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Gestão e Negócios

cervesia gestao negocios

O e-commerce no Brasil registrou crescimento de 45,17% em janeiro de 2021, frente ao mesmo mês do ano anterior. Seguindo a tendência positiva, usando a mesma base de comparação, o faturamento do setor teve alta de 61,82%. Os dados são do índice MCC-ENET, desenvolvido pela Neotrust | Movimento Compre & Confie, em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net).

“O mês de janeiro costuma ser de fortes vendas no e-commerce brasileiro devido às ofertas de saldão dos grandes varejistas e retorno às aulas. A pequena retração observada entre dezembro/20 e janeiro/21 justifica-se pelas vendas de Natal no último mês do ano, considerada uma das melhores datas para o comércio eletrônico”, afirma Felipe Brandão, secretário executivo da camara-e.net. “Nos próximos meses, a tendência será de alta nas vendas, uma vez que as vendas online tornaram-se um hábito dos consumidores brasileiros.”

Vendas online

Apesar das vendas pela internet continuarem em expansão, ao comparar os meses de janeiro de 2021, com dezembro de 2020, a variação foi negativa (-3,88%). Por sua vez, ao observar a evolução do acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento foi de 68,15%.
Ao observar os dados regionais, na comparação entre janeiro de 2021 com o mesmo período de 2020, a métrica de vendas online ficou da seguinte forma: Nordeste (72,76%), Norte (52,39%), Sul (50,15%), Centro-Oeste (49,51%) e Sudeste (38,45%).
Os dados do acumulado dos últimos 12 meses foram: Nordeste (97,35%), Norte (82,85%), Centro-Oeste (74,67%), Sul (69,27%) e Sudeste (62,07%).

Faturamento

Ao analisar o índice de faturamento, na comparação de janeiro de 2021 com dezembro de 2020, teve crescimento de 5,84%. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 87,65%.

A composição por região ficou da seguinte forma: Nordeste (90,59%), Norte (74,90%), Centro-Oeste (72,69%), Sul (64,52%) e Sudeste (52,88%). E no acumulado dos últimos 12 meses, por sua vez, os resultados foram: Nordeste (122,36%), Norte (111,49%), Centro-Oeste (99,25%), Sul (83,73%) e Sudeste (78,94%).

Participação do e-commerce no comércio varejista

Em dezembro de 2020, o comércio eletrônico representou 7,8% do comércio varejista restrito (exceto veículos, peças e materiais de construção). No acumulado dos últimos 12 meses, nota-se que a participação do e-commerce no comércio varejista corresponde a 9,6%. Vale destacar que esse indicador foi feito a partir da última Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, divulgado no dia 10 de fevereiro.

Categorias

Em dezembro de 2020, a composição de compras realizadas pela internet, por segmento, ficou da seguinte forma: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (41,9%); móveis e eletrodomésticos (26,2%); e tecidos, vestuário e calçados (11,5%). Na sequência, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,5%), outros artigos de usos pessoal e doméstico (7,1%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,4%); e, por último, livros, jornais, revistas e papelaria (2,4%). Esse indicador também utiliza a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE como base.

Consumidores Online

Outra métrica avaliada pelo MCC-ENET revela que, no trimestre de outubro a dezembro de 2020, 18,4% dos internautas brasileiros realizaram ao menos uma compra online. Observa-se uma alta de 0,5 p.p em relação ao trimestre anterior (17,9%). Já na comparação com o mesmo período em 2019 (13,7%), houve crescimento de 4,7 p.p.

 

Fonte: New Trade – 11/03/2021

Se uma empresa pretende sobreviver à crise, é fundamental buscar reduções

A crise está afetando grande parte das empresas e nessa hora a palavra de ordem é redução de custos. Contudo, uma forma de deixar os gastos menores que poucas empresas aplicam corretamente é o planejamento tributário. Sendo que estudos apontam que as empresas pagam até 34% de tributos sobre o lucro, mas todo empresário sabe que esses valores se mostram muito maiores se forem consideradas outras questões como encargos trabalhistas, taxas e outras obrigatoriedade.

Assim, se uma empresa pretende sobreviver à crise, é fundamental buscar reduções dentro de acordo com as frequentes alterações tributárias às quais se deve adaptar no país, administrando melhor seus tributos, obtendo maior lucratividade no seu negócio.

Segundo o diretor executivo da Confirp Contabilidade Richard Domingos, “com a alta tributação no Brasil, além de terem de enfrentar empresas que vivem na informalidade, várias empresas quebram com elevadas dívidas fiscais. Assim, é salutar dizer que é legal a elisão fiscal”.

Existem várias formas de redução desses valores, assim, a Confirp listou algumas:

Planejamento tributário – São três os principais tipos de tributação: Simples Nacional Presumido ou Real. O diretor da Confirp explica que “a opção pelo tipo de tributação que a empresa utilizará no próximo ano fiscal pode ser feita até o início do próximo ano, mas, as análises devem ser realizadas com antecedência para que se tenha certeza da opção, diminuindo as chances de erros”. Importante ressaltar que cada caso deve ser analisado individualmente, evidenciando que não existe um modelo exato para a realização de um planejamento tributário já que existem várias variáveis.

“De forma simplificada, num planejamento tributário se faz a análise e aplicação de um conjunto de ações, referentes aos negócios, atos jurídicos ou situações materiais que representam numa carga tributária menor e, portanto, resultado econômico maior, normalmente aplicada por pessoa jurídica, visando reduzir a carga tributária”, explica Domingos.

Recuperações tributárias – Dentro do complexo sistema tributário brasileiro, muitas vezes ocorrem cobranças de formas indevidas, levando a uma elevação considerável da carga tributária, assim, a empresa deve estar atenta aos créditos que tem direito, e isso dependerá muito de sua área de atuação. Dentre os impostos que podem ser recuperados estão pagamentos referentes ao PIS/Pasep, Cofins, IPI e ICMS, dentre outros, que contribuirão para a redução do montante dos tributos. Outra questão que se deve levar em conta é a compensação dos tributos recolhidos indevidamente.

Deve-se contratar empresas de consultoria jurídica e tributária para levantar possíveis créditos, que não foram considerados na apuração mensal por falta de norma infralegal. Isso porque os créditos podem ser questionados no âmbito administrativos pelo fisco, devendo ser considerados todos os riscos antes de qualquer decisão. Deve-se tomar cuidado com muitas empresas que oferecem esse tipo de serviço apenas com o interesse de ter comissão imediata sobre redução ou compensação de tributos propostos. Ficando o empresário com todo o risco da operação.

Incentivos fiscais – As empresas podem utilizar ferramentas que incentivo fiscal, que são instrumentos que visam o desenvolvimento econômico de determinada região ou certo setor de atividade. Para isso, ocorre a ação de redução da receita pública de natureza compulsória ou a supressão de sua exigibilidade.

São várias as formas que as empresas podem utilizar essa forma de incentivo, indo desde apoio a ações de terceiros, como esporte e cultura, até mesmo leis que visam crescimento regionais e reduzem consideravelmente os valores a serem pagos, contudo, também é necessário nesses casos a preocupação de um acompanhamento de especialista.

Enquadramento correto na Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE – A maioria das empresas não se atenta, mas desde sua criação já estão comprometidas com um erro primordial que é o fato de seus cadastros nos entes governamentais não reflitam suas reais atividades, um dos erros que leva a empresa a ter sérios riscos fiscais é o CNAE inadequado, e o pior, só perceberão esse erro quando começam a aparecer os problemas. Mas, mas que isso, escolher o CNAE representará na carga tributária a pagar.

Outra questão muito importante é que quando uma empresa estiver no CNAE errado, as chances dos impostos estarem errados, com alíquotas divergentes, são muito grandes, e em caso de constatação disso em uma fiscalização, o resultado poderá ser pesadas multas.

Redução do FAP – O FAP é um índice aplicado sobre a Contribuição do Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho, e representa uma boa parcela dos gastos trabalhistas das empresas, podendo variar dependendo do número de ocorrências e ramo de atividade.

Contudo, o que muitos empresários não sabem é que os valores podem ser minimizados, sendo possível entrar com recursos administrativos para revisão da cobrança desses valores pelo Governo e garantir uma diminuição de custos, além de aproveitar para planejar-se para o futuro, com essa despesa a menos.

Fonte: Newtrade – 04/07/2016

Para especialistas, gestores esquecem que os profissionais se motivam de formas diferentes, o que pode gerar efeito contrário

O que toda empresa quer é profissionais motivados, animados e interessados em fazer seu melhor. Para isso, porém, é preciso saber estimular esse comportamento, oferecendo promoções, novos desafios e mais autonomia, por exemplo. O problema é que nem todo gestor sabe que, muitas vezes, ao invés de estar motivando ele pode estar desmotivando seus funcionários.

Pensando nisso, elaboramos uma lista com 10 maneiras erradas de motivar os funcionários. Contamos, para isso, com a ajuda de especialistas em gestão de carreira e motivação. Confira:

1. Os profissionais são únicos - “não existe motivação em massa”, explica o especialista em motivação, Roberto Recinella. Uma das maneiras erradas de motivar os profissionais é acreditar que o que motiva um motiva todos. Os líderes que não conhecem cada um dos membros de suas equipes podem cometer esse erro.

Na prática, o gestor acredita que determinado elemento vai motivar um profissional, pois foi o mesmo elemento que já motivou um outro trabalhador. Mas, segundo Recinella, isso não funciona sempre. A sugestão é conhecer cada um dos membros da equipe, entendendo suas necessidades e interesses.

2. Desafios megalomaníacos - a maioria das pessoas sabe que os profissionais, para se sentirem motivados, querem desafios constantes. Ou seja, uma oportunidade de superar uma meta e de mostrar um bom trabalho. O erro acontece quando o líder, pensando que vai motivar, estipula um desafio absurdo, que dificilmente será atingido. “O profissional sabe que não vai conseguir e logo fica desmotivado”, analisa o especialista. Os desafios devem sempre ser propostos, mas precisam ser palpáveis.

3. Sempre em cima - ainda na lógica do item um, o líder pode desmotivar, tentando motivar, se não entender as necessidades e os interesses dos profissionais. Nesse caso, a desmotivação acontece porque o chefe fica em cima demais do funcionário, acreditando que ele quer esse acompanhamento de perto, quando, na realidade, o que ele deseja é mais autonomia e liberdade.

Novamente, os profissionais são diferentes uns dos outros. Se o chefe entende que acompanhar de perto o trabalho de um profissional o motiva, ele não deve acreditar que isso vai motivar todos os demais. Portanto, é importante identificar as necessidades de cada um.

4. Falta de clareza - o líder também pode desmotivar alguns membros da equipe quando está tentado motivar outros. Promover um funcionário, por exemplo, sem dúvida fará com que esse profissional se motive. Porém, se essa promoção não for clara, ou seja, se os demais não entenderem os motivos dela, será um grande fator desmotivacional para os demais membros da equipe.

5. Feedback mal dado - alguns líderes acreditam que fazer uma crítica fará com que o profissional queira mudar, melhorar e virar o jogo. Por isso, ao dar um feedback, criticam alguns pontos do trabalho do profissional – pensando que ele vá querer melhorar. O problema, novamente, é que as pessoas são diferentes, ou seja, alguns são automotiváveis, enquanto outros desanimam totalmente.

A sugestão é fazer um feedback bem estruturado, ou seja, apontar os pontos que deveriam ser melhorados, observando a maneira de falar e ainda ressaltar os pontos positivos do trabalho do profissional.

6. Falta de feedback - na mesma linha do item anterior, o feedback é uma questão bastante delicada. Se o líder prefere não fazer, pensando que o profissional vai achar que a ausência de feedback significa que não há nada de errado com seu trabalho, isso pode ser um “grande tiro no pé”, explica a professora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Adriana Gomes.

Sem uma avaliação do seu trabalho o profissional pode sentir que não é importante, que seu trabalho não faz nenhuma diferença.

7. Promoção sem remuneração - promover uma pessoa de cargo é um ótimo fator motivacional, mostra que seu trabalho foi reconhecido e que ele está pronto para novos desafios. Mas, novamente, nem todos os profissionais são iguais, e se o líder pensar que uma promoção sem aumento de salário é sinônimo de motivação para qualquer profissional, ele pode estar muito enganado. Mesmo que o funcionário se motive num primeiro momento, com o tempo ele vai entender que só tem mais trabalho, pelo mesmo salário.

8. Possibilidades que nunca chegam - Adriana explica que outro fator que pode gerar grande desmotivação, apesar do objetivo não ser esse, é prometer coisas e nunca cumpri-las. Desde sinalizar uma promoção que nunca chega, até coisas menores, como uma visita ao cliente, a participação em um projeto, novos desafios e remuneração maior. Claro que inicialmente o profissional vai se motivar, mas, quando ele entender que nada acontece, a situação pode ficar muito ruim.

9. Delegar sem dar suporte - se o líder delega funções extras a um membro da equipe, é preciso que ele também dê o suporte necessário. Muitas vezes os profissionais podem sentir que não estão preparados para assumir determinadas tarefas e, se não puderem contar com o suporte do líder, o que deveria ser um fator motivacional, acaba desmotivando.

10. Delegar sem dar autonomia - o líder também deve saber que autonomia é importante para alguns profissionais. Logo, se ele delegar algumas funções, mas continuar centralizador demais, isso pode ofuscar a motivação inicial de ter assumido novas responsabilidades.

Fonte: Administradores | Infomoney - 20/03/2012

recuperação economica

A economia brasileira segue crescendo a passos lentos. No primeiro trimestre de 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,4% em relação ao trimestre anterior. No acumulado em 12 meses, a economia brasileira avançou 1,3% até março deste ano.

O avanço do PIB ainda é pequeno para recuperar as perdas da recessão. Em 2015 e 2016, a economia brasileira recuou 3,5% ao ano.

Os dados fracos da atividade econômica no início do ano levaram economistas a revisarem suas projeções para o PIB do ano, que antes estavam perto de 3% e agora estão mais próximas de 2%.

Na semana passada, o próprio governo reduziu de 2,97% para 2,5% a previsão de crescimento da economia brasileira em 2018. Já a média dos analistas do mercado financeiro baixaram a previsão de alta do PIB para o ano de 2,50% para 2,37%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.

Segundo o economista Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, destaques da recuperação da economia no ano passado, como agronegócio e os setores de bens de consumo duráveis (veículos, utilidades domésticas e eletroeletrônicos) e de bens de capital (máquinas) continuam tendo um bom desempenho em 2018, mas ainda não houve uma difusão para outros segmentos. “O que ocorreu é que a construção civil e o setor de serviços continuaram a ter um fraco desempenho. Com isto, a melhora do mercado de trabalho também se mostrou mais lenta, afetando a demanda dos bens de consumo não duráveis (alimentos, calçados, tecidos e vestuário) e de bens intermediários (metais e químicos)”

Veja abaixo 10 fatores que explicam a desaceleração do ritmo de recuperação:

1 – Desemprego muito alto

A taxa de desemprego permanece muito elevada, o que diminui o poder de compra das famílias, inibindo a retomada do consumo, um motor fundamental para o crescimento econômico. No primeiro trimestre do ano, a taxa de desocupação foi de 13,1%, atingindo13,7 milhões pessoas. No trimestre encerrado em abril, o índice recuou para 12,9%, mas permanece acima do observado no final do ano passado. A subutilização da força de trabalho bateu recorde. Somados os subocupados e aqueles que desistiram de porcurar emprego, eram ao todo 27,7 milhões de pessoas nos 3 primeiros meses do ano, segundo o IBGE.

2 – Crédito caro

A taxa básica de juros alcançou o menor patamar da história, mas a redução da Selic ainda não foi repassada completamente à economia e ainda não fez o crédito deslanchar. Os juros bancários permanecem em patamar muito elevados e ainda não estimulam empresas e consumidores a investirem e consumirem mais. Em abril, a taxa média do cheque especial era de 321% ao ano, e do cartão de crédito rotativo, de 331,6% ao ano.

3 – Freio no consumo

O consumo das famílias, que representa cerca de 60% do PIB, vem sendo afetado negativamente pelo desemprego. Esse freio no consumo se manifesta especialmente nos serviços e no comércio, que, nos 3 primeiros meses do ano, tiveram desempenho muito aquém do que se previa. No ano passado, a liberação dos saldos das contas inativas do FGTS e os reajustes salariais acima da inflação representaram um estímulo adicional para a retomada do consumo, dois fatores atípicos que não se observa neste ano.

4 – Endividamento elevado

O nível de endividamento das famílias e das empresas segue elevado e indicadores apontam que o percentual de famílias inadimplentes voltou a crescer. Segundo dados do Banco Central, a taxa de inadimplência com recursos livres no sistema financeiro caiu de 4,4% para 4,2% para empresas, entre março e abril, mas aumentou de 5% para 5,1% para pessoas físicas.

De acordo levantamento da Serasa, o número de empresas com dívidas em atraso seguia em nível recorde no final do 1º trimestre, atingindo 5,4 milhões de CNPJs, um aumento de 9,3% em relação a março de 2017.

5 – Investimentos não decolam

Com as contas dos governos federal e estaduais no vermelho, os investimentos públicos encolheram e ajudam a explicar o ritmo fraco de recuperação da economia. Do lado da iniciativa privada, as incertezas políticas, o ritmo fraco da construção civil e os atrasos no programa de privatizações e de leilões também dificulta uma reação maior dos investimentos em infraestrutura. A confiança dos empresários recuou para o menor nível desde novembro de 2017 diante da incerteza com futuro político do Brasil e dos indícios de que a economia está caminhando de forma mais fraca do que o esperado.

6 – Pauta econômica emperrada

A pauta econômica não avançou no Congresso, e ainda há dúvidas de que outros medidas que o governo colocou como prioritárias em sua agenda, como a privatização da Eletrobras. No dia 22, o governo decidiu retirar do Orçamento de 2018 a previsão de arrecadação extra de R$ 12,2 bilhões com a privatização da estatal, devido à demora na tramitação do projeto que libera essa operação.

7 – Reformas pela metade

A agenda de reformas defendida pelo governo Michel Temer ficou pela metade. A atual gestão sempre assumiu um discurso de que o sucesso da agenda de reformas seria fundamental para garantir a retomada da confiança na economia e, assim, estimular o crescimento econômico.

O governo Temer aprovou no ano passado reformas como a PEC do Teto dos gastos e a nova lei trabalhista, mas não conseguiu avançar em outras medidas de controle fiscal. Em fevereiro, desistiu da votação da reforma da Previdência, considerada fundamental para o ajuste das contas públicas, o que levou a um novo rebaixamento da nota de crédito do Brasil.

8 – Ambiente externo menos favorável

O ambiente externo também ficou menos favorável para o Brasil, em meio a perspectiva de menor crescimento da economia mundial, anúncio de medidas protecionistas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e temores de uma guerra comercial. O mercado também começou a trabalhar com a possibilidade de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) suba os juros quatro vezes neste ano e não apenas três como era esperado inicialmente.

A expectativa de juros mais altos nos EUA tem provocado uma desvalorização do real. Os juros mais altos na economia norte-americana podem provocar uma fuga de recursos aplicados em países emergentes como o Brasil.

9 – Ano eleitoral e quadro político incerto

Em ano de eleição presidencial, o cenário político segue bastante incerto. A possibilidade de vitória de um candidato não reformista deixa os investidores bastante receosos com o futuro da economia brasileira. O próximo presidente terá uma agenda pesada pela frente, sobretudo na área fiscal. Sem a certeza de qual será o próximo nome que governará o Brasil diante do elevado grau de incerteza, os investimentos tendem a ficar travados, dificultando ainda mais a recuperação do país.

10 – Perdas com a greve dos caminhoneiros

Se a retomada já era frágil, os prejuízos bilionários provocados pela greve dos caminhoneiros trouxeram ainda mais dúvidas sobre a capacidade da atividade econômica voltar a ganhar tração. Segundo os economistas, ainda é cedo para contabilizar os impactos provocado pelas paralisações, mas não há dúvida de que a greve terá um pesado efeito negativo sobre o PIB do 2º trimestre.

O banco Santander estimou que as manifestações devem trazer um impacto direto e indireto de 0,7 ponto percentual na atividade econômica e um gasto adicional de R$ 14,4 bilhões para o governo neste ano.

Fonte: Portal Newtrade - 30/05/2018

O varejo brasileiro caminha para o segundo ano de expansão no seu faturamento real. Para 2019, a projeção é de aumento de 5,2%. As informações são de um levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Para a ShopperTrak, líder global de inteligência de tráfego de clientes no varejo, as lojas físicas precisam aproveitar o momento e focar na experiência de compra do cliente.

“Os hábitos dos consumidores estão mudando em um ritmo acelerado. Com isso, os varejistas precisam promover um serviço de alto nível, seja qual for a jornada de compra”, explica Marcelo Quaiatti, diretor da ShopperTrak no Brasil. “Para isso, é preciso medir e incentivar o desempenho de cada estabelecimento”, destaca.

O executivo listou três princípios que devem ser levados em consideração pelos varejistas e que garantem uma boa performance de loja.

  1. Entender o caminho até a compra

Para Quaiatti, está cada vez mais difícil identificar os padrões de compra dos consumidores. Os clientes não fazem mais jornadas diretas ao pesquisar e comprar, o que dificulta as decisões de investimento dos varejistas. Por esse motivo, várias lojas estão perdendo a oportunidade de monitorar quantas pessoas entram no estabelecimento em determinado momento e reagir de acordo com esses dados.

Segundo a ShopperTrak, quase 50% dos varejistas não conseguem prever o tráfego de clientes. Hoje, soluções de análise avançadas fornecem dados em tempo real que, quando comparados a métricas importantes, oferecem informações sobre áreas do negócio, como eficácia de promoções e taxas de conversão. Com isso, os varejistas podem adotar uma abordagem com boa relação entre custo e benefício, entregando aos consumidores uma experiência personalizada e de alto nível e aumentando o volume de vendas.

  1. Disponibilizar mercadorias e ter controle do estoque

A disponibilidade e a transparência do estoque podem fazer um varejista se destacar da concorrência. Os consumidores de hoje demandam rapidez e não hesitam em buscar outro estabelecimento se não estiverem satisfeitos. Um gerenciamento eficaz de estoque também é essencial no nível operacional, especialmente devido à pressão para que as lojas maximizem o retorno por espaço físico em um período de alta de tarifas e de aluguel.

Segundo a ShopperTrak, apenas 40% dos varejistas gerenciam o desempenho e as métricas de rotatividade do estoque de maneira consistente no nível de loja, o que pode levar à perda de oportunidades de satisfazer o consumidor. Ter o produto certo na hora certa e promover a visibilidade do estoque para toda a empresa são medidas cruciais.

  1. Empoderar os colaboradores da loja

Os funcionários são os ativos mais valiosos de um varejista, embora muitos deles não sejam mobilizados de forma eficaz. De acordo com levantamentos da empresa, os varejistas gastam 70% do tempo lidando com tarefas operacionais e utilizam apenas 30% do horário para atender clientes.

Se o engajamento dos consumidores é o que faz uma experiência em loja se destacar, um colaborador usaria melhor seu tempo ao oferecer ajuda e orientação para compras ou cuidar para que as filas de pagamento não fiquem longas demais. Os varejistas podem entender melhor a força de trabalho se também levarem em consideração fatores como taxa de engajamento, eficácia dos turnos de trabalho e relação entre custo laboral e vendas – antes de tentarem solucionar as ineficiências que os impedem de prosperar.

Segundo Quaiatti, para melhorar o desempenho de uma loja, é preciso adotar uma abordagem holística. “Os varejistas precisam avaliar todos os níveis do negócio para identificar onde é possível aprimorar a eficácia operacional e de vendas”, explica. “As empresas que geram informações sobre o estabelecimento a partir de dados em tempo real, e avaliam seu desempenho, estão mais preparadas para modernizar as operações e melhorar a qualidade do relacionamento com os consumidores”, conclui.

 

Fonte: Portal Newtrade - 16/04/2019

Uma pesquisa da consultoria Comscore mostra que o varejo eletrônico de alimentos, supermercados e mercearia cresceu 6% em volume de usuários únicos no comparativo entre dezembro de 2019 e 2020. Apesar da audiência desse setor apresentar preferência de consumo via mobile, houve acréscimo de 30% entre usuários de dispositivos desktop neste período. O público feminino representou quase 60% da concentração de usuários, registrando uma afinidade 17 vezes acima da média da internet.

“Diante dos novos desafios encontrados nos últimos meses e da mudança de comportamento dos consumidores, o mercado de venda de comidas e bebidas se reinventou por meio do e-commerce. Além disso, com mais tempo em casa as pessoas também desafiaram-se na cozinha e colocaram seus dotes culinários em ação. Por isso, a busca on-line por serviços delivery de supermercados e restaurantes apresentou altas nas redes; portais ligados a receitas e dicas culinárias também tiveram alta de acesso e bom posicionamento em nossa análise”, comenta Eduardo Carneiro, diretor geral da Comscore.

A análise destaca que a média de consumo de conteúdos on-line da subcategoria de retail teve acréscimo de mais 160% no total de minutos acessados na rede e mais de 128% de minutos consumidos a cada visitante dos portais em relação a 2019. A média de consumo foi de aproximadamente 40 horas de acesso a conteúdos relacionados ao assunto, e 45 minutos de audiência média por internauta.

A subcategoria “lifestyle food”, com sites que fornecem avaliações sobre restaurantes, receitas, dicas de culinária e planos de refeição, também apresentou comportamento similar ao do varejo alimentício, com picos de audiência no início da pandemia da Covid-11 (abril e maio). Em dezembro, com a escalada da segunda onda do vírus, os resultados voltaram a apresentar acréscimo.

Entre os temas que despertam mais interesse, estão: as bebidas alcoólicas, que representam 36 milhões de usuários; a cozinha como opção de vida mais saudável para mais de 30 milhões de pessoas; o delivery como preferência de 36 milhões de indivíduos; e a identificação de 13 milhões de consumidores como aspirantes a chef.

Compras on-line e delivery

Ifood, UberEats e Rappi aparecem como líderes entre os apps de delivery de comida. Ainda assim, novos players que estrearam em 2020 se tornaram destaque nos serviços. Zé Delivery, 99 Food e Cornershop alcançaram respectivamente 3,3 milhões, 2,3 milhões e 1,3 milhões de usuários em dezembro.

A indústria de bebidas alcóolicas garantiu mais de um bilhão de impressões entre janeiro e novembro de 2020 em relação ao inventário de publicidade online para desktop. Em agosto de 2020, cerca de 30% dos consumidores de álcool navegaram em players de e-commerce do segmento. Em relação a sites de compra de vinhos, a alta foi de mais de 150% no volume de usuários. As marcas Evino, Ambev e Diageo compõem 71% do share de publicidade dessa categoria.

Lifestyle food

Entre os sites de receita mais populares, estão: Tudo Gostoso, Receitas.com (Gshow), Receitas Nestlé, Comidinhas Do Chef e Tudo Receitas. O destaque foi para o site Receitas Nestlé, que aumentou seu número de visitas em mais de 60%, seguido pelo Tudo Gostoso, que teve acréscimo de quase 20% entre os visitantes.

A elevação na média de visitas também foi verificada nos sites das marcas Seara (107%), Ajinomoto (57%), Sadia (32%), e Perdigão (8%). A performance da categoria de publicações e sites de receitas também foi impulsionada nas redes sociais, com mais de 84 milhões de interações em todas as redes entre os mais de 59 milhões de usuários.

 

Fonte: New Trade – 23/03/2021

Segundo Alberto Menache, CEO da Linx, empresa de softwares de gestão e a maior software house da América Latina em sistemas de gestão para o varejo, o setor passa pela maior transformação da sua história por conta do-commerce.

O momento de mudanças exige adaptações por parte dos players, que estão buscando entender os desejos desse novo consumidor que vive conectado, para oferecer melhores soluções e experiências.

“Quando olhamos para o varejo desde que o mundo existe, as pessoas iam até uma loja comprar. Essa disrupção, onde as lojas não necessariamente precisarão ter estoques enormes, faz com que o varejo físico se torne um ponto de experimentação”, explicou Menache em evento promovido pelo Credit Suisse em São Paulo na terça-feira (28).

Embora o e-commerce esteja mudando o modelo de negócio, o executivo não acredita que ele será um “monocanal”. Stelleo Tolda, COO do Mercado Livre, que também esteve no painel, igualmente vê para o futuro um varejo integrado através daquilo que é preferência do consumidor.

“O varejista vai precisar estar onde o cliente quer que ele esteja, seja no Google ou Mercado Livre. Não é mais uma opção escolher o canal. O varejista vencedor é o varejista omnichannel. No Brasil, [o grosso do setor] ainda é físico, mas quem não se digitalizar vai morrer”, pontua o presidente da Linx.

Essa integração, conforme Tolda, oferece mais riscos e soluções para o negócio, que passou a utilizar de tecnologias para resolver problemas complexos, sobretudo, do ponto de vista da logística e entrega.

“A tecnologia é a linha mestra de todas as ações feitas no segmento. Não estaríamos com problemas tão difíceis, nem evoluindo tão rápido sem o auxílio dessas ferramentas”, afirma Tolda.

Novo amanhã

A discussão do futuro do varejo, além de depender do desenvolvimento tecnológico para otimização dos seus negócios, permeia também outras áreas que se transformam, ao mesmo passo, ou até mais rápido que o setor. Entre elas estão os meios de pagamentos.

Para Menache, é uma questão de tempo para a desmaterialização do plástico (cartão e máquina). Segundo ele, a utilização dessas tecnologias é anacrônica e o QR code será muito relevante para o varejo nos próximos anos.

“Um único QR code para todas as carteiras irá otimizar e melhorar a experiência do consumidor. Da mesma forma que há 20, 30 anos criamos o TEF (Transferência eletrônica de fundos), na nossa visão, o QR funciona da mesma forma e de maneira mais eficiente”, diz.

Seguindo as iniciativas de grandes varejistas que passaram a ofertar serviços financeiros no meio digital, Stelleo Tolda, observa que essa é uma tendência irreversível.

“É natural, quando você tem dados de experiência de pagamento, usar essas informações para ofertar outros produtos. Temos um relacionamento com o consumidor e isso tem permitido formularmos nossos próprios modelo de risco de concessão de crédito”.

 

Fonte: NewTrade – 31/01/2020

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