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Como minha empresa impacta o ambiente? Quais os desafios futuros? Estas e outras perguntas devem ser feitas para que a estratégia de longevidade dê certo.
Empresas são o motor da sociedade. De qualquer porte, movimentam a economia, geram empregos, criam tendências, promovem desenvolvimento, têm seu papel e um espaço único na vida da sociedade. Como conseqüência dessa atuação, da estratégia que adotam, da qualidade dos seus produtos e serviços, têm lucros para remunerar o investimento dos seus acionistas, reinvestir, desenvolver novas tecnologias, crescer, gerar novos empregos, trazer benefícios para seus negócios e dar uma contribuição efetiva para a sociedade.
Empresas assim são sustentáveis, são de outra “qualidade”, têm em sua essência algo que provoca admiração do mercado e orgulho de quem pertence aos seus quadros. São duradouras, dinâmicas, competitivas, lucrativas, éticas e responsáveis. Têm um valor real porque contribuem de fato com a sociedade, encontrando na sustentabilidade o ponto de partida para construírem sua perenidade.
Sustentabilidade é uma palavra da moda. Estampa capas de revistas, está em matérias e cadernos especiais de jornais, mesmo em momentos de crise, em que a ordem é sobrevivência. Sustentabilidade é o novo cenário, é uma mudança que já está aí.
Há confusões quanto ao significado, mas todos ao menos intuem que o tema é importante, ligado à manutenção e continuidade da vida e do trabalho, em condições saudáveis.
Sustentabilidade é uma causa coletiva que interessa, e muito, às empresas. As mais arrojadas e inovadoras já perceberam que ela privilegia o sucesso do negócio em longo prazo. Suas metas buscam os melhores resultados econômicos integrados aos interesses sociais e ambientais.
Assim, sustentabilidade é um jeito de conduzir o negócio e tomar decisões com base em três dimensões: econômica, ambiental e social. O desempenho econômico das empresas será melhor quanto mais integrado às duas outras dimensões.
Com a proposta de sustentabilidade incorporada ao negócio, as empresas fazem um grande movimento a favor do sucesso: o seu próprio, dos seus funcionários, fornecedores, clientes, da comunidade onde ela atua, da sociedade como um todo.
Sustentabilidade é, assim, inovação, diferencial de posicionamento e competitividade, e como traz resultados e benefícios para o negócio e também para a sociedade, é um verdadeiro ganha – ganha.
Na prática, integrar aspectos econômicos, ambientais e sociais diminui custos, principalmente futuros, reduz riscos, evita desperdícios, melhora relacionamentos e gera lucros. É atitude, estratégia e inovação das empresas, dá resultados concretos e se traduz em práticas e processos de trabalho.
Sustentabilidade é um objetivo para qualquer tipo de empresa e está no centro do negócio. Não precisa deixar para depois ou esperar que outras prioridades estejam resolvidas para então pensar a respeito. O momento certo para implantar é agora. Os benefícios serão reais e crescentes.
Tudo isso, porém, é uma questão de decisão, é começar para ver. Aí vem o primeiro impasse: como começar?
Sem a pretensão de estabelecer uma cartilha ou uma seqüência de passos, todos estes são fundamentais:
- Perguntar: como minha empresa / negócio impacta o ambiente e o social? Da mesma forma que pergunta como melhorar os resultados e lucros;
- Desenvolver um “plano de ataque” a estes impactos, de acordo com as características, história, momento atual, objetivos e desafios futuros da empresa;
- Definir o caminho a seguir, lembrando que ele é um processo que irá gerar resultados menores a princípio, mas sempre crescentes;
- Fugir de ações pulverizadas e pontuais, optando por iniciativas coordenadas e consistentes, mesmo que sejam poucas ou de pequeno porte;
- Estabelecer indicadores de acompanhamento e mensuração de resultados, que demonstrem com clareza custos, benefícios e impactos das iniciativas no negócio;
- Buscar consistência e coerência de ações, assim como manutenção ao longo do tempo.
Mesmo correndo o risco da obviedade, é preciso afirmar a importância da liderança na efetividade da estratégia de sustentabilidade das empresas. Se quem decide não tiver esta visão ou não estiver convencido do valor para o negócio, tudo isso não irá passar de ideologia ou de idéias acadêmicas de pouca utilidade prática.
Ao contrário, com uma mentalidade antenada com a evolução da sociedade, conscientes do atual papel das empresas no mundo e ainda, com sua crença na proposta da sustentabilidade, empresários e executivos de vanguarda irão comemorar algo ainda visto por muitos como inconciliável: resultados e benefícios para o negócio ao lado de resultados e benefícios para a sociedade e o ambiente.
No final, a “receita” é simples: ética, negócios sustentáveis, sucesso e longevidade.
Fonte: Portal Empreendedor, por Rosangela Bacima
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Cultura organizacional deve estar baseada em valores que encorajem uma conduta ética e a transparência na organização
Os desdobramentos da Operação Lava Jato demonstram avanços no combate à impunidade no Brasil gerando efeitos positivos em todos agentes da economia: empresas brasileiras passam a dar maior atenção a procedimentos de controle interno e gestão de riscos legais, adotando programas de conformidade (Compliance) capazes de prevenir, detectar e gerir irregularidades e atos ilícitos.
A advogada Nalu Biasus, coordenadora da área de Compliance do escritório Souto Correa Advogados, que atende empresas em todo o Brasil, adianta que atualmente, a principal motivação das corporações para implementar programas de Conformidade é atender a Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846, em vigor desde janeiro de 2014), que prevê responsabilização, no âmbito civil e administrativo, das empresas que praticarem atos lesivos à administração pública nacional ou estrangeira.
As possíveis sanções incluem multas pesadas – que podem chegar a 20% do faturamento bruto anual ou até R$ 60 milhões, quando não for possível calcular esse faturamento –; e restrição à participação em licitações; perda de bens; e até mesmo a dissolução da própria pessoa jurídica. “Além das sanções nas esferas administrativa, civil e penal, há a questão da reputação da empresa, algo difícil de se recuperar”, alerta Biasus. Ao mesmo tempo, a lei torna possível a redução das sanções das pessoas jurídicas que demonstrarem já manter programas de gestão de conformidade instaurados e efetivos (artigo 7).
”Os programas de conformidade já são uma realidade nas filiais brasileiras de muitas multinacionais, que precisam atender às legislações das suas matrizes, como exemplo, as leis SOX e FCPA dos Estados Unidos, e o UK Bribery Act do Reino Unido”, afirma Biasus. No mesmo sentido, empresas brasileiras que desejem atuar no exterior ou que busquem parceria com investidores estrangeiros também precisarão entender e atender as legislações aplicáveis às diversas jurisdições nas quais desejem atuar, que exigirão políticas e procedimento de Compliance consolidados.
Nalu Biasus ressalta que as políticas de conformidade não são restritas ao combate da corrupção e outros crimes financeiros, mas alcançam áreas como o meio ambiente e valores éticos. “Exploração de trabalhadores, formação de cartel, quebra de privacidade de dados e uso de informação privilegiada também devem ser objeto de políticas internas em uma empresa”, orienta.
Passo a passo
A advogada da Souto Correa destaca alguns passos fundamentais na estruturação de um programa de compliance:
1. Entender a situação atual da empresa: mapear os riscos do negócio, e identificar leis e regulamentos aplicáveis;
2. Estabelecer papéis e responsabilidades: designar os empregados que irão implementar o programa bem como aqueles que devem executar as políticas no cotidiano; desenvolver e aprovar um plano de ação com a alta administração da empresa, que defina prazos, orçamento e prioridades;
3. Redigir um código de conduta: usar linguagem simples e clara sobre as expectativas quanto ao comportamento dos funcionários;
4. Desenvolver políticas e procedimentos corporativos: com base nos riscos identificados, criar canais para os funcionários esclarecerem dúvidas e para comunicarem possíveis violações de conduta;
5. Desenvolver treinamentos e comunicação: desenvolver iniciativas periódicas que atinjam funcionários de todos os níveis, de todas as unidades, e em todos os países que a empresa atuar;
6. Monitoramento e auditoria (interna ou externa): reavaliar periodicamente o programa de conformidade e desenvolver planos de remediação com base nas lacunas identificadas.
Para construir um eficaz programa de conformidade é fundamental que a alta administração apoie sua implementação e tenha uma conduta condizente com o programa, servindo de exemplos aos funcionários. A cultura organizacional deve estar baseada em valores que encorajem uma conduta ética e a transparência na organização. Só assim, o Código de Conduta e as políticas internas serão efetivamente incorporadas e respeitadas pelos funcionários e parceiros de negócios.
A gestão da conformidade deve ser um processo diário e contínuo dentro de uma empresa, capaz de gerar importantes benefícios: melhora a performance da empresa, o desempenho e comprometimento dos empregados, protege o valor da marca e reduz custos, além de evitar implicações com a Justiça.
Fonte: Newtrade – 22/06/2016
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DE ACORDO COM CONSULTOR DE CARREIRAS, PRODUTIVIDADE NO TRABALHO ESTÁ SENDO NEGATIVAMENTE IMPACTADA PELO EXCESSO DE INFORMAÇÕES RECEBIDAS NO DIA
Em tempos de crise, queixas sobre fatores externos podem ser usadas como o principal obstáculo para a não realização de metas e para a lentidão no desenvolvimento de projetos. Informações e estímulos excessivos recebidos diariamente também são considerados fatores que impactam negativamente a produtividade no trabalho e atrapalham na concentração e na execução de atividades.
“A vida é cheia de variáveis – algumas controlamos outras não. Não temos controle sobre a crise, a alta do dólar, a concorrência, o mercado. Por isso, não desperdice o seu tempo, tão precioso, com isso. Invista sua energia naquilo que você controla. Que tal começar melhorando sua própria produtividade ?”, relata o consultor de carreira e autor do livro “O inédito viável”, Emerson Weslei Dias.
O especialista também explica que organização é algo fundamental para se ter uma rotina produtiva, assim como prestar atenção nos prazos estipulados para cada tarefa. Pensando em como otimizar o tempo e não sobrecarregar o colaborador, o consultor de carreira, Emerson Weslei Dias, deu algumas dicas para descartar de vez a procrastinação e para tornar 2017 um ano produtivo e de alto desempenho profissional.
SE ORGANIZE
Programar atividades e ter um controle sobre como e quando serão desenvolvidas é o primeiro passo. Assim, será possível saber quanto tempo levará para a realização de cada tarefa, não atrapalhando o prazo de entrega. Organizar o que tem que ser feito no dia seguinte também é uma ideia para que a produtividade seja contínua.
CUIDADO COM O EXCESSO
Faça uma coisa de cada vez. Não se sobrecarregue com atividades e nem queira fazê-las todas juntas. É importante que cada uma receba uma atenção especial na hora de sua execução para que o resultado seja de qualidade.
EVITE PROCRASTINAR
Faça as coisas com antecedência. O ato de adiar os compromissos pode impactar negativamente na produtividade e no alcance de objetivos. Procure focar nas atividades, deixando redes sociais, celulares ou qualquer distração de lado na hora do trabalho.
DEFINA METAS
Estipule prazos para a conclusão de cada atividade e trabalhe sem interrupções até que a mesma seja finalizada. Com isso, não haverá atrasos e você terá mais tempo para se dedicar a outros projetos.
TENHA HOBBIES
Se divirta. Faça atividades que sejam relaxantes e prazerosas, como por exemplo, praticar esportes, assistir filmes e ler. Isso pode tornar a rotina muito mais leve e ajudar no trabalho.
DESCANSE
Para manter a produtividade em alta, descansar é essencial. Diferente do que muitos imaginam ser produtivo não significa trabalhar compulsivamente. O descanso é fundamental para a concretização de metas e projetos, pois assim, a energia é recuperada e quando o trabalho voltar a ser feito, menos interrupções ocorrerão ao longo do processo.
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No mundo dos negócios, é quase impossível encontrar quem não conheça o termo planejamento estratégico (PE). Essa ferramenta de gestão é a representação de um dos aspectos mais importantes na garantia da saúde de uma empresa. Basicamente, ela mostra para onde se quer ir e como chegar lá, em termos de crescimento e sustentação do negócio.
O curioso é que nem todas as empresas dão a atenção devida a esse planejamento. No PE estão descritas as tarefas a serem realizadas, de forma ordenada, progressiva e disciplinada, a fim de atingir os objetivos de sucesso da empresa. Mantê-la saudável e em desenvolvimento, basicamente depende dessas ações, principalmente, se levarmos em conta que o planejamento também analisa e considera os fatores externos e mutáveis do mercado.
Devido à sua importância, ele sempre deve ser desenvolvido pela liderança da empresa, mesmo que executado por toda a equipe. A ideia é responder “onde estamos?”, “para onde queremos ir?”, “como chegar lá?”. Tendo isso bem elaborado, a saudabilidade da empresa estará garantida com alguns poucos passos observados atentamente. São eles:
Análise do mercado: conhecer o campo onde se vai atuar é o mais importante. Pela estratégia militar, desde a antiguidade, o domínio do terreno garante muitas vitórias. Ter dados primários que indiquem tendências, comportamentos, notícias que englobem clientes, concorrentes, receptividade, etc, fazem toda a diferença. É possível manobrar as ações da empresa de acordo com o mercado, evitando perdas e aproveitando ganhos.
Conhecer a empresa: além de conhecer o mercado é preciso conhecer a sua própria empresa como a palma de sua mão. Sobretudo quando o PE é feito logo após sua abertura, em uma reestruturação ou reciclagem, é preciso revisitar setores, operações, rotinas e processos. Do custo do produto oferecido, passando pela logística de entrega, até a devolução por erros, é preciso entender a empresa de ponta à ponta, anotando onde mudar e averiguando riscos futuros.
Definição das metas: saber para onde se vai é primordial. Atirar no escuro não leva ninguém adiante. Com conhecimento do terreno é preciso saber o que se quer conquistar. Isso também inclui definir que público se quer atingir, tanto no âmbito de parceiros, como no caso de franqueados em uma franquia, como no do consumidor final que irá consumir seu produto ou serviço. Conhecer o nicho que quer ser atingido te permite agir em cima do que o atrai.
Definição dos caminhos: essa é a parte prática do PE, o dia a dia. Com toda a informação disponível, é preciso que se determine como atingir às metas, sanar os problemas internos, lidar com as dificuldades externas. Ações administrativas, limites, riscos, tudo deve ser determinado e viabilizado através de ações cotidianas. A ideia é tornar palpável o planejamento.
Flexibilidade: não podemos esperar que o mundo seja estático. Estar preparado para as mudanças é primordial. Tudo o que foi pesquisado e, até mesmo, as ações que funcionaram bem por anos, são passiveis de mudanças. O mundo está em movimento e, conforme ele muda, a empresa deve ter espaço para se adequar. Nada pode ser tão engessado que não funcione ou tenha alternativas à mínima mudança externa ou interna.
Monitoramento e avaliação de resultados: essa é a fase dois do processo. Após um tempo implementando o que foi planejado é preciso avaliar os sucessos e fracassos da operação. Aqui voltaremos à etapa de flexibilidade e talvez até mesmo à estaca zero. Esse é o principal medidor de saúde da empresa: o resultado. Mesmo com bons resultados, avaliações são sempre necessárias, já que certas “doenças na gestão” só podem ser observadas muito depois de iniciada. Mesmo assim pode ser tarde demais.
José Carlos Fugice Jr é administrador de empresas especializado em franquias e varejo com MBA em administração de empresas pelo CEAG FGV/SP, com experiência em mais de 150 projetos de franquias. É sócio fundador da GOAKIRA Consultoria Empresarial.
Fonte: New Trade – 16/02/2017