Gestão e Negócios
O que nos faz tomar decisões corretas e assim obter sucesso profissional? Por ser um tema recorrente, há respostas para todos os gostos, indo da “capacidade analítica” ao “domínio de possíveis variáveis”. Mas um estudo da Duke University sugere – sem descartar estas hablidades – que o principal método do sucesso seria adotar a “humildade intelectual” (pouco citada, aliás, em listas clássicas). Basicamente, é a postura de admitir possíveis erros e evitar atitudes defensivas ao se deparar com argumentos e fatos que questionem sua opinião.
Os autores constataram que aqueles sem a humildade intelectual cometem muito mais erros do que os portadores dessa qualidade. Em um experimento, os participantes deveriam avaliar opiniões favoráveis e contrárias sobre crenças religiosas, política e outros temas. Em seguida, testou-se sua capacidade de admitir estarem errados e como isso afetou a habilidade de avaliar pessoas com posições contrárias.
Resultado: participantes que demonstraram menor humildade intelectual fizeram as piores avaliações, exibindo dificuldade em distinguir fatos de meras especulações ditas propositalmente no experimento, além de revelar pouca flexibilidade de raciocínio.
Já os participantes com maior humildade, ao contrário, aceitavam melhor pessoas que mudaram de posições políticas (um dos temas do experimento), sem considerá-las “vira-casacas” como fizeram os arrogantes. O estudo então conclui: a rapidez de aprendizado depende da capacidade de admitir erros.
Fonte: Época Negócios - 13/09/2017
*Por Alexandre Rangel, psicólogo e coach e sócio-fundador da Alliance Coaching.
Indicadores de uma equipe motivada
Manter a equipe motivada é o grande desafio da liderança. Na maioria das vezes a pessoa é promovida para assumir um cargo de liderança sem ter sido treinada, e com isso a empresa perde um técnico nota 10 e ganha um gestor nota 1. A má liderança ou a falta de capacidade para liderar é uma das grandes causas da insatisfação de uma equipe.
Seguem alguns indicadores de que uma equipe é composta por pessoas motivadas:
Atingir metas e resultados: é essencial para a sobrevivência da empresa que a equipe alcance as metas estabelecidas para garantir a lucratividade das operações.
Se as pessoas não estiverem comprometidas e motivadas, dificilmente elas se esforçarão para melhorar o desempenho. Já uma equipe motivada não só atinge os objetivos traçados como busca superá-los, gerando assim melhores resultados para a empresa.
Produtividade crescente: em um mundo tão competitivo, lidando com uma crise atrás da outra, é necessário praticar continuamente a filosofia dos 3 M’s. Fazer sempre Mais, Melhor e com Menos recursos.
Normalmente a falta de recursos gera insatisfação e fadiga nas pessoas, mas, se o nível de motivação da equipe for bastante elevado, todos se empenharão para trabalhar com os recursos existentes dando o máximo de si para fazer melhor e mais rapidamente. Pessoas motivadas “se viram nos 30” para aumentar a produtividade com os meios de que dispõem.
Relacionamento interpessoal amistoso: o ambiente de trabalho é por natureza um lugar onde se vive sob pressão e exigências cada vez maiores. Portanto, é natural que de vez em quando haja desentendimentos entre os colegas, tal como em um time que pratica esportes, mas tudo em função do jogo e com o objetivo de jogar melhor e ser um time vencedor.
Uma equipe de alta performance é aquela cujos membros aceitam críticas, pois consideram ser construtivas para seu crescimento pessoal e profissional. Se as pessoas não estiverem satisfeitas, comprometidas e motivadas elas receberão as críticas como ofensas pessoais, e os relacionamentos ficarão deteriorados, com pessoas rancorosas e ressentidas.
É importante ressaltar que a liderança tem papel fundamental quando se trata de motivação da equipe. Quem está em uma função de liderança tem de compreender que sua aproximação com a equipe é fundamental para que se crie um ambiente de camaradagem, em que as pessoas levem o trabalho a sério, de forma a propiciar um crescimento sustentado nos resultados decorrentes do desempenho de um time de alta performance.
Fonte: Exame.com - 13/09/2017
Como você sabe, eu trabalho com recolocação e transição de carreira, ou seja, presto consultoria a pessoas que estão buscando um novo trabalho, mudando de área ou iniciando um novo negócio. Esse artigo é fruto de uma entrevista que dei à rede Globo.
Como recebo sempre muitas dúvidas a respeito, também quis escrever sobre o assunto. Atualmente tem muita gente querendo empreender, às vezes, transformando seu hobby ou suas paixões em fonte de renda.
Um dos fatores que tem impulsionado essa mudança é a situação do mercado. Por causa da crise e da alta taxa de desemprego, a quantidade de mão de obra reserva é bastante grande. Isso faz com que o mercado não consiga absorver todas essas pessoas em empregos formais. Dessa forma, talvez você precise se reinventar e é nesse momento que pode descobrir que não necessita de um emprego formal e sim de um trabalho que possibilite uma remuneração. A partir daí pode se perguntar o que pode fazer para ocupar seu tempo fazendo o que gosta e ser bem remunerado por isto.
Se você chegou a essa conclusão, é preciso que responda algumas perguntas antes de seguir por esse caminho.
Eu tenho a persistência suficiente?
Qualquer empreendedor, especialmente no Brasil, precisa ter muita paciência e persistência. Não se trata simplesmente de achar que você irá abrir um negócio e haverá uma multidão de clientes na sua porta os quais vão lhe proporcionar uma renda três ou quatro vezes maior do que a que tinha antes.
Pelo contrário, possivelmente nos primeiros meses a sua renda será ainda menor do que a que tinha quando estava empregado. Esse retorno vem com tempo e dedicação ao seu negócio. E te digo que você será testado diariamente, pois terá que pensar no todo e muitos problemas surgirão. Um dia é a internet que não funciona, outro dia é o cliente que não lhe pagou, outro dia é a máquina do cartão de crédito que deu pane e assim por diante. E, no início é provável que não tenha equipe para cuidar disto, você mesmo terá que colocar a mão na massa, dar conta de todas as suas atividades, sorrir para o cliente e resolver os problemas operacionais.
Eu tenho a disciplina necessária?
Há pessoas que só produzem satisfatoriamente quando precisam prestar contas a um cliente ou chefe. De outro modo, elas simplesmente se acomodam. Ter seu próprio negócio exige estar em constante movimento, trabalhando, em muitos casos, até mais do que quando se tinha emprego para alcançar o objetivo. É possível que sua cabeça trabalhe 24 horas por dia, e é aí que muitos empreendedores desistem, pois você se vê escravo do seu próprio negócio. Em muitas situações pode ter muitas saudades da época em que era CLT e no fim do dia desligava o seu computador e sua mente era livre pra não pensar mais em trabalho. Ter uma empresa exige muita disciplina. Eu mesma sou a dona da empresa e tenho um plugin que desabilita o feed de notícias do meu facebook, ou seja, só entro nesta rede social fora do trabalho. E o meu negócio começou a render muito mais quando descobri que era necessário sim que eu cumprisse horário, estivesse no escritório no mínimo 8 horas por dia. Atualmente trabalho muito mais que isso e preciso de muita disciplina, pois ninguém me diz o horário que eu tenho que cumprir, ou se posso ou não entrar em rede social no horário do expediente. Sou eu mesma que defino isto. Para tal o meu nível de disciplina tem que ser muito mais alto do que quando eu era funcionária.
Eu sei vender?
Muitos acham que fazer propaganda na internet é suficiente para obter o retorno necessário. O processo de venda acontece o tempo inteiro. Conhecer as estratégias para vender adequadamente o seu produto ou serviço é algo muito importante. A grande sorte é que temos hoje muitos cursos e conteúdo interessante na internet. Saber vender é uma competência que pode sim ser adquirida. E se você já está entrando em campo com o pensamento “eu não sei vender” precisa ressignificar isto agora mesmo, pois as pessoas prósperas e bem-sucedidas sabem sim vender, principalmente realizando autopromoção.
O que se necessita é de disposição para buscar esse saber, assim como disponibilidade para se reinventar, se preciso. Por exemplo, eu, nesse momento, não sou a Tais tímida e introvertida, pois, ao escrever esse artigo ou quando gravo um vídeo, estou focada na minha missão de vida, que é impactar a existência de mais pessoas. E para tal eu preciso SIM vender a minha imagem e ser capaz de promover os meus serviços.
Se você reconhece que precisa aprender mais, o primeiro passo é ajuda. Várias instituições poderão lhe oferecer uma base para iniciar seu negócio através de cursos gratuitos, consultoria e planejamento estratégico.
Ao elaborar um plano de negócios, por exemplo, você terá a oportunidade de se questionar sobre uma série de aspectos, bem como aprender sobre outros. É nesta etapa que você vai pensar sobre aonde quer chegar, quanto estima faturar, quem é seu público-alvo, entre outras questões, além de adquirir o preparo técnico para iniciar o empreendimento.
Isso se chama estratégia. Assim você não usa simplesmente a cara e a coragem, mas tem o seu voo orientado por uma instituição que tem know-how do assunto. A partir de todas essas questões definidas, você poderá traçar metas e aprender o básico sobre uma série de aspectos, inclusive financeiros, que serão necessários para o sucesso do seu negócio.
É difícil transformar o hobby em negócio?
Para algumas pessoas, é bastante difícil transformar o hobby em negócio. Isso acontece porque muitos têm o que podemos chamar de crenças limitantes. Trata-se de pensamentos do tipo “como eu estou ajudando pessoas, não vou cobrar por isso ou cobrarei muito pouco” ou “cobrarei bem menos do que meu produto vale, dando desconto às pessoas” “fazer o que se ama é utopia”.
Saber cobrar é extremamente importante. Compreenda que seu hobby se transformou em um negócio. Para que ele dê certo e você possa manter a qualidade, é muito importante ser bem remunerado por isso. Valorize o seu esforço, os cursos que fez e as horas de trabalho que foram necessárias para que se pudesse chegar a um resultado satisfatório.
Em suma, aprender a precificar o seu trabalho e/ou o seu produto é extremamente importante para o sucesso do seu negócio.
Quero te dizer que é viável ganhar dinheiro com a sua paixão. Mas é preciso persistência, disciplina e saber vender. Todas essas habilidades podem ser aprimoradas ou até aprendidas.
Por isso, dê o primeiro passo e se esforce. Tenha clareza de quais são os seus talentos, do que te dá prazer e de que maneira poderia usar os seus dons a serviço dos outros. Para isso eu te lanço 3 perguntas:
- Se eu entrasse no seu computador agora, qual seria o seu histórico de navegação?
- Para que geralmente as pessoas ao seu redor solicitam a sua ajuda?
- Se vivêssemos em um país socialista onde não houvesse diferenças salariais e você pudesse escolher qualquer profissão, o que você decidiria fazer?
É importante que você se faça estas perguntas e muitas outras, tentando descobrir qual é a sua missão. Aos poucos o universo vai conspirar a seu favor. Não há sensação melhor do que fazer o que se gosta, do que ter a certeza de que está usando os seus talentos e cumprindo seu propósito no mundo. Quando podemos acordar todos os dias para fazer isso, a vida se torna mais leve e as pessoas são mais felizes.
Tais Targa - Top Voices LinkedIn
Psicóloga, Mestre em Educação e Coach de Empregabilidade – Job Hunter. Mentora de Coaches e especialista em Otimização de LinkedIn. Seu histórico profissional engloba empresas tais como: KPMG, FIEP e Universidade Positivo. Atualmente é responsável pela TTarga Carreira e Recolocação, atuando desde 2010 nos serviços de Recolocação Profissional, Transição de Carreira e Coaching. Empreendedora digital, empresária, aficionada por redes sociais, palestrante, autora, mãe e autodidata.
Fonte: LinkedIn – 12/09/2017
A cada dia que passa, a equipe comercial ganha mais desafios para atender às expectativas da Era do Cliente e tirar o máximo proveito do seu funil de vendas. Afinal, quem decide a compra é um indivíduo conectado, que pesquisa a oferta de concorrentes e deseja – e muito – um apoio consultivo. O cliente, enfim, não quer um produto simplesmente: ele quer uma solução para um problema.
Confira 11 técnicas de vendas que ajudarão sua empresa a fechar mais negócios, que contempla também aprimorar o relacionamento com o cliente, uma prioridade global da equipe comercial, segundo o levantamento Salesforce State of Sales.
1. Menos doçura, mais foco
Sabe quando você recebe uma ligação daquela pessoa excessivamente simpática que você nunca viu na vida representando uma marca que não tem nenhuma conexão contigo? Então: não se torne neste profissional. Esta tática é antiquada e depõe contra uma importante meta sua: que é conquistar confiança. Assuma um tom de voz mais neutro e amigável.
2. Tenha foco no cliente
Acredite: muitos profissionais da área comercial não centram a atenção no cliente. Você se destacará da concorrência se parar de focar no seu produto e serviço e passar a investir todo o tempo no cliente e prospect, suas necessidades e frustrações.
3. Compartilhe suas melhores práticas
Se você tem uma visão ampla e bem embasada sobre o que está acontecendo no setor do seu cliente e prospect ou sabe aplicar inteligência artificial a técnicas de vendas, não guarde para si este conhecimento precioso: compartilhe melhores práticas com prospects e clientes. No caso da Salesforce, usamos um modelo de processo de vendas muito reconhecido no mercado, abordado no webinar Gere mais Oportunidades de Vendas em 2017 com Salesforce. Quanto mais souberem de suas habilidades, mais você será capaz de articular conversas relevantes e fechar negócios.
4. Pergunte sobre os desafios
Poucos entendem a importância de perguntar aos clientes em potencial sobre os desafios principais deles. Experimente perguntar: “qual o maior desafio que você está enfrentando agora?” Tudo que as pessoas buscam são soluções para seus problemas, então eles são propensos a falar sobre suas dificuldades se você fizer perguntas como esta. Segundo o levantamento State of Sales, 76% dos clientes dizem que é fundamental ou muito importante interagir com um profissional de vendas focado em ajudá-los a superar seus desafios, e não apenas fazer uma venda fácil.
5. Aprenda os custos das dificuldades do cliente
Se você consegue articular para que um cliente em potencial perceba o quanto um problema ou desafio impacta o bolso dele, você cria valor para a discussão. Uma vez que o prospect compartilha seu desafio principal, pergunte quanto este problema está custando à empresa dele. Esta resposta diz a você – e mais importante ainda, ao seu prospect – o quanto a sua solução vale.
6. Defina um orçamento
Uma vez que o prospect articulou sobre quanto os desafios custam a ele, é o momento de descobrir mais sobre quanto estaria disposto a investir. A próxima pergunta é: “Quanto você investiria para resolver esses desafios?”. Se é o prospect que lidera a definição do “quanto”, então diminuem-se os “achismos” sobre qual é o orçamento certo que caberá no bolso do cliente.
7. Esteja disposto a desistir
Se você não estiver disposto a desistir de uma oportunidade, então você está em enorme desvantagem. Isto é porque você simplesmente não pode ajudar metade dos clientes em potencial. Por quê? Talvez a solução que você tem não resolve os desafios deles ou eles não têm recursos para a sua solução. Mantenha o contato, mas parta para outra.
8. Antes de apresentar proposta, saiba se está falando com a pessoa certa
Se o seu prospect não está comprometido em resolver os desafios da empresa que representa, então não faz sentido apresentar uma solução. Foque em apresentar para os indivíduos que têm, de fato, o compromisso de resolver uma situação.
9. Dê três opções em toda proposta
Se você mostra só uma opção, então você está perdendo vendas. Ao invés disso, coloque três opções em toda proposta, indo da solução mais básica para a mais rebuscada. Isso traz duas vantagens: você fechará mais propostas “premium” e ao contextualizar cada proposta, o cliente em potencial pode se sentir menos propenso a comparar preços entre soluções que se encaixem melhor a novas realidades.
10. Sempre marque a próxima reunião
Feche toda reunião marcando a próxima. Isto é fácil, mas executivos de vendas falham nisso o tempo todo. Não vá dizer que liga na próxima semana, pois coisas poder desmoronar sem passos claros. Não importa onde você está no processo de vendas, sempre agende o próximo passo antes de terminar a reunião com o prospect.
11. Fechou a venda? Peça ao cliente para lhe apresentar a prospects
Não há melhor momento para pedir referências e indicações aos clientes existentes do que depois de uma venda. Eles estão animados em trabalhar contigo e desejarão conectar você a outros profissionais. Mesmo que escolham não fazer isso imediatamente, você terá estimulado a reflexão no novo cliente sobre que outras pessoas teriam também interesse em sua solução.
Outra dica importante: saiba que a inteligência artificial é um recurso que vem mudando a rotina da equipe de vendas.
Fonte: Portal Newtrade - 12/09/2017
Um protagonista pensa assim:
Nem sempre somos culpados, porém, sempre somos responsáveis pelo que acontece em nossa vida.
Responsabilidade é diferente de culpa.
Se algo ruim acontece, ele logo pensa: o que eu poderia ter feito diferente para ter evitado esse problema? Confiei demais? Não conferi como deveria? Não dei a atenção necessária? Fui consumista? Escolhi as pessoas erradas para estarem ao meu lado? Em algum momento, flexibilizei os meus valores?
Aí alguém pode dizer: “mas, Flávio, o fulano me roubou! Que responsabilidade eu tenho nisso?”.
Quem escolheu o fulano para estar ao seu lado? Confiou demais? Conferiu? Deu liberdade demais? Criou os processos necessários para auditá-lo? Fez follow up periódico?
Quem puxa para si a responsabilidade ganha a oportunidade de aprender com todas as situações boas ou ruins que acontecem na vida. Esse é o estilo de vida escolhido por quem não quer ser refém das circunstâncias e quer estar à frente do comportamento comum das grandes massas, porque deseja conquistar resultados acima da média.
Quando assumimos a responsabilidade, também assumimos o poder de criarmos a solução. Quando terceirizamos a responsabilidade, abrimos mão de sermos o agente da solução.
Qualquer postura diferente de assumirmos nossas responsabilidades, sendo protagonistas, tem outro nome: vitimismo.
Numa empresa, protagonistas têm futuro. Vitimistas não saem do lugar por um motivo muito simples: o mundo precisa urgentemente de gente que gere soluções e não de pessoas que só apontam o dedo para arrumar culpados pelos seus problemas.
Flávio Augusto da Silva - President na T-BDH Capital
Fonte: LinkedIn - 12/09/2017
Rebelde, o Desbravador, o Veraz, o Herói, o Inventor, o Navegador e o Cavaleiro Andante. A especialista em liderança e coach norte-americana Lolly Daskal diz que os líderes de negócios podem ser classificados a partir dos sete tipos distintos acima. O líder de tipo “rebelde”, por exemplo, rompe regras e promove o novo. Conjuga em si as virtudes da autoconfiança, competência e ousadia. Porém, alerta Lolly, em cada um destes tipos humanos há um “gap” – uma lacuna interior na personalidade, muitas vezes inconfessável ou desconhecida – que opera sorrateiramente dentro da alma do líder e, caso não seja combatida e remediada, pode sabotar a sua carreira e o negócio. O “Rebelde”, por exemplo, tem medo, lá no fundo, de não passar de um impostor. Em seu livro The Leadership Gap: What Gets Between You and Your Greatness (inédito no Brasil, algo como “A lacuna da liderança: o que separa você da sua grandeza”), Lolly ensina como lidar com as “lacunas” da personalidade. Quando o “Rebelde” é assaltado pela dúvida, o melhor é se voltar às pessoas em que confia. “Não fique se comparando com os outros”, diz Lolly.
Já o “Desbravador”, um inovador e criador de oportunidades nato, aprende pela tentativa e erro, pelo palpite. Mas lhe causa ojeriza não controlar racionalmente o seu lado intuitivo e, voltando-se à sua zona sombria, torna-se um manipulador, buscando no microgerenciamento o controle que lhe falta. “Não tema a intuição. Deixe-a fluir. Permita-se o devaneio”, diz Lolly. Já o “Herói” e o “Cavaleiro Andante” são emblemas, respectivamente, da coragem e da lealdade. O primeiro não hesita em apostar com ousadia e colocar a carreira em risco – mas isso lhe dá calafrios. O segundo é um abnegado, dá o sangue pela empresa, mas questiona-se se não é um mercenário enrustido. O conselho ao “Herói” é não ter medo do medo. “Ao Cavaleiro, digo: proteja as pessoas e as coisas que você ama. A melhor forma de proteção é a lealdade”, diz a autora. Quando pressionado, a tentação do “Inventor” – sempre em busca de melhoria em produtos e processos – é o atalho fácil, a “meia-sola”. “Faça tudo com integridade”, diz Lolly.
Nem todo líder se encaixa num tipo só. “Eu sou um misto de Navegadora e Veraz”, diz a coach. O “Navegador” tem facilidade em tornar simples o que era complicado. Mas tem a tentação de ditar as regras de como as coisas devem ser feitas. O tipo “Veraz”, que preza a sinceridade acima de tudo, às vezes sem papas na língua, pode cair no vício de se achar senhor da razão, criando indevidamente boatos e gerando clima de suspeita na empresa. À sua “Navegadora” interior, Lolly sugere a criação de limites: não faça tudo pelos outros. Já ao seu tipo Veraz, o recado é: controle a língua. “Nem sempre a nossa percepção é correta. Um erro sincero não deixa de ser um erro”, diz Lolly.
Fonte: Época Negócios - 10/09/2017
Procrastinar menos e ser proativo são apenas algumas das vantagens de ser uma pessoa diurna, apontam diversos estudos. Quem acorda mais cedo sai na frente porque consegue aproveitar melhor características que só o começo do dia traz, defende Josh Davis, autor de Two Awesome Hours: Science-Based Strategies to Harness Your Best Time and Get Your Most Important Work Done. Na obra, Davis discorre sobre as estratégias para aproveitar melhor o tempo e conseguir realizar um trabalho com mais eficácia.
“Quem levanta cedo já está caminhando pelo parque e fazendo coisas que nós temos dificuldades para realizar em outros momentos do dia”, disse Davis em entrevista a FastCompany. “As manhãs oferecem uma série de benefícios que não podem ser encontrados em outros horários”.
O escritor aponta quatro motivos pelos quais todos nós deveríamos aproveitar melhor as manhãs:
- É quando você tem mais energia
Fazer um ótimo trabalho exige esforço mental. Nas manhãs, logo quando após acordar, é quando você tem mais energia. “Mesmo que não tenha tido uma boa noite de sono, você provavelmente terá mais energia para se concentrar naquilo que realmente precisa e deixar o que não importa de lado”, afirma Davis. “Você consegue ser mais criativo, em vez de simplesmente seguir no piloto automático”. É algo que, segundo ele, faz uma enorme diferença em termos de produtividade e te ajuda a ser eficiente ao completar tarefas.
- É o período que você precisa tomar menos decisões
Acordar logo nas primeiras horas da manhã te dá o bônus de viver algum tempo antes de o horário comercial de fato começar. E, assim, aproveitar um pouco de sossego. “De forma geral, há um acordo implícito de que você não precisa ser rápido em responder às pessoas antes 9h”, diz Davis. Isso permite que, durante esse período da manhã, não gaste energia mental tomando uma série de pequenas decisões.
Essas pequenas decisões, segundo Davis, sugam nossa capacidade de autocontrole. “Você passa a pensar mais devagar. Perde a motivação e o trabalho começa a exigir maior esforço”. Isso acontece porque você para o tempo todo para tomar decisões. Devo responder a esse email agora? Devo incluir mais pessoas em cópia? Será que o que estou dizendo pode ser lido com um tom ofensivo? Durante as manhãs, nós estamos livres disso.
As manhãs nos oferecem tempo e espaço para que nos dediquemos àquilo que de fato é importante. “Há sempre algo urgente a ser feito. Mas é preciso dar um passo atrás e olhar para aquilo que você poderia fazer e que lhe traria a sensação de que algo importante foi realizado durante o resto do dia”.
- Você não precisa ficar lutando contra as distrações
As nossas mentes são projetadas para captar as mudanças ao nosso redor e, muitas vezes, pura força de vontade não é o suficiente para se manter focado. “Quando nossa mente começa a divagar, ficamos mais inclinados a sucumbir a distrações não produtivas, como navegar no Facebook ou ficar batendo papo com o colega”, diz Davis.
Para ele, existe uma maneira melhor de aproveitar esse período: “sonhar acordado”. “Nosso cérebro foi feito para funcionar com dois sistemas: um deles se concentra nos objetivos e o outro nos processamentos sociais. Eles não estão relacionados. Portanto, fazemos um ou outro. Em poucas ocasiões eles funcionam de uma forma integrada e uma delas é justamente quando estamos “sonhando acordados”.
A integração de ambos os sistemas é valiosa para ajudar na criatividade e no planejamento pessoal. “O fantástico é que quando você se deixa sonhar acordado acaba se abastecendo de energia. Quando algo fica chato, nossas mentes se distraem. Você vai voltar a trabalhar mais rápido se não lutar contra isso”, diz Davis.
E você tem mais liberdade para deixar a sua mente passear por aí durante a manhã. “Ao longo do dia, estamos sob uma grande pressão para não nos distrairmos”.
- Você pode tirar vantagem do silêncio e da calmaria
Da desordem ao barulho, um ambiente típico de trabalho está carregado de distrações. “Nossas mesas frequentemente estão lotadas de coisas que precisamos ou que alguém pode precisar. Aquela bagunça, entre as outras características do ambiente, chama a nossa atenção e a distração pode nos sabotar”, afirma Davis.
Durante as manhãs, a chance de encontrarmos ambientes vazios e mais silenciosos, sem tantas distrações, é mais alta. “O barulho torna mais difícil fazer o trabalho que a maioria das pessoas precisa realizar. Durante a manhã, você está livre para trabalhar de onde quiser. Pode encontrar um lugar lindo e silencioso. Ambientes mais quietos ajudam você a ser mais produtivo”.
Fonte: Época Negócios - 11/09/2017