Acessar Registrar

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim

Criar uma conta

Todos os campos marcados com asterisco (*) são obrigatórios.
Nome *
Nome de usuário *
Senha *
Verificar senha *
Email *
Verifar email *
Captcha *

Gestão e Negócios

cervesia gestao negocios

Por Marc Tawil, head da Tawil Comunicação, comentarista da Rádio Globo e LinkedIn Top Voices

Trabalhar sob pressão por horas a fio. Deixar a vida pessoal em segundo plano “por estar vivendo o melhor momento da carreira”. Ser lembrado como “aquele que está sempre online” ou “o que nunca dorme”. O mundo corporativo está coalhado de mitos do sucesso que, quando se tornam a regra, matam a nossa produtividade sem que percebamos.

Você se questionou alguma vez se “verdades absolutas” estão te sabotando, em vez de contribuírem para o seu rendimento? E se, para além das metas, OKRs e KPIs, você tem dedicado tempo àqueles que realmente importam?

Sim, porque vida pessoal e trabalho não tão-somente precisam caminhar juntos, como se retroalimentam em vários momentos do dia. Confira 7 mitos da produtividade que impedem você de ser mais eficiente:

  1. Trabalha melhor quem trabalha sob pressão

Péssima para a saúde mental e do corpo, a pressão funciona como muleta para os que não conseguem lidar com a sua bagunça diária. Trabalhar sob pressão o tempo todo acaba por anular o lado prazeroso da entrega e cria a percepção de que o profissional pressionado, cedo ou tarde, por conta do seu ritmo frenético, irá ceder: ou terá um piripaque ou deixará passar um ponto importante do que precisa ser feito. Ou ainda, no limite, prejudicará a própria reputação por não ter conseguido lidar com a pressão. Momentos assim estão aí para serem enfrentados – devem, entretanto, ser a exceção à regra.

  1. Produtividade é só sobre vida corporativa

Produtivo não é quem trabalha em dobro e sim quem leva a metade do tempo para entregar o que foi solicitado. E o tempo de sobra, ele completa como? Certamente, não com trabalho. Profissionais altamente produtivos são aqueles que congregam a família, os livros, as viagens, o esporte, a cultura e outros projetos pessoais. Instantes de não-trabalho estão entre os pilares necessários para que você possa voltar relaxado, forte e atento à rotina.

  1. Criativos e inspirados chegam mais longe

Mito. É incontestável que faz uma boa entrega quem vive leve e inspirado. Nem todos os dias – eu diria que poucos, aliás –, contudo, saímos de casa balançando os cabelos ao vento, transbordando de ideias que irão mudar o mundo. Andar entusiasmado 24/7 mostra-se incompatível com a realidade crua da vida. Em meus momentos de inspiração, uso um caderno onde anoto ideias, fugas de consciência e frases inspiradoras. E só. No dia a dia, minha criatividade se restringe a equilibrar pratos e escolher quais deles deixarei cair.

  1. Só performa quem acorda cedo. Muito cedo

Outro dia, aqui mesmo, em Época Negócios, falei sobre o que aprendi ao levantar às 4h todos os dias. Se me satisfaz acordar antes dos galos? Evidente que não. Só que, uma vez que tenho de fazê-lo (o programa que comento na Rádio Globo começa às 6h), por que não aproveitar? Acordar cedo ou tarde independe de nossa vontade, na maioria dos casos. O segredo, portanto, é se adaptar e evitar o mal maior: a privação do sono. Dormir menos do que o necessário, tanto no curto, como no longo prazo, tolhe o foco, influi na tomada de decisões e diminui a velocidade cognitiva. A variável determinante aqui passa por um sono de qualidade, não importa que horas seu alarme vai tocar.

  1. Responder imediatamente eleva a sua proatividade

Onde? Costumamos receber, em média, 90 e-mails por dia e enviar 33. Entre respondê-los imediatamente, entrar no WhatsApp às 5h e adotar a solução radical de ignorar todas as suas caixas de entrada, vai uma distância. A chave segue sendo o bom e velho equilíbrio. Se por um lado deixar mensagens acumular nos faz agoniar, por outro, é saudável encontrar uma rotina organizacional. Ninguém morrerá do outro lado, se não tiver seu e-mail lido em 4 horas. O mesmo vale para o WhatsApp – OK, este talvez em 3 horas. Lembre-se de que ainda existe a ligação, que encurta distâncias e acaba sendo mais eficaz, pois contém algo raro nos dias atuais: emoção na voz.

  1. Ser produtivo significa pensar como máquina

Produtividade é sobre concluir tarefas “corretamente” e não “rapidamente”. Acelerar para fazer a coisa certa acaba constantemente descambando em entregas mal-acabadas ou meramente erradas. Todas as vezes em que recorri à afobação, terminei mal – fisicamente, inclusive, levando tombos homéricos no meio da rua. Se você perde tempo e energia trabalhando analogicamente, mude o drive e confie seus neurônios à Inteligência Artificial. Aplicativos, e-mails, agenda online, to-do lists e armazenamento em nuvem estão aí para isso. Como os cães, os celulares podem ser os melhores amigos do homem, desde que bem adestrados.

  1. Navegar é preciso. Delegar, não

Ninguém, por produtivo que seja (ou se julgue), consegue entregar tudo que pretende – e com a qualidade que se espera –, se não delegar. Confiar que outros nos salvam com suas competências e responsabilidades é reconhecer, humildemente, que não somos bons em tudo. Steve Jobs, lenda que dispensa apresentações, costumava dizer pelos corredores da Apple: “Concentre-se naquilo que você é bom, delegue todo o resto.” Esteja você no topo da cadeia empresarial, comandando uma multinacional, colaborando com uma startup ou montando sanduíches para vender na praia, não se esqueça: cresce quem delega. Mas atenção: quem delega certo, para as pessoas certas e que tenham as respostas certas.

Conclusão: ninguém “nasce produtivo”. As pessoas são educadas e adquirem hábitos ao longo da vida – hábitos esses que podem ser evoluídos, transformados ou simplesmente abandonados.

Faça uma autoanálise e perceba o que é saudável e te faz prosperar e o que é crença e te limita. Elimine os mitos do seu mapa mental e trabalhe feliz.

 

Fonte: Época Negócios - 26/02/2019

No domingo (24), a cerimônia de entrega do Oscar teve uma abertura bem diferente do convencional. Em vez de mestres de cerimônias fazendo piadinhas sem graça ou números musicais sobre os filmes indicados, a banda Queen e o cantor Adam Lambert, seu atual vocalista, subiram ao palco para tocar sucessos do grupo retratado no filme Bohemian Rhapsody. Ao final da noite, Rami Malek levou a estueta de melhor ator. O filme ainda foi premiado nas categorias: edição; edição de som e mixagem de som.

Tratou-se de uma tentativa clara de alavancar a audiência do show, em queda acelerada desde 2014. Afinal, nesse momento, nenhuma banda do mundo é tão popular quanto o Queen. Recentemente, Bohemian Rhapsody conquistou o título de cinebiografia mais bem-sucedida da história do cinema, com uma bilheteria mundial de US$ 850 milhões – o custo do filme foi de US$ 52 milhões.

Ao mesmo tempo, a música-título tornou-se a canção mais tocada de todos os tempos em serviços de streaming (1,6 bilhões de vezes). Por fim, dois álbuns da banda ocuparam o Top 10 no final do ano passado: a trilha do filme e a coletânea Greatest Hits I & II: The Platinum Collection.

Para o público leigo, a impressão que dá é que estamos testemunhando um renascimento da banda britânica, que retornaria das cinzas para voltar a ganhar dinheiro com seus antigos hits. Mas a verdade é que a marca Queen nunca foi embora. Muito pelo contrário: nas últimas três décadas, a empresa Queen Productions, que controla as finanças da banda e de seus membros remanescentes, se transformou em uma máquina de fazer dinheiro.

Estima-se que a empresa movimente hoje algo em torno de 355 milhões de libras, ou US$ 463 milhões. Parte desse dinheiro vêm da venda de discos – são mais de 300 milhões de álbuns comercializados em todo o mundo. Outra fatia vêm de direitos autorais: as músicas de Freddie Mercury, Brian May, Roger Taylor e John Deacon já foram usadas em mais de 375 longas-metragens e incontáveis anúncios.

Há ainda a renda proveniente do espetáculo teatral We Will Rock You, dos shows da banda cover Queen Extravaganza, dos games Queen: The eYe, Guitar Hero e Rock Band. Desde 2012, outra receita importante é a proveniente das turnês milionárias que a banda fez ao lado do cantor Adam Lambert – uma delas incluiu o Rock in Rio, em 2015.

Diante dos números, fica a pergunta: qual o segredo da longevidade do Queen? E o mais importante: como essas estratégias podem ser aplicadas ao mundo dos negócios? Conheça aqui cinco lições de negócios do Queen.

  1. Conheça seu público e toque para ele

Não há dúvida que grande parte do sucesso da banda se deve às suas canções. Aqui, não se trata apenas de inspiração. A banda fez um esforço focado para entender o que o público queria deles – e entregar resultados. “Nos shows, nós prestávamos atenção para ver que tipo de música, de sonoridade, de letras o público apreciava mais”, disse certa vez Brian May. Ao notar que o público gostava de cantar junto com a banda, o quarteto tratou de criar hinos, músicas épicas que podiam ser entoadas por estádios lotados. Entender o perfil do seu público e prever o que ele espera do seu produto está por trás do sucesso de muitas empresas.

  1. Fuja do convencional

No estúdio ou no palco, o Queen sempre primou pela originalidade, criando harmonias jamais vistas na música pop, misturando hard rock e ópera, usando sobreposições de canais para criar efeitos sonoros, ou ainda vestindo figurinos exuberantes no palco. Um líder deve ser capaz de surpreender sempre, sem medo de errar ou chocar seu público.

  1. Seja resiliente

No filme, fica claro como o grupo bancou até o fim o lançamento de Bohemian Rhapsody, mesmo quando executivos da indústria musical e da mídia ridicularizavam seu formato e duração de seis minutos. Como ninguém queria divulgar o single, eles levaram cópias piratas diretamente para os programadores das rádios. Assim que a canção começou a ser tocada, os fãs começaram a procurar o disco. Criar demanda por algo que o público nem sequer conhecia pode fazer toda a diferença em um mercado competitivo.

4. Dê espaço pra sua equipe brilhar

Os hits do Queen foram escritos por diferentes membros da banda. Freddie Mercury escreveu “Bohemian Rhapsody”, Brian May compôs “We Will Rock You”, Roger Taylor está por trás de “Radio Ga Ga” e John Deacon é o responsável por “Another One Bites the Dust” e “I Want to Break Free”. As melhores equipes são aquelas que combinam indivíduos com diferentes expertises e backgrounds, mas o mesmo potencial para brilhar.

  1. Não dê ouvidos aos detratores

Durante toda a sua carreira, o grupo britânico foi obrigado a lidar com críticos ferozes, executivos conservadores, mídia e fãs homofóbicos. Nos anos 70, quando a banda estourou, a crítica britânica chamava-os de rebuscados. Na década seguinte, parte do público reagiu com homofobia aos trajes de Freddie Mercury e às músicas mais dançantes da banda. Por fim, nos últimos 6 anos, Roger Taylor e Brian May foram criticados por voltar a tocar seus sucessos no palco, mesmo sem Freddie Mercury. Avesso a tudo, o grupo segue lucrando com suas bem-sucedidas turnês ao lado do cantor americano Adam Lambert. Nos negócios, ouvir opiniões diferentes é fundamental. Mas as críticas não devem ser um obstáculo para perseguir os objetivos reais da empresa e permanecer fiel às suas convicções.

 

Fonte: Época Negócios - 25/02/2019

Muitas vezes a culpa é das redes sociais. Ou daquela dor de cabeça que não deixa o cérebro funcionar direito. Ou então pelo simples costume de procrastinar. No entanto, não é sempre que a nossa produtividade cai por motivos que tenham a ver diretamente com cada um de nós. Existem razões fora do nosso controle que prejudicam diretamente o ritmo de produção durante o trabalho – e é preciso ter atenção a elas para não considerarmos equivocadamente que tudo é culpa do funcionário.

Para colocar as questões em perspectiva, o site Fast Company listou sete detalhes que, despercebidos, acabam com a produtividade. Confira a seguir.

Iluminação

Se a luz do seu escritório lembra a daquelas salas de interrogatório apresentadas em programas de televisão, é muito provável que você não seja tão produtivo como gostaria. Um relatório apresentado pela City University of London em parceria com a Philips em 2013 constata que a luz artificial pode afetar o desempenho de várias maneiras. Além de dores de cabeça, fadiga ocular e estresse, esse tipo de iluminação influencia o humor dos funcionários.

O ideal é que, caso esteja inadequada, a iluminação do ambiente de trabalho seja trocada. Se essa possibilidade não for viável, você pode escolher algum local mais adequado para trabalhar no seu escritório: próximo a uma janela ou em alguma sala bem iluminada. Caso trabalhe em casa, invista em uma opção adequada para iluminar seu home office.

Cor da parede

Não é apenas a cor da luz que afeta o seu humor. Um estudo realizado no início dos anos 2000 descobriu que os funcionários que trabalhavam em um espaço pintado de vermelho reportavam humor negativo mais frequentemente do que aqueles que ficavam em um escritório com tons azuis e verdes.

Temperatura

Todo escritório tem o time dos defensores e dos odiadores do ar condicionado. Para além das questões e gostos pessoais, a temperatura exerce, de fato, uma influência na produtividade dos funcionários. Somos mais produtivos quando a nossa satisfação térmica aumenta, de acordo com um estudo publicado em 2015. Portanto, se você sente muito calor ou muito frio no ambiente de trabalho, isso pode interferir diretamente no seu ritmo.

Ar

De acordo com um estudo publicado na Harvard Business Review, espaços de trabalho com baixa qualidade do ar podem levar a desempenho ruim. A pesquisa leva em consideração a ventilação do ambiente, a concentração de produtos químicos e os níveis de dióxido de carbono.

Clima

Você olha pela janela do escritório e se depara com um dia lindo de sol e céu azul. Mas, em vez de partir para a praia, retorna para a frente do computador. Essa tentação externa interfere no seu nível de produtividade sem que você perceba – e não poderia ser diferente. De acordo com um estudo de 2012 da Harvard Business School, a produtividade oscila dependendo do tempo e do clima externo. Em resumo, os melhores desempenhos foram registrados em dias chuvosos e quando os funcionários não viram nem o sol – nem mesmo em fotos – antes de executar suas tarefas.

O horário de verão também afeta diretamente sua produtividade, então está liberado culpar o período em que o sol clareia os dias por mais tempo pela falta de produtividade.

Colegas de trabalho

Não é preciso ter muitos indícios para afirmar que a sua produtividade cai quando seus colegas de trabalho passam o dia papeando ao seu redor – basta pensar em suas experiências pessoais. No entanto, existem evidências científicas que comprovam que, apesar de trazer benefícios, as amizades no ambiente de trabalho podem prejudicar seu desempenho por causar um “esgotamento emocional”. Interpretar ao mesmo tempo o papel de amigo e de colega pode ser cansativo – e, por consequência, interferir no seu desempenho.

Esportes

Ser um torcedor fanático de algum time ou atleta pode trazer desvantagens para o seu trabalho. É o que mostra uma pesquisa do Workforce Institute da Kronos Incorporated, que aponta que 45% dos funcionários com idades entre 18 e 34 anos acreditavam ser mais propensos a ter ansiedade sobre voltar ao trabalho na segunda-feira após o Super Bowl. Outro estudo realizado com torcedores de futebol mostra que o desempenho negativo da equipe se reflete no desempenho ruim do trabalho.

Vale ressaltar que não existe nenhuma recomendação para que você abandone aquilo que gosta. A ideia é apenas chamar atenção para alguns elementos que podem estar dificultando a sua produtividade.

 

Fonte: Época Negócios - 25/02/2019

A Apple lançou um recurso permitindo que usuários saibam quantos minutos gastam em seus dispositivos. Para quem já testou o serviço, a reação não costuma ser das melhores, pois em geral passamos, sem perceber, muito tempo em computadores, tablets e smartphones.

E não é novidade que a tecnologia pode nos tornar menos produtivos. É aí que o detox dela no próprio trabalho pode ajudar – mesmo que por apenas uma hora diária.

Detox

Estudos mostram os efeitos negativos que as obsessões tecnológicas podem ter sobre a saúde, felicidade e produtividade: as telas tensionam nossos olhos; a cultura de mensagens de trabalho 24/7 nos deixa deprimidos e estressados; a internet ataca nossas tendências mais obsessivas e viciantes.

Em 2012, pesquisadores americanos analisaram o impacto do e-mail, talvez a distração tecnológica mais perniciosa e odiada do ambiente de trabalho do século 21. Eles colocaram monitores cardíacos em funcionários de escritório e descobriram que aqueles que acessavam o e-mail constantemente, alternando entre várias janelas e aplicativos do navegador, tiveram níveis cardíacos mais altos e mais estresse.

É claro que não há como sair completamente da rede. Deixar de checar o e-mail no trabalho, desaparecer da mídia social ou jogar seu telefone em um banheiro metafórico é “abdicar da responsabilidade de navegar pelo mundo em que vivemos”, diz Pamela Rutledge, psicóloga especializada em mídia.

Em vez disso, trata-se de aprender a pegar atalhos ao longo do dia; ser mais consciente e liberar tempo para que a tecnologia seja tratada apenas como mais uma tarefa.

Multitarefa é uma ilusão

Encontrar uma hora livre da tecnologia no trabalho não é se esconder no armário de vassouras, meditar em uma sala silenciosa ou trancar seu iPhone em uma gaveta. O truque é parar de tentar executar várias tarefas ao mesmo tempo – principalmente entre dispositivos e aplicativos.

“Neurocientistas mostraram claramente que o cérebro humano não é projetado para multitarefas, mas sim uma tarefa em série”, diz Sandra Sgoutas-Emch, professora de psicologia da Universidade de San Diego.

Seu cérebro precisa de tempo para recuperar o atraso e refocar cada nova tarefa. E estudos mostram que o foco em uma tarefa de cada vez permite que sua atenção seja mantida e que a tarefa seja feita com mais eficiência e rapidez. Fazer um curto detox da tecnologia diariamente ajuda seu cérebro a fazer isso, afirma Sgoutas-Emch.

O tempo é engolido pelas pequenas interações tecnológicas que se infiltram em todas as horas de trabalho. E a constante troca entre dispositivos, atividades e janelas do navegador cria ansiedade e distrações.

“O aumento do volume de interações nos leva a alternar as tarefas com mais frequência”, diz Matthias Holweg, professor de gerenciamento de operações da Saïd Business School, da Universidade de Oxford. “Toda vez que trocamos de uma tarefa para outra, perdemos o tempo de configuração, portanto, ficamos menos produtivos no geral”.

Sem um pequeno hiato tecnológico, é difícil quebrar esse ciclo. “Nossos cérebros anseiam por recompensas instantâneas: verificar WhatsApp, Facebook ou email a cada 10 minutos. Mas isso é contrário ao trabalho produtivo, infelizmente”, afirma.

Como fazer isso

Especialistas sugerem uma série de estratégias. Separar uma hora por dia no trabalho que o afaste da rede digital é simplesmente uma questão de planejamento inteligente.

Quase todos os especialistas entrevistados para esta reportagem recomendam verificar seu e-mail apenas em determinados períodos do dia. Isso significa desativar as notificações que aparecem no canto na tela. O ideal é escolher duas ou três vezes por dia em que você abre sua caixa de entrada.

Você pode aplicar a mesma estratégia a outras distrações digitais, como mídias sociais ou o uso de smartphones. E você também pode planejar intervalos curtos onde você não está interagindo com nenhuma tecnologia.

“Agende horários durante o dia para dar um passeio lá fora e deixe seu telefone na mesa”, diz Sgoutas-Emch. “Se o tempo estiver ruim, ande pelo prédio e fale com os colegas. Faça um almoço de verdade”.

A tecnologia não é o problema – se

Nem todo trabalho envolve sentar-se na frente de um computador ou estar amarrado a um smartphone, e nem todo mundo tem um tipo de personalidade que o grude na rede. Além disso, passar uma hora desconectado não resolve problemas mais graves que causam o mau hábito.

Mas tentar cortar tudo de uma vez – como fazem alguns executivos do Vale do Silício ou gurus da tecnologia – pode trazer mais prejuízos do que benefícios.

“Se uma pessoa tem o hábito de fumar e fica longe do cigarro por um tempo, isso cria tensão”, diz Gloria Mark, professora de informática na Universidade da Califórnia, que liderou o estudo sobre e-mail em 2012.

Dependendo do seu trabalho, eliminar (ou mesmo reduzir significativamente) a tecnologia também pode ser irreal. Mas Mark acha que as organizações têm a responsabilidade de garantir que os funcionários não se tornem escravos tecnológicos.

“Por exemplo, liberando e-mails em determinados momentos durante o dia”, afirma. “O envio de e-mails em lote pode ajudar, porque muda as expectativas”.

Em vez de os funcionários serem bombardeados com mensagens distrativas que os tornam mais estressados e menos eficientes, o e-mail se tornaria apenas mais uma tarefa. E os trabalhadores chegariam lá quando fizesse mais sentido, em vez de se sentirem pressionados a responder imediatamente.

Esse é um tópico que já foi explorado: em 2017, a França tornou lei que os funcionários pudessem ignorar o e-mail comercial fora do horário de trabalho, e a cidade de Nova York discutiu um projeto similar no ano passado. A Volkswagen parou de enviar os e-mails fora do horário comercial para os funcionários em 2012.

Embora não haja escape total da tecnologia para muitos de nós, o poder de uma hora distante da tecnologia não é subestimado. Podemos encontrar esse tempo extra através de um cronograma mais inteligente e usando ferramentas digitais de maneira diferente. Caso contrário, diz Rutledge, essa tecnologia acaba sendo mais problemática do que valendo a pena.

“Ter que redirecionar sua atenção continuamente é mais cognitivamente cansativo do que a coisa que você precisa fazer”, resume.

 

Fonte: Época Negócios - 22/02/2019

Com maior otimismo com sua situação financeira, as famílias brasileiras estão planejando gastar mais em fevereiro. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a intenção de consumo é a maior para o mês de fevereiro em quatro anos – 13,1% superior à registrada no mesmo mês de 2018.

Na comparação com janeiro, também houve alta na intenção de consumo, de 2,7%. No primeiro bimestre, o indicador acumula alta de 8%. Segundo a CNC, a melhora é resultado de um cenário econômico mais favorável do que em 2018.

Regionalmente, as famílias do Sul (+4,2%), Norte (+3,5%) e Sudeste (+3,4%) puxaram a alta de fevereiro. O Centro-Oeste foi a única região onde as famílias registraram taxa negativa (-0,9%) nas decisões de compra.

“O cenário de inflação baixa e de queda gradual do desemprego tem impulsionado o consumo das famílias nos últimos meses. Além disso, a sinalização de que os juros básicos deverão permanecer inalterados no curto prazo contribui para o resgate das condições de consumo a prazo”, explica Fabio Bentes, economista da CNC, que aponta ainda que essa intenção de consumo deve continuar crescendo.

 

Fonte: Portal Newtrade - 22/02/2019

Inteligência artificial, robôs, automação… Você certamente já sabe que a tecnologia está mudando o mercado de trabalho. Mas se engana quem pensa que as tendências para o futuro estão limitadas a isso. Segundo uma pesquisa do LinkedIn, quatro (outros) fatores estão levando a mudanças profundas na relação entre funcionários e empresas.

O relatório se baseia em uma pesquisa com mais de 5 mil profissionais da área de RH de 35 países, na análise de dados e tendências de uso da rede profissional e em conversas com especialistas e empresas. Os resultados mostram que, mais do que habilidades técnicas ou ferramentas, o futuro das contratações e relações de trabalho está nas pessoas.

  1. Soft Skills

A importância das soft skills (habilidades comportamentais, como empatia, criatividade ou capacidade de colaboração) foi destacada por 91% dos profissionais e especialistas consultados. “À medida que a automação e a inteligência artificial continuam a remodelar setores, empresas e profissões, as fortes habilidades sociais — a única coisa que as máquinas não podem substituir — estão se tornando absolutamente vitais”, diz o relatório.

92% dos profissionais dizem dar tanta importância a essas habilidades quanto às chamadas hard skills (habilidades técnica), enquanto 80% dizem que elas são cada vez mais importantes para o sucesso das empresas. No entanto, até agora, apenas 41% das companhias incluem em seus processos seletivos métodos para mensurá-las.

  1. Flexibilidade de trabalho

A possibilidade de trabalhar remotamente ou mudar de horários, antes um privilégio raro, torna-se mais comum e esperada — e foi apontada como essencial por 72% dos entrevistados. “Talvez você não receba atenção especial por oferecer flexibilidade, mas provavelmente se destacará por não tê-la (e não de uma forma boa)”, diz o texto.

Segundo o relatório, as empresas podem se beneficiar tanto quanto os funcionários. A flexibilidade pode aumentar a retenção de talentos e a produtividade, além de economizar com gastos em imóveis — como quando se aposta no home office. Há, ainda, a possiblidade de criar uma força de trabalho mais diversa, com profissionais que têm filhos, problemas de saúde ou que vivem em áreas de difícil acesso.

  1. Ambiente e ações antiassédio

A prevenção ao assédio já era uma questão moral ou legal para as empresas, mas ganhou uma nova força com o crescimento de movimentos como o #MeToo. 71% dos profissionais apontaram as ações sobre esse tema como fundamentais, e 80% dizem que suas empresas implementaram ao menos uma medida nessa direção no último ano.

Os resultados mostram, porém, uma lacuna entre o que as empresas fazem e o que é realmente efetivo. Muitas não se dão conta, por exemplo, de que muitas vítimas não denunciam seus casos por não saberem o que acontecerá após a denúncia. Há também uma diferença de opinião entre homens e mulheres sobre o que pode ser positivo em relação a isso.

Entre as táticas mais efetivas apontadas pelo relatório, estão promover meios seguros para denúncias (principalmente online); estabelecer uma política de tolerância zero; promover sessões de treinamento e aumentar a diversidade de gênero nas lideranças.

  1. Transparência salarial

O tempo em que os salários eram secretos e os funcionários evitavam falar sobre o assunto parece ter ficado para trás. A transparência foi destacada por 53% dos profissionais e tem sido cobrada das empresas, entre outros fatores, pela popularização de sites que agregam informações sobre vagas e salários.

Embora apenas 27% dos profissionais da pesquisa afirmem trabalhar em uma empresa que compartilha essa informação, o grupo indicou alguns benefícios dessa prática. Ela pode agilizar as negociações, garantir pagamentos justos, filtrar candidatos propensos a declinar a vaga e permitir que uma entrevista de emprego se concentre em outros pontos. Dentre todas as vantagens, segundo o relatório, a garantia de salários mais justos tem se mostrado a mais significativa — colaborando para se obter a confiança dos empregados, por exemplo.

 

Fonte: Época Negócios - 21/02/2019

Para 34% dos recrutadores que participaram de uma pesquisa realizada pelo empresa de recrutamento online Catho, erros de português são o principal fator para eliminação de candidatos.

Segundo a pesquisa, erros de português no currículo podem representar falta de domínio do idioma, falta de atenção e displicência. Essa falha na revisão do principal documento entre candidato e entrevistador queima todas as chances de contratação.

Os outros fatores que fazem com que o currículo seja descartado imediatamente são:

  • 25% por falta de experiência
  • 10% por ausência de objetivos profissionais
  • 9% porque os candidatos moram longe da empresa
  • 9% por falta de apresentação visual
  • 9% por outros motivos
  • 3% por não ter formação superior ou cursos complementares
  • 1% pelo currículo ter mais de uma página

Ainda segundo o levantamento da Catho, um recrutador recebe em média de 30 a 50 currículos por vaga; desses, de 5 a 10 candidatos chegam a participar de uma entrevista com o recrutador.

Para a gerente da Catho Bianca Machado, o processo de recrutamento começa muito antes da entrevista, ou seja, quando os currículos começam a ser selecionados.

“Em um cenário de grande concorrência, o número de candidaturas para vagas está cada vez maior. É função do recrutador filtrar os candidatos e escolher aquele que se encaixa melhor ao perfil do cargo. Se queimar no primeiro contato por conta de erros de gramática não é perder uma oportunidade de entrevista, e sim várias. O currículo deve receber muita atenção antes de ser enviado ao mercado”, afirma.

Currículo ainda é essencial

Apesar dos diversos avanços tecnológicos para procurar emprego, a pesquisa ainda aponta que o formato do currículo não entrou em desuso.

Segundo os recrutadores, 75% afirmam que o material é muito importante para o processo seletivo, enquanto 25% afirmam ser importante. As opções “neutro”, pouco importante” e “não é importante” não foram marcadas por nenhum respondente. O que reafirma a importância de ter um currículo atualizado, bem preenchido e atrativo para o mercado de trabalho, segundo Bianca.

 

Fonte: G1 - 22/02/2019

Subcategorias