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Gestão e Negócios

cervesia gestao negocios

O setor de varejo passa por uma revolução com a chegada da tecnologia e a expansão do e-commerce. Sobreviver às mudanças de hábitos de consumo requer reformular negócios. Para viabilizar essa revolução, os profissionais buscados pelos recrutadores do setor já não são os mesmos da década passada.

De acordo com um estudo feito pela consultoria especializada no recrutamento de alta e média gerência Michael Page, profissionais que dominem novas tecnologias, tenham habilidades interpessoais, criatividade e empatia terão nos próximos anos mais espaço no mercado de trabalho, especificamente no setor de varejo.

Habilidades avançadas em TI, programação e processamento de informações também estão sendo bastante procuradas pelos empregadores do setor. Por outro lado, a demanda por habilidades físicas e manuais e pela entrada e processamento de dados básicos diminuirá.

“Essa análise destaca muitas semelhanças nos padrões das competências mais requisitadas. Embora as habilidades sociais e emocionais estejam em demanda crescente em todos os setores, a necessidade de competências cognitivas básicas diminuem ligeiramente no varejo”, explica Ricardo Basaglia, diretor geral da Michael Page e Page Personnel.

Segundo o estudo, a automação inteligente e a inteligência artificial continuarão a remodelar a receita e as margens dos varejistas, pois as máquinas de auto verificação substituem os caixas, os robôs reabastecem as prateleiras, o aprendizado de máquina (algoritmos) melhora a previsão da demanda do cliente e os sensores ajudam no gerenciamento de estoque. É um caminho sem volta e a largada já foi dada.

“A participação de trabalhos manuais como dirigir, empacotar e armazenar em estoque, diminuirá substancialmente. Os trabalhos remanescentes vão, provavelmente, concentrar-se no serviço ao cliente, gerenciamento e implantação e manutenção de tecnologia”, diz o estudo.

Crescimento e inovação

Depois de um período bastante turbulento em 2017, o ano passado marcou a continuidade da retomada econômica, após umas das piores crises que o Brasil presenciou. Apesar dos percalços que a economia enfrentou durante 2018, o balanço foi positivo.

Em razão desse cenário, há o estímulo de aumento do consumo e da produção, possibilitando um aumento na demanda por crédito. A perspectiva dos economistas consiste em uma continuação da recuperação do varejo para este ano, de acordo com uma análise feita pela consultoria especializada em varejo Cushman & Wakefield.

“Podemos dizer que se inicia um novo ciclo de crescimento a médio e longo prazo, se for acompanhado de uma boa performance do mercado de trabalho e da estabilidade política do país. O mercado tende a atender uma demanda que se reprimiu durante a crise econômica”, diz o relatório.

As novas habilidades buscadas pelos recrutadores são um reflexo do papel da tecnologia do setor – que foi fundamental na recuperação do poder de compra dos brasileiros pós recessão, uma vez que oferece mais opções não apenas de produtos, mas ferramentas para auxiliá-los na decisão na hora de consumir.

Assim, considerando que o varejo brasileiro está em fase de inovação, o consumidor também terá que se adaptar em breve as novas tecnologias e formatos.

“Tendo em vista esse fato, a ideia da fidelização das marcas está cada vez mais competitiva. Este cenário de recuperação proporcionou novas maneiras de se vender e comprar no Brasil, criando tendências como Showroom, Marketplace, E-commerce e Omnichannel”, diz o estudo, e as empresas do setor estão se adaptando.

 

Fonte: InfoMoney - 21/05/2019

impostor cervesia

Imagine que um cliente entre em contato com o help desk de uma empresa e peça ajuda para um problema. Ele recebe o atendimento e o chamado é encerrado. No entanto, o problema não foi resolvido completamente (ou corretamente), e logo o cliente precisa abrir um novo chamado pela mesma razão. Este tipo de situação é apontada como o principal problema para produtividade e atendimento de todas as companhias. Segundo a Octadesk, especializada em soluções voltadas para gestão de relacionamento com os clientes, além da queda de produtividade, o retrabalho é responsável por aumento de custos, insatisfação o do cliente, falta de controle e fragmentação interna. A startup reuniu algumas dicas para evitar o retrabalho. Confira na lista abaixo:

1- Treinamento

Em casos em que o erro que causa o retrabalho é fruto de inexperiência ou falta de preparo, os treinamentos são a melhor solução.
Uma ideia é planejar os treinamentos a partir dos erros mais recorrentes, para ir diretamente ao centro do problema. Eles podem ser organizados em torno de qualquer tema, desde técnicas para lidar com um cliente furioso até noções de como utilizar o sistema de help desk da empresa.

2- Conscientização

Em certos casos, é possível que o colaborador seja negligente com o trabalho porque não tem uma perspectiva clara dos problemas que isso causa para a empresa, para os colegas e para si mesmo. Portanto, uma “campanha” de conscientização voltada a toda a equipe vai ajudar a fazer com que esse tipo de funcionário entenda que deve executar suas atividades com qualidade desde o primeiro momento.

3- Feedback direto

Nos casos em que os erros vêm de uma postura inadequada, o feedback direto ao atendente responsável é a melhor alternativa. É importante que ele saiba que está sendo observado e que suas atitudes são avaliadas pelo gestor.

Fonte: Portal Newtrade - 04/05/2018

Por Rúbia Evangelinellis, especial para o Portal Newtrade

Após quatro anos marcados de retração da economia e, consequentemente, do consumo, da renda, do emprego e demais indicadores, as expectativas de economistas é de virar o jogo em 2019. As apostas estão em medidas prometidas pela equipe do governo Bolsonaro, como de reformas trabalhista e da Previdência e ajuste fiscal, bem como o incentivo a investimentos privados na produção, geração de empregos e desburocratização.

Mas enquanto as medidas não tomam corpo e se concretizam em firmes ações de retomada da economia, a observação de especialistas é de que o consumo vai melhorar, mas sem euforia, e que o empresariado crê na chegada de bons ventos.
Amparado por levantamentos realizados por seu departamento de economia, a CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo prevê crescimento da economia de 2,6%em 2019 e alta de 5,5% no volume de vendas do varejo (acima dos 4,8% previstos em para 2018).

Outro indicador da CNC, de Intenção de Consumo das Famílias, subiu para 95,9 pontos em janeiro, correspondendo a um salto para cima de 5,1% com base no apurado em dezembro do ano passado. Trata-se da maior elevação mensal da série iniciada em janeiro de 2010. Já na comparação anual, o aumento foi de 14,7%.

Intenção – Fábio Bentes, economista-chefe da CNC, entende que as expectativas positivas começaram no final de 2018, por conta de uma agenda liberal proposta pela atual governo. “Alguns Indicadores apontam cenário positivo para esse ano, como de inflação baixa, parte provocada de por fraca demanda, queda do dólar e alta da bolsa”.

Pelo lado do empresariado, Bentes observa o otimismo presente no índice de confiança do empresário na medição do estoque do comércio, com apenas 24% dos empresários pesquisados reclamando do alto nível, sendo o menor patamar de queixas desde 2015. Também melhoraram as expectativas de contratação, sendo que três em cada quatro empresários do setor pretendem ampliar o quadro nos próximos meses, o maior índice desde 2012, quando começou a pesquisa. “Isso só se justifica se se a previsão de aceleração de vendas nos próximos meses” explica.

Outro dado aponta que 46% dos empresários pretendem investir nas lojas nos próximos meses, o maior índice desde 2015. “É uma recuperação que vai levar tempo. Mas em 2018, até novembro, o varejo abriu oito mil lojas, pela primeira vez desde 2014 abriu mais do que fechou, considerando o fechamento de mais de 220 mil lojas nos últimos anos”.

Herança de 2018 pesa

Embora as perspectivas sejam positivas, Claudio Czarnobai, líder de pesquisa para o canal tradicional de Vendas da Nielsen, explica que a retomada do consumo esperada em 2018 não se concretizou. “Ainda estamos com retração de consumo nas categoriais nos últimos dois anos”, diz. Até o terceiro trimestre de 2018, o recuo em volume era de 2,5%, considerando o desempenho de 140 categorias (alimentos, bebidas – alcoólicas e não alcoólicas, higiene e beleza, itens de limpeza, cigarros e bazar). A sua previsão é que ocorra sim a queda da taxa negativa, no acumulado de 2018, que ainda estava sendo contabilizada quando a entrevista foi realizada. “Acreditamos que 2019 será um ano mais positivo, de recuperação, mas ainda há uma imprevisibilidade do que pode acontecer neste período. O desemprego ainda é grande e a qualidade do emprego e da renda final, que são fundamentais, precisam melhorar”.

Cenário favorece

Thaís Marzola Zara, economista-chefe da Rosenberg Associados, acredita que a retomada gradual do consumo deve ser experimentada ao longo de 2019 em um ambiente de economia favorável, com PIB crescendo 2,8% e desemprego atingindo 11,5% (média de período). E ainda inflação em torno de 4% ao ano, expansão mais forte esperada para o crédito, queda das taxas de juros reais, com a Selic mantida em 6,5%, num ambiente de inadimplência recorde de baixa.

Conforme o consumo se expande, acrescenta, a atividade econômica volta a apresentar um melhor desempenho e a colaborar para a expansão da população ocupada, considerada outro importante pilar para a retomada do consumo.

A economista observa que já possível ver uma reação do setor de serviços, que deve ser importante ao longo de 2019, até por seu peso tanto no PIB como na geração de empregos. O comércio varejista, avalia, pode se beneficiar por uma inflação de alimentos mais baixa, bem como o setor de combustíveis e lubrificantes. “Segmentos tipicamente mais dependentes de crédito também devem ter um bom desempenho, especialmente num ambiente de câmbio estável. Incluem-se, aí, desde veículos a móveis e eletrodomésticos”.

Renda do trabalhador

Nuno Fouto, professor da FEA – Faculdade de Economia e Administração da USP e coordenador de Pesquisas do Provar, toca num ponto crucial para o incremento do consumo: a necessidade de recuperar consistentemente a renda do trabalhador, que corresponde a 60% da capacidade de consumo das famílias e está atrelada ao aumento de empregos e de investimentos. Ele destaca, porém, que a mudança da política econômica, que tende a tirar um pouco o Estado como o grande investidor e abrir espaço para a inciativa privada, deve levar um tempo maior para atrair investidores, especialmente os externos, que ainda observam a atuação do governo.
“Acredito que concretizadas as mudanças esperadas no Governo pelos investidores, virá o investimento interno e depois externo. E que a partir do segundo semestre poderá já ser sentida a melhora com forte reversão no próximo ano. São condições positivas, mas de lenta retomada, o que é saudável e realista. Ajuda o fato de a inflação estar controlada e o fato de as taxas de juros e a inadimplência se mantiverem em queda”, estima.

Na sua opinião, para as empresas da cadeia de consumo, prevalece oferecer condições de compras favoráveis, na comparação qualidade e preço. “É importante trabalhar toda a cadeia de valor, para oferecer produtos com qualidade adequada com preço alinhado”

Consumo com dois pesos

Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, observa que atualmente é nítido o otimismo geral, porém em diferentes graus. “O consumidor hoje acredita mais no crescimento do Brasil e da sua capacidade de compra, porém mais moderadamente do que os empresários, que hoje apostam firme na retomada, enquanto no ano passado pensavam em o que poderiam cortar”.

Isso significa que o impacto do humor e da economia encontra-se atualmente mais atrelado a oferta do que a demanda, ou seja, com investimentos “mais agressivos” em propaganda, parques fabris e desenvolvimento de novos produtos. “O reflexo no varejo é de comprar mais inovações da indústria, arriscar em estoque, confiando em juros mais baixos, enquanto o consumidor espera um pouco para ver o que deve acontecer”, resume.

Na prática, o brasileiro, frente às gôndolas, ainda fará a escolha aberto a experimentar marcas, comparando preços, mas topando “arriscar” mais do que no ano passado, aumentar o tíquete de compras, mas até um certo tempo, esperando que medidas sejam tomadas para consolidar a retomada. “Mesmo que a economia volte a crescer com grande velocidade, não teremos mais o consumo de ostentação. O consumidor está maduro, compara preços e não vai voltar automaticamente às marcas líderes, que terão de se apresentarem inovadas”, acrescenta.

Crédito, juros baixos e PMEs

Entre as sinalizações positivas do governo Bolsonaro, Paulo Dutra, coordenador do curso de Economia da FAAP – Faculdade Armando Alvares Penteado, considera importante para estimular a melhoria do ambiente dos negócios, especialmente das pequenas e médias empresas, e de investimentos. “A redução de juros possibilita a tomada de empréstimos a longo prazo para a produção. E o Joaquim Levy, à frente do BNDES, moraliza o banco de fomento e abre espaço para as pequenas e médias empresa, que são grandes empregadores, uma vez que as grandes têm acesso a outras fontes de financiamento”, assegura. A abertura de linha de crédito também estimula o crescimento sustentável e a chance de quem está na informalidade oficializar a empresa.
Olhando apenas para o ambiente interno, Dutra acredita que será possível observar crescimento num prazo rápido de tempo, de três meses, desde que a demanda mantenha-se sob controle. “Considero importante também buscar novos parceiros comerciais na pauta de exportação de produtos de maior valor agregado (como automobilístico e de aviação), que são capazes de gerar maior quantidade de empregos no Brasil.”

 

Fonte: Portal Newtrade - 11/02/2019

A retomada do varejo após a crise do coronavírus mostrará um setor muito diferente daquele que chegou a fevereiro de 2020. “Estamos passando, em poucas semanas, por mudanças que normalmente levariam anos para acontecer”, afirmou Alberto Serrentino, fundador da Varese Consultoria e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), em live realizada na tarde desta terça-feira (07/04). “A digitalização e a transformação digital das empresas tiveram uma aceleração decisiva, por força das circunstâncias, já que a maior parte do varejo está com as lojas fechadas”, comentou.

Durante a live, realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) com a participação do presidente da entidade, André Friedheim, e do presidente do Conselho da associação, Ricardo Bomeny, Serrentino apontou ainda outra grande janela de oportunidade trazida pelo coronavírus. “É claro que a grande preocupação das empresas é a gestão do caixa, pois isso define a intensidade das medidas a serem adotadas. Mas se todo mundo olhar só para isso, teremos um colapso sistêmico. Vejo movimentos muito importantes de empresas que estão cuidando de seus stakeholders, evitando demitir ou adiar unilateralmente os pagamentos de prestadores de serviços e fornecedores. Quem conseguir equilibrar o curto prazo com sua responsabilidade em toda a cadeia de valor construirá relações muito mais sólidas e vai conseguir sair desta crise fortalecido”, explica.

Ricardo Bomeny, presidente do Conselho da ABF, compartilha a opinião de Serrentino. “O momento de pânico já passou e agora é hora de enfrentar uma crise que é muito séria, que é mundial e é humanitária”, comenta. Para ele, a solução para a crise depende de um tripé formado pela saúde, pela economia e pela política. “É preciso coordenar esforços nessas três áreas para termos uma saída rápida e segura desta situação”, acredita.

Para Serrentino, o mais difícil neste momento é projetar os cenários de saída da crise, pois ainda não existe uma visão clara de como o coronavírus irá atingir a população. Em sua visão, porém, a recuperação não se dará de forma instantânea. “Acredito em uma retomada do varejo em forma de U, com uma barriga longa. Mas é importante lembrar que não estamos vivendo esta situação de forma homogênea e, com isso, a saída também não será homogênea. Algumas empresas vão se recuperar mais rápido que as outras, dependendo do setor, do comportamento dos consumidores e do relacionamento que foi cultivado com os stakeholders durante este momento mais duro”, analisa.

 

Fonte: NewTrade – 08/04/2020

flavio picchi

Por Flávio Picchi

Todos nós sofremos, por vezes, decepções com empresas, por conta de produtos ou serviços consumidos que consideramos não terem sido adequados.

Há, no entanto, um fenômeno recente, fruto da revolução digital, que tem muito a ver com a boa ou com a má gestão: empresas que só resolvem, de verdade, os problemas dos clientes quando são expostas, de forma negativa, nas mídias sociais. São aquelas companhias (e são muitas) que só “se mexem” quando o cliente, insatisfeito, põe a boca no trombone, por exemplo, no Reclame Aqui ou no Procon.

flavio picchi

Flávio Picchi é presidente do Lean Institute Brasil e Prof. Dr. da Unicamp

Trata-se, evidentemente, de uma enorme falha de gestão, o inverso da gestão eficiente, da gestão lean. O foco principal de uma gestão que se preze deveria ser resolver problemas antes que eles cheguem ao cliente. Esse é o foco da mentalidade lean, a melhoria contínua, centrada na eliminação cotidiana de desperdícios e na agregação de valor. Mas talvez pior ainda do que isso é quando a empresa, deliberadamente, monta uma estrutura para “se esquivar” de resolver os problemas, quando o próprio cliente os mostra.

Recentemente, passei por uma experiência desse tipo, que me fez refletir. Mandei um email para uma fabricante de um relógio que comprei, ainda na garantia, que repentinamente, sem razão alguma, nenhum impacto, apresentou uma trinca em seu mostrador.

Logo de cara, o fabricante respondeu que esse tipo de problema não poderia ser coberto pela garantia. Pedi um orçamento para consertar a peça. Responderam-me que eu teria de enviar o produto à empresa e ainda depositar, numa conta, R$ 150,00 só para fazer o orçamento. Caso eu não o aprovasse, perderia o dinheiro.

Claro que fiquei indignado e respondi, ainda por email, que considerava essa “taxa” um abuso. Que queria fazer um orçamento para saber se valia a pena consertar, mas não achava justo o risco de perder R$ 150,00. E ameacei contar toda essa história ao Reclame Aqui.

Surpresa! A empresa, então, respondeu que eu poderia, sim, obter o orçamento sem precisar pagar a taxa!

Estranho, não é? Seria essa taxa uma daquelas estratégias “vai que cola”? Ou seja, se o cliente não reclamar, a gente garante mais uma receitazinha… mas se ele ficar indignado, a gente cancela a taxa? Pois mandei o relógio para fazer o orçamento.

Depois de uns dias, sabe o que me responderam? Que como a peça ainda estava na garantia, iriam, finalmente, me enviar um novo relógio sem custo algum (inclusive um modelo mais recente, uma vez que não tinham em estoque o modelo danificado). Talvez quisessem com isso “encantar o cliente”? Pois já era tarde demais.

Pensei comigo mesmo: mas por que não adotaram, logo de cara, esse tratamento, já no início do meu contato? Quanto desgaste com o cliente não evitariam? A resposta para essa pergunta não revela, digamos assim, uma gestão das mais éticas: porque, infelizmente, em muitas empresas isso é uma “estratégia” – muito ruim! – de gestão.

Em uma empresa que visitei recentemente, cheguei a conhecer de perto o “departamento de monitoramento do Reclame Aqui”. É verdade, as maiores empresas têm isso, o que já deveria ser um sinal de alerta sobre a (in)capacidade da companhia em resolver internamente seus problemas antes que eles cheguem aos clientes.

Esses departamentos funcionam assim: No processo “normal” de atendimento, o cliente que apresenta um problema é naturalmente “barrado” pelos call centers de plantão, cuja missão é funcionar como um “dique”: protelar a coisa se possível até o cliente desistir.

Mas se o cliente, como eu, mostra-se teimoso e não desiste dos seus direitos como consumidor e, pior ainda, ameaça ou efetivamente vai para as mídias sociais botar a boca no trombone, aí esse cliente “diferenciado” entra automaticamente em um outro “canal” de atendimento, cujo processamento do seu problema é muito mais rápido e no qual a empresa mostra-se, finalmente, aberta a ouvir o que o consumidor tem a dizer e a resolver o seu problema.

Ou seja, trata-se de uma gestão cuja mentalidade que se revela é absurda: só ouviremos realmente o problema do cliente se for “na marra”. Se o consumidor for “bonzinho”, “passivo”… ficará na fila e provavelmente não vai ter sua reclamação resolvida.

Que gestão é essa? É uma gestão antiética que trabalha com a possibilidade de iludir o cliente, de fazê-lo desistir. Trata-se da típica gestão “apagadora de incêndios”, cujos problemas não são resolvidos em suas causas raízes, para que nunca mais voltem, mas que fica sempre trabalhando nos sintomas, quando já são grandes e podem causar um dano maior à imagem da empresa.

E qual é o resultado de empresas que adotam essa política? Será que reduzem custos com essas práticas mesquinhas? Será que encantam, surpreendem (positivamente) e fidelizam os clientes? Claro que não.

Vejam meu caso: recebi o relógio novo (a empresa acabou assumindo o custo da troca), mas fiquei desencantado com o atendimento da companhia. Embora ainda ache que o produto dela é bom, nas próximas vezes procurarei outra marca e certamente não indicarei para meus amigos. É um duplo tiro no pé. Não seria muito melhor ter um foco no cliente desde a primeira vez? Certamente ela prosperaria muito mais.

Sua empresa tem um “departamento de Reclame Aqui”? Hummm…

Fonte: Época Negócios - 11/04/2018

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Pela primeira vez em três anos, a renda do brasileiro cresceu mais do que os gastos. É o que mostra um estudo divulgado nesta segunda-feira (18) pela Nielsen. De 2016 para 2017, a renda média mensal por família cresceu 11%, para R$ 3.460, enquanto os gastos médios subiram apenas 1%, para R$ 3.148, o que indica que o consumo está mais consciente. Com isso, a relação renda/gasto, que estava em equilíbrio em 2016, ficou em 9,9% neste ano. “Com a crise, o consumidor aprendeu a planejar suas compras, economizar por meio do gerenciamento de seus gastos, fazer opções inteligentes quanto à escolha de produtos e canais”, diz em nota Ricardo Alvarenga, especialista em entendimento do consumidor da Nielsen.

Porém, essa realidade muda conforme a região do país e o nível socioeconômico. A classe C, que sofreu mais intensamente a crise, por exemplo, é a que ainda mantém certa estabilidade na balança, com gastos 0,3% acima da renda.

A Nielsen destaca que a perspectiva de consumo foi impactada neste ano pela inflação mais controlada, a volta do crescimento do PIB e a queda da taxa de desemprego.

Impacto do FGTS

Segundo a pesquisa, quase um terço (27,2%) das famílias se beneficiaram do saque das contas inativas do FGTS. Delas, quase metade (46,6%) usaram o dinheiro para pagar dívidas, 14,8% investiram ou pouparam e 11,6% compraram bens de consumo.

Famílias grandes sofrem mais

Ainda de acordo com o estudo, 48,2% (12,4 milhões) dos lares brasileiros passaram imunes pela crise em 2017, ou seja, não acumularam dívidas nem perderam o emprego. Desse total, 26% não sofreram com recessão nos últimos dois anos e 22,2% saíram da crise no último ano (10,6 milhões).

Entre as famílias que nunca foram impactadas, 30% pertencem à classe AB e 32% à DE. A maioria dos lares são sem crianças (62%) e têm até dois membros (51,2%). Grande parte também é do estado de São Paulo (32,6%). “Essas famílias aprenderam a economizar e optam por canais que lhes ofereçam um melhor custo-benefício. Por exemplo, vão mais vezes ao Cash & Carry (atacarejo), enquanto buscam os Hipermercados para comprar itens mais premium”, diz Alvarenga.

Por outro lado, dos 51,8% que foram impactados pela recessão, 14,4% sentiram os efeitos só neste ano (os demais já estavam em situação difícil). Os lares nesse grupo são principalmente da classe C (52%), com crianças de 6 a 11 anos (12,4%) e famílias de cinco ou mais componentes (24,5%).

Como driblar a crise

O estudo revela que pagar as contas em dia, garantir os estudos e manter ou conseguir um emprego são as maiores preocupações das famílias impactadas pela crise. Para economizar e driblar os efeitos, a principal estratégia usada por elas foi a substituição por marcas mais baratas.

A busca por formas de conseguir renda extra também foi outro artifício utilizado: 24% passaram a prestar serviço como babá, diarista e passeador de cachorro, enquanto 4% se cadastraram em aplicativos de táxi. Outros 18% começaram a vender produtos em catálogo e 12% passaram a cozinhar bolos caseiros ou salgados para fora. “Os impactados vão em busca de melhores oportunidades e promoções na hora de consumir, encontrando muitas vezes o que precisam no Cash & Carry (atacarejo). Não é à toa que o canal cresce em penetração, ticket médio e quantidade de itens entre essas famílias”, analisa Alvarenga.

Fonte: G1 - 19/12/2017

varejo online 26 04 cervesia

Por Ulysses Perin, gerente da GS&Consult, empresa de consultoria com foco em varejo, relações de consumo, marketing e canais de distribuição do Grupo GS& Gouvêa de Souza.

Nunca se falou tanto na evolução das lojas físicas como nestes últimos tempos. As mudanças de comportamento do novo consumidor provocaram uma necessidade de adaptação das lojas físicas, buscando uma aproximação com o universo digital e a experiência de compra online.

Contudo, do outro lado dessa tendência, Marc Lore, Presidente e CEO do E-commerce do Wal-Mart postou recentemente uma prévia da nova estratégia da empresa para a loja Walmart.com. O redesenho do site mostra o quanto a companhia está reformulando a sua experiência de compra online, inclusive trazendo aspectos encontrados nas lojas físicas.

Com um novo design e recheado com fotos que remetem ao cotidiano da vida do consumidor, a empresa busca diferentes formas de atrair a atenção do shopper. O site também ajudará o cliente com novas features como o de recompra, facilitando a seleção de produtos que são comprados de forma frequente.

As ofertas serão personalizadas, com produtos e serviços mais comprados e disponíveis na região do cliente. A loja física terá destaque, indicando a loja que se encontra mais próxima como uma solução integrada ao site.

O ponto mais importante, a empresa irá alterar a experiência de acordo com as principais necessidades de cada categoria. Dependendo do que o cliente comprar, a pesquisa por produtos, informações, seleção, imagens, comparação, entre outros, será diferente. O objetivo é transformar a experiência de compra de cada categoria como se fosse em uma loja de especialidades.

Sem um “layout” único, o site da empresa também possibilitará que as marcas tenham soluções diferentes, possibilitando que cada marca possa contar melhor a sua “história” no site Walmart.com

Uma das principais mudanças anunciadas por Marc Lore foi mudar a estratégia do on-line, anteriormente focada primeiramente nos resultados financeiros (margens e fees de venda), para uma estratégia que olha para o cliente. Não que os resultados financeiros não sejam importantes, mas entendendo que eles serão consequência de um trabalho de longo prazo voltado ao cliente. O Walmart dessa forma criou um “termômetro” que foca 5 capacidades:

  • Have it – Ter o produto que o cliente quer.
  • Find it – Possibilitar que ele encontre o produto.
  • Display it – Dar informações necessárias para a tomada de decisão.
  • Price it – Precificar corretamente.
  • Deliver it – Entregar rapidamente

Simples e, ainda, genial, a execução dessa nova estratégia prevê 5 anos de muito trabalho até que todo o site da empresa seja reformulado com uma nova experiência completa em todas as categorias.  Dos dois lados, tanto o mundo online como o físico, ambos estão buscando a mesma coisa – “A melhor experiência de compra”. Com o objetivo de aumentar as suas vendas online em 40%, o Walmart está repensando a sua loja, vale a pena ficar de olho nesse gigante do varejo.

Fonte: Mercado&Consumo - 25/04/2018

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