Gestão e Negócios
“Depois do açúcar refinado…”. A viralização de um pequeno texto da neurocientista Carla Tieppo que começava com essa frase e trazia como assunto principal os riscos de estimular o cérebro excessivamente atestou para a autora que, de fato, estamos diante de um problemão.
Com tanto estímulo externo efêmero, o que nos resta internamente depois é o tédio. “Não dá para comparar uma vitória no trabalho com uma montanha-russa”, diz ela que é professora e pesquisadora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
E como alcançar os mesmos níveis de serotonina que se experimenta ao devorar uma barra de chocolate? Para uma das principais neurocientistas do Brasil, a falta de motivação que muita gente enfrenta quase que diariamente para trabalhar é fruto de um mundo recheado de prazeres artificiais que preenchem o vazio deixado pela incompetência de gerenciamento da nossa capacidade produtiva.
Administrar a própria produtividade e dos outros passa obrigatoriamente pelo entendimento do que são e como funcionam as emoções. Uma de suas missões como neurocientista, diz Carla, é fazer as pessoas entenderem que as emoções dão poderosos recursos de ação aos seres humanos, inclusive o de trabalhar mais e melhor.
Emoção é poder, diz ela. Por isso, nunca nem tente deixá-la longe do seu ambiente profissional. Confira os principais trechos da conversa:
Como a Neurociência pode nos ajudar a trabalhar ou a estudar mais em menos tempo?
Carla Tieppo: hoje a gente tem problemas que estão diretamente associados com excesso de informações. A dica mais eficiente é que a pessoa use seus filtros, coloque seus filtros para funcionar: o que é importante, e o que eu estou fazendo que é perda de tempo.
Ficar navegando na rede social sem objetividade que a pessoa consiga dividir bem o que é esse período de lazer e de descanso, aonde ela pode fazer o que ela bem entender e o período que ela está dedicando à produtividade e o período de descanso.
Existe algum jeito de driblar o cansaço do cérebro?
Carla Tieppo: o grande problema é que as pessoas confundem cansaço com desmotivação e são duas coisas diferentes. Quem não consegue fazer alguma coisa porque está cansado tem que avaliar um pouco o que está chamando de cansado, você pode estar simplesmente desmotivado, pode não estar vendo valor naquela tarefa e então qualquer meia hora que você se dedica àquilo te esgota de energia porque na verdade está te esgotando do ponto de vista emocional
As pessoas estão mais desmotivadas do que cansadas?
Carla Tieppo: o que estamos enfrentando de mais grave hoje é o estresse, é a desmotivação e a falta de engajamento que estão associados justamente à quantidade que nós temos de prazeres na vida.
Eu escrevi um pequeno texto que viralizou e até fiquei espantada da quantidade de compartilhamento que fala sobre isso e começa assim depois do açúcar refinado. E você vê o quanto que as pessoas realmente percebem que o fato de elas terem acesso a muitas formas de prazer está fazendo com que o prazer cotidiano do trabalho fique completamente apagado. Não dá para comparar uma vitória no trabalho com uma montanha russa.
Por que fazer essa comparação?
Carla Tieppo: a gente faz essa comparação no sentido de quanto mais estímulos cerebrais a gente tem. A balada incrível, as drogas a que se tem acesso nas baladas fazem com tenha uma ativação cerebral muito exacerbada. Como ocorre com o excesso de álcool. O cérebro fica muito ativado e fica muito difícil transferir isso para o cotidiano.
Vai ser difícil encontrar aquela mesma energia no seu trabalho ou nas suas relações pessoais, isso vai gerando uma espécie de tédio. O número de compartilhamentos que essa publicação teve praticamente atestou que isso é verdade.
Um jeito saudável de estimular o cérebro é com atividades físicas…
Carla Tieppo: é estimular o cérebro de forma não artificial. Fazer atividade física é uma maneira de estimular seu sistema de prazer que envolve dopamina, serotonina e endorfina, sem trazer nada de artificial.
Uma pessoa tem a metade 10 km, quando chega em 7 km ela já está exaurido, mas vai consegue cumprir o objetivo, sai vitoriosa. Isso dá uma sensação muito grande de prazer
Mas muitas pessoas estão então fazendo isso de forma artificial… com medicamentos, drogas….
Carla Tieppo: com açúcar. O problema é maior do que parece porque não são só as pessoas que estão consumindo substâncias ilícitas, numa moda. Está todo mundo nessa moda porque hoje você tem a quantidade de alimentos calóricos disponíveis a preço de banana. Elas estão obtendo de fora delas essa sensação de prazer e absolutamente transitória, muito frágil. Passa 10 minutos ela precisa de outra, e mais 10 depois precisa de outra, então ela está entrando no ciclo muito rápido num ciclo vicioso que é muito diferente de um ciclo virtuoso de atividade física, ou de envolvimento com seu trabalho.
Como a sensação de empoderamento é transferida para o trabalho?
Carla Tieppo: é por que eu me acostumo a encarar desafios e sair do lado de lá vitorioso. Quando você está num ritmo de fazer atividade física, de se cuidar de você, sua rotina, da sua disciplina, vai ficando poderoso, vai sentindo que você pode e que está em você o poder e isso aumenta muito a capacidade produtiva do indivíduo. A capacidade produtiva do indivíduo não está fora de nós. Não adianta pintar a parede de tal cor, a produtividade não está nisso, isso é subterfúgio. A força de ser produtivo está dentro de nós. E aí tem a segunda etapa disso que é celebrar.
Por que celebrar cada meta é importante?
Carla Tieppo: não tem como você se empoderar porque você não vive todo o ciclo emocional da sua produtividade. Se logo já se engaja em outra coisa não vive toda a dimensão hormonal, de neurotransmissores, associada àquilo.
Você precisa viver todo o ciclo, viver a serotonina, viver o ciclo emocional para você se sentir poderoso, e falar eu consigo fazer. Em algum momento você precisa parar. E falar assim: olha consigo, fiz, comemora. Esse eu acho que é o pior problema que a gente vive hoje. Mais do que o excesso de informação, mais do que o excesso de trabalho, é a falta de gerenciamento da capacidade produtiva.
Como os líderes devem fazer isso na prática?
Carla Tieppo: reunir a equipe e falar olha vamos rever todas as etapas que nós tivemos que percorrer para chegar aonde a gente chegou. Um bom líder faz isso, terminou a tarefa e junta a equipe e fala: “vamos ver a participação de cada um. O que a gente conseguiu, onde a gente errou, onde a gente acertou, onde pode ser melhor, aonde foi o máximo”.
É preciso ter um tempo em que você comemora, celebra. Mesmo que tenha que fazer sozinho com você mesmo, precisa fazer.
Que dica a neurociência pode dar aos líderes?
Carla Tieppo: o líder precisa ter hoje uma formação muito robusta em pessoas e essa formação envolve conhecer a emocionalidade dessas pessoas. Ele precisa usar as emoções das pessoas a seu favor e não achar que as pessoas devem deixar as emoções em casa que é o que se pregou até agora. A gente não vai conseguir fazer isso, ninguém deixa a emoção em casa, o que acaba acontecendo é que as pessoas deixam a emoção em segundo plano, e deixa de ter o poder que ela tem de poder transformar o comportamento das pessoas. Nós nos comportamos a maior parte do tempo mobilizados pelas nossas emoções.
É por meio da emoção que a gente consegue fazer o cérebro trabalhar melhor?
Carla Tieppo: exatamente. Se você for estudar profundamente o que é emoção na dinâmica de funcionamento cerebral ela é uma das informações mais valiosas porque é a emoção quem diz para o cérebro quais tarefas precisam ser executadas, ela que prioriza ela que qualifica. A gente diz que as emoções são valência. Ela dá a valência da coisa. Isso é positivo ou isso é negativo e o quão positivo é ou o quão negativo é E isso está diretamente ligado à tomada de decisão.
Fonte: Exame.com - 23/01/2019
Chefes visionários, que aparecem com ideias novas a cada momento, não são fáceis de lidar. Apesar do ânimo e entusiasmo motivarem a equipe a continuar inovando, por vezes a rotina pode se tornar cansativa. Prioridades que mudam a toda hora deixam qualquer profissional confuso. Também não é simples ver pessoas cheias de ideias, mas que nem sempre gostam de colocar a mão na massa e executá-las.
Por isso, o ideal é encontrar o equilíbrio entre incentivar novas ideias e pedir calma nas horas certas.
Elizabeth Grace Saunders é coach de gestão de tempo e especialista na questão. Em artigo publicado na Harvard Business Review, ela discutiu o tema e deu dicas para quem se vê nesse tipo de situação e não sabe o que fazer.
Abaixo, confira algumas recomendações de Elizabeth para você lidar com um chefe cheio de ideias:
Respeito
Um cuidado que os funcionários devem tomar é o de não começarem a desprezar a iniciativa do seu superior. Não é incomum quem pense que o chefe fala muito e faz pouco. Por isso, é importante parar e analisar as características e qualidades de cada um. Se a chefia aparece com uma ideia diferente a cada 5 minutos enquanto você se considera uma pessoa de atitude, talvez o ideal seja respeitar as diferenças e aproveitar as habilidades complementares.
Nem tudo precisa sair do papel
Se o seu chefe pensa em “100 ideias antes do café da manhã”, saiba que dificilmente ele vai conseguir acompanhar tudo que sugere. Por isso, coloque algumas delas em um termo que Elizabeth chama de “estacionamento” – ou uma pasta de e-mail para deixar o que provavelmente não vai dar em nada. Assim, você não descarta a ideia de uma vez, mas também não perde muito tempo com ela.
Argumente
Também não é incomum que os chefes esqueçam que a sua criatividade toma tempo. Por isso, Elizabeth indica que os funcionários usem como argumento o quanto tempo determinadas tarefas levariam para ser executadas. Quando a pessoa faz isso, as chances da ideia cair aumentam, pois o chefe verá os reais custos da iniciativa.
Seja um porto seguro
Para a especialista, chefes assim são mais distraídos do que parecem. Por isso, indica que os funcionários se transformem em um tipo de “porto seguro” dos seus superiores. Um dica da coach é convocar reuniões mensais ou trimestrais com seu chefe para definir as prioridades da empresa.
Fonte: Época Negócios - 22/01/2019
Entre os temas que estão na lista de tarefas do Governo Bolsonaro, a potencial reforma do sistema tributário é bastante aguardada – principalmente pelo empresariado. Mas antes da eventual reforma, este já ano começa com algumas alterações fiscais importantes – e é necessário que as empresas se inteirem e verifiquem a melhor maneira de se adequar.
A consultora fiscal da Inventti, Luciana Vargas, separou as principais mudanças que exigem atenção e que podem facilitar alguns processos, como a possibilidade de cancelamento de Nota Fiscal do Consumidor eletrônica (NFC-e) duplicada e outras situações que afetam alguns estados, como Acre, Ceará, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
- Cancelamento da NFC-E
No fim de dezembro foi publicada a Nota Técnica número 2018.004, que permite o cancelamento por substituição da Nota Fiscal do Consumidor eletrônica (NFC-e). Ou seja, a partir desta nota, o contribuinte poderá cancelar uma nota fiscal eletrônica que seja emitida em duplicidade.
“Essa situação é comum quando o contribuinte emite uma NFC-e, mas, por alguma razão não recebe o retorno, e fica constando como pendente. Em seguida, emite uma segunda NFC-e para acobertar a operação”, conta a especialista.
Quando ocorre a verificação, identifica-se que ambas as notas foram autorizadas, ficando assim, duas notas válidas para acobertar a mesma operação. Neste caso, é possível solicitar o cancelamento no prazo de até 168 horas. Para realizar este cancelamento, é necessário informar os dados da segunda NFC-e emitida, explica Luciana.
- Novo manual de Escrituração Digital ICMS/AC
No Acre foi instituído desde 1° de janeiro deste ano o Manual de Orientação da Escrituração Fiscal Digital (EFD). Trata-se de um arquivo digital que se constitui de um conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras informações dos fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil. É preciso ficar atento ao Anexo Único do ato em fundamento, que tem como objetivo orientar sobre o novo preenchimento de registros específicos do documento.
- Nova ferramenta ICMS/CE
O Integrador Fiscal foi estabelecido para padronizar a comunicação entre o Aplicativo Comercial (AC) e o Ponto de Venda (PDV) dos estabelecimentos contribuintes do Ceará com os emissores de documentos fiscais fornecidos pela Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz).
“A ideia é facilitar e unificar os processos de comunicação e de auditoria e monitoramento remotos dos estabelecimentos contribuintes do ICMS do Ceará para a emissão de qualquer documento fiscal”, esclarece Vargas.
- Obrigatoriedade da NFC-e no Espírito Santo
No Estado do Espírito Santo, desde 1° de janeiro de 2019, os contribuintes varejistas são obrigados a emitir a NFC-e. Emissores de cupons fiscais (ECFs) não são mais autorizados a fazer a nota. Os contribuintes que emitirem poderão ser penalizados (como com a suspensão da Nota Fiscal eletrônica) porque os documentos não vão condizer com a exigência do Fisco estadual, ou seja, não serão válidos serão considerados válidos.
- Aumento prorrogado de alíquota de imposto ICMS/RS
A partir deste mês, no Rio Grande do Sul, foi prorrogado o prazo de aumento de alíquotas do ICMS incidente sobre mercadorias e serviços. Também foram realizados ajustes técnicos em alguns incisos, que tratam de diferimento parcial do imposto relativos a mercadorias tributadas pela alíquota de 18%.
- Alteração do pacote de esquemas XML
Para 2019, aconteceu uma mudança no layout do pacote de esquema XML – que é o programa por meio do qual as NF-e, NFS-e, dentre outros documentos fiscais são enviados aos servidores. Foram criados novos campos opcionais e só impactando de fato as empresas que usam o produto.
A publicação mudou os seguintes pontos:
- Criação do conceito de Responsável Técnico e do Código de Segurança do Responsável Técnico – CSRT. Criação do grupo ZD. Informações do Responsável Técnico e respectivas regras de validação;
- Inclusão de campos no grupo F. Identificação do Local de Retirada e respectivas regras de validação;
- Inclusão de campos no grupo G. Identificação do Local de Entrega e respectivas regras de validação;
- Atualização do grupo K. Detalhamento Específico de Medicamento e de matérias-primas farmacêuticas;
- Criação de campos no Grupo N, grupo de Repasse do ICMS ST;
- Alteração da estrutura de retorno do protNfe para inclusão de mensagem de interesse da SEFAZ;
- Orientações sobre o preenchimento do campo Modalidade do Frete do DANFE e sugestão de leiaute de exibição das informações de Local de Retirada e Local de Entrega.
Estas alterações tem data de implantação em produção prevista para final de abril deste ano.
- Legislação e cenário da NFC-e em Minas Gerais
O estado de Minas Gerais está a poucos passos de começar a emitir a NFC-e. E neste início de 2019, foi publicada a primeira legislação que estabelece as regras gerais que deverão ser observadas quando a emissão começar a valer, ainda sem data prevista.
De acordo com informações da Secretaria da Fazenda de Minas Gerais, desde 2 de janeiro, os novos estabelecimentos inscritos no cadastro de contribuinte podem solicitar o credenciamento voluntário como emissor de NFC-e, modelo 65. Os demais interessados em se credenciar como voluntários poderão solicitar a partir de 4 de março.
Entre as principais novidades desta legislação estão a identificação do consumidor (destinatário) na NFC-e que deverá ser realizada por meio do CPF, CNPJ ou identidade do estrangeiro nestas operações específicas:
- com valor igual ou superior a R$ 3 mil;
- com valor inferior a R$ 3 mil quando solicitado pelo adquirente;
- referentes à entrega em domicílio, hipótese em que também deverá ser informado o respectivo endereço;
- realizadas por estabelecimentos comerciais que possuam, concomitantemente, no Cadastro de Contribuintes, a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) relativa a comércio atacadista e outra relativa a comércio varejista.
De acordo com a Secretaria da Fazenda de Minas Gerais, estima-se que a resolução seja publicada ainda em janeiro de 2019 com os critérios de obrigatoriedade e cronograma, com previsão de início em julho deste ano.
Fonte: InfoMoney - 21/01/2019
A empresa de plataformas digitais Riverbed realizou a Pesquisa de Tendências Digitais para o Varejo em 2019, que traz insights e perspectivas dos consumidores em relação à experiência digital de compra e possíveis medidas que os varejistas podem adotar para garantir a satisfação e fidelidade do cliente. De acordo com o estudo, as lojas físicas aumentarão o potencial de crescimento se investirem no digital. Dos 3 mil entrevistados, 89% afirmaram que uma experiência positiva durante a compra digital tem tanta influência para gerar fidelidade à marca quanto o preço e 79% acreditam que para as lojas físicas se manterem competitivas, devem se adequar à essa tendência, garantindo uma experiência digital de qualidade em um período máximo de três anos.
“Isso não significa que os varejistas precisam investir em todas as tecnologias que surgem, mas encontrar o ponto ideal entre tecnologia e expectativas do consumidor, além de ter a infraestrutura correta para apoiar as iniciativas digitais e capacidade de medir e gerenciar a experiência digital do cliente”, explicou Eduardo Lopes, country manager da Riverbed para a América Latina.
Atualmente, um dos maiores desafios das lojas físicas é a queda do movimento, que vem causando o fechamento de muitos comércios. Por outro lado, ainda existe uma enorme oportunidade para atrair os clientes novamente. Segundo a pesquisa da Riverbed, após uma experiência digital satisfatória, 47% dos entrevistados decidem visitar a loja física da marca. Dentre os recursos mais importantes para os consumidores, em primeiro lugar vem o carregamento rápido de sites e apps (57%), seguido por um design atrativo incluindo fotos e vídeos (54%). Foram avaliados também aplicativos de cupons de desconto, fidelidade e prêmios (45%), opção de comprar online e retirar na loja física (43%), avaliações (40%), acesso rápido ao SAC via chat (36%) e recursos interativos de personalização e pré-visualização de produtos (25%).
Para os consumidores, a experiência digital não se limita à plataforma online. Eles esperam que mesmo nas lojas físicas os varejistas ofereçam serviços e recursos que melhorem a experiência de compra. Entre as ofertas mais populares estão o Wi-fi (34%), app mobile específico para lojas (27%), recebimento de nota fiscal por e-mail (25%), oferta de cupons de desconto (22%) e totens de autoatendimento para realizar pedidos, além de assistente virtual (menos de 14%).
Por outro lado, levar os clientes para a loja física exige investimento em novas tecnologias ou espaços digitais para incentivá-los. De acordo com a pesquisa, o principal recurso seria uma compra automatizada, sem a necessidade do vendedor (36%), seguido de prateleiras inteligentes com sensores automáticos para manter o estoque (29%), realidade virtual e aumentada (23%) e a abertura de uma loja temporária (pop-up store) em local com grande movimento (22%).
Um ponto que divide opiniões é o serviço de entrega de produtos via drone. Enquanto 43% dos consumidores apoiam (24% acham boa ideia e 19% acreditam que seja eficiente), 57% discordam (sendo que 35% acham a opção desnecessária e 22% não acreditam na eficiência do serviço).
Quando se fala em atendimento, embora 85% dos entrevistados afirmem que preferem interagir com os humanos em vez de um robô, o cenário muda quando se trata de detalhes específicos. Para trocas ou ajuda para localizar um item, mais da metade dos entrevistados gostaria de interagir com humanos, enquanto a tecnologia ainda é favorita para compras (63%) e recomendações (67%). Outros 15% afirmam que todo atendimento humano poderia ser facilmente substituído por um chatbot.
Não há nada pior do que um consumidor insatisfeito e 71% dos compradores que tiveram uma experiência digital ruim decidiram comprar em outra loja (39%), contaram aos amigos e família sobre a experiência negativa (38%), entraram em contato com o SAC para reclamar (27%), devolveram a compra (26%) e postaram avaliações negativas na internet (19%).
Se por um lado os consumidores anseiam por ótimas experiências digitais, por outro, muitos ainda ficam com o pé atrás quando se trata de lojas que usam dados pessoais para oferecer experiências mais personalizadas. A maioria (54%) prefere não sacrificar seus dados pessoais, enquanto 46% estão dispostos a fornecer os dados em troca de um serviço mais personalizado.
A Pesquisa de Tendências Digitais para o Varejo em 2019 da Riverbed foi concluída no início de janeiro deste ano pela Wakefield Research com 3 mil consumidores dos Estados Unidos, Austrália e Alemanha.
Fonte: Mercado&Consumo - 21/01/2019
Os consumidores esperam cada vez que seja oferecida opção de entrega gratuita de itens que compram online e também estão adotando novas opções, como retirar suas compras online em uma loja local, de acordo com a última edição do relatório trimestral Consumer View divulgado pela National Retail Federation.
"Os consumidores querem uma entrega gratuita, e estão dispostos a encontrar os varejistas no meio do caminho para conseguir", disse Mark Mathews, vice-presidente de pesquisa, desenvolvimento e análise da indústria da NRF. "Se conseguirmos levar a compra deles para a loja, eles vão buscá-la, se isso for necessário para evitar uma cobrança de entrega. E uma vez que eles estão na loja, também se abrem para ver o que mais o varejista tem a oferecer. Isso é parte da crescente evidência de que os consumidores veem o varejo como varejo, independentemente de como eles fazem suas compras e as retiram".
"À medida que os universos das compras físicas e digitais convergem, os varejistas estão oferecendo mais opções do que nunca em termos de como e quando os compradores recebem suas compras", disse o relatório. "E os consumidores estão adotando essas novas opções de atendimento – desde que sejam gratuitas".
O relatório constatou que 75% dos consumidores pesquisados esperam que a entrega seja gratuita, mesmo em pedidos abaixo de US $ 50, contra 68% há um ano.
Baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964) demandam frete grátis, com 88% deles esperando por isso. Na geração X (1965-1980), o percentual é de 77% e 61% para a geração do millennials (1981-1994) e 76% para a geração Z (1995 e posterior).
Muitos consumidores agora consideram os custos de remessa antes mesmo de chegarem à página de checkout, com 65% dizendo que procuram os limites de frete grátis antes de adicionar itens aos carrinhos de compras online. Os consumidores também querem seus produtos rapidamente, com 39% esperando que o frete de dois dias seja gratuito, e 29% desistiram de uma compra porque o envio de dois dias não era gratuito.
A pesquisa constatou que 70% dos consumidores que conhecem a existência da opção de comprar online e retirar na loja já usaram esta alternativa, e a principal razão para isso foi evitar pagar pelo frete. Pegar na caixa registradora ainda é a prática mais frequente, feita por 83% daqueles que compraram online e retiraram na loja. Mas, à medida que as opções crescem, 63% gostariam de ter a alternativa de receber o produto na calçada (até agora apenas 27% usaram esta opção), 56% querem mercadorias entregues no porta-malas de seus carros (experimentada por 19%) e 50% querem retirar em um locker (alternativa testada por 16%).
Quer estejam em uma loja para retirar uma compra online ou para fazer compras, os consumidores são atraídos por eventos especiais. A pesquisa mostrou que 58% estão interessados em participar de eventos de varejo, com 87% dizendo que iriam a uma venda ou acesso antecipado / exclusivo a itens, 81% para uma festa, 80% para uma demonstração de produto, 71% para um jogo ou competição, e 69% para interagir com um especialista no produto ou para visitar uma loja pop-up.
O Consumer View é um relatório trimestral emitido pela NRF que mede o comportamento do consumidor e as tendências de compras relacionadas a lojas, canais on-line, fidelidade do cliente, tecnologia e outros tópicos. A Toluna Analytics entrevistou 3.002 adultos dos EUA com 18 anos ou mais para a NRF, no período de 23 de outubro a 30 de novembro de 2018. A pesquisa com consumidores tem uma margem de erro de mais ou menos 2 pontos percentuais.
Fonte: Mercado&Consumo - 18/01/2019
O comércio eletrônico deve atingir um volume de vendas de R$ 79,9 bilhões em 2019. A estimativa é da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). O montante representaria um crescimento de 16% sobre 2018.
Segundo a ABComm, o comércio eletrônico deve registar um tíquete médio de R$ 301, com um total de 265 milhões de pedidos efetuados pelos consumidores até o fim deste ano. O número de lojas virtuais deve totalizar 87 mil.As micro e pequenas empresas devem aumentar sua participação no faturamento, atingindo 29%. A participação dos marketplaces no faturamento do setor também deve registrar crescimento em 2019 e a fatia deve passar dos atuais 31% verificados em 2018 para 35%.
A experiência do consumidor nos dispositivos móveis deve continuar sendo alvo de atenção das lojas virtuais neste ano. Segundo a associação, é esperado que 33% das vendas efetuadas pelos consumidores venham a partir de smartphones e tablets. A participação móvel nas compras online, porém, permanecerá no mesmo patamar observado em 2018, segundo dados da entidade.
De acordo com Mauricio Salvador, presidente da ABComm, uma série de fatores contribuem para a projeção de crescimento expressivo para o ano. Segundo ele, o otimismo observado pelos empresários do setor com os rumos da economia, somado à elevação da confiança do consumidor, são algumas das razões. “Percebemos uma retomada expressiva das vendas online já no último trimestre do ano passado, especialmente durante a Black Friday e nas vendas de Natal”, afirma Salvador. “Livre dos eventos observados em 2018, vemos com bons olhos o desempenho para este ano.”
Fonte: DCI - 17/01/2019
Neste mês, o fenômeno Marie Kondo ganhou um novo capítulo — ou melhor, uma nova série. A autora e especialista em organização pessoal estrela um reality, lançado na Netflix no dia 1º, no qual leva sua “terapia” de arrumação para diferentes lares.
As dicas, porém, também podem ser úteis para o trabalho e para a carreira. Basta pensar nas mesas bagunçadas do escritório ou na pilha de emails pendentes ou perdidos no fundo da caixa de entrada.
Abaixo, estão seis maneiras de aplicar as dicas da especialista nesta área, indicadas por consultoras certificadas no método ao site HuffPost.
- Antes de fazer, você deve visualizar
Antes de organizar a mesa ou limpar sua caixa de email, pense em por que você quer se organizar — seja porque um objeto ali te incomoda ou as mensagens te fazem perder tempo, por exemplo. Focar nas intenções pode ajudar a realmente se comprometer com as mudanças. Segundo Jenny Ning, organizadora e primeira funcionária americana de Kondo, a pergunta a se fazer é: “Como você quer se sentir quando entra no escritório?”.
- Otimize suas coisas
A dica de Marie Kondo sobre guardar itens similares juntos pode ser muito útil para as papeladas — incluindo as digitais. A consultora Kristyn Ivey recomenda estabelecer três categorias: os papéis que demandam ação; os que você precisará por um período limitado e os que devem ser mantidos indefinidamente. Para determinar o que deve ser realmente guardado, a ideia é se comprometer a descartar tudo o que não tiver um propósito claro.
- Preste atenção aos seus sentimentos sobre o trabalho
A premissa central do método de Kondo é ensinar as pessoas a perceber seus sentimentos em relação ao seu ambiente. No caso do trabalho, segundo a consultora Tricia Fidler, as coisas que provocam e não provocam alegria podem ser pistas para o desenvolvimento da carreira. “Por que eu não gosto dessa tarefa em particular?”, exemplifica. “Continue perguntando por quê. Essas perguntas podem levá-lo a áreas que trazem alegria”.
- Concentre-se primeiro em suas necessidades
Assim como nos lares, o costume de “apontar o dedo” para culpados de determinadas situações também é muito presente no ambiente de trabalho. Tricia recomenda aos profissionais que se preocupem menos com a desordem dos colegas ou da empresa e mais com as ações que podem tomar para ter controle da própria carreira, fazendo os ajustes que quiserem no caminho.
- Seja grato pelo aprendizado
Ao longo da série, Kondo explica que o objetivo da arrumação é aprender a “amar as coisas que você tem” — e agradecer até mesmo itens dos quais estão se desfazendo. Segundo Tricia, esse exercício também pode ser exercido no trabalho, mesmo em relação a experiências que não foram essencialmente boas. “Isso pode ter ajudado você a aprender algo sobre você, o que nem sempre é fácil”.
- Aproveite o poder das coisas
Se a lógica é manter apenas as coisas com as quais você realmente se importa, os itens que “sobrevivem” à arrumação podem se tornar uma fonte de força. Tricia sugere manter na mesa de trabalho itens apreciados, como uma foto especial ou um presente que você ganhou de alguém querido. Segundo ela, eles podem servir como um lembrete de que este é o seu mundo e que “você tem o poder de fazer o que você quiser”.
Fonte: Época Negócios - 18/01/2019