Gestão e Negócios
Reconhecer os traços de improdutividade de um funcionário é o primeiro passo para entender como ele chegou nesse estágio e como resolver a questão. As características costumam se acumular e o “efeito bola de neve” pode se tornar irremediável. Em um artigo para a revista Inc., o empreendedor Adam Heitzman, cofundador da HigherVisibility, destaca seis atitudes recorrentes em pessoas improdutivas.
- Reclamar
Reclamar de tudo e o tempo inteiro pode ser um sinal de que o profissional não tem vontade de agir e resolver a situação. É mais fácil reclamar do que ser produtivo.
- Dar desculpas
Uma ou outra talvez passe despercebida — o que não significa que seja recomendada. Mas pessoas que dão desculpas constantemente possuem um problema e a situação pode fugir do controle rapidamente, diz Heitzman.
- Adiar as obrigações
Aliado às desculpas, o hábito de procrastinar regularmente é extremamente nocivo para a produtividade. Funcionários que adiam demais as obrigações acabam fazendo apenas o mínimo possível.
- Passar tudo pelo chefe
Resolução de problemas, criatividade e independência são pontos-chave da rotina de alguém produtivo. A necessidade de passar tudo pelo crivo da chefia pode representar um desinteresse em dominar a tarefa e efetuá-la corretamente.
- Se importar apenas em receber os créditos
Funcionários que só são produtivos quando visam algum reconhecimento, na verdade, não mostram um grande interesse no trabalho e apenas fazem o necessário para passarem a impressão de produtividade, segundo Heitzman.
- Não evoluem
Ser produtivo envolve aprender novas habilidades, estar motivado e em constante evolução no trabalho. Não adianta fazer o necessário e se acomodar em suas atribuições. Produtividade exige crescimento.
Fonte: Época Negócios - 12/03/2019
Pesquisa realizada pela Sage com micro e pequenos empreendedores mostra um panorama sobre como essas empresas enxergam a presença das mulheres nos negócios. O levantamento revela que 63% das empresas entrevistadas não possuem políticas para inserção de mulheres no seu quadro de colaboradores, ante 31% que responderam positivamente.
Já, quando o assunto é divergência salarial entre os gêneros, 84% dos respondentes afirmam que não existe disparidade salarial, contra 16%. Para a parcela de respondentes que disse sim sobre a divergência salarial, 42% afirmam que a disparidade em suas empresas gira em torno de 10%, 13% dizem ser de 20%, já outros 29% afirmam ser de 30% e 11% dos questionados dizem ser mais de 50%.
Quando questionadas se empresas que investem em equidade de gênero conseguem alavancar seus negócios, 82% dos questionados dizem que sim, contra 18% dos respondentes que consideram que não. Entretanto, quando perguntadas sobre políticas para inserção de mulheres no corpo de colaboradores, 63% dos respondentes dizem não ter políticas, contra 37% que responderam positivamente.
“É muito interessante ver que a grande maioria dos entrevistados enxerga que a diversidade de gênero é importante para o crescimento dos negócios. E o fato de que mais de 35% delas possuírem políticas voltadas para contratação de mulheres em cargos majoritariamente ocupados por homens, também é surpreendente e aponta um cenário otimista, afinal a amostra analisou empresas micro e pequenas, que provavelmente não dispõem de recursos substanciais para esse tipo de programa. ”, afirma Adriana Maia, Diretora de Comunicação da Sage Brasil.
O levantamento foi realizado com representantes de empresas de diversos setores da economia como varejo e serviços. Um total de 191 empresas foram entrevistadas durante o mês de fevereiro de 2019.
Fonte: Portal Newtrade - 12/03/2019
Levantamento do painel de domicílios da Nielsen, empresa global de análise de consumo, explorou o comportamento da mulher brasileira no último trimestre de 2018.
Responsáveis pelo consumo de 96% dos lares, mesmo chefiando apenas 37% deles, as mulheres estão priorizando marcas e produtos com preços mais competitivos e ainda se preocupam com a contenção de gastos, reservando 21,2% do orçamento mensal para produtos básicos.
Dentre os gastos que mais consomem o orçamento da mulher brasileira, estão os básicos (67%), que são repartidos em bens de consumo de maior rotatividade (Fast Moving Consumer Goods – FMCG, na sigla em inglês), (21,2%), despesas do lar (11,7%), serviços de comunicação (11%), transporte (8,7%), saúde (8,2%) e educação (7,3%). Além disso, elas chegam a gastar cerca de 50% a mais em itens de cuidados com as crianças (1,2%) do que os homens.
“Tal comportamento ainda é um reflexo da crise econômica do Brasil. Dentre as mulheres entrevistadas, 60% estão céticas com relação à melhora do cenário no próximo ano, o que faz sentido quando vemos que dos sete atributos de uma marca, os três principais motivadores para uma compra estão relacionadas ao preço, sendo eles: boa relação, qualidade ou preço (74,2%), baixo preço (63,7%) e frequência de boas promoções (32,6%)”, diz Julia Ávila, gerente do painel de domicílios da Nielsen.
Além disso, elas também consideram relevantes para a escolha de marcas e produtos os serviços de entrega à domicílio, a limpeza do ambiente da loja, a atenção e simpatia dos funcionários, a disponibilidade recorrente de produtos de seu interesse e as formas de pagamento aceitas.
Se comparadas com os homens, estão mais dispostas a pagar mais por um produto com responsabilidade ambiental do que eles.
Com a confiança ainda abalada, as mulheres tendem a reduzir gastos para ter mais controle do orçamento mensal. Para isso, diminuem o lazer fora de casa (66%), compras de roupas (63%), substituem marcas por outras mais baratas (48%) e reduzem a utilização de gás e energia elétrica (44%).
“A tendência é que estas atitudes permaneçam com as brasileiras, que aprenderam a continuar consumindo, porém, fazendo escolhas que caiba no bolso”, diz Julia Ávila.
A compra
No momento de efetuar a compra, as mulheres tendem a escolher o período de dia (78%) e durante a semana (58%).
Para facilitar, fazem a utilização de lista de produtos (50%), no entanto, 47% delas dizem comprar mais do que o previsto quando estão na loja. Além disso, 56% comenta que anda pela loja antes de comprar e 60% delas olham os folhetos e catálogos.
As mulheres também possuem grande influência no consumo de outras pessoas, uma vez que 85% delas indicam produtos para amigos e familiares. “Devido à diminuição da confiança após a crise econômica, as mulheres aprenderam a priorizar o seu consumo e a economizar. Com esse conhecimento, elas compartilham com outras pessoas suas experiências e, assim, influenciam o consumo de terceiros”, finaliza Julia.
Fonte: Diário do Comércio - 11/03/2019
Ele é um dos designers mais prestigiados do mundo. Quando o assunto é tênis é difícil competir com Tinker Hatfield, vice-presidente de Conceitos Criativos da Nike. No currículo, ele carrega a criação de vários modelos blockbusters, como o Nike Air e diversas séries do Air Jordan. Uma carreira bem-sucedida como designer na fabricante de tênis, no entanto, não estava nos planos de Hatfield.
Apesar de ter sido um atleta bem-sucedido não só no basquete e no futebol americano, mas também como corredor, ele escolheu fazer faculdade de arquitetura, área pela qual tinha fascinação.
E foi como arquiteto, por sinal, que ele foi contratado pela Nike. A profissão de designer só iria engrenar alguns anos mais tarde, quando Hatfield ganhou um concurso para criar um novo modelo de tênis. Em apresentação no SXSW 2019, neste domingo (10/03), o executivo revelou suas fontes de inspiração e deu algumas dicas de como construir uma carreira de sucesso. Confira:
Viva a vida!
A constante busca por inspiração não é uma batalha a ser travada dentro do escritório. Muito pelo contrário. O que acontece fora dele pode, na verdade, ser seu maior aliado. “Eu normalmente me inspiro indo a concertos, viajando, conversando com pessoas diferentes, curtindo música e esportes”, diz Hatfield. Nesse processo, segundo ele, é importante ser curioso e observador. “De volta ao escritório, é aí que as ideias começam a surgir”.
Quebre algumas regras
Quando o executivo começou a trabalhar como designer de tênis da Nike, seu departamento recebia briefings do marketing com os projetos aos quais a equipe de criação deveria se dedicar. “Eu achava aquilo horrível”. Ele queria contar suas próprias histórias. Deixar sua marca. E assim o fez. Mas não sem dificuldades. “Quase acabei demitido. Porém, se você realmente acredita na sua ideia, vale a pena lutar por ela”.
Garra nunca é demais
Tinker não esquece de seu primeiro encontro com Michael Jordan. O americano, uma das lendas da história do basquete, já garantiu milhões de faturamento à Nike, muitos deles pela marca Air Jordan, firme e forte desde os anos 80. Quando o executivo chegou à casa onde encontraria o atleta, ele começou a escutar ruídos vindos do andar de baixo. Depois, gritos. Curvado, do alto de seus 1,98m, Jordan lutava por cada ponto numa partida de tênis de mesa contra um amigo. “Eu pensei que eles iam se matar. Discutiam a cada ponto”, lembra. “Não importa se é uma partida de basquete ou de pingue-pongue, Jordan quer ganhar. E geralmente ter essa garra é o que separa os melhores dos muito bons”.
Não tenha medo de errar
Não há motivo para temer um ou outro fracasso. O executivo diz concordar com a famosa frase: “o time que comete o maior número de erros é aquele que ganha o jogo”. Basicamente, porque só erra quem de fato faz algo. “Você só fica melhor praticando, correndo riscos e cometendo um erro atrás do outro. É assim que ocorrem as grandes conquistas.” Pois boa sorte com as suas.
Fonte: Época Negócios - 11/03/2019
O setor de serviços do Brasil teve em fevereiro o crescimento mais forte em um ano, impulsionado por forte aumento dos novos negócios, que favoreceu a contratação de funcionários, mostrou nesta quinta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
O PMI de serviços do Brasil subiu de 52 para 52,2 entre janeiro e fevereiro, graças à demanda mais forte, à confiança no novo governo e à obtenção de novos clientes, segundo o IHS Markit. Índices acima de 50 indicam crescimento. Os novos negócios aceleraram no mês para o nível mais forte desde janeiro de 2013, com vendas robustas registradas nos segmentos de Informação e Comunicação, Finanças e Seguros, e Serviços Imobiliários e de Negócios. A demanda internacional teve leve aumento.
Diante das condições favoráveis de demanda e de projeções otimistas, os fornecedores de serviços brasileiros criaram novas vagas de emprego em fevereiro. O aumento no número de funcionários foi o segundo nos últimos quatro anos. Em relação aos preços cobrados, o PMI mostrou a primeira redução desde maio de 2018, após três meses de leve alta. As empresas que ofereceram descontos citaram a competição e iniciativas para aumentar as vendas. "Para os fornecedores de serviços, a decisão de retomar os esforços de contratações contribuiu para aumento mais acentuado na carga de custos. Vemos que as margens foram comprimidas por descontos de preços em meio a um ambiente competitivo", afirmou a economista do IHS Markit Pollyanna De Lima. Já a confiança do setor se fortaleceu, com quase 64% das empresas otimistas em relação às perspectivas para os próximos 12 meses, chegando ao nível mais alto desde outubro. As previsões de reformas estruturais, investimentos, novas parcerias, oferta mais ampla de produtos e um cenário político melhor favoreceram a melhora da confiança.
Fonte: DCI - 08/03/2019
Por Álvaro Machado Dias, pós-doutor e professor livre-docente da Universidade Federal de São Paulo
Confrontado com o ceticismo de um jornalista, Roberto Goizueta, icônico CEO da Coca-Cola por 17 anos, respondeu “eu não poderia estar mais seguro”.
O ano era 1985. Há uma década, seu maior concorrente havia iniciado o “desafio Pepsi”, uma campanha de marketing extremamente eficiente, em que pessoas faziam um teste cego das duas bebidas e, reiteradas vezes, apontavam preferência por Pepsi.
A própria Coca-Cola havia replicado o teste, registrando mais de 10% de preferência em sentido à Pepsi. A situação não parecia deixar opções, senão a mais radical: mudar a fórmula secreta mais famosa da história da indústria. A primeira mudança em 99 anos.
Seguro da inevitabilidade dessa conjuntura e amparado pela opinião das 200.000 pessoas que participaram do maior e mais cuidadoso estudo de marketing até então, em 23 de abril daquele ano, a Coca-Cola contra-atacava com a New Coke, uma fórmula mais doce e leve do refrigerante, acompanhada por pequenos ajustes no layout da lata, para adaptá-la ao estilo da moçada que compunha a base de entusiastas da Pepsi.
O resto da história é de conhecimento geral. A New Coke foi um fiasco absoluto, levando ao retorno triunfante da fórmula original 79 dias depois, inicialmente como Coca Clássica, um produto paralelo, até o sepultamento definitivo da New Coke, em 2002.
Uma das coisas que essa história mostra é que avaliações de preferência são profundamente enganadoras. Malcom Gladwell, autor do delicioso Blink, tem uma hipótese para este caso: a experiência de alguns goles difere bastante da experiência de uma lata inteira. Bebidas mais doces são mais marcantes no começo, ocasião em que são preferidas; porém, elas vão perdendo apelo ao longo do tempo, uma vez que se tornam enjoativas.
Em choque após replicar os resultados da concorrente, a equipe da Coca-Cola não conseguiu perceber e levar isso à público de maneira convincente, o que ocasionou um dos maiores prejuízos financeiros e de imagem da história do capitalismo moderno.
Uma coisa que pouca gente sabe é que o Desafio Pepsi não é apenas um marco para o marketing, como o é também para as neurociências, que a partir da virada do milênio começaram a flertar intensamente com o marketing. Foi uma replicação do Desafio Pepsi, enquanto os sujeitos tinham seus cérebros escaneados em uma ressonância magnética, em 2004, o responsável pela popularização do chamado neuromarkerting, área em que a atividade cerebral é utilizada para perscrutar desejos e preferências.
Ali teve início uma verdadeira corrida em busca da melhor maneira de se revelar os segredos mais mundanos da alma humana, secundado por um outro fenômeno, o surgimento de uma legião de comunicadores, especializados em botões de consumo escondidos em zonas reptilianas do cérebro humano e outras noções extravagantes, do ponto de vista da ciência.
Rastreamento ocular, ondas cerebrais, ressonância magnética, espectroscopia infravermelha, variabilidade cardíaca, hormônios, tudo entrou.
Quinze anos depois, o que se observa é que as ferramentas das neurociências encontraram um espaço no universo da pesquisa de marketing, onde aprofundaram tendências e instauram novas. O aprofundamento é sobretudo do rigor, essencial para a coleta de dados fisiológicos, enquanto a principal ideia nova é a de que gostar e preferir são estados cerebrais, que podem ser sistematicamente definidos.
O que pouca gente parece ter percebido é que a maneira como estas verdades foram incorporadas criou uma espécie de generalização das premissas do Desafio Pepsi, da tendência a se tomar a consistência dos dados como evidência de consistência da hipótese subjacente aos mesmos.
Consideremos na prática. Um comercial televisivo tende a ser uma peça curta, voltada à valorização de uma marca ou produto. A maneira mais simples de se fazer isso é expondo as qualidades mais atraentes, durante toda a exibição. Assim, este tipo de narrativa tende a colocar os expectadores em uma postura contemplativa e a gerar um de dois efeitos: experiência positiva ou indiferença.
Seguindo essa lógica, para comparar diferentes versões do mesmo comercial, ou ainda comparar comerciais de diferentes produtos, tudo o que preciso é saber qual produz a experiência mental mais positiva, ao longo de sua exibição – um raciocínio irretocável a ponto de fundamentar um mercado, que hoje em dia transcende o marketing e envolve a indústria do audiovisual como um todo.
O grande problema é que nem todo roteiro é contemplativo ou procura despertar um contínuo de sentimentos positivos. Grande parte deles explora o humor, que depende de momentos menos efusivos para abrir espaço para o riso, bem como a culpa, o mistério, o senso de absurdo e muitos outros.
De todos, nenhum ilustra melhor essa questão do que a dupla terror/suspense e sua versão publicitária atenuada, a narrativa de susto. A qualidade de um filme de terror é determinada pela capacidade de despertar sensações que, fora deste contexto, são consideradas negativas. Se o caso fosse o de usar alguma dessas metodologias de mercado, a recomendação seria apontar as conclusões contra um espelho.
A boa notícia é que a miopia que paira sobre este assunto está sendo tratada. Acabou de entrar no prelo da prestigiosa revista Frontiers in Human Neuroscience, um artigo que traz o primeiro conjunto de experimentos voltados à diferenciação da natureza interna da preferência por filmes contemplativos, de aventuras e comédias.
O artigo sintetiza a pesquisa de doutorado de Henrique Teruo Akiba, meu ex-aluno, e possui tudo para colocar o Brasil em um lugar de destaque nesta área, até porque disponibiliza livremente um tipo de conhecimento que costuma ser patenteado.
É interessante notar como as narrativas engraçadas têm uma dinâmica neurológica a meio caminho entre as de susto, em que o timing é contado em milissegundos, e as contemplativas, em que os elementos cenográficos determinam a experiência, ou como a aventura é um gênero particularmente difícil, que precisa trabalhar com o fato de que a atividade neurológica que faz as pessoas se prenderem às cenas mais eletrizantes, também as torna incapazes de prestar atenção, quando não intercalada por períodos de descanso. Há também o fato de que as preferências variam ao longo do dia, e se relacionam à personalidade.
Muita gente tem perguntado se essa nova linha de estudos vai elevar a qualidade de nossas produções audiovisuais ou, ao menos, de nossos comerciais televisivos.
Difícil saber. Se servir de lembrete de que dados e tecnologias são apenas meios para investigar aquilo que só uma visão nuançada da arte e da técnica pode revelar, sim. Porém, se servir para reafirmar, numa base ampliada, a ideia de que a preferência tem uma assinatura neurológica independente da natureza daquilo que se coloca sob comparação, aí certamente não. Não apenas isso está errado, como a beleza da arte e o interesse da técnica estão em sua capacidade de questionar entendimentos e nos oferecer o inclassificável.
Fonte: Época Negócios - 07/03/2019
Menos conhecida do que seu trabalho revolucionário sobre a evolução das espécies, foi a dedicação de Charles Darwin a estudar as minhocas. Principalmente, as respostas desses animais a estímulos diversos – como luz, cheiros, temperatura e sons.
Esse trabalho ele levava em paralelo às suas pesquisas e obras que ainda hoje são fundamentais para a Ciência. E o que tirar dessa atividade extra do naturalista? Segundo o economista e autor Tim Harford, o estudo das minhocas são um exemplo de um segredo de criatividade e produtividade utilizado por Darwin, Albert Einstein, por uma das maiores bailarinas da dança contemporânea, Twyla Tharp, e por Michael Crichton, autor de Jurassic Park, entre outras histórias de ficção-científica.
Trata-se do que ele chama de “multitasking em câmera lenta” (multitasking in slow-motion). Com efeitos positivos na capacidade de criar, segundo Harford, essa técnica, detalhada pelo economista em seu TED Talk, pode ser aplicada por qualquer um.
O que é multitasking em câmera lenta – e como isso ajudava Darwin (e Einstein)
Como Harford observa em sua palestra, ser multitarefas não é algo recomendado, de forma geral. Alternar entre atividades atrapalha a concentração e drena energia. Mas, de acordo com ele, o mesmo não acontece com o multitasking em câmera lenta, que, basicamente, é levar vários projetos paralelamente.
“Ter vários projetos em movimento ao mesmo tempo”, diz ele, “é bastante benéfico para os tipos criativos – nos sacode e ajuda a termos novas perspectivas sobre nosso trabalho.”
Na prática, significa alternar entre os projetos – que preferencialmente não têm relação com os outros, como um hobby – quando se sentir bloqueado criativamente, esgotado ou paralisado em certa atividade. Para o economista, isso diminui as chances de que o profissional sucumba à “estase, estresse e possivelmente até depressão.”
É isso que Darwin fazia quando dedicava-se ao estudo específico das minhocas. Einstein, por sua vez, alternava para o estudo da radiação quando estava cansado de trabalhar na teoria da relatividade geral.
Não são só gênios como Einstein e Darwin que podem se beneficiar: para o economista, manter-se ativo em diversas atividades de interesse é uma das melhores formas com que qualquer um pode levar a vida.
Fonte: Exame.com - 07/03/2019