seu gosto pessoal:o que é bom para você não necessariamente é bom para o seu cliente. Não trabalhe suas ofertas baseado no que você acha, mas sim de acordo com o que você aprendeu dos segmentos e comportamentos de seus possíveis clientes, a menos é claro, que esteja trabalhando com segmentos cujos perfis sejam iguais ao seu.
  5. Comunique, comunique, comunique:identifique os canais de comunicação mais adequados com os segmentos identificados e procure falar com eles utilizando a linguagem e a forma particular de cada um deles. O uso correto da abordagem e da linguagem vai tornar sua comunicação mais assertiva e despertar mais vontade do seu público de conhecê-lo melhor.

A definição do público-alvo não lhe garante o sucesso, mas certamente a falta vai levar você ao fracasso. Dê total atenção a esse passo.

Fonte: Portal Newtrade - 15/08/2017

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