Gestão e Negócios
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MUITOS ACHAM BOBAGEM, MAS O ACONSELHAMENTO DE UM PROFISSIONAL DE PSICOLOGIA TAMBÉM TORNARÁ A TRANSIÇÃO DE CARREIRA MENOS TRAUMÁTICA POSSÍVEL
A falta de perspectivas, crescimento profissional e visão do futuro faz com que muitos profissionais fiquem desmotivados e pensam em realizar uma transição de carreira. Pode parecer fácil, simplesmente procurar outra área de interesse e se aventurar, mas na opinião do coach e consultor de carreira Emerson Weslei Dias, é importante fazer uma reflexão sobre o que levou a desmotivação antes de jogar tudo para o ar.
Dias explicou que a primeira coisa a ser feita nesses momentos é encontrar o motivador dessa mudança de carreira. “Ter isso bem claro é muito importante, pois ajuda a montar um planejamento para a transição. Uma mudança não pode acontecer só porque “encheu o saco”, é preciso investigar se não é apenas uma fase ruim na carreira atual, ou ainda um mau relacionamento com as pessoas e com a organização onde se está”, diz.
PESQUISE ANTES
Após identificar a raiz do problema e da insatisfação, Dias explica ser necessário pesquisar e entender sobre o novo setor que pretende atuar. “Mudanças sem rumo não tem muita garantia de sucesso. Quando você estrutura a mudança, tem chances de ir avaliando ao longo do tempo se é lá mesmo que você quer estar”, afirma.
Outra medida a ser tomada por quem quer investir em uma nova carreira e se preparar financeiramente, já que a nova empreitada vem acompanhada de um cargo menor, como profissional júnior e salário também. O coach fala que esse processo de mudança é de curto prazo, cerca de dois, e fazer uma reserva financeira é fundamental.
Muitos acham bobagem, mas o aconselhamento de um profissional de psicologia também tornar a transição de carreira menos traumática possível. “A incerteza sobre quanto tempo pode demorar a ter novamente uma estabilidade e um bom rendimento pode demandar muita energia física e mental. O apoio de um médico ou psicólogo pode ser útil nesse momento”, sugere Dias e completa ao afirmar que ter o auxílio de um coaching de carreira também é uma boa medida neste período transitório.
Emerson Weslei Dias listou algumas ações que devem ser tomadas antes da decisão de investir em uma nova carreira; veja:
– Tire férias ou alguns dias de descanso para ter certeza de que a insatisfação não é apenas cansaço;
– Liste seus hobbies e algumas carreiras que mais lhe agradam;
– Converse com pessoas que já atuam na nova área pretendida e pesquise para saber das reais condições de trabalho;
– Leia histórias inspiradoras de pessoas que mudaram de vida;
– Não haja com impulso. Caso esteja certo da decisão, faça um planejamento;
– Não pense na idade como um fator limitante. Nunca é tarde para mudar de carreira.
Fonte: Economia – iG
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A quarentena transformou os critérios levados em conta pelos consumidores ao escolher um varejista. Segundo o Relatório Varejo 2021, publicado pela plataforma de pagamentos Adyen, 82% dos entrevistados brasileiros concordam que pagar bem os funcionários, contribuir para a comunidade e se preocupar com o meio ambiente se tornaram temas de maior relevância durante a pandemia.
Esse fator ganhou tanta importância que 73% dos entrevistados afirmaram que mudariam o seu trajeto para comprar de um negócio que se engajou socialmente no ano passado.
Outra preocupação que marcou principalmente os primeiros meses da pandemia, quando uma maior parte da população estava seguindo o isolamento social à risca, foi a sobrevivência dos pequenos e médios negócios locais, que muitas vezes não tinham ainda uma operação online.
Entre os entrevistados, 71% afirmaram que comprariam mais de negócios locais por desejarem que eles permanecessem abertos. E 76% dizem pretender continuar comprando de varejistas com os quais contaram durante a pandemia. O Relatório Varejo 2021 entrevistou de forma online 2 mil consumidores de todas as regiões brasileiras.
Experiências de compra ruins
Dados coletados anteriormente pela Adyen mostram, também, que experiências de compras ruins geram mais de US$ 2,5 trilhões de perdas às empresas. Desse total, US$ 481 bilhões são resultado de produtos fora de estoque; US$ 370 bilhões, de filas longas; e US$ 251 bilhões, de falta de opções cross-channel.
“O varejistas vêm se esforçando, há muito tempo, para criar pontos de contato com os clientes: loja física, loja online, aplicativo. Mas o advento das compras digitais levou muitos clientes que só compravam na loja física a comprar na loja online, e a experiência de pagamento da loja física ainda tem muito atrito”, afirma o lead de Produtos para Varejo da Adyen para a América Latina, Rodrygo Moço.
Ou seja: por causa das facilidades do mundo online, os clientes estão mais exigentes também no físico. “O omnichannel está na moda há muito tempo, mas muitos varejistas entendem isso apenas como: ‘tínhamos só loja física e agora precisamos outro canal de contato’. Eles se esquecem de integrar os pagamentos, que influenciam bastante no funil de conversão e na experiência. E, se na hora do pagamento o cliente tiver uma experiência ruim, ele não volta mais.”
Entre as empresas atendidas pela Adyen no Brasil, estão Amaro, MadeiraMadeira, Uber, 99, Magazine Luiza e Via Varejo.
Fonte: New Trade – 04/03/2021
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ALINHADOS ÀS TENDÊNCIAS DO RESTO DO MUNDO, LÍDERES DE TECNOLOGIA NACIONAIS MIRAM A INOVAÇÃO PARA O NEGÓCIO E A MELHORIA DE PROCESSOS JÁ EXISTENTES
A pesquisa CIO Global 2016-2017 – realizada pela Deloitte em 48 países, incluindo o Brasil – revelou uma mudança nas prioridades de desenvolvimento de negócios das áreas de TI (tecnologia da informação), do item “desempenho do negócio” para “foco nos clientes”. Entre os CIOs (Chief Information Officers, título dado aos líderes de gestão tecnológica das empresas) que participaram do levantamento internacional, 57% apontaram a clientela como principal elemento de atenção de sua gestão, 12 pontos percentuais acima dos 45% indicados na pesquisa anterior (2015-2016). No estudo passado, a prioridade apontada pelos entrevistados era o crescimento da empresa, com 49% de citações. No atual estudo, este item teve o percentual reduzido para 44%.
Em oito dos dez grupos de atividades empresariais representadas na pesquisa (*), o item “clientes” surgiu como grande prioridade segundo a opinião dos CIOs entrevistados. No entanto, somente 45% dos líderes de tecnologia disseram que sua área está envolvida na entrega de competências capacidades de TI à experiência do cliente. Além disso, 28% dos entrevistados consideram que as empresas em que trabalham estão abaixo da média no conjunto de suas competências digitais.
Os resultados da pesquisa também mostram que 78% dos CIOs afirmam que alinhar o seu setor à estratégia de negócios e às metas de desempenho é a principal capacidade de TI essencial para o sucesso desses profissionais no cumprimento de suas atividades. A seguir é citada a execução de projetos de tecnologia, com 55% das referências, e visão e estratégia para os negócios, em terceiro (50%).
A pesquisa deste ano identificou importantes lacunas existentes entre as expectativas de negócios e as capacidades de entrega das áreas de TI em serviços-chave, como inovação e cibersegurança.
Dos CIOs entrevistados, 61% identificam o tema cibersegurança como prioridade principal para suas organizações. O problema é que somente 10% dos participantes da pesquisa relatam que este tema, associado à gestão de riscos, é de fato a principal prioridade de TI nas empresas em que atuam.
Além disso, para 57% dos CIOs, suas empresas têm a expectativa de que eles ajudem na inovação dos negócios e no desenvolvimento de novos produtos e serviços. Porém mais da metade dos entrevistados (52%) afirma que o desenvolvimento da inovação e de soluções disruptivas simplesmente não existe ou não vem sendo aplicado em suas organizações.
Chaves para o sucesso do CIO
A pesquisa deste ano também revelou que as características dos CIOs são bastante semelhantes. Entre os entrevistados, 67% compartilham os sete principais traços de personalidade/estilos de trabalho de um líder de tecnologia. Estes incluem adaptar-se facilmente a novos ambientes (90%), focar no objetivo ao invés da emoção quando se está trabalhando com outros (81%), ser pioneiro na adoção de novas tecnologias (81%), tomar a direção (78%), pensar globalmente (76%), tolerar confrontos (75%) e encarar riscos (75%).
Entre outras conclusões do estudo, destacam-se também:
· 82% dos CIOs dizem que os gastos com sistemas legados e modernização central irão aumentar ou se manter constante ao longo dos próximos dois anos, sinalizando a enorme transformação ‘back-end’ em curso para apoiar as demandas ‘front-end’ dos clientes;
· 64% dos entrevistados esperam que os gastos com tecnologia em cibersegurança vão aumentar nos próximos dois anos, mas apenas 37% escolheram cibersegurança como uma capacidade de TI chave para o seu sucesso; e
· Em resultado equilibrado, boa parte dos líderes de tecnologia relata manter relações mais fortes com CEOs (Chief Executive Officers, ou presidentes de empresas, com 62% das citações) e com os CFOs (Chief Financial Officers, ou diretores financeiros, também com 62%). Já em relação ao reporte direto de sua atuação, 35% dos pesquisados disseram que se dirigem aos CEOs, enquanto que 20%, aos CFOs.
Resultados entre os brasileiros
O Brasil mantém a tendência mundial na distribuição dos perfis dos entrevistados. Apesar de a maior parte ainda priorizar a operação, está ocorrendo, em relação à edição anterior da pesquisa, uma migração significativa do foco para as áreas de negócio – o que é o primeiro grande passo para a transformação organizacional. Dos brasileiros participantes da pesquisa, 52% se intitulam no perfil do “operador confiável”; seguidos por 36% de “cocriadores de negócios”; e 12% de “instigadores de mudanças”.
Mesmo assim, ainda há diferenças em relação à assertividade da evolução nesse sentido. Enquanto que 57% dos CIOs participantes da pesquisa global apontaram o cliente como principal foco do direcionamento de seu trabalho, este item aparece apenas na terceira posição entre as prioridades dos líderes de tecnologia brasileiros. Os entrevistados do Brasil estão mais preocupados com a gestão de custos, já que este foi o item a ser priorizado mais citado por eles, com 60% das referências, seguido por crescimento (55%) e clientes (51%).
Essa predominância é reflexo de uma tradição local de cobrança diária para que os CIOs brasileiros dediquem mais tempo à operação. Contudo, esse relacionamento não reflete o desejo dos líderes de tecnologia e quase 50% entendem a necessidade de adaptação de seu padrão à medida que a empresa se desenvolve em termos de tecnologia.
Fonte: Portal Newtrade – 01/02/2017
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Cursos, treinamentos, workshops e a troca de experiências com outros profissionais do ramo são essenciais para a construção de um novo profissional
Em mercados competitivos, são muitos os pontos que devem estar ajustados para a obtenção do sucesso. Para que esses aspectos fiquem alinhados ao objetivo do negócio, a presença que se mostra fundamental é a do líder. Mas quem realmente é essa figura? E como desenvolver qualidades que levem à liderança?
Recentemente, como diretor da Farmarcas participei de uma capacitação sobre liderança realizada pela Febrafar. Durante o evento, o coach Gilberto de Sousa apresentou a seguinte reflexão: “Líder é aquele o qual os demais elementos de um sistema (família, empresa, associação, etc.) escolhem seguir. É muito importante considerar que boa parte do sucesso do grupo depende da psicologia do líder, ou seja, da condição e do preparo desse para conduzir outros para a direção em que há a maior possibilidade de sucesso”.
Com base nessa mensagem cabe uma reflexão, hoje muitos se apressam em querer exercer imediatamente a função de liderança e, nesse momento, já ocorre um primeiro erro: um líder não é imposto, ele conquista seu espaço junto aos liderados. É por isso que, no mercado, existem muitos chefes e poucos líderes.
Outro erro muito comum é acreditar que manter o caminho que todos acham ideal é o certo, a famosa política da boa vizinhança. Na realidade, estar à frente de um grupo, muitas vezes, é ser contestado em suas decisões, mas saber que o rumo a ser tomado é de extrema importância para chegar aos objetivos finais.
Veja as dicas que preparamos para você se tornar um bom líder:
1. O primeiro ponto do líder é a paixão, pois, ao ver que ele realmente realiza suas ações com prazer, os liderados acreditarão no projeto. Se isso não ocorre, não haverá inspiração e entusiasmo;
2. Não pense apenas na popularidade, pois muitos profissionais podem confundir os papéis de amizade e liderança. Na verdade, o líder deve ser um guia que todos querem caminhar junto. É especialmente nas dificuldades que um líder se destaca, mostrando os caminhos certos a serem seguidos;
3. Sinceridade e ética são essenciais. É fundamental ser um profissional em que as pessoas confiem. Também é relevante demonstrar maturidade, com base em experiências passadas e teóricas, pois a busca pela melhoria e reciclagem deve ser contínua;
4. O líder não é perfeito, mas busca sempre se aprimorar. Ninguém sabe tudo e todos possuem muito a aprender. O líder sabe que deve ouvir os liderados e ter uma troca saudável de ideias;
5. Estar à frente é, muitas vezes, não ter medo de arriscar. Um líder que não busca o diferente está fadado a ser ultrapassado. É fundamental que se tenha audácia e posicionamento de opinião. Também é preciso assumir responsabilidade e culpas;
Capacitação e troca de experiências são o caminho para a excelência
Não existe caminho melhor para se tornar um grande líder do que a capacitação. Cursos, treinamentos, workshops e a troca de experiências com outros profissionais do ramo são essenciais para a construção de um novo profissional, capaz de coordenar uma equipe e caminhar para a evolução.
Fonte: Newtrade – O Portal do Comércio – 17/01/2017
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Que características precisa ter um executivo para triunfar no hipercompetitivo mercado de moda? Ousadia? Inovação? Agressividade? Para o gaúcho José Galló, presidente da varejista Lojas Renner, escolhida a empresa do ano por MELHORES E MAIORES, de Exame, o que conta mesmo é disciplina e obsessão pelos detalhes. São características que fazem com que a Renner, uma gigante que faturou 2,2 bilhões de dólares no ano passado com um lucro de 221 milhões de dólares, seja uma empresa sui generis em seu segmento. Entre as varejistas de capital aberto, a Renner é a líder em produtividade e em riqueza gerada pelo empregado.
Galló, hoje com 67 anos está à frente da companhia desde 1991, e prepara sua saída do cargo. É tão identificado com a Renner que analistas e executivos do setor costumam dizer que ele é o “dono de uma empresa sem dono”, já que a companhia é uma corporação com capital pulverizado na bolsa. Seu estilo de gestão, único, é um dos trunfos da varejista gaúcha. Abaixo, cinco características de liderança que ajudam a explicar o sucesso da Renner — e que podem inspirar qualquer negócio.
1- Viva a empresa
Em 2017, os seis diretores estatutários da Renner ganharam juntos mais de 30 milhões de reais em remuneração fixa e variável. Galló, portanto, poderia comprar roupas em qualquer loja do planeta. Mas usa ternos e sapatos Renner para trabalhar — os paletós podem custar menos de 200 reais nas lojas. Galló também tem o costume de visitar as lojas e anotar o que gostou, e o que não gostou. Também acompanha as tendências de moda e as coleções de outras empresas, faz anotações sobre o que vê nas ruas do Brasil e do exterior, e faz sugestões à equipe. Depois, repassa suas impressões à equipe em reuniões quase diárias. Numa delas, acompanhada por EXAME, falou sobre o desgaste na pintura de um móvel e um vestido que parecia fora do lugar. “Minha mensagem é mostrar que, se o presidente da empresa tem essa atitude, o diretor tem de ter e o gerente-geral também”, diz.
2- Sonhe grande
Rei do detalhe, Galló sempre fez com que a Renner sonhasse grande. A empresa vale hoje sete vezes mais que sua antiga controladora, a varejista americana JC Penney. Quando vendeu suas ações, em 2005, a rede americana valia 17 vezes mais. Os executivos não comentam o ritmo que pretendem dar a expansão internacional. No memorial, uma espécie de museu em um novo prédio da sede da companhia, impressiona a frase que resume a missão da Renner: “Ser a maior varejista de moda das Américas”.
Das Américas? “Temos que sonhar grande, mas não quer dizer que vamos para os Estados Unidos tão cedo”, diz Osvaldo Schirmer, presidente do conselho de administração. “É lógico que no primeiro olhar América significa nossa América Latina, não significa Estados Unidos no momento, a curto prazo. Neste momento, estamos no Uruguai vendendo 40% a mais do que esperávamos”, diz Galló. “Para atuar ali na fronteira, tivemos de investir 20 milhões de reais na atualização de 146 processos e 520 subprocessos e levamos mais de dois anos para isso. Mas hoje já temos uma plataforma em espanhol para atuar em outros países”.
Hoje com 527 lojas, a Renner projeta chegar em 2021 com 875 unidades (entre Renner, Camicado e Youcom — sem contar Ashua). As cinco maiores varejistas de vestuário, calçados e acessórios tem apenas 15% de participação do mercado estimado pela empresa de pesquisas Euromonitor em 100 bilhões de reais, e ainda muito informal.
3- Não tenha pressa
Apesar de estar há 26 anos no comando da Renner, Galló teve experiências anteriores que o ajudaram na formação. Muitas delas não têm relação direta com o posto que veio a assumir, mas todas elas ajudaram a moldar seu estilo de liderança e gestão. Em 1991, Galló foi contratado como consultor por Cristiano Renner, neto de A.J. Renner e diretor presidente da Renner, para um trabalho de três meses de consultoria estratégica. Nascido em Galópolis, bairro de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha derivado do sobrenome de seu avô Hércules Galló (ex-prefeito de Caxias do Sul), Galló tinha até então apenas uma experiência prévia como consultor. Havia resolvido um problema de estoque de uma rede local de lojas de vestuário.
Formado em administração pela Fundação Getulio Vargas de São Paulo, ele trabalhara durante quase vinte anos como empreendedor, sócio e responsável pela parte comercial de uma varejista de eletrodomésticos e móveis de Porto Alegre, e de uma indústria de embalagens e peças de plástico a qual fundou com um amigo em Caxias do Sul. Depois de trabalhar três meses na elaboração do planejamento estratégico e reposicionamento da Renner, Galló foi convidado para executar o projeto, assumindo o cargo de diretor superintendente.
4- Cuidado com modismos de gestão
Galló costuma dizer que definiu em 1991 a proposta de valor da Renner e “apenas fomos acrescentando algumas palavras ao longo do tempo”. O plano era vender roupas com preços acessíveis para mulheres de 30 a 40 anos que compram para toda a família. Ao contrário do que passaram a fazer os concorrentes, nunca contratou estilistas renomados, nem celebridades para as campanhas, nem inaugurou lojas-conceito. Não costuma acelerar bruscamente a abertura de lojas quando o vento está a favor, nem pisar no freio quando o cenário muda. Galló mantém hábitos espartanos, e incentiva a equipe a segui-los. Os diretores trabalham com as luzes apagadas durante o dia, e se servem de café da garrafa térmica.
5- Treine a equipe. Depois treine mais
Um dos pontos que diferenciam a Renner da maioria das empresas brasileiras é o número de horas de treinamento por funcionário: 120 horas em média por ano, segundo a companhia. Enquanto a média no Brasil, segundo a pesquisa Panorama do Treinamento no Brasil de 2017, realizada anualmente pela associação do setor de treinamentos foi de 21 horas. Uma das iniciativas mais recentes nesse quesito é implementação do “RED” (vermelho em inglês, a cor da Renner) em alusão ao TED – famoso ciclo de palestras rápidas e dinâmicas. Especialistas em temas como tendências de moda, sustentabilidade, e vendas são contratados ou convidados para falar aos funcionários, que segundo a diretoria de RH, lotam o auditório com capacidade para 200 pessoas. “Todos os nossos funcionários tem de entender de moda e atendimento ao cliente porque é isso que nós fazemos”, diz Clarice Martins Costa, diretora de RH.
Em 2017, outro recurso lançado pela companhia, que investe desde 1999 em vídeos para se comunicar com os milhares de funcionários, é um aplicativo de celular com treinamentos. Em maio de 2018, um convênio de cooperação assinado com o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS servirá para introduzir treinamentos em tecnologias de ponta. Bem como realizar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação para o varejo, marketing e big data, que já estão em andamento.
Fonte: Exame.com - 17/08/2018
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A terceirização é um assunto que gera muita dúvida na população, pensando nisso Bruno Gallucci – Advogado especialista em direito do trabalho, respondeu as principais dúvidas sobre o assunto. A opção pela terceirização, é um direito da empresa, que pode escolher qual a maneira mais conveniente de gerir seu negócio. É constitucionalmente permitido e acertadamente o Supremo Tribunal Federal decidiu a favor.
O que tem que ficar claro, é que os trabalhadores não estão “perdendo direitos”, ou seja, os direitos fundamentais se quer foram discutidos nessa pauta do STF. A bem da verdade, é que a terceirização é uma solução para economia aplicada em diversas potências mundiais. Independente do trabalhador ser terceirizado ou possuir vínculo direto com o tomador, a legislação trabalhista deve ser observada e em caso de descumprimento por parte do empregador, o empregado pode socorrer-se da via judiciária.
1- Com a ampla terceirização, na prática, quais são as mudanças?
A terceirização é um fenômeno utilizado em todo mundo e ocorre sempre que uma empresa (tomadora de serviços) contrata outra empresa (prestadora de serviços) para que seus empregados executem determinadas atividades.
Anteriormente a Lei 13.467/2017 “reforma trabalhista”, só eram permitidas a terceirização das atividades meio de uma empresa, por exemplo, limpeza e vigilância.
No entanto, após a reforma trabalhista, surgiu grande dúvida no tocante a esse tema, se seria permitido ou não terceirizar todas as atividades.
Recentemente, colocando fim ao tema, o Supremo Tribunal Federal se posicionou no sentido de que, é lícito a ampla terceirização, podendo as empresas agora terceirizar inclusive sua atividade fim.
2- O trabalhador perde algum direito trabalhista após a decisão do STF que autoriza a ampla terceirização?
A decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a terceirização não altera o regime da CLT. Portanto, entende-se que os trabalhadores terceirizados terão os mesmos direitos garantidos pela CLT, tais como 13º salário, FGTS, férias remuneradas, horas extras, e etc.
3- O funcionário terceirizado tem os mesmos direitos que os trabalhadores contratados de forma direta?
Todos os direitos previstos na CLT são iguais para todos os trabalhadores, sejam eles terceirizados ou não.
É responsabilidade da empresa contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores terceirizados ou não, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou local previamente estipulado em contrato.
No entanto, ocorre que a empresa tomadora não é obrigada a pagar aos empregados terceirizados os mesmos benefícios pagos aos seus empregados em decorrência de previsão em convenção coletiva, tais como vale refeição, plano de saúde, plano odontológico, dentre outros.
4- O Funcionário pode ser demitido e logo em seguida ser contratado por uma terceirizada para trabalhar na mesma empresa da qual foi dispensado?
O empregado demitido não pode ser recontratado como terceirizado dentro do prazo de 18 meses após o seu desligamento. Caso contrário, o colaborador poderá buscar a justiça do trabalho para que tenha o vínculo de emprego reconhecido com a empresa tomadora, no qual anteriormente era contratado com carteira assinada, postulando, ainda a unicidade contratual.
Em poucas palavras, seria como se o empregado nunca tivesse deixado de trabalhar para a empresa, recebendo, assim, as verbas trabalhistas por todo o período, tais como, férias, 13º salário, FGTS, aviso prévio, dentre outras.
5- Se a empresa terceirizada falir, o trabalhador tem alguma chance de receber as verbas do contrato de trabalho?
A empresa tomadora tem obrigação subsidiária de arcar com os direitos trabalhistas do empregado terceirizado, caso a empresa contratante não pague corretamente as verbas devidas.
Para tanto, o trabalhador deve ingressar com uma reclamação trabalhista.
Fonte: Portal Newtrade - 13/09/2018
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Para além da simples diversão, filmes que carregam a temática “trabalho” como pano de fundo apresentam personagens que servem como inspiração para uma carreira de sucesso. O CEO da consultoria de recrutamento e seleção Mappit, Rodrigo Vianna, preparou uma lista de cinco longas com essa abordagem. Confira quais são os filmes e os comentários de Vianna.
Coach Carter – Treino Para a Vida
O filme de 2005 é baseado em uma história real e traz Samuel L. Jackson no papel de Ken Carter, o novo treinador de basquete de uma escola periférica dos EUA. A escola exige que seus jogadores sejam bons em outras matérias, e não apenas nos esportes. “O modo como o treinador Carter rege seu time é um exemplo para qualquer pessoa em cargo de liderança e que seja responsável por uma equipe”, afirma Vianna.
Para ele, a película mostra como aprimorar por meio de disciplina a gestão de pessoas e o trabalho em equipe e exercer a flexibilidade com o próximo, entendendo sua singularidade enquanto indivíduo inserido em um grupo, e assim saber extrair o melhor que cada um tem a oferecer.
Walt antes do Mickey
O mundialmente conhecido Walt Disney foi um dia uma criança que gostava de fazer desenhos e tinha sonhos que pareciam inalcançáveis. Com a obra cinematográfica que ilustra sua trajetória de vida e carreira, é possível conhecer todas as frustrações que Walt enfrentou e, sem desistir, transformou sua companhia em um grande conglomerado de mídia e entretenimento.
“Ele superou muitos obstáculos para provar sua ideia, muitas pessoas questionaram seu negócio, foi difícil conseguir investimento, mas ele se reinventou todas as vezes”, afirma Vianna. Para ele, os pontos principais a serem considerados nessa história são: o exemplo da persistência e perseverança. Ou seja, diz ele, acreditar naquilo que faz e não desistir e ter ampla visão das situações: em vez de desanimar a cada decepção, saber se recriar.
O Homem que Mudou o Jogo
Bradd Pitt é Billy Beane nesse longa, e está no comando de um time de beisebol em crise. Por isso, busca soluções alternativas. Percebe que a ajuda de um especialista em estatísticas pode ser a saída e muda toda a estratégia para voltar a ganhar os jogos. O que Vianna enxerga de valioso nas atitudes do personagem é o fato de ele ter aplicado uma ferramenta completamente atípica para aquela situação, que deu certo depois de muito estudo e esforço.
“Ele elaborou uma ferramenta de análise e ousou acionar um novo planejamento.” Com o exemplo, é possível aprender a investir em abordagens e metodologias inovadoras para gerar resultados diferentes no negócio e não encarar as dificuldades como algo negativo, mas sim extrair os aprendizados.
Em Busca da Felicidade
Chris Gardner, interpretado pelo Will Smith, é um pai solteiro que luta para encontrar um emprego para sustentar sua família. Gardner é despejado de sua casa e a cada dia enfrenta o desafio de sobreviver com seu filho, mas nunca desiste de encontrar um emprego que os tire desta situação precária. E por todo o decorrer do filme ele mantém seus princípios e se esforça para educar seu filho da maneira mais digna e amorosa dentro dessas condições.
“Nessa história podemos perceber como disciplina e força de vontade levam à superação e trazem bons resultados na vida pessoal e profissional”, diz Vianna sobre a trama. A história de Gardner nos ensina que: o extremo da necessidade pode nos trazer motivação e o esforço, a disciplina e a motivação podem render bons resultados.
O senhor estagiário
O filme apresenta dois perfis completamente diferentes que se destacam no mercado de trabalho. O primeiro é o de Jules Ostin, interpretada por Anne Hathaway, que sofre preconceito para encontrar investidores ao seu site de venda de roupas por ser uma mulher jovem. O segundo personagem é Ben Whittaker, feito por Robert De Niro, que passa a integrar a equipe de funcionários no cargo de estagiário, mesmo tendo 70 anos.
Para Vianna, “a ideia principal deste filme é reinventar-se sem se deixar abater pelos estereótipos da sociedade”. Ao assistir esse longa, é possível perceber as seguintes lições: manter a calma e não perder o foco diante de adversidades, como os preconceitos infundados; reconhecer as virtudes de profissionais de diferentes gerações e perfis e não ter medo de arriscar e apostar no que acredita.
Fonte: Estadão - 05/09/2018