Gestão e Negócios
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Persuadir não é coisa só de vendedor, político ou marqueteiro. Todo profissional enfrenta situações em que precisa lançar mão de argumentação e atitude. Ser ou não bem-sucedido na empreitada – em relação a um pedido de aumento ao chefe, à aprovação de um projeto, obter uns dias a mais na entrega de um trabalho ou mudar o comportamento desagradável de um colega – depende de quais estratégias você usa.
Uma coisa é certa: não há fórmulas prontas nem garantia de resultado quando se trata dos contextos profissionais atuais. “Nos modelos de trabalho mais modernos, em que as relações se dão mais na horizontal e as informações estão disponíveis a todos, o chefe já não é o único dono da verdade ou da decisão”, diz Vania Bueno, consultora da HSM Educação Executiva.
“Antes, a hierarquia bastava para convencer alguém a mudar de opinião; hoje, a colaboração e a confiança são valores imprescindíveis quando essa é a meta.” Ainda assim, há caminhos que devem ser percorridos (ou evitados) a fim de aumentar seu poder de influência.
Confira algumas práticas.
- Primeiro, escute
É o básico para gerar conexão com o interlocutor e trazê-lo para seu lado. Mas é preciso interessar-se de verdade pela visão do outro e não se mostrar aberto apenas para constar ou conseguir o que deseja.
“Dar atenção genuína, observando inclusive os sinais não verbais, como postura, expressões faciais e reações físicas, é chave para compreender o outro e definir ou modificar o rumo da conversa de modo a alcançar o objetivo estipulado ou, pelo menos, chegar a um acordo bom para todas as partes”, explica Jeferson Mola, professor na Trevisan Escola de Negócios e autor do livro Negócio Fechado! As Habilidades Comportamentais e o Sucesso das Negociações (Trevisan, 49,90 reais).
Perceber que isso funciona na prática foi uma virada na mentalidade de Aline Batah, de 25 anos, gerente de vendas da TheFork, plataforma de reservas em restaurantes do TripAdvisor.
Ela se destacou na empresa por conseguir vencer a resistência de clientes difíceis e fazê-los fechar negócio — tudo na base da escuta atenciosa e sem alguns vícios e preconceitos arraigados no processo.
Um cliente, em especial, já havia conversado com outros colegas da equipe e não estava satisfeito com a solução até então proposta. Quando o caso chegou a Aline, ela gastou mais tempo do que o usual na tarefa, mas acabou convencendo o parceiro.
“Cada um tem uma forma como gosta de ser tratado e tomar suas decisões, e isso só se descobre ouvindo. Focada nas metas da companhia, a maioria das pessoas acaba se fechando para essa etapa da negociação e desiste se não tiver uma resposta positiva logo”, explica Aline.
Segundo ela, dar ouvidos às necessidades e aos desejos reais do interlocutor é importante, inclusive, para formular as perguntas certas e direcionar a venda.
“Conversamos, cada um expõe seu lado e chegamos juntos a uma solução boa para os dois, mas que inicialmente não estava no radar de nenhum”, diz.
- Revele seu interesse
Comunicar claramente por que você gostaria que alguém mudasse de opinião ou deixasse de agir de determinada forma eleva a chance de sucesso, além de afastar mal-entendidos.
“Em uma argumentação, muitas vezes as posições são diferentes, mas o interesse que está por trás, não”, diz Carolina Nalon, coach, especialista em mediação de conflitos e fundadora do Instituto Tiê. Apesar de parecer óbvio, isso nem sempre é simples de ser colocado em prática.
Por mais de três anos, o psiquiatra Guilherme Moreira Machado, de 34 anos, teve problemas com a agenda de consultas em uma das clínicas particulares em que atende em São Paulo.
“Além dos usuais três pacientes por hora, o que já garante pouco tempo para cada um, muitas vezes a equipe marcava encaixes e acomodava pacientes que chegavam depois do horário, o que acabava atrasando a agenda inteira”, diz.
Depois de se estressar bastante, ele descobriu em uma aula de comunicação não violenta a estratégia para mudar aquele comportamento do time. Guilherme redigiu um longo e-mail detalhando, ponto a ponto, o que estava acontecendo, como aquilo era ruim para médico e pacientes e qual seria a solução ideal.
Foi uma forma de materializar as queixas e fazer com que as mudanças fossem compreendidas por quem não estava no lugar dele e, por isso, não se sentia prejudicado. “No dia seguinte, as coisas já estavam no eixo e nunca mais precisei reclamar”, diz.
- Inclua a visão do outro
Quando o objetivo é fazer a cabeça de alguém, é comum focar-se na defesa de argumentos construídos e acabar se fechando para a realidade do interlocutor. Mas saber lidar com a diversidade de personalidades é um desafio na hora de vencer uma discussão.
“É fundamental considerar a visão de mundo e o sistema de valores do outro e sopesar que nem sempre serão iguais aos seus”, diz Rhia Catapano, doutoranda em marketing comportamental na Escola de Negócios da Universidade Stanford, na Califórnia, e pesquisadora de temas como persuasão e bem-estar do consumidor.
“Por exemplo, se está argumentando com alguém conservador, basear a discussão em termos da mesma natureza provavelmente será mais efetivo do que apresentar ideias inovadoras para você, mas que têm pouca relevância para a outra pessoa”, afirma.
- Coloque-se como igual
Não é porque você é novo no emprego ou tem um cargo menor que não pode questionar e propor ideias e mudanças.
Desde que saiba do que está falando e conheça como as coisas funcionam em seu ambiente (naqueles mais conservadores talvez seja bom ter cautela), falar de igual para igual com os superiores pode contar pontos a seu favor.
E não se trata de ser arrogante, passar por cima do chefe ou querer tirar a autonomia dele.
“Um liderado pode não só pensar com cabeça de líder como também transformar a cabeça de um líder”, diz Chris Melchiades, COO e sócia da consultoria em desenvolvimento humano Fellipelli.
“Apresentar seu ponto com algo na linha: ‘Quem decide é você, mas acho que seria uma boa ideia…’ demonstra autoconfiança, assertividade e maturidade”, afirma.
- Escolha o meio certo
Não há uma regra sobre qual meio — digital ou presencial — é mais certeiro quando a meta é persuadir, mas a escolha deve levar em consideração o conteúdo da mensagem que se pretende emplacar.
“Se o tema demanda racionalidade e reflexão, o ideal é criar um contexto que permita a argumentação sem obstáculos ao entendimento — o que é mais difícil conseguir no ambiente online”, diz Rhia.
Vale também considerar as descobertas de um estudo conduzido por um grupo de pesquisadores de ciência da informação da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, que analisaram quase dois anos de debates online e levantaram estratégias discursivas eficientes para persuadir. O experimento foi realizado em um fórum de rede social no qual os usuários postavam uma ideia e desafiavam os outros a discordar apresentando argumentos.
Os pesquisadores concluíram que não houve mudança de opinião na maioria dos casos, mas algumas lições ficaram claras.
A primeira é que não adianta insistir demais no debate virtual — se você não convenceu ninguém depois de quatro ou cinco trocas de argumentos online, provavelmente não vai conseguir. “É importante admitir quando fracassou na tentativa e, então, mudar de estratégia ou desistir”, afirma Jeferson, da Trevisan.
Outro achado foi que expor dados — estatísticas, exemplos concretos, opiniões de autoridades no assunto em questão — ajuda a embasar seu ponto e a gerar convicção no outro. As duas lições valem também para a comunicação presencial.
Fonte: Exame.com - 23/05/2019
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Sobreviver às mudanças de hábitos de consumo requer reformular negócios. No varejo, adaptar-se à revolução tecnológica é primordial. A Profa. Dra. Regiane Relva Romano acredita que “o primeiro e maior problema do setor é a falta de um software de gestão: 99% das empresas do setor não possuem um sistema que organiza suas vendas, faturamento, indica quais produtos vendem mais, e qualquer outra informação sobre sua operação de forma automatizada”.
Em evento organizado pela APAS (Associação Paulista de Supermercados) nesta terça-feira (30), a professora do Smart Campus Facens apresentou as duas etapas do que chama de “Próxima Geração de Negócios” e os desafios. E explicou que a partir desse primeiro passo – o software -, é possível implementar uma série de outros recursos tecnológicos que já existem, que vão ajudar a transformar o varejo para se adaptar a uma nova fase de consumo, que já começou.
“Com um bom software de gestão, empresas do setor podem começar a trabalhar com identificação de clientes, que inclui biometria e reconhecimento facial. Com essas informações em um banco de dados, é possível criar um atendimento personalizado para oferecer o produto certo e aumentar as chances de vendas, além de fidelizar o consumidor que achou exatamente o que precisava na sua loja”, diz Romano, que também é CEO da Vip-Systems.
Seguindo essa lógica, o varejo pode oferecer promoções também customizadas e consegue organizar os produtos dentro da loja de acordo com o comportamento dos clientes. Ela destacou também novos formatos de venda, como quiosques.
“A Amazon trabalha esse modelo muito bem e o Walmart anunciou recentemente quiosques dentro das suas próprias lojas. Os clientes podem comprar e sair da loja de forma prática e rápida”, diz.
Há ainda, as máquinas de vending machine, ou máquina de venda automática, dentro das lojas e que podem aumentar as vendas.
“O segredo é cada vez mais usar a tecnologia para atrair e agradar o consumidor. Por exemplo, ‘gamificar’, que é a venda por meio de jogos, e interagir com o cliente é bom para ele que quer comprar e para você que quer vender”, explica.
Outro passo importante tem a ver justamente com entretenimento. “Vender de forma lúdica é fazer a pessoa consumir enquanto brinca e se diverte. Isso é um diferencial. Realidade virtual e realidade aumentada também entram nesse grupo. As empresas precisam pensar em novas formas de oferecer seus produtos”.
Ela diz que em outros países, como China e EUA, esses formatos e muitos outros, como câmeras que analisam as expressões dos clientes quando eles olham para cada prateleira, já é realidade.
Além disso, novos formatos de pagamento também precisam se desenvolver no setor. A tecnologia que permite pagar por aproximação já funciona no Brasil, mas ainda está longe de ser algo amplamente utilizados pelos consumidores por falta de confiança. Até mesmo o polêmico Bitcoin e as criptomoedas são agentes desse processo.
Considerando todas essas possíveis tecnologias que podem ser implementadas e já estão disponíveis para serem usadas de forma estratégica para o varejo, um segundo processo começa.
“A partir disso precisamos integrar toda essa tecnologia no negócio, pensar em oferecer tudo de forma padronizada com uma infraestrutura adequada, comunicação eletrônica, aplicativos bem estruturados e usar a internet e as redes sociais a favor da companhia”, afirma Romano.
Nessa etapa, a empresa também deve começar a pensar no uso de drones dentro das lojas para inventários, fora das lojas para entregas, impressões em 3D e radiofrequência, por exemplo.
São duas etapas complexas que vão levar à Internet das Coisas, deixando as lojas de varejo inteligentes e integradas. Embora seja um desafio para o modelo que existe atualmente no Brasil, a especialista acredita que a “empresa que não inovar” no sentido desses processos “vai morrer”.
O impacto da Internet das Coisas nos negócios atualmente chega a US$ 8 trilhões ao redor do mundo.
Millennials
Romano destaca que todo o mercado está se transformando e obrigando as empresas a inovar justamente pela chegada dos Millennials, ou a chamada Geração Y, que são os consumidores que têm entre 20 e 39 anos hoje.
“Eles mudaram tudo porque fazem negócio com a marca. E trabalham com o que chamamos de ME2B, ou seja, eles decidem o que querem comprar e esperam que as empresas ofereçam e entreguem esse produto. Essa turma pensar em ‘ser’ ao invés de ‘ter’ está mudando totalmente a lógica do varejo”, afirma Romano.
Segundo ela, a missão das empresas de varejo é fazer um bom Storytelling porque essa geração precisa acreditar no que está comprando. “A empresa tem que vender e está alinhada ao que está oferecendo”, diz.
Essa geração é multi-telas e multicanais e, segundo a especialista, costuma-se classificá-los como consumidores Omnichannel, mas eles não se veem assim.
“Para os Millennials não importa onde e como estão comprando, mas sim o valor que isso agrega. Por isso, consumir do computador de casa, do celular, da loja não faz diferença. O que nos leva ao que chamamos de Unified Commerce: o cliente no centro de tudo”, afirma.
Para a especialista, o varejo precisa adotar esse estratégia de dar atenção ao seu cliente. “Hoje o que chamávamos de Omnichannel, nada mais é do que a personalização”, diz.
Ou seja, com essa nova era a empresa do varejo precisará “integrar saúde, bem estar, entretenimento, gamificação e realidade aumentada para vender o arroz e feijão”, afirma.
Segundo ela, é preciso desmistificar que a tecnologia é extremamente cara e apenas para os grandes negócios. “Todo mundo pode implementar”.
Fonte: InfoMoney - 02/05/2019
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A 99, startup brasileira mais conhecida por sua venda bilionária à gigante chinesa Didi Chuxing e por seu aplicativo de mobilidade urbana, não ficará apenas no transporte de passageiros. A empresa prepara o lançamento do 99Food, serviço de entrega de comida.
O piloto será lançado em breve no Brasil, mas ainda não há uma data definida. O 99Food poderá ser acessado pelo aplicativo da 99 e por um app exclusivo para o 99Food. O serviço já existe na China e no México.
Segundo comunicado da startup, o objetivo é promover um delivery com “preços acessíveis, entrega eficiente e uma variedade de alimentos de qualidade”, gerando renda a entregadores e ajudando restaurantes a crescer. A 99 tem 19 milhões de usuários atualmente.
A 99 acredita que há espaço para crescimento significativo no setor pelo Brasil, comparando 26 milhões de entregas feitas mensalmente por aqui à cifra de um 1 bilhão de entregas todos os meses na China – terra natal da Didi Chuxing.
Mas o aplicativo meio brasileiro, meio chinês enfrentará diversos concorrentes. Alguns exemplos: a brasileira Loggi, que atua tanto em e-commerce quanto em alimentação; a colombiana Rappi; e o Uber Eats, da rival americana de mobilidade urbana Uber. Mais um capítulo para a guerra das entregas.
Fonte: New Trade – 22/11/2019
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Os empresários estão otimistas em relação à economia e seus negócios em 2019 e, neste cenário, a grande maioria diz que pretende investir no ano que vem. É o que aponta pesquisa feita pela Deloitte divulgada ao G1 nesta segunda-feira (11). No entanto, enquanto os que pretendem investir são 97% dos empresários, a parcela dos que devem criar novos postos de trabalho é menor, de 47%.
O levantamento foi feito com 826 empresas que, juntas, tiveram faturamento de R$ 2,8 trilhões em 2017 – o equivalente a 43% do PIB do ano.
Entre 97% dos empresários que dizem que vão realizar algum investimento em 2019, a maioria diz que pretendem lançar novos produtos ou serviços e adotar novas tecnologias.
Já sobre o quadro de funcionários, a expectativa de aumentar as contratações atinge 47% dos empresários. Outros 32% dizem que vão manter a quantidade de empregados em 2019, mas fazendo substituições. Os que devem manter o quadro de funcionários inalterados são 14%, enquanto 7% pretendem cortar postos.
Ainda que as expectativas para a economia estejam melhorando, a recuperação lenta do mercado de trabalho está relacionada ao aumento da capacidade ociosa das empresas por causa da crise, como lembra Othon Almeida, sócio-líder de desenvolvimento de mercado da Deloitte.
“Houve uma espera que determinadas mudanças pudessem acontecer”, afirma. “Minha percepção é de que a retomada do emprego continuará se dando de maneira lenta e gradual até que essas medidas fiquem claramente definidas.”
Essas mudanças esperadas pelos empresários e mencionadas por Almeida também foram mapeadas pela pesquisa. A reforma tributária deve ser tratada como uma das prioridades para 93% dos entrevistados e a da Previdência, para 90%.
Já entre as medidas que os empresários acreditam que devem ser prioridade do governo para gerar impacto na atividade econômica, o estímulo à geração de empregos é a mais citada, com 80%. A manutenção da inflação abaixo de 5% ao ano é citada por 58% dos empresários e ampliação da participação do Brasil no comércio exterior, por 53%. “A conjuntura toda aponta para uma direção: ou nós melhoramos ou morremos”, resume Almeida.
O levantamento também mostra que a maioria dos empresários está confiante que as prioridades apontadas por eles como necessárias serão as mesmas do novo governo. Entre os entrevistados, 94% acreditam que o governo vai adotar parcial ou integralmente as prioridades apontadas por eles.
Planos para o negócio
A pesquisa mostra ainda que, entre as empresas consultadas, 30% não pretendem fazer captação de recursos em 2019.
Dos 70% restantes, a maioria diz que tem expectativa por aporte dos proprietários da empresa, empréstimos com bancos de fomento (como o BNDES) e de varejo. Apenas 1% fala em abertura de capital – ou seja, fazer um IPO para ter ações negociadas em bolsa de valores.
A pesquisa mostra ainda que a maior parte dos empresários está confiante em relação ao desempenho das vendas em 2019 – 16% dizem que deve ser mantido o patamar atual e 69%, elevado.
Outros 46% dizem que vão aumentar investimentos em equipamentos, enquanto os que pretendem diminuir são apenas 6%.
Fonte: DCI - 13/11/2018
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Apesar do momento de incertezas no mercado, as empresas brasileiras acreditam que, até 2020, conseguirão ampliar a receita líquida e o patrimônio. Pesquisa realizada pela consultoria Deloitte, em parceria com o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri), aponta que 92% acreditam no crescimento. Já 80% dos pesquisados planejam ampliar seus ativos permanentes.
O estudo, contudo, foi realizado entre os meses de abril e maio, antes da greve dos caminhoneiros e do aumento da volatilidade do mercado, que também cresceu por fatores externos, como o acirramento da guerra comercial entre China e Estados Unidos. “As empresas devem ficar mais cautelosas, mas não muda a tendência”, afirmou o diretor-presidente do Ibri, Guilherme Setubal Souza e Silva, em coletiva de imprensa.
O levantamento contou com a participação de 224 profissionais, sendo 167 da área de finanças, controladoria, contabilidade e novos negócios; 35 de relações com investidores, 19 da área de gestão de fundos e carteiras de investimento e de reorganização de empresas; além de quatro juízes.
Outro dado apontado pela pesquisa foi que, entre os anos de 2015 e 2017, 59% das empresas ampliaram o movimento de renegociação de dívida com seus clientes. Já 57% acreditam que essas negociações devem crescer ao longo dos próximos dois anos. O levantamento mostra que 97% das empresas consultadas não venderam sua carteira de clientes inadimplentes.
A negociação com fornecedores também entrou na linha de frente das companhias. No período estudado, 45% intensificaram a renegociação de contratos com fornecedores. Já a renegociação com as instituições financeiras foi um caminho escolhido por 27% das empresas, entre o período de 2015 e 2017. A projeção, segundo a Deloitte, é de que esse número se mantenha até 2020.
Ainda para o intervalo de 2018 a 2020, as empresas consultadas têm a expectativa de, por exemplo, reduzir o endividamento.
Nos últimos anos, as empresas aprimoraram a gestão de governança, para enfrentar o período de crise, melhoraram a gestão de riscos, realizaram uma revisão sobre o retorno de seus ativos e, por fim, desenvolveram a forma de comunicação com o mercado e suas partes interessadas.
Fonte: Diário do Comércio - 21/06/2018
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A vida não-examinada não vale a pena ser vivida.
Sócrates
Você já ouviu falar de Viktor Frankl, autor de "O Homem em Busca de Sentido"? Ele foi um psiquiatra judeu que sobreviveu a campos de concentração.
Seu relato é assustador.
Em meio à experiência do horror absoluto, uma questão o intrigava: por que, dentre tantas pessoas que não conseguiram resistir, algumas sobreviveram? O que essas pessoas, inclusive ele mesmo, tinham de diferente?
A conclusão dele: o que permitiu a essas pessoas resistir às condições mais brutais foi um forte senso de propósito.
Um forte senso de propósito.
Você sabe qual a relação entre sentido, propósito, prazer e felicidade?
E como criar para você mesma(o) uma vida que vale a pena ser vivida?
O texto desta semana é inspirado no livro recém-lançado The Power of Meaning, de Emily Smith. Conheci as ideias dela através da incrível newsletter de um americano que chama Eric Barker.
Várias sacadas interessantes, com base em pesquisas científicas. A questão é como organizar a vida a partir do que realmente importa.
De acordo com a psicóloga, existem quatro pilares para uma vida plena de sentido e significado: Pertencimento, Propósito, Narrativa e Transcendência.
Saca só:
- A gente vive fugindo do fracasso, da perda, da ruína financeira -- da infelicidade. Mas, segundo as pesquisas, o que leva as pessoas ao suicídio não é a infelicidade; é a falta de sentido.
(E é por isso que a gente vê tantas celebridades que se matam ou se engajam em comportamentos autodestrutivos quando, aparentemente, teriam tudo para ser felizes)
- O que a gente costuma achar que nos traz felicidade -- como comer nosso prato de comida favorito, jogar videogame, fazer compras, dormir até tarde ou ter um carro lindão -- na verdade só produz picos de prazer.
Mas os picos de prazer logo passam e a gente sempre quer mais. Como acontece com qualquer viciado.
Ou seja, o que a gente persegue a fim de melhorar nossa vida é o que, na verdade, nos torna reféns.
- Por outro lado, o que tem sentido -- como se sacrificar por algo maior, doar-se para uma causa importante, organizar a própria casa ou local de trabalho, cuidar de plantas, pessoas e animais, esforçar-se para atingir objetivos de longo prazo e dar apoio a quem está sofrendo -- pode até ser inconveniente, irritante, desagradável ou penoso.
Ainda que seja incômodo, este é o tipo de ação que, se mantido por tempo suficiente, alimenta nossa alma. Quando você aprende a adiar a gratificação e tolerar o desprazer, são essas as atividades que, ao fim e ao cabo, vão fazer você se sentir mais inspirado(a), pleno(a) e conectado(a).
- Um dos quatro pilares do sentido na vida é a sensação de Pertencimento. Então, se você quer dar mais sentido a sua vida, observe como tem participado dos grupos a que pertence.
- Aí você pode, por exemplo:
- Engajar-se mais profundamente nos grupos de que você já faz parte
- Ingressar em um grupo de pessoas com quem você gostaria de conviver
Iniciar, você mesmo, um grupo de pessoas que se encontre regularmente em torno de alguma atividade, interesse ou hobby compartilhado (pode ser algo tão simples quanto um grupo de leitura, ou de jantar e bate-papo entre amigos, por exemplo)
- O segundo pilar da vida-que-faz-sentido é um senso de Propósito. Bem como tinha observado Viktor Frankl.
Agora, atenção: viver com propósito tem menos a ver com o que você faz e mais a ver com como você vê o que faz.
Por exemplo: talvez você tenha um emprego muito interessante... em uma indústria de cigarros. É possível que você até se divirta no dia-a-dia, mas pode ser difícil encontrar sentido naquilo ao olhar para trás, um dia, e perceber que a diferença que sua passagem pela Terra produziu no mundo e na vida de outras pessoas, basicamente, foi ajudar a enchê-los de cigarros.
Então, que sentido você dá para o que você faz? Que tipo de mundo você está ajudando a criar? É um mundo que está alinhado com seus valores mais profundos?
- O senso de propósito geralmente envolve dois pontos principais:
- objetivos de longo prazo a partir dos quais você organiza seu dia a dia +
- acreditar que você está oferecendo uma contribuição única, que sua existência está fazendo a diferença no mundo, na vida de outros seres e pessoas.
- O terceiro pilar da vida plena de sentido são as Narrativas que tornam a vida e o mundo compreensíveis.
Como você vê a sua história de vida?
Pessoas com vidas cheias de sentido e significado tendem a descrever a própria trajetória como uma história de Redenção.
Sabe o que é isso?
São histórias de superação, em que você passa por sofrimentos terríveis, que porém adquirem um sentido especial quando você resiste, persiste e, finalmente, encontra a salvação. Aí você percebe que nada daquilo foi em vão. Você sente que só passou pelo que passou para acessar lições de vida valiosas. Lições de vida que, afinal, você precisava aprender -- e que serão fundamentais para a pessoa que você irá se tornar.
- Cultive o hábito de escrever a respeito de suas experiências de vida. Procure olhar para sua vida com outros olhos, mais humildes, generosos e amorosos com você mesmo(a) .
Dê novos contornos e re-signifique sua história de vida.
Troque de gênero: se você acha que está vivendo um grande Drama, um filme de Terror, Suspense ou Policial, experimente olhar para o enredo da sua vida como se fosse uma Comédia, um Documentário, um filme de Romance, Ação ou Aventura.
Como seria a mesma história, a sua história, em outro gênero?
(E se quiser investir em aprofundar essa prática, de escrever regularmente sobre seus sentimentos, pensamentos, projetos, lembranças e escolhas como forma de encontrar propósito e sentido na vida, você pode me perguntar sobre meu trabalho de Estudo Biográfico por meio da escrita)
- O último pilar da vida com sentido é a Transcendência. Em outras palavras, o sentimento de sagrado e a sensação de encantamento, não necessariamente ligados a alguma religião.
Como conectar essa dimensão fundante da experiência humana? Experimente:
- passar mais tempo na Natureza
- criar um altar pessoal com objetos de poder, portadores de histórias que te contam quem você é, fotos de entes queridos, antepassados e mestres espirituais
- cultivar o hábito de se deitar no chão e encarar as estrelas do céu noturno
- planejar viagens para estudar e apreciar in loco a arquitetura de templos e espaços sagrados
- ler biografias (ou assistir documentários) de seres humanos extraordinários
- manter-se aberta(o) aos símbolos e sinais da Vida
- buscar a bondade, a beleza e o sagrado nas paisagens, obras de arte, gestos espontâneos e ações intencionais de outros seres e pessoas no seu dia-a-dia
Então, a moral da história é a seguinte: a busca pela felicidade (sobretudo por meio do consumo ansioso) está tornando nossas vidas vazias e sem sentido.
A ponto de cada vez mais gente, especialmente jovens e idosos, cometerem suicídio, motivados pelo desespero de não encontrar sentido na vida.
Não se pode alcançar a felicidade buscando a felicidade; a felicidade genuína é algo que acontece a nós quando estamos distraídos fazendo coisas mais importantes. (Daí, acredito, a ideia de Graça, de ser tocado pelo Espírito Santo, na tradição cristã)
Não há nada de errado com o prazer, pelo contrário: sentir prazer é maravilhoso. (E é nesse ponto, na minha opinião, ao tratar o prazer como algo negativo e associá-lo ao sentimento destrutivo da culpa, que boa parte das religiões institucionalizadas pisam na bola)
O verdadeiro problema é deixar que a ânsia por prazer constante consuma a maior parte de seu tempo, de seu interesse e de sua energia, um lugar que, afinal, caberia a um projeto de vida enraizado no que toca a sua alma e dá sentido a sua existência.
Porque aí fica vazio.
O que vale a pena cultivar, na vida, não são doses cada vez maiores de prazer, nem a alternativa oposta de uma austeridade resignada; é estar próximo de quem a gente ama, investigar o que faz nosso coração se encher de alegria e tremer de pavor e encantamento diante do mistério da existência.
Fonte: Linkedin – 14/02/2017
Por André Camargo
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A população brasileira é realmente engajada aos programas de fidelidade? Para responder esta pergunta o Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC) realizou a pesquisa Opinião dos Consumidores sobre Programas de Fidelidade e os resultados mostram que, por mais que desejem, a grande maioria dos entrevistados (68%) ainda não participam de nenhum programa.
O desejo por participar de ações de fidelizações é demonstrado no levantamento, sendo que 92% gostariam ou gostam de participar e 84% acreditam que os programas de fidelidade oferecem grandes vantagens. A pesquisa ainda apontou que 84% dos consumidores que aderiram a programas compram frequentemente nas empresas onde são cadastrados.
Ponto interessante é que a maioria da população tem interesse prioritário por programas ligados a supermercados e farmácias. Foram 67% dos consumidores que afirmaram valorizar esses programas no caso de supermercados e no caso de drogarias 56%. Na sequência ficaram os grandes magazines com 23%, os restaurantes com 17% e as companhias aéreas com 15%.
Para a realização da pesquisa foram entrevistados 1.250 consumidores entrevistados presencialmente, via web ou por telefone das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Campo Grande, Goiânia, Vitória, Salvador, Recife, Fortaleza, Distrito Federal e Cuiabá, em uma parceria com o Instituto Axxus e a Unicamp.
“É interessante observar como os programas de fidelidades, que antes eram relacionados a produtos de um poder aquisitivo maior, agora encontram aceitação de um público mais amplo, tendo grande relevância em estabelecimentos que até então não se preocupavam com esse tipo de ação, como supermercados e farmácias. Reflexo é que observamos um crescimento muito grande no oferecimento desse tipo de ação de fidelização e quem ganha é o consumidor que usufrui de benefícios”, afirma Rodnei Domingues, do IFEPEC.
Tipos de programas
O estudo também apontou a existência de basicamente cinco tipos de programas de fidelidades, são eles:
- Programas de coalisão, administradores de variadas plataformas baseadas em pontos obtidos nas compras em rede credenciada.
- Programas de fidelidade baseado em descontos diretos.
- Programas de fidelidade baseado em gratificação surpresa e bonificação de produtos/serviços.
- Programa de fidelidade baseado em grupos de alto potencial de consumo dos produtos ou serviços.
- Programa de fidelidade baseado em benefícios diversos ou dinheiro de volta.
Fonte: Portal Newtrade - 16/10/2017