Acessar Registrar

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim

Criar uma conta

Todos os campos marcados com asterisco (*) são obrigatórios.
Nome *
Nome de usuário *
Senha *
Verificar senha *
Email *
Verifar email *
Captcha *

Gestão e Negócios

cervesia gestao negocios

lider caracteristicas

“As pessoas não querem que seu chefe seja seu melhor amigo. Elas querem um líder que apoie seu sucesso e as ajude a conquistar suas metas”. Foi o que afirmou Brian Scudamore, fundador e CEO da O2E Brands, em um artigo publicado na Inc. De acordo com o executivo, é melhor ser um chefe que todos respeitam do que um amigo de toda a equipe.

Scudamore chegou a essa conclusão depois de tentar “ser um chefe legal e criar um ambiente divertido para o trabalho” no começo do seu negócio. “Meus esforços saíram pela culatra: toda vez algo dava errado. Era quase impossível dizer aos meus ‘amigos’ que eles estavam falhando”, diz o executivo. “Percebi que não os conduzi ao sucesso. Agindo primeiramente como amigo, falhei em ser o bom líder que eles precisavam”.

O CEO percebeu as pessoas realmente precisam de um chefe honesto e respeitoso, que trate todos de maneira igual e que dê feedbacks úteis. Pensando nisso, o executivo dá quatro dicas para que você se torne um líder efetivo:

1. Estabeleça limites

Scudamore explica que como passamos a maior parte de nosso dia no escritório, é natural que criemos um relacionamento com colegas de trabalho. Mas é preciso definir limites desde o primeiro dia. Em sua empresa, por exemplo, o executivo conta que as pessoas encontram um ambiente casual com líderes acessíveis. Mas avaliações regulares são feitas para entender o que está e o que não está funcionando. “Interações com os subordinados diretos devem ser sempre tratadas com profissionalismo e integridade”, sugere o CEO.

2. Evite o favoritismo

De acordo com o executivo, é muito importante evitar criar “favoritismo” em sua equipe. Caso os membros do seu time sintam que alguém está tendo um tratamento especial, isso prejudicará toda sua autoridade. “Seu trabalho é ser um líder objetivo que mantém todos remando juntos. Quando você trata todos igualmente, você se estabelece como uma fonte de amparo para qualquer conflito que surja”.

3. Ajude seus funcionários a definir e alcançar suas metas

Segundo Scudamore, gerentes que ajudam seus funcionários a definir e alcançar suas metas têm times mais engajados, produtivos e criativos. Na O2E Brands, são realizadas reuniões semanais para definição e revisão de metas. “Isso assegura que os gerentes estão de olho no que está acontecendo e que os times estão recebendo o suporte de que precisam”.

4. Conquiste o respeito de sua equipe

Para o CEO, é melhor ser um chefe respeitoso (e respeitado) do que ser o camarada de todo mundo. “Há um equívoco de que sua equipe vai te odiar se você não pegar leve com eles. Na verdade, ser um frouxo prejudica a lealdade do funcionário e sua produtividade”, diz Scudamore. “Um bom líder sabe quando é hora de relaxar e quando é hora de trabalhar duro. Se você encontrar esse equilíbrio, sua equipe irá te agradecer a longo prazo”.

Fonte: Época Negócios - 17/04/2018

monica flores

Mônica Flores, presidente do Manpowergoup para a América Latina

Provavelmente você já ouviu que para sobreviver na nova economia e no mundo em transformação pela tecnologia, as pessoas precisam aprender novas habilidades. Mas a imagem que veio à sua cabeça deve ter sido a de jovens na universidade, ou de recém-formados fazendo cursos online. Mas Mónica Flores, presidente do ManpowerGroup para América Latina, defende que essa visão tem que mudar. E rápido. “Quando se fala em habilidades, todo mundo pensa em jovens, mas isso não é só para os jovens. Os mais velhos também precisam aprender novas habilidades, precisam se acostumar com o mundo digital”, afirmou ela durante o Fórum Econômico Mundial para a América Latina. “Isso é um problema que pode afetar os governos, as empresas e a sociedade. Se não lidarmos com isso agora, teremos problemas à frente”, afirma.

No mesmo painel, Jennifer Artley, presidente do BT Group para as Américas, concordou. E lembrou que as dificuldades de relacionamento hoje no ambiente de trabalho são maiores do que nunca. “As pessoas estão demorando mais para se aposentar e entrando no mercado de trabalho cada vez mais jovens. Nunca tivemos tanta variedade de gerações nos escritórios como hoje”.

Ela disse que é preciso assegurar que estamos levando as pessoas junto com o avanço da tecnologia. “Não podemos falar em desenvolvimento tecnológico sem falar sobre as pessoas que trabalham hoje, e sobre o que elas vão fazer”, afirma. Nessa linha, ela defende que é preciso incentivar mais pessoas a entrar nas áreas de ciências duras, as chamadas STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática, na sigla em inglês). E não deixou de falar sobre a desigualdade entre homens e mulheres nessa área. “No Reino Unido, estamos investindo para treinar professores a estimular meninas a trabalhar com tecnologia”, conta. Jennifer afirmou também que já está sendo discutido a mudança da sigla STEM para STREAMD – incluindo robótica, arte e design. “Isso poderia abrir mais portas para as mulheres na área de tecnologia”, diz.

Para Mónica Flores, há também um preconceito na área tecnológica que muitas vezes limita o acesso delas ao mercado de trabalho. “As empresas dizem que querem encontrar os melhores talentos, não importa se sejam homens ou mulheres, mas quase nenhuma companhia tem uma estratégica específica para atrair mulheres”, afirma. “Precisamos de diversidade dentro das organizações, e ainda não temos isso”.

Também na discussão, Mauricio Cardenas, ministro das finanças da Colômbia, foi questionado sobre qual o papel do governo na busca pela solução desse problema. “Precisamos que as pessoas desenvolvam novas habilidades. Melhorar a educação básica não é suficiente para isso, precisamos melhorar o acesso à formação universitária ou técnica”, afirma. Segundo Cardenas, apenas 52% dos estudantes que concluem o ensino médio na Colômbia ingressam no ensino superior.

Quando alguém na plateia perguntou aos painelistas quais as habilidades necessárias no mundo atual, as respostas foram diferentes. Para Mónica Flores, é preciso ensinar soft skils, a habilidade de aprender continuamente – coisas que deveriam ser ensinadas na escola. Jennifer defendeu que no mundo de hoje a habilidade mais necessária – e que nunca poderá ser substituída pelos robô – é a capacidade de colaborar com outras pessoas e de trabalhar em equipe. Angel Melguizo, economista-chefe da unidade da América Latina da OCDE, afirmou que deveríamos estar ensinando “tarefas, e não empregos”. “Ninguém sabe quais serão os empregos do futuro, mas podemos adaptar as tarefas”, afirma.

Fonte: Época Negócios - 16/03/2018

amazonar se cervesia

O mundo está mais acelerado do que nunca. Thomas Friedman, colunista do The New York Times, defende que há três acelerações que explicam o mundo hoje: das mudanças climáticas, mercado e lei de Moore – que dita que a capacidade dos computadores dobra a cada dois anos. “Essas três acelerações estão interagindo e mudando o mundo em cinco áreas: política, geopolítica, mercado de trabalho, ética e comunidade”, afirma.

Durante evento realizado na Amcham nesta quinta-feira (01/03), Friedman falou sobre como o mundo está sendo redesenhado por essas acelerações. Como resultado da Lei de Moore, diz Friedman, a velocidade de avanço das tecnologias superou a capacidade humana. Segundo ele, a habilidade humana cresceu gradualmente ao longo da história, enquanto a tecnologia pouco evoluiu até o século XX. Mas a partir desse ponto, o avanço tecnológico começa a se acelerar. “Estamos em um momento em que tecnologia está evoluindo mais rápido do que a capacidade humana”, afirma.  

Para lidar com isso, Friedman defende que as pessoas precisam aprender mais rápido e os governos precisam governar de forma mais inteligente. Ele afirma que o ponto de inflexão foi 2007 – ano em que a Apple lançou o primeiro iPhone, em que os softwares que serviram de base para a computação em nuvem e big data foram lançados, o ano em que o Google lançou o Android e a Amazon começou a vender o Kindle. Foi quando a IBM lançou o Watson, quando o AirBnB foi fundado, e o custo do sequenciamento de DNA e da energia solar começaram a cair. “Foi o principal ponto de transição da tecnologia desde Gutenberg, e ninguém percebeu. Porque em 2008 tivemos a maior crise desde 1929”, diz. “Isso criou um gap entre a tecnologia física e a tecnologia social. Foi quando nasceram muitos dos eleitores de Donald Trump e do Brexit”.

Para lidar com isso no mercado de trabalho, diz Friedman, é preciso encontrar uma forma de transformar a inteligência artificial em assistentes artificiais, que possam ajudar os trabalhadores. Ele deu exemplos de empresas que já estão trabalhando nisso e na formação de seus profissionais nas habilidades requeridas. A AT&T, por exemplo, fez uma parceria com a Udacity para ajudar os funcionários a adquirirem habilidades específicas que são importantes para que façam seu trabalho. “Basicamente, eles querem funcionários que estejam dispostos a aprender a vida inteira. Esses poderão trabalhar na empresa a vida toda”, diz. “Ninguém mais pode se formar e depender só do diploma. O que você aprendeu no primeiro dia de aula na faculdade vai estar ultrapassado já no seu quarto ano”.

Outro exemplo que ele deu foi o de um aplicativo que mede as habilidades e conhecimentos dos profissionais que estão buscando um emprego, e os conectam com empresas que buscam pessoas com essas capacidades, mesmo que não tenham diplomas específicos. “Por causa desse algoritmo, uma mulher que trabalhava como motorista e help desk em um escritório de advocacia, ajudando os advogados a recuperar senhas perdidas, conseguiu um emprego na área de tecnologia na Mastercard. Ela tinha estudado engenharia por três anos e meio, mas teve que largar a faculdade por motivos familiares. Hoje, ela tem um bom cargo na área de tecnologia da empresa, mesmo que ainda não tenha um diploma”, conta Friedman.

Globalização

As acelerações de que fala Friedman também tiveram efeitos na geopolítica e na globalização. A globalização, diz ele, não é mais a movimentação de contêineres pelo mundo – “isso era a globalização para os nossos avós” – mas o fluxo de dados e conhecimento. “Passamos da era do mundo interconectado para o mundo interdependente”, diz. Nesse novo mundo, a economia chinesa em queda é mais perigosa do que a ascenção do país. “Se a China tomar amanhã mais seis ilhas no Mar do Sul, isso não me importa nada”, diz.

Política

Para o colunista, os políticos ainda não se adaptaram à nova lógica criada por esse mundo acelerado. “A oposição hoje não é mais capital versus trabalhadores, e nem entre esquerda e direita”, diz.

Friedman defendeu que se fosse criar uma campanha política atualmente, seria a favor de aumentar as redes de proteção social, para ajudar a população a se adaptar aos avanços tecnológicos e a suas consequências no ambiente de trabalho. Por outro lado, incentivaria o empreendedorismo e o mercado. Diz que acabaria com os impostos sobre as empresas, mas criaria taxas para emissões de carbono, açúcar e armas. “O problema é que na lógica da política de hoje, ou você é a favor de redes de proteção social, ou é a favor do empreendedorismo e das empresas”.

Fonte: Época Negócios - 02/03/2018

Com 140 mil lojas no País, 70% delas de pequeno porte e gestão familiar, o varejo de materiais de construção vem passando por transformações importantes durante a pandemia. Nos últimos dois meses, o percentual de consumidores que compram online algum produto de material de construção saltou de 24% para 40%, mas esse é um setor ainda pouco digital. Segundo a Anamaco, nas compras online a ferramenta mais usada é o envio de e-mails para a loja, seguida por deixar os dados para que a loja retorne o contato. A compra no e-commerce tradicional é apenas o terceiro meio mais usado.

Com barreiras como prazos longos de entrega e valor elevado de frete, além de itens que normalmente demandam um atendimento mais consultivo, o setor de materiais de construção tem um longo caminho a percorrer em sua transformação digital. “Essa não é uma agenda somente de grandes empresas, e sim de negócios de todo porte”, afirma Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), durante live realizada pela Votorantim Cimentos nesta semana. “O que muda são as aplicações. O que funciona para um grande home center em uma capital não pode ser aplicado da mesma forma em um pequeno lojista do interior”, comenta.

O executivo alerta que a digitalização dos negócios não pode mais ser associada à criação de uma plataforma de e-commerce. “O e-commerce é uma alternativa digital, e talvez possa nem ser a mais importante para o seu negócio. Aplicativos de mensagens como o WhatsApp e as redes sociais são exemplos de ferramentas que têm crescido muito como alternativas para alcançar o consumidor onde ele estiver”, explica.

Mude a forma de fazer varejo

Mais importante que pensar no uso de uma ou outra ferramenta digital é entender que é preciso mudar a forma de se fazer varejo. “Aquele modelo de loja que abre de manhã e fecha à noite esperando o cliente ir buscar produto morreu. Já vinha morrendo, o Covid-19 só acelerou isso”, afirma Terra. Para ele, a loja física precisa existir, é importante no relacionamento com o cliente, mas não pode mais ser passiva. Isso faz com que o papel dos vendedores mude. “Eles passam a usar a base de clientes para contatá-los ativamente, pelas redes sociais e WhatsApp. Os vendedores precisam buscar o cliente fora da loja, interagir com eles no digital para levar para o físico. É uma maneira diferente de pensar o relacionamento com o consumidor”, diz.

Para atender clientes com hábitos cada vez mais digitais, as empresas precisam acompanhar essa evolução. “Quanto menos iniciativas digitais um varejista tem, mais distante ele está do consumidor”, comenta Terra. Para ele, empresas de qualquer porte precisam investir na transformação digital. E não precisa ser algo complexo. “Dada a sua realidade de mercado e sua maturidade digital, defina algumas poucas iniciativas e coloque para funcionar. Aprenda com os erros e faça tudo de novo, melhorando sempre a cada nova iniciativa”, explica.

Transformação digital também não precisa começar com grandes investimentos. “É incrível a quantidade de empresas que não está no Google ou está com dados desatualizados nele. Os consumidores estão acostumados a buscar lojas perto de onde elas estão. Se o seu negócio não está no Google, você não aparece para esse público. O custo de mudar essa situação é zero”, exemplifica. Montar um catálogo em PDF com os produtos mais vendidos e enviar para os melhores clientes por WhatsApp também tem um custo muito baixo e pode gerar resultados imediatos. “O lojista precisa digitalizar seu negócio. Não precisa começar pelo perfeito: é importante começar com o que é possível fazer e então ir melhorando. Você pode fazer de tudo no digital, desde que teste, aprenda e corrija rápido o que não funcionou. Por isso, quanto antes começar, melhor”, completa.

 

Fonte: SBVC - 01/06/2020

tecnologia carreira 06 11 2018

Por Leonardo Trevisan, professor da PUC-SP

O inevitável rumo da automação nas empresas não gerou só mudanças tecnológicas. O modo de selecionar pessoas, de acelerar carreiras e até de se relacionar com o consumidor mudou. E muito. Até mesmo o perfil de habilidades exigido de todos é outro. Tanto faz se fica perto ou longe do CEO. Ele, inclusive.

Com a pesquisa Hays Global Skills Index realizada em 33 países, a Hays, em parceria com Oxford Economics, mostrou forte desencontro entre as habilidades pedidas pelas empresas e as oferecidas pelos trabalhadores. Ou, vagas existem, mas não são preenchidas. A novidade maior do estudo não está em dizer que essa distância é muito alta em países como o Brasil, fato bem conhecido. Nova é a evidência de que em 16 dos 17 países europeus pesquisados cresceu o número de vagas não atendidas porque as habilidades requeridas não eram encontradas.

Quanto mais as empresas aceleram a mutação tecnológica, maior o gap entre oferta insuficiente e procura insatisfeita por habilidades. Em todos os níveis da organização. A busca por executivos familiarizados com ambiente tecnológico em constante evolução também enfrenta problemas crescentes.

O novo ambiente de negócios depende tanto da convivência amigável com os dados que a inteligência artificial emite de modo ininterrupto, quanto da agilidade em reagir rápido a mudanças sucessivas. Clarke Murphy, executivo de importante empresa de recrutamento de primeiro escalão, a Russel Reynolds, resumiu: “o tempo de resposta (dos executivos aos novos problemas) está bem mais curto”. E explica: “antes existia um tempo para planejar e produzir um lançamento de produto”. Com a automação crescente, “isso, apenas acabou”.

Lidar com essa rapidez de mudanças que a produção baseada em dados (tanto na indústria como em serviços) exige outro tipo de habilidade. Os conselhos querem um CEO capaz de entender melhor o futuro. Esse perfil demanda requalificação constante, sinônimo adequado para atenção à “atualização de sistemas”. Nada diferente do que se pede ao trabalhador.

Esse cenário de mudanças ininterruptas chegou ao ambiente de consumo. Artigo da The Economist sobre os novos consumidores mostra que prioridades são bem diferentes. Quem quiser sobreviver terá de se adaptar ao que a revista chamou de “transparência radical”. Exemplo: na Califórnia, fabricante de roupa vendidas on line faz enorme sucesso mostrando como cada roupa é feita e quanto lucro gera. Nesse artigo, os millennials (nascidos entre 1980 e 2000) são tidos como muito úteis às empresas para convencer todos que experiências são mais importantes que “coisas” para gerar lucros crescentes. Este texto está em: https://blendle.com/i/the-economist/millennial-longing/bnl-economist-20181005-8da238b20c3

“Transparência radical” chega cada vez mais perto da demanda por novas habilidades. Sem qualquer exceção na hierarquia das empresas. E muito menos na projeção de carreiras.

Fonte: Estadão - 06/11/2018

sucesso trabalho 08 03 cervesia

O executivo João Lúcio Azevedo Filho diz que seu maior orgulho é ter participado do processo de crescimento da Cognizant Brasil, que preside desde 2012. “Quando entrei na empresa, éramos 30 funcionários e tínhamos um cliente. Era basicamente uma sala com 30 pessoas, não parecia uma multinacional, uma grande empresa de consultoria, e eu tive a oportunidade de fazer esta empresa chegar a 1.300 funcionários e a mais de 40 clientes ativos no Brasil. O esforço que isso demandou, não só meu, mas de todos os colaboradores, é um orgulho muito grande.”

A Cognizant, que entrou no Brasil em 2009, foi fundada nos Estados Unidos em 1994. Hoje, está presente em 40 países e tem 260 mil funcionários. Segundo o dirigente, o faturamento em 2017 deve ficar em torno de US$ 14,7 bilhões. “Nosso serviço é basicamente consultoria em negócios, consultoria em tecnologia, obviamente visando à transformação digital de nossos clientes”, conta Azevedo, que é formado em engenharia da computação pela Unicamp e tem MBAs pelo IBMEC e pela Kellogg School of Management (EUA).

Ele diz que sempre gostou de computação, e dos 12 aos 17 anos de idade deu aulas de computação em uma escola de informática. “E hoje, olhando para trás, eu vejo como isso me ajudou. Por desenvolver o raciocínio lógico e por dar aula, por falar em público.”

Outra atividade que o marcou, diz, foi o fato de ter trabalhando com vendas ainda durante a faculdade. “Essa experiência me trouxe um poder argumentativo, uma visão que eu não tinha antes. Isso me ajudou, de alguma forma, a moldar o que eu sou hoje.” A seguir trechos da entrevista.

O quer você considera como sua marca?

sucesso trabalho 08 03 cervesiaO que tento fazer para ser um diferencial meu, é não ser chefe, mas líder. O líder é diferente de um chefe. Este manda, cobra, mas não necessariamente está no mesmo barco. O líder manda, cobra, mas está no mesmo barco. Se algo for bem sucedido, ele é responsável, mas se não for, também é responsável. A forma de agir é diferente. Uma coisa que eu trago aqui para o dia a dia, é justamente essa mentalidade de estar todo mundo no mesmo barco. E o cliente também. Assim, se o projeto der certo, é para nós e para o cliente. Então, estamos todos juntos. E esse aspecto de liderança faz uma diferença muito grande no dia a dia. Move a pessoa em direção a um objetivo comum. Se você a convence, mostra para ela que faz sentido para a empresa, para a carreira, para o cliente, andar para esse objetivo comum, as pessoas vão por vontade própria e com mais garra e dedicação.  

Cite o que você considera como um grande aprendizado em sua carreira

Consultoria é basicamente pessoas, não há uma linha de produção, uma fábrica. Um segundo grande aprendizado (além de ser líder e não chefe) que procuro praticar é no processo de contratação. Eu sempre me deparava com a dúvida: contrato a pessoa mais experiente, aquela que talvez seja mais capacitada para o cargo, ou aquela que tem atitude mais positiva, uma atitude melhor, mas nem sempre é a mais experiente. E pelo que eu aprendi, em meus 22 anos de carreira, é que eu prefiro contratar as pessoas que têm atitude e visão, não necessariamente a experiência correta. Tendo atitude e visão correta, ela aprende, se desenvolve, cria experiência. O contrário, nem sempre é válido.

Então, você compartilha da ideia de que habilidade comportamental é mais importante do que o conhecimento técnico?

Compartilho. Claro que a experiência técnica é importante, é um diferencial. A pessoa que tem só experiência, mas não está disposta a aprender coisas novas, não está disposta a andar o quilômetro extra, ela não se destaca tanto quanto aquele que é menos experiente, mais está com ‘fome’, está querendo ir atrás das coisas. E hoje, dentro dessa transformação digital, tudo muda muito rápido. Os serviços que a Cognizant fazia há cinco anos não são os mesmos de hoje. É muito pouco tempo. Talvez daqui a dois, três anos, mude de novo. Então, o perfil do profissional que precisamos é daquele que hoje está joga basquete, amanhã toca violino. É alguém que se adapta rápido. E nós, como empresa, também temos de nos adaptar muito rápido. Então, por isso, que a atitude às vezes é mais importante do que a experiência.

Que dicas você pode falar para quem está chegando ao mercado de trabalho?

A primeira coisa que falo para todo mundo é que um bom profissional tem de se comunicar bem e tem de trabalhar de forma estética. Deixa eu explicar. Muita gente sai da faculdade e vai para o mercado e não sabe escrever um bom relatório ou um bom e-mail. Quando o cliente recebe isso, causa uma impressão ruim. O que você escreve, a forma como escreve, como você faz o seu relatório, o design do seu trabalho, faz muita diferença. Aquilo que você escreve é um reflexo do seu ser. Então, comunique-se bem e faça as coisas bem feitas do ponto de vista da aparência.

Algo mais?

A segunda coisa que falo para todo mundo é: tenha mentalidade empreendedora. Não é porque você trabalha em uma multinacional que tem horário para entrar e para sair, que você tem de ser o funcionário tradicional. Se você quer diferenciar, seja o seu projeto, a sua área, seja o que for, então, trate como se fosse o seu próprio negócio. E o cliente como se fosse o seu próprio cliente. Quando você consegue colocar essa sementinha na cabeça, seu trabalho fica melhor.

O que define o sucesso de uma pessoa?

O sucesso de uma pessoa não é definido pelo que ela faz no horário de trabalho, mas sim pelo que faz fora do trabalho. Durante o expediente, todo mundo é igual, todo mundo faz reunião, atende bem o cliente. É o que se faz fora do trabalho é que vai definir quem ela será no futuro. O que estuda, o que assiste, o que lê. É como ela se prepara para no dia seguinte ser diferente.

O que foi feito para a empresa crescer na sua gestão?

Quando eu entrei na empresa, em 2012, ela não tinha essa cultura do empreendedorismo, e criar isso foi parte do desenvolvimento da empresa. Mas como criar isso? Por meio de treinamentos? Por meio de exemplo? O que eu implementei aqui foi justamente ensinar por meio do exemplo, você fazer para que as outras pessoas possam ver você fazendo, e possam segui-lo e fazer igual ou até melhor do que você faz. Hoje, temos um time de liderança, um grupo de colaboradores que tem uma mentalidade muito empreendedora, e consequentemente acaba tendo sucesso e a empresa está crescendo de uma forma bem consistente. É o que me dá mais orgulho.

Fonte: Estadão - 08/03/2018

A pergunta “com que roupa eu vou?”, tema de um dos maiores sucessos do sambista Noel Rosa no carnaval de 1930, deixou de ser uma preocupação para grande parte das pessoas na hora de se apresentar ao trabalho. É crescente, nos últimos dois anos, o número de grandes companhias que aboliram o código de vestimenta e estilo e adotaram uma única regra: venha como você é – o que pode incluir tatuagem, piercing e cabelos exóticos.

Inspirado nas empresas de tecnologia do Vale do Silício (EUA), onde predomina a informalidade justamente para atrair jovens talentos e facilitar o processo de inovação, o movimento se espalha hoje entre companhias tradicionais de diferentes setores. Até os bancos – tradicionalmente um reduto mais formal – entraram nessa onda.

Quem circula pelos corredores da sede do Itaú Unibanco, no Jabaquara (SP), por exemplo, vê funcionários com estilos diferentes de se vestir, de todas as faixas etárias e cargos. “A gente não tirou o terno e substituiu pela bermuda”, diz Valéria Marreto, diretora de RH. Desde 2018, o banco deu liberdade para que os quase 100 mil funcionários se apresentem ao trabalho como eles são, mas observando o bom senso. Segundo ela, o fim da política de vestimenta é a peça de um projeto maior da transformação do ambiente de trabalho do banco, iniciado três anos atrás, para acompanhar a evolução da sociedade.

Na rede de fast-food McDonald’s, o sanduíche Big Mac pode ser igual em todos os cantos do mundo, mas não a atitude dos funcionários. No Brasil, do uniforme ao script na hora de oferecer o cardápio, cada empregado mostra sua cara. “Estávamos ficando para trás e, desde 2015, passamos a possibilitar que as pessoas colocassem mais coração nesse atendimento, que fossem mais elas mesmas”, diz o presidente, Paulo Camargo. A mudança teve reflexos no absenteísmo dos 50 mil funcionários, que caiu 75% em 4 anos, e na rotatividade, que recuou 50%.

A IBM foi outra empresa que decretou, em março de 2017, o fim da política de vestimenta. “Cada um vem como se sente bem, sabendo que está num ambiente de trabalho”, diz Christiane Berlinck, diretora de RH. Segundo ela, a produtividade dos funcionários aumentou e isso pode ser notado pelo maior envolvimento. “Quanto mais engajados, mais produtivos os funcionários são e mais negócios a gente gera.

“Na Totvs, do setor de tecnologia, 70% dos 7,5 mil funcionários nasceram após 1980 e são das gerações Y ou Z. “Eles não procuram um emprego, querem trabalhar, sentir-se bem, ter um propósito”, diz Rita Pellegrino, diretora de RH. Desde 2016, a empresa aboliu as regras de vestimenta, inspirada nas empresas do Vale do Silício, que, na opinião de Rita, foram sensíveis ao concluir que tanto faz se o funcionário usa terno ou bermuda: o importante é o que ele entrega no fim do dia. “Estamos diante de uma tendência crescente de informalidade”, afirma Glória Kalil, consultora de moda. Ao contrário do passado, quando a vestimenta indicava a classe social, hoje, diz ela, as pessoas se vestem para expressar a sua personalidade. As empresas, que precisam dessa mão de obra, sem alternativa, estão mudando.

 

Fonte: Época Negócios - 25/03/2019

Subcategorias

guia fornecedores

News mais lidos