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Empresas que não estão com as contas em dia junto à Receita Federal, referente ao ano de 2019, não poderão acessar o crédito do Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Pronampe), detalhado nesta quarta-feira (10/09) pelo governo federal. Além disso, quem tiver acesso ao valor não poderá demitir funcionários pelo prazo que durar o financiamento acrescido de mais dois meses. O prazo máximo para pagamento do crédito é de até 36 meses.
A Lei nº 13.999/2020, que cria o Pronampe, foi publicada no Diário Oficial da União no dia 19 de maio. O objetivo, segundo o governo, é garantir recursos para os pequenos negócios e manter empregos durante a pandemia do novo coronavírus no país. “Isso significa, aí sim, o reconhecimento que o crédito está direcionado àquelas empresas que cumpriram com suas obrigações tributárias em 2019 de entregar regularmente suas declarações.
Fazendo uma separação, é claro que aquelas empresas que não apresentaram suas declarações em 2019 não ascenderão à linha de crédito do Pronampe”, disse o secretário Especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto em entrevista no Palácio do Planalto. Além de estar em dia com a Receita, outras obrigações para a empresas estão vinculadas à adesão ao crédito. Uma delas é de que a empresa não poderá demitir funcionários por até dois meses após o pagamento da última parcela do empréstimo, que tem o prazo de 36 meses para ser quitado.
De acordo com o secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa, este prazo é considerado curto, se comparado ao prazo para o pagamento das parcelas. “Essa é uma linha para as empresas retomarem as operações. É diferente das linhas anteriores cujo objetivo era manutenção do emprego. Por isso, o Congresso previu uma manutenção do emprego por 60 dias, embora o re-pagamento tem muito mais tempo, inclusive com uma carência de 8 meses”, disse o secretário.
O governo anunciou que o Banco do Brasil já está pronto para operar a linha de crédito do programa e até o momento. Sem acordo com a equipe econômica, 12 outras instituições estão se habilitando para operacionalizar a linha de crédito. O governo não quis divulgar o nome desses bancos, no entanto informou que 3 instituições dessas são de grande porte. Costa avaliou que, nas próximas horas, ele espera que as instituições já possam estar plugadas no sistema que será gerenciado pelo Banco do Brasil. “Esse é um momento de trabalho conjunto das instituições participaram de todo processo de construção desse produto”, disse o secretário.
Fonte: Metropoles - 02/06/2020
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Promover os funcionários que melhor desempenham suas respectivas funções parece justo, prático e, no limite, até óbvio. Mas algumas pesquisas mostram que essa lógica pode, na verdade, prejudicar os trabalhadores e, no médio prazo, diminuir a produtividade das empresas ao redor do mundo.
O conceito que trata da perda de produtividade por funcionários promovidos veio à tona pela primeira vez em 1969, no livro The Peter Principle, do professor e administrador Dr Laurence J. Peter. Na publicação, o especialista diz que o problema surge quando as habilidades que fazem de uma pessoa um exemplo em sua função em geral são menos relevantes para o cargo acima.
Quando empresas premiam o sucesso em uma função com a promoção para uma nova posição, com outras atribuições, não necessariamente está dando o cargo de chefia para o melhor profissional, explica o estudioso.
O melhor vendedor não necessariamente será o melhor coordenador de vendas, por exemplo. Mesmo que a pessoa promovida seja boa na função seguinte, é provável que, no futuro, após novas mudanças de cargo, se torne um profissional incompetente por falta de sinergia com o trabalho. Isso pode ocorrer com todas as profissões do planeta.
Ótimo vendedor, mau gerente
Essa teoria foi corroborada em diversos estudos desde essa primeira publicação. O mais recente deles apareceu em abril deste ano, em uma publicação científica do portal Vox que entrevistou quase 40.000 profissionais de vendas em 131 empresas. O estudo foi replicado em 20 de junho pela The Economist.
A pesquisa confirma que as empresas têm uma forte tendência a promover os melhores vendedores para as posições administrativas. Na outra ponta, os resultados mostram uma relação inversamente proporcional entre o desempenho dos funcionários quando vendedores e a performance apresentada posteriormente, como chefes.
Colocando em números
O crescimento em vendas nas equipes gerenciadas por antigos vendedores exemplares foi 7,5% inferior ao mesmo indicador nas equipes cujos chefes foram vendedores de desempenho mais fraco.
Os autores do estudo apontam que carisma e persistência, qualidades necessárias para convencer pessoas a adquirir bens e serviços, não são traduzidas em planejamento estratégico e capacidades administrativas – importantes nos cargos de chefia.
Além disso, em muitos casos promover um funcionário muito bom no que faz pode significar removê-lo da função que ele efetivamente gosta de desempenhar. Um professor, por exemplo, possivelmente não será feliz deixando de dar aulas para se tornar diretor de uma escola.
Solução: avaliações inteligentes
Uma forma de evitar esse tipo de problema foi apresentada em outra pesquisa, de 2018, realizada em Harvard, com base na observação de uma prática adotada pela Microsoft.
Na gigante de tecnologia, foi aplicado um conceito de “degraus” dentro de uma mesma categoria profissional: um programador excelente e que realmente gosta de desempenhar seu trabalho pode ser promovido para uma função técnica com salário mais alto e mais prestígio – não necessariamente para um cargo administrativo. Dessa forma, vem o aumento salarial, aplica-se mais prestígio ao profissional (porque promoções não são só sobre salário) e é mantido o desempenho atrelado à satisfação profissional.
Para construir soluções neste sentido é essencial realizar uma avaliação de desempenho do profissional que isole habilidades técnicas de administrativas, descreve o estudo. A partir de uma avaliação justa de cada habilidade, é possível entender a trajetória profissional ideal de cada funcionário. “O processo deve ser desenhado para reconhecer e recompensar excelência em um papel sem necessariamente modificar esse papel”, diz o artigo que publicou essa pesquisa.
Para o funcionário, a conclusão é: ainda que a promoção pareça o único caminho possível, é sempre importante avaliar a potencial insatisfação atrelada a uma mudança de cargo ou profissão – e conversar francamente com os superiores a respeito.
Fonte: InfoMoney - 27/06/2019
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Aprovado no último dia 12 de fevereiro, PLM 439/2007 aguarda sanção do prefeito Bruno Covas. Mas, como o Código de Defesa do consumidor já trata do tema, entidades do comércio acreditam que lei pode trazer mais custos para os lojistas
O prefeito Bruno Covas está prestes a sancionar o PLM 439/2007, aprovado pela Câmara Municipal no último dia 12 de fevereiro, que obriga estabelecimentos comerciais a destacar itens com vencimento em até 30 dias.
De acordo com o PLM n.º 439/2007, os fornecedores serão obrigados a informar os dias faltantes para o vencimento dos produtos de forma decrescente, sob pena da imposição de multa pecuniária no montante de R$ 1.000,00 (mil reais), que pode ser cobrada em dobro na reincidência.
Porém, a medida não tem sido bem vista por entidades que representam o comércio, como a FecomercioSP e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Apesar da informação do prazo de validade ser importantíssimo para os consumidores, a FecomercioSP acredita que não há necessidade de criar mais normas regulamentadoras sobre o assunto, uma vez que o próprio Código de Defesa do Consumidor (artigo 31) e o Código Sanitário do Município de São Paulo já dispõem sobre essa temática, evidenciando a irrelevância para aprovação do projeto de lei mencionado.
Nesse sentido, a instituição enviou ofício ao prefeito, Bruno Covas, pedindo o veto integral do PLM n.º 439/2007.
Marcel Solimeo, economista da ACSP, afirma que entidade está de acordo com o pedido. Porém, embora não tenha analisado o projeto, “a posição da entidade é contrária a mais obrigações que só aumentam custos e sujeitam as empresas a multas, sem claro benefício ao consumidor que já é defendido pela legislação vigente”, afirma.
A nota da FecomercioSP lembra ainda sobre a grande variedade de itens, com períodos diferentes de validade, como o queijo fresco, por exemplo, que vence em menos de 20 dias – variabilidade pode dificultar a aplicação da norma.
Para a instituição, o projeto de lei prejudicará os empresários da Capital, frente à concorrência das cidades vizinhas, uma vez que terão mais gastos na troca dessas placas dentro da variada gama de mercadorias, “além de estarem sujeitos à multa que os seus concorrentes intermunicipais não precisarão se preocupar, colocando os estabelecimentos da cidade de São Paulo em evidente concorrência desproporcional e desleal.”
Fonte: New Trade – 09/03/2020
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Qual a trilha sonora para sua vida? Escolha bem a resposta, pois sua música favorita pode ter grande impacto na realização de suas metas e sonhos.
Pode ser um pop no carro de manhã ou um funk no final do expediente, existe uma sensação única de felicidade que ouvir a “sua” música traz e que você pode usar a seu favor.
De acordo com pesquisadores da Universidade de Keele, no Reino Unido, não importa seu gosto musical, quanto toca sua canção favorita, sua percepção de esforço diminui e aumenta sua disposição.
Os pesquisadores observaram uma melhora de desempenho durante o treinamento e antes das competições em três grupos esportivos com 64 participantes do estudo.
Segundo especialistas em programação neurolinguística, esse mecanismo pode ser usado para qualquer atividade e em qualquer momento, basta treinar nosso cérebro para isso.
“O cérebro pode ser condicionado a relacionar estímulos a memórias, como quando sentimos um perfume e lembramos de um pessoa ou ouvimos uma música e ela nos coloca em certo estado de espírito”, explica Alexandre Bortoletto, trainer e master pratictioner na Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL).
Enquanto o cérebro faz associações automáticas, é possível evocar conscientemente esse estado que ajuda no foco e na produtividade.
A técnica da PNL é chamada de ancoragem. “Uma âncora é um estímulo interno que acaba influenciando o estado emocional interno. Quando vemos um farol vermelho e sem pensar você para o carro, isso é uma âncora. Ela pode ser criada através da programação neurolinguística e ajudar muito os profissionais”, explica Madalena Feliciano, presidente do Instituto Profissional de Coaching e master em PNL.
Segundo Bortoletto, o objetivo é que, assim como a âncora do navio deixa a embarcação parada no porto, a pessoa use a música para permanecer no estado ideal para a atividade que está desempenhando, aumentando sua determinação e motivação.
Madalena sugere que a pessoa escolha uma música que traga boas memórias e a faça sentir bem. Concentrando-se nesses sentimentos de empoderamento, ela pede a repetição da prática de duas a três vezes por semana para criar a âncora.
“Você pode escutar a música antes de uma entrevista de emprego ou de dar uma palestra. Dá para fazer sozinha, mas é preciso treinar. Quanto mais se pratica, maior a possibilidade de chegar nesse momento que precisa”, diz a CEO.
Basta escolher bem sua música e começar a treinar, logo você poderá usar o recurso para qualquer meta.
De acordo com José Augusto Minarelli, presidente da consultoria Lens Minarelli, um dos maiores vilões do desempenho profissional é a dificuldade do profissional de se autogerir.
“Para fazer uma autogestão efetiva é preciso conseguir ser líder de si mesmo, conseguindo impor e cumprir prazos, rotinas e disciplina. É preciso enxergar os desafios não como dificuldade, mas como oportunidade para se superar e crescer profissionalmente”, fala ele.
A música e a ancoragem podem ser ferramentas para o profissional que deseja se tornar protagonista da sua carreira.
Segundo os especialistas, quem não se sente confortável usando uma música também pode buscar outros estímulos para criar suas âncoras. Bortoletto indica que muitas pessoas funcionam melhor com referências visuais, usando fotos da família ou de paisagens para manter um espírito focado e positivo.
“O cheiro de café, por exemplo, pode se tornar uma âncora para ter mais energia e foco”, diz ele.
Um gesto poderoso, como cerrar os punhos ou segurar um dos pulsos com a mão, é um mecanismo muito usado pela Madalena Feliciano para seus cliente que desejam se sentir fortes e confiantes.
“São gestos menos perceptíveis associados a memórias poderosas, como o dia que você foi promovido ou que passou na faculdade”, fala ela.
Fonte: Exame.com - 29/01/2019