Gestão e Negócios
Com a sanção da reforma trabalhistapelo presidente Michel Temer, mais trabalhadores têm demonstrado preocupação em formar um colchão que garanta uma aposentadoria no futuro sem a necessidade de reduzir seu padrão de vida atual.
Reinaldo Domingos, educador financeiro e presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros) dá orientações para quem busca, no futuro, a possibilidade de parar de trabalhar por necessidade financeira.
1 – Conheça o número da sua independência financeira
Defina com quantos anos deseja se aposentar e qual padrão de vida quer ter neste momento, chegando a um número mensal. Considere as despesas, as atividades e os sonhos que deseja conquistar no período.
Entenda que você precisa acumular um capital que renda o dobro do que deseja ter mensalmente. Por exemplo: caso deseje obter dessa aposentadoria privada R$ 2 mil por mês, seus investimentos precisarão render R$ 4 mil por mês. Assim, você saca metade e deixa a outra metade rendendo, para que o dinheiro se recapitalize e se preserve.
2 – Corte gastos
Caso tenha dificuldades para poupar mensalmente, corte gastos. Faça um diagnóstico financeiro por 30 dias, anotando todas as suas despesas, separando por categorias como alimentação, transporte, vestuário, educação, guloseimas, etc.
Dessa forma, você reconhecerá seu comportamento financeiro e saberá quais hábitos pode mudar para diminuir ou eliminar despesas e conseguir poupar para deixar de trabalhar por obrigação.
3 – Poupe mensalmente
Poucas pessoas têm o hábito de poupar mensalmente, especialmente para sonhos de longo prazo, como o da independência financeira. Para não perder o ritmo, tenha seu objetivo sempre em mente: ele irá te mover e motivar.
Além do sonho de longo prazo, tenha também outros de médio e curto prazo, a serem realizados mais rapidamente. Neste caso, faça poupanças diferentes.
4 – Preserve rendas extras
Resgate de contas inativas do FGTS, restituição do imposto de renda, 13º salário, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), aumentos salariais, bônus, comissões, rendimento das aplicações financeiras, etc. Você pode direcionar todas as rendas extras para adiantar o sonho da independência financeira.
5 – Invista no fundo mais adequado
Invista os valores – tanto de rendas extras quanto o poupado mensalmente para a independência financeira – em fundos adequados para sonhos de longo prazo, como previdência privada e títulos do Tesouro Direto.
Como essa é uma reserva muito importante, fruto de anos de trabalho, caso queira diversificar e investir em ações, por exemplo, é aconselhável destinar apenas cerca de 10% para essa modalidade, considerando o alto risco da aplicação.
Fonte: InfoMoney - 15/07/2017
Quem é chefe sabe muito bem que escolhas podem ser torturantes. Aprovar ou recusar um novo projeto, manter ou demitir um funcionário, reduzir ou ampliar o portfólio da empresa? Quando o gestor escorrega na sua decisão, toda a empresa pode sofrer.
Acontece que o medo de tomar uma decisão infeliz só fará você perder tempo, e o pior: mesmo que você analise muito bem as diversas possibilidades, ainda assim tudo pode dar (bem) errado.
“Até quando refletimos muito e achamos que estamos tomando a melhor decisão possível, muitas vezes não conseguimos o que desejamos, pela incidência de diversos fatores externos”, explica o espanhol Miguel Ángel Ariño, professor da IESE Business School e coautor do livro “Con la misma piedra: los diez errores que todos cometemos al decidir”.
A constatação de que o esforço para acertar nem sempre garante sucesso pode soar pessimista, mas também pode ser tranquilizadora. É libertador aceitar que não temos tudo sob controle: você não precisa se cobrar a perfeição, e nem sofrer tanto quando surgem fracassos. “O gestor deve entender que decidir bem nem sempre é igual a acertar”, diz Ariño.
Imagine, por exemplo, a história de um CEO que decidiu transferir seu escritório principal para uma das prestigiosas Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York, em agosto de 2001. “Tudo indicava que era uma boa decisão, adequada, sensata, mas o que aconteceu em setembro? O prédio foi destruído em uma circunstância inesperada”, explica o professor.
Não que isso deva gerar um relativismo total. Vista isoladamente, uma decisão aparentemente boa pode ser tão ruim quanto uma escolha visivelmente infeliz. No entanto, quando a questão é analisada por um período de tempo, o profissional que faz um conjunto de escolhas com ponderação, método e criatividade tende a ter resultados melhores do que aquele que faz opções de forma caótica.
“É problemático evitar ou adiar decisões pelo medo de possíveis resultados negativos”, diz Ariño. “Já que o mundo vai continuar girando e as coisas vão continuar acontecendo à sua revelia, omitir-se significa deixar o controle da sua vida nas mãos de agentes externos”.
Para o professor espanhol, o gestor deve substituir o medo de errar por um olhar menos afobado sobre o processo de decisão. “Você precisa aprender a simplificar a realidade, que é muito complexa, e distinguir variáveis importantes e acessórias”, explica ele. Também é preciso reconhecer o papel da intuição e dar espaço para a sua própria criatividade.
No livro “Con la misma piedra”, cujo título faz referência ao ditado espanhol segundo o qual “o homem é o único animal que tropeça duas vezes na mesma pedra”, Ariño analisa os erros mais comuns da tomada de decisões no mundo das empresas. Confira a seguir 4 deles:
1. Ser prisioneiro das próprias ideias
Seja por orgulho, insegurança ou teimosia, muitos profissionais se tornam de tal forma comprometidos com uma posição que fazem qualquer coisa para resguardá-la de críticas — mesmo quando inconscientemente sabem que aquela ideia deveria ser revista.
“Muitos gestores se tornam prisioneiro das próprias opiniões, isto é, não consideram outras alternativas e deixam de analisar dados capazes de contrariar aquilo que pensam”, diz Ariño.
Quando isso ocorre, eles só procuram informações que possam confirmar a decisão que já tomaram de antemão em suas cabeças. Essa cegueira quase involuntária dá margem a erros grosseiros, e é preciso estar atento para resistir a ela.
2. Superestimar o consenso
Imagine que você está em uma sala de reunião e todos os presentes escolheram o projeto A. Qual é a probabilidade de que você votará no B? Para Ariño, baixíssima. “Muitas vezes as pessoas fazem uma determinada escolha apenas porque todo mundo parece estar de acordo com ela”, explica.
A sensação de unanimidade pode se sobrepor ao bom senso. “Por que Kennedy ordenou a invasão da Baía dos Porcos, em Cuba, que acabou resultando em um fracasso retumbante para os Estados Unidos? Porque a maioria dos assessores dele pensava que ‘se os demais estão de acordo, deve ser algo bom’”, afirma o professor da IESE.
O consenso pode, aliás, ser ilusório: muitas vezes as pessoas só parecem estar de acordo justamente por não terem coragem de trazer uma voz dissonante. Para fazer escolhas melhores, recomenda Ariño, é melhor ouvir os seus próprios instintos e não atribuir tanta autoridade às supostas inclinações da maioria.
3. Ceder ao imediatismo
Outro erro clássico é prestar demasiada atenção às consequências próximas da decisão e negligenciar os efeitos a longo prazo. Demitir um funcionário pode representar uma boa economia por um mês, mas deixar de contar com ele não pode reduzir a produção, e portanto os lucros, daqui a um ano?
Agir com pressa atrapalha. Ansiosa por tomar uma decisão rapidamente — e assim se livrar do peso psicológico que ela representa —, muita gente age como se as escolhas precisassem ser imediatas. Mas é comum que os julgamentos mais sensatos sejam preparados “a fogo lento”.
“Ao contrário do que parece, certos problemas não precisam ser resolvidos para já, podem esperar uma semana, um mês”, diz Ariño. “Respeitar esse tempo ajuda a pensar, deixar que as coisas descansem, coletar mais informações e elaborar melhor as suas ideias”.
4. Não transformar teoria em prática
A última etapa de qualquer decisão é implementá-la. Segundo Ariño, muitos gestores parecem se esquecer desse fato óbvio: consomem horas e horas em reuniões para definir seus próximos passos, mas não vão adiante. “O mundo das empresas está cheio de pessoas que discutem, discutem, mas não se mobilizam para fazer aquilo que ficou combinado”, afirma o professor.
Uma escolha que não é colocada em prática é mais perigosa do que parece. O cansaço produzido pelas reuniões e debates cria uma falsa sensação de alívio, como se o problema tivesse sido resolvido. Resultado: falta energia para executar o combinado.
Para não criar decisões inúteis, que jamais saem do papel, a saída é estabelecer prazos a curto, médio e longo prazo. Também é fundamental definir e acompanhar indicadores de desempenho para avaliar os efeitos de cada decisão.
Fonte: Exame.com - 14/07/2017
Estudar neurociência parece ser uma atividade distante, reservada apenas para biólogos, químicos ou psicólogos. Porém, entender como nossos neurônios funcionam é importante não apenas para fins científicos – mas também para que aproveitemos o melhor de nós mesmos.
A busca pela excelência por meio do estudo da mente é importante, inclusive, quando se fala em empreender e inovar. Afinal, boas ideias são, em sua essência, sinapses.
O especialista Rubens Paes Barreto deu uma palestra no Google Campus sobre o poder da neurociência para a inovação. Ele é sócio-fundador do Deep Learning Institute, um instituto que prepara empresas e pessoas para enfrentar desafios por meio de técnicas como mapas mentais e scrum.
Veja, segundo o especialista, algumas armadilhas preparadas pelo seu cérebro que podem acabar com sua capacidade de ter ideias geniais:
1 – Você quer resolver os problemas de todo mundo
De acordo com Barreto, nossa cabeça é uma “máquina de resolver problemas”. Você pode escolher para qual atividade direcionar a energia que faz tal máquina funcionar.
“O que eu vejo nas minhas consultorias é que muita energia é desperdiçada em atividades fora do grande objetivo de quem eu atendo. Aplicativos, conversas sem sentido, programas de televisão, redes sociais e, principalmente, resolver o problema dos outros”, diz o especialista.
Ele cita um exemplo comum em empresas: o funcionário que diz ter de resolver algum problema pelo qual seu colega ou outra área da empresa está passando. “Muita gente busca ter mais foco, e uma grande dica é decidir a quem ou a quais tarefas você não vai dar atenção.”
Por isso, pegue um papel e escreva atividades em que você gasta tempo, mas não têm nada a ver com seu projeto de inovação. O que você poderia parar de fazer hoje para aumentar seu foco? O primeiro passo para a inovação é se concentrar e ter persistência nas suas metas.
2 – Você cria histórias para não tomar atitudes
Para justificar um comportamento, as pessoas costumam criar histórias. Por exemplo: preciso acordar cedo porque tenho de ir trabalhar. Com isso, posso conhecer novas pessoas e obter uma renda que sustente futuros projetos.
Porém, o outro lado da moeda é criar histórias para deixar de ter um comportamento – como não inovar. “Eu não inovo porque preciso comprar servidores para montar meu sistema de big data“; “eu não inovo porque meu chefe não me apoia”; “eu não inovo porque tenho uma multinacional e a matriz não permite”; “eu não inovo porque não tenho tempo nem dinheiro.”
“Cuidado para que essas histórias programadas não sejam, no fundo, mentiras para mantê-lo em sua zona de conforto”, alerta Barreto. Apenas desacreditando nos contos de sempre é que você poderá se abrir para a inovação.
3 – Você não tenta criar novos hábitos
Cada atitude que você decide tomar é, no fundo, resultado de um conjunto de sinapses – transmissões feitas entre neurônios.
Um hábito é justamente ter esse “caminho neural” consolidado, com o objetivo de conservar sua energia mental diária – acordar e fazer o café de manhã todos os dias, por exemplo. Segundo Barreto, é como passar uma corrente elétrica de um ponto A para um ponto B do seu cérebro de forma aparentemente automática.
Para inovar, é preciso construir caminhos diferentes. O preço a se pagar para a formação dessas novas conexão neurais é chamado de “energia de ativação” pelo especialista. É por conta do custo de ativação dessa energia que as pessoas demoram para tomar atitudes: falta a motivação para tal esforço, e você precisa encontrá-la se quiser ter ideias.
“O fato é: quanto vale a pena essa inovação que você quer fazer? Como ela traz benefícios reais aos seus valores e ao mundo, a ponto de você acordar todas as manhãs e querer tomar as atitudes que levarão a essa inovação?”, questiona Barreto.
4 – Você esconde sua gestão de si mesmo
Ainda falando de hábitos, Barreto dá outra dica neurológica para estimular novos hábitos e inovar mais: deixe sua gestão mais transparente.
O especialista cita um experimento de Shawn Achor, da Universidade de Harvard, para entender quantas pessoas poderiam aprender violão dependendo da disponibilidade visual do instrumento.
Quando o violão era guardado dentro de um armário na casa dos pesquisados por um mês, a média de quem realmente havia tocado era de quatro dias seguidos. Já quando o violão era deixado no meio da sala de estar, a média subia para 21 dias.
“Isso explica por que, em empresas como Facebook e Google, não há barreiras para esconder informações – em armários ou sistemas, por exemplo. Uma dica interessante para as empresas de vocês é fazer gestão à vista, por meio de metodologias como scrum”, aconselha.
5 – Você deixa o medo da exclusão social tomar conta
O que empreendedores como Jorge Paulo Lemann, Henry Ford, Thomas Edison e Walt Disney têm em comum? Eles erraram muito antes de alcançarem o sucesso.
Basta lembrar de uma palestra que Jorge Paulo Lemann deu durante o evento Day1, da Endeavor: “Os pais educam os filhos para que dê sempre tudo certo. E esquecem que, fazendo besteira, burrada, se aprende muita coisa também. Deixem os filhos fazerem burradas”, aconselhou o empresário.
“Ser rejeitado no grupo social que você está é doloroso, como ocorre em uma demissão ou uma falência. Temos dispositivos neurológicos que tentam nos proteger dessas situações e, assim, deixamos de inovar”, completa Barreto.
É preciso fazer um trabalho de convencimento para superar tais instintos biológicos e psicológicos, controlando seus instintos em prol de uma meta racionalmente alcançável.
“No começo da humanidade, ser rejeitado pelo grupo significava a morte. Mas pense: hoje, você irá morrer se você for demitido do banco onde você trabalha? Ou você irá para o próximo passo, desafiar seus limites e seguir seus sonhos?”, questiona Barreto.
Fonte: Exame.com - 14/07/2017
É difícil acordar na segunda-feira de manhã e ir para o escritório logo cedo. No inverno, pior ainda. Mesmo que você ame o trabalho que desempenha, precisa concordar. Agora, se você se sente péssimo com frequência só em pensar em pular da cama para ir para o escritório, pode ser o indicativo de algo mais sério. É mesmo o seu emprego que te deixa para baixo? Você precisa partir para outra. O site Business Insider listou fatores que evidenciam que seu trabalho está te deixando infeliz. Confira se é esse o seu caso:
Você odeia todos os seus colegas no escritório. É natural ter alguém com quem você não se dá muito bem. Mas se há certa animosidade em relação a todos ou somente algumas pessoas, tem algo estranho no ar. Não é positivo viver nesse ambiente de drama e estresse constantes. De acordo com a Associação Americana de Psicologia, o estresse constante pode ter efeitos psicológicos e até físicos. Ou seja, trabalhar rodeado de profissionais “tóxicos” afeta a sua saúde.
Você detesta seu chefe. Muitas características fazem um gestor ruim. Um ponto é o mais importante — foque nele: se o perfil de gestão do seu chefe não tem nada a ver com o que você acredita, dificilmente as coisas vão avançar.
Você odeia os domingos (principalmente à noite) e mal consegue sair da cama quando está em casa. Sim, camas são maravilhosas. Compreensível. Dito isso, enfrentar uma batalha emocional diária para deixar os lençóis é um sinal ruim. Detestar os domingos com todas suas forças também.
Não te pagam o suficiente. Todo mundo que ser minimamente bem remunerado — não há nada de errado nisso. Talvez o seu salário fosse aceitável quando você estava começando no emprego, mas agora que tem mais responsabilidade nas costas, quer mais. E aí? Os tempos ainda são de crise, mas você pode negociar. Peça um aumento e, caso não tenha sucesso, comece a procurar uma empresa disposta a pagar o salário que busca.
Você nunca vê seus amigos e família. Falta de equilíbrio entre trabalho e vida do lado de fora pode levar a tristeza e solidão. Se você cuida de coisas do trabalho o tempo inteiro, arrisca seus relacionamentos pessoais. “Os locais de trabalho que apoiam o bem-estar dos funcionários e permitem tempo para o descanso criam uma força de trabalho sustentável, onde os funcionários não estão exaustos e ineficazes”, escreveu o professor de psicologia Shawn M. Burn na Psychology Today.
Você não consegue se concentrar. Horas depois de chegar ao trabalho, percebe que não conseguiu fazer nada. Já checou todas as redes sociais, olhou para o relógio e conversou com os vizinhos da mesa. Nada além disso. Segundo o jornal The New York Times, pesquisadores descobriram que uma “mente errante” pode ser sinal de infelicidade e insatisfação. Então, se você estiver constantemente sonhando na sua mesa, coloque mais esse na lista de sinais ruins.
Você reclama do trabalho — o tempo todo. Amigos, familiares e qualquer um que esteja disposto a ouvir. Se você não perde uma oportunidade de dizer o quanto seu trabalho é horrível, tenha uma coisa em mente: reclamar não muda nada. Pelo contrário. Ao falar (e pensar) constantemente sobre como tudo está ruim no seu trabalho, você só reafirma suas crenças negativas.
Você está muito irritável. Tudo é motivo para te tirar do sério — do colega falando alto ao telefone ao o ar-condionado muito forte. É importante identificar que o trabalho é o gatilho. “A melhor maneira de reduzir a irritabilidade é descobrir o que o deixa nesse estado — e depois lidar com isso”, escreveu o psicólogo Guy Winch na Psychology Today.
Fonte: Época Negócios: 13/07/2017
Para a maioria das pessoas, trabalhar numa empresa ainda é sinônimo de estar no escritório no horário comercial – e pegar aquele trânsito para ir e voltar para casa. Porém, alguns negócios já perceberam que, num mundo com tanta tecnologia, não faz mais sentido obrigar seus funcionários a estarem no ambiente de trabalho sempre no mesmo horário.
Nessas empresas, os funcionários muitas vezes fazem horários alternativos, ou mesmo trabalham alguns dias ou horas de forma remota (em casa ou qualquer outro lugar). E elas garantem: permitir mais flexibilidade aumenta os lucros e o engajamento da equipe.
O tema foi discutido num webinar (seminário virtual) promovido pelo Gympass, em que a diretoria de Recursos Humanos da PwC, Erika Braga, falou sobre a política de flexibilidade da companhia. O Gympass é uma plataforma que permite ao usuário ter acesso a várias academias credenciadas e que oferece o modelo Gympass Corporate, voltado para empresas que queiram investir na qualidade de vida de seus funcionários.
Confira alguns tópicos do webinar e de conversas com alguns negócios sobre o tema.
Controle X Confiança
“Percebemos que esse é um caminho sem volta. Se você não começar a pensar de forma diferente sobre isso, vai ficar para trás em termos de organização”, afirmou Erika na conversa virtual.
Na PwC, uma consultoria presente em 157 países, existem algumas possibilidades de jornada de trabalho flexíveis, dentre elas horários alternativos, home-office e a possibilidade de fazer um horário de almoço maior ou menor.
Questionada sobre como a empresa controla o trabalho do funcionário nesses modelos, Erika ressaltou que a empresa não controla e decidiu “trocar o controle pela confiança”.
“Temos que ter uma relação de confiança com nossos profissionais, nossos talentos. Temos que ter qualidade, entrega, resultado. Se a pessoa trabalhou das 10h às 15h e entregou o que estava combinado, tudo ok”, afirmou durante o webinar.
Mentalidade Netflix
Para Marcelo Sartori, diretor de Recursos Humanos do Gympass, a flexibilidade no trabalho é uma tendência que segue a lógica da “escolha do indivíduo”.
“Temos exemplos como a Netflix, em que a pessoa assiste a um programa na hora que quiser, onde quiser. No modelo da TV tradicional, a pessoa tem que ligar naquela hora específica se quiser assistir o jornal ou a novela. Agora essa lógica está se invertendo, quem decide é o indivíduo. O mundo está caminhando para isso e as empresas não podem ficar para trás”, afirma.
Sartori ressalta que o próprio Gympass funciona dessa forma, permitindo que o usuário decida onde, quando e o que fazer na academia.
Sem culpa
Engana-se quem pensa que um modelo flexível como esse só pode funcionar em grandes companhias como a PwC. Empresas menores também podem ter um esquema de trabalho menos rígido, modelo que inclusive vai ao encontro do que acontece em locais que prezam pela inovação, como o Vale do Silício.
“Estamos no mercado há cinco anos e desde o início tivemos essa mentalidade do Vale do Silício. Aqui nós valorizamos a presença no escritório, mas temos a possibilidade de trabalhar de casa e fazemos horários alternativos. Ás vezes a pessoa precisa resolver um problema pessoal e não se sente culpada por isso”, afirma Bruno Martins do Ebanx (plataforma de pagamentos online).
Segundo Sartori, do Gympass, dentre os benefícios da flexibilidade está o aumento na produtividade. “Quando há muita rigidez de horários, muitas vezes o colaborador está lá só de corpo físico, esperando dar 18h para ir embora. Quando você permite mais flexibilidade, também transfere mais responsabilidade para o funcionário”, afirma.
Martins, do Ebanx, concorda e conta que na sua empresa o principal benefício de ter uma proposta mais flexível está no ânimo das pessoas em trabalhar. “Aqui a gente não entra numa empresa em que está todo mundo desgastado, cansado. As pessoas vêm com muita vontade para o trabalho”, conta.
A avaliação é semelhante à de Erika Braga da PwC. “Investir em flexibilidade reduziu nosso turn over [rotatividade de funcionários], então gastamos menos com recrutamento, além de termos menos faltas e ganharmos nessa questão do engajamento”, disse no webinar.
Fonte: Exame.com - 12/07/2017
Warren Buffett não gasta dinheiro como outros bilionários costumam gastar. Ele mantém alguns hábitos simples que podem ser surpreendentes. Saber administrar suas finanças é crucial para ter uma vida financeira equilibrada, e gastar com consciência está incluso nisso. É o que Buffett pratica.
O investidor – conhecido como Oráculo de Omaha – é CEO da Berkshire Hathaway, mas há mais para se aprender com ele do que apenas sobre seu trabalho. Apesar de seu patrimônio chegar a cerca de US$ 77.1 bilhões, segundo a Forbes, o segundo homem mais rico do mundo (Bill Gates é o primeiro) leva uma vida simples, sem luxos e praticando a filantropia.
O bilionário não se descreve como uma pessoa frugal, apenas um homem com gostos simples. “Eu compro tudo o que quero na vida. Dez casas me deixariam feliz? Ter muitas posses consome você em certo ponto”, afirmou o bilionário segundo o Business Insider.
O site elencou 5 hábitos que o bilionário mantém mesmo com toda sua fortuna. Confira:
- Buffett ainda vive na mesma casa que comprou em 1958
Ele mora na mesma residência de Omaha, no Nebraska, que comprou em 1958 por US$ 31.500, e que hoje vale cerca de US$ 270 mil, em torno de R$ 894 mil. E Buffett não tem intenção de colocar sua casa à venda.
- Ele começa seu dia sempre com um café da manhã barato
O estilo de vida de Buffett não inclui o pagamento de preços altos para torradas francesas gourmet diariamente preparadas por uma equipe no conforto da sua própria casa. Quando se trata de alimentos, o investidor bilionário é conhecido por economizar dinheiro tomando café no McDonald’s.
O café da manhã de Buffett pode consistir até em um pacote de Oreo, segundo seu amigo Bill Gates escreveu em seu blog. “Uma coisa surpreendente que descobri sobre Warren é que ele basicamente comia o que gostava quando tinha 6 anos”, escreveu Gates. Buffett explicou sua dieta bizarra, mas barata: “Verifiquei os dados e a menor taxa de mortalidade está durante os 6 anos de idade. Então eu decidi comer como um jovem de 6 anos. É o curso mais seguro que posso tomar”.
- Ele mantém o mesmo carro por vários anos
Embora alguns CEOs tenham carros caros, você provavelmente encontrará Buffett dirigindo algum modelo muito mais modesto. Segundo sua filha, Buffett mantém o mesmo carro o máximo que pode. “A verdade é que eu dirijo pouco durante o ano, então compro carro novo com pouca frequência”, disse Buffett.
Carros são apenas gastos. Pode ser melhor para suas finanças se você tentar manter seu carro, cuidando e mantendo as revisões em dia, o maior tempo possível – ou pelo menos optar por comprar um carro seminovo ao invés de zero.
- Ele tem passatempos acessíveis
Em comparação com outros CEOs, investidores e empresários famosos, os passatempos de Buffett são muito mais acessíveis. Por exemplo, ele gosta de jogar bridge – um jogo de baralho em duplas. Buffett é um viciado no jogo, já chegou a passar cerca de 12 horas por semana jogando.
“Eu não me importaria em ir para a prisão se eu tivesse os três companheiros certos para que jogarmos bridge o tempo todo”, afirmou Buffett. Quando ele não está jogando baralho ou investindo, você também pode encontrá-lo tocando seu ukulele e cantando.
- Ele trata os amigos bem, mas sem extravagâncias
O que você dá a um amigo que também é bilionário? A longa amizade de Buffett com Gates é lendária. O magnata da Microsoft explicou em seu blog o que manteve sua amizade forte ao longo dos anos. “Aprendi muitas coisas com Warren nos últimos 25 anos, mas talvez o mais importante é o que é a amizade”, disse. “É sobre ser o tipo de amigo que você gostaria de ter. Todos devem ter a sorte de ter um amigo tão amável como Warren”, afirmou Gates.
E ser um bom amigo, não inclui presentes caros. Por exemplo, Buffett vai buscar pessoalmente Gates no aeroporto quando ele vai para Omaha e liga com frequência para manter contato.
Fonte: New Trade - 10/07/2017
“Aquilo que não é medido não pode ser acompanhado e, por conseguinte, não pode ser melhorado.” A frase foi dita por W.E.Deming, consultor americano que auxiliou a indústria japonesa a se tornar um padrão mundial em excelência de qualidade. Deming tinha toda razão. Se não medirmos o que fazemos, dificilmente poderemos iniciar melhorias.
Ainda sobre a questão de medição, há algum tempo tomei conhecimento de um estudo feito com um desportista com desempenho excelente. A cada dez saltos, acertava oito, um índice de 80%. Os estudiosos perguntaram ao atleta: “Se retirarmos a barra, você acha que isso afetará seu desempenho?” Ele garantiu que não, e argumentou que o que importava era o seu treino no procedimento de salto, e não a barra em si. Os pesquisadores pediram para o atleta realizar novamente uma série de dez saltos.
Sem o atleta saber, os pesquisadores colocaram um sensor eletrônico, na altura da barra que fora retirada. O objetivo era medir o desempenho do esportista nessa nova condição (de não ver a barra ser ultrapassada). Ele realizou a nova série de saltos conforme fora solicitado. Quando os estudiosos fizeram a aferição da altura registrada no sensor eletrônico, verificaram que o desempenho do atleta caiu para 40%. Esse estudo mostrou a importância de se ter uma meta visível.
Quando se trata de uma equipe de trabalho, o estabelecimento de metas é fundamental para melhorar o desempenho individual e do grupo. Estabelecer metas pode parecer uma tarefa simples, mas definitivamente não é. Muitos empresários sentem dificuldade em gerenciar e obter resultados porque ficam sem dados objetivos para cobrar resultados.
Duas situações ilustram a necessidade de elaborar o processo de estabelecimento de metas:
- Dificuldade de cobrar resultados por causa da subjetividade da meta. Por exemplo, “melhorar a qualidade da entrega”. Melhorar em quê? Em quanto? Como medir a melhoria da qualidade?
- Dificuldade de cobrar os prazos. Muitas vezes a meta fica em “aberto” quanto ao prazo para ser atingida, e assim fica difícil cobrar o resultado, gerando desgaste e desentendimentos.
Para tornar o processo de estabelecimento de metas eficaz, faça sempre o seguinte “crivo”:
Especifique: confira se a meta está bem especificada (por exemplo, reduzir custo de frete).
- Assegure que a meta seja mensurável: estabeleça a porcentagem ou um valor específico.
- Analise se é atingível: é factível alcançar a meta proposta nesse prazo?
- Verifique a relevância: é uma meta relevante?
- Estabeleça prazo: o tempo de execução está claro, está bem definido? Não há dúvidas quanto ao prazo?
Se a meta que você estabelecer passar por esse crivo haverá um efeito mobilizador tanto individualmente como na equipe.
*Por Alexandre Rangel é psicólogo, coach, e sócio-fundador da Alliance Coaching.
Fonte: Exame.com - 11/07/2017