Gestão e Negócios
TORNAR O COTIDIANO PROFISSIONAL MAIS LEVE E PRAZEROSO ÀS VEZES SÓ DEPENDE DE PEQUENAS MUDANÇAS NO MODO DE PENSAR, AGIR E REAGIR.
Confira os bons conselhos de ontem, hoje e sempre.
01. Baseie sua liderança em valores éticos
"Os verdadeiros líderes se perguntam sempre qual é seu papel no mundo e se são mobilizados para a verdade, a bondade e a beleza. Eles se preocupam com questões dessa natureza porque sabem que contribuem para a evolução. Caso contrário, não são líderes”. Jair Moggi e Daniel Burkhard, consultores empresariais, no livro Como Integrar Liderança e Espiritualidade (Negócio Editora/ed. Campus).
02. Abra sua cabeça para as novas idéias
"O único meio de fortalecer o intelecto é não ter uma opinião rígida sobre nada deixar a mente ser uma estrada aberta a todos os pensamentos". John Keats, poeta britânico (1795-1821).
03. Seja organizado e disciplinado
"Quem a cada manhã planeja as atividades do dia e segue esse plano usa um fio que vai guiá-lo através de um labirinto de uma vida bastante atarefada. A organização disciplinada do tempo é como um raio de luz que se projeta em todos os seus compromissos. Mas onde não há um plano, onde a disposição do tempo fica simplesmente entregue ao acaso dos acontecimentos, logo reinará o caos”. Victor Hugo, escritor francês (1802-1885).
04. Mentalize sempre o melhor
"Sempre que estou envolvido em algum desafio profissional, mentalizo coisas positivas e peço proteção a meus guardiões espirituais. Quando vou ter que enfrentar uma situação de confronto, imagino meu interlocutor calmo e a conversação transcorrendo em clima amigável. Depois, quando alcanço o objetivo, agradeço e acendo uma vela”. José Luís Baraúna, 39 anos, gerente de vendas, de São Paulo.
05. Equilibre trabalho e vida pessoal
"É um erro contar com o trabalho como única fonte de satisfação. Do mesmo modo que os humanos precisam de uma dieta variada para manter a saúde, também precisamos de atividades variadas que nos dêem à sensação de prazer e a satisfação. Alguns especialistas sugerem que um bom começo é fazer uma lista de coisas que você gosta de fazer, de seus talentos e interesses e até de coisas novas as quais gostaria de experimentar. Pode ser jardinagem, culinária, esporte, aprender uma nova língua ou se dedicar a um trabalho voluntário. Dessa forma, se passarmos por um período de baixa no trabalho, poderemos recorrer à família, aos amigos, aos passatempos e a outros interesses como fonte principal de satisfação. Quando a fase passa, podemos retornar ao trabalho com interesse e entusiasmo renovados". Dalai-lama, no livro A Arte da Felicidade no Trabalho, com Howard C. Cutler (ed. Martins Fontes).
06. Mude sua rotina
"Quando nos sentimos desgastados pelas tarefas rotineiras, é hora de descobrir como incorporar algum tipo de inovação em nosso trabalho. As pesquisas internacionais mostram que hoje consegue se sobressair no ambiente de trabalho não aquele que chega trazendo novidades de fora, mas sim quem se mostra capaz de executar as mesmas funções de modo diferente. Todos os trabalhos incluem algumas atividades maçantes, como acontece com a própria vida. Pesquise, estude, olhe a seu redor e procurem novas e mais estimulantes formas de executar suas velhas tarefas”. Marianita Xavier Crenitte, psicóloga e diretora dos Novos Ser Consultores Associados, de São Paulo.
07. Eleja prioridades
"Ao lado da nobre arte de conseguir fazer coisas, existe a nobre arte de deixar as coisas por fazer. A sabedoria da vida consiste em eliminar o que não é essencial”. Lin Yutang, filólogo e escritor chinês (1895-1976).
08. Ouça realmente o que dizem a você
"Podemos até nos considerar bons ouvintes, mas o que fazemos na maior parte das vezes é ouvir seletivamente, fazendo julgamentos sobre o que está sendo dito e pensando em maneiras de terminar a conversa ou direcioná-la de modo mais prazeroso para nós. O ouvir ativo requer um esforço consciente e disciplinado para silenciar toda a conversação interna, enquanto ouvimos outro ser humano. Isso exige sacrifício, uma doação de nós mesmos para de fato entrar no mundo da outra pessoa. O ouvinte ativo tenta ver as coisas como quem fala as vê e sentir as coisas como quem fala as sente”. James C. Hunter, consultor de relações de trabalho americano, no livro O Monge e o Executivo (ed. Sextante)
09. Focalize-se no presente
"Concentre sua energia no momento sem se envolver demais com fatos do passado e expectativas sobre o futuro. Nossa mente funciona como um computador guarda informações que precisam ser deletadas para a entrada de novos dados. Use todos seus talentos e suas competências para traçar o caminho profissional do jeito que você quer que ele seja”. Francisco Cirilo, consultor empresarial da Dignity Holistic Institute, de Campinas, São Paulo.
10. Seu trabalho é para você mesmo
"Quando temos a ilusão de estar doando nossa energia em proveito do chefe ou do empregador, corremos o risco de encarar as obrigações e responsabilidades como fardos. Mas se reformularmos nosso pensamento e tomarmos consciência de que nosso ofício nos traz remuneração; que nos proporciona fazer e comprar o que gostamos; que estamos sempre crescendo e aprendendo algo, descobriremos que somos nós mesmos os destinatários finais de todos nossos esforços”. Beatriz Cardella, psicóloga, de São Paulo.
11. Abra um sorriso e o coração
"Sorria, seja prestativo e bem-humorado. Se conseguimos nos tornar um ouvinte que melhora a auto-estima dos outros, as pessoas vão naturalmente nos procurar e depositarão confiança em nós”. Gerald Michaelson e Steven Michaelson, consultores americanos, no livro Sun Tzu para o Sucesso (ed. Cultrix), adaptação do livro chinês A Arte da Guerra para o mundo dos negócios.
12. Perceba a grandeza de seu ofício
"Anseio por executar uma tarefa grande e nobre, mas é meu dever principal executar tarefas humildes como se fossem grandes e nobres. O mundo é movido não só pelos vigorosos empurrões dos seus heróis, mas também pelo conjunto dos pequenos empurrões de cada trabalhador honesto”. Helen Keller, escritora e ativista americana (1880-1968).
13. Saia da roda da negatividade
"Sempre que estiver sob intensa pressão ou dominado por sentimentos negativos, simplesmente pare. Saia da sala e tome um chá, respire e se possível dê uma caminhada e desvie a mente do foco do problema. Procure quebrar a seqüência do raciocínio pesado, sinta-se juntando forças para mais tarde enfrentar o problema. Às vezes, simplesmente levantar da cadeira e mudar de ares já ajuda a recuperar a leveza e encontrar um novo vigor para tomar decisões”. Mário Enzo, administrador e consultor de empresas, de São Paulo, autor do livro Empreendedor Zen As Chaves da Prosperidade sem Estresse (ed. 21).
14. Pratique a competição saudável
"A competição é salutar quando serve de parâmetro para clarear nossos objetivos e servir de alavanca para o crescimento pessoal. Quando observamos o sucesso de um colega ou uma empresa concorrente, podemos retirar desse exemplo preciosas lições a ser aproveitadas no aperfeiçoamento profissional. Com base nessa análise, podemos descobrir o que falta em nós para alcançar resultados tão positivos". Marianita Xavier Crenitte, psicóloga e diretora dos Novos Ser Consultores Associados, de São Paulo.
15. Saiba delegar
"Ninguém, com certeza, é capaz de assumir a liderança em todos os campos, pois para um homem os deuses concederam as proezas da guerra, a outro, da dança, para outro, a da música e do canto e, em um outro, o todo-poderoso Zeus colocou uma boa cabeça”. Homero, poeta grego que viveu no século 9 a.C. e escreveu a Ilíada.
16. Aceite as mudanças
"Aprendi com o budismo o significado da impermanência, de que tudo no Universo está constantemente se transformando. Tinha dificuldade em aceitar as mudanças, de emprego, de cargo, de colegas e colaboradores que entravam e saíam. No pensamento oriental, entendi que o Universo é sábio ao transformar nossos caminhos. E mesmo se for para algo mais difícil ou complicado, é porque essa experiência nos traz uma lição ou um aprendizado necessário. Nada nem ninguém nos pertence e temos sempre que deixar algo para trás e começar de novo". Régis Aurélio Castro, 33 anos, representante comercial, de São Paulo.
17. Expresse emoções sinceras
"Compartilhar com os outros nossas opiniões e nossos sentimentos sinceros gera uma relação de proximidade com as pessoas. Assim, criamos um ambiente de intimidade e camaradagem. Conquistamos algo ainda mais importante: fazemos com que os outros se interessem pelo nosso desenvolvimento pessoal". Gerald Michaelson e Streven Michaelson, consultores americanos, no livro Sun Tzu para o Sucesso (ed. Cultrix), adaptação do livro chinês A Arte da Guerra para o mundo dos negócios.
18. Seja exigente na medida certa
"Não busque todas as qualidades em uma só pessoa". Confúcio, sábio chinês (551-479 a.C.).
19. Descubra sua vocação e estabeleça sua meta
"Conhecer quais são nossas metas mais íntimas é parte fundamental para se sentir realizado profissionalmente. Sua vocação pode estar bem no fundo de seu coração, como uma vontade, às vezes escondida até de sua parte consciente. É preciso conhecer nosso 'arzoo', palavra indiana que designa o desejo e a vontade do coração. Uma vez que conseguimos definir e estabelecer uma meta arzoo, nos equipamos com uma mola propulsora de motivação constante, de inesgotável força, que dificilmente será abalada". Mário Enzio, administrador e consultor de empresas, de São Paulo, autor do livro Empreendedor Zen As Chaves da Prosperidade sem Estresse (ed. 21).
20. Coloque-se no lugar dos outros
"Grande Espírito, ajuda-me a jamais julgar o outro até que eu tenha andado em seus mocassins". Prece dos índios sioux americanos.
21. Compreenda para ser compreendido
"Quando ouvimos mais com a intenção de compreender os outros do que com a de retrucar, começamos a construir a verdadeira comunicação. As oportunidades para falar abertamente e ser mais bem compreendido surgem de modo mais fácil e espontâneo.
Procurar compreender exige consideração, procurar ser entendido requer coragem". Stephen R. Covey, consultor de programas de liderança em mais de 100 empresas da lista das 500 maiores do mundo, em seu livro Princípios Essenciais das Pessoas Altamente Eficazes (ed. Sextante)
22. Não tome os conflitos pelo lado pessoal
"Se você está numa situação em que há colegas hostis ou supervisores ríspidos, adotar uma perspectiva mais ampla pode ajudar: perceber que o comportamento daquela pessoa pode não ter nada a ver com você, que devem existir outros motivos para aquele comportamento e não levar a coisa para o lado pessoal. Na verdade, os acessos de hostilidade talvez tenham mais a ver com problemas bem diferentes, talvez até com problemas em casa. Às vezes, temos a tendência a esquecer essas verdades elementares". Dalai Lama no livro A Arte da Felicidade no Trabalho, com Howard C. Cutler (ed. Martins Fontes).
23. Adoce as palavras
"Elogio ruidosamente, reprovo suavemente". Catarina II, imperatriz da Rússia (1729-1796).
24. E, depois do trabalho, relaxe...
"Os arqueiros curvam seus arcos quando querem atirar e os afrouxam quando o alvo é atingido. Se o arco fosse mantido sempre retesado, quebraria e falharia quando o arqueiro precisasse dele. Assim é como os homens. Se constantemente se dedicarem a um trabalho sério e jamais relaxarem um pouco com um passatempo ou um esporte, perdem o bom senso e enlouquecem". Heródoto, filósofo grego (484-420 a.C.).
25. Faça pausas para reflexão
Seja solidário, faça elogios: sua confiança será retribuída. Daniella Tavares Amaral, 37 anos, empresária, de São Paulo.
Fonte: Wilson F. D. Weigl
Delegar: investir na faculdade de agir, de fazer, transmitir (poderes) por delegação; encarregar; incumbir; enviar (alguém) com poderes de julgar, resolver, de fazer etc.
Delegação: ato de delegar, comissão (de poderes) dada a alguém para representar quem a dá; casa onde o delegado desempenha as funções de seu cargo.
(Fonte: Dicionário de língua portuguesa)
Vantagens da delegação:
- Multiplica a produtividade
- Ganho de tempo
- Elimina detalhes sem importância
- Sobra tempo para gerenciar
- Desenvolve talentos
- Estimula a participação
- Aumenta a motivação no trabalho
- Facilita avaliação de desempenho
Tarefas que devem ser delegadas:
- Rotineiras
- Obrigatórias
- Ocasionais
- Detalhes de pouca importância
- Especializadas
- Desagradáveis
- Projeto de estimação
Tarefas que não devem ser delegadas:
- Rituais
- Fixação de política
- Assuntos de pessoal
- Avaliação
- Disciplina
- Elogio
- Solução de conflitos
A responsabilidade não pode ser delegada:
- Orientar e treinar quem vai executar a tarefa delegada
- Informar aos outros
- Estar disponível para auxílio
Todos nós temos sonhos – ou já tivemos um dia, antes de sermos consumidos pela rotina, sufocados pelo peso da luta de cada dia. O que aconteceu?
O aumento das responsabilidades e as dificuldades encontradas nos impuseram uma trajetória que nos distancia daqueles sonhos.
Quantos de nós hoje fazem o que não gostam, aturam um chefe insuportável, não se relacionam bem com o companheiro (ou companheira), convivem pouco com os filhos, equilibram-se numa corda bamba, afundados em prestações da casa própria?
Mergulhadas na luta para sobreviver, as pessoas negligenciam seus ideais e vão perdendo a capacidade de sonhar. Levam vidas sem direção, sobrecarregadas e insatisfeitas, escravas de construções burocráticas, na fantasia de que um dia tudo mude – se ganhar na loteria, se Deus mandar bom tempo, se o chefe enxergar suas capacidades, se, se e se...
Você já imaginou como será sua vida dentro de alguns anos? Sairá de casa para trabalhar onde deseja? Estará fazendo o que gosta? Morando onde quer? Convivendo com os amigos que deseja?
Se não houver ações claras e direcionadas da sua parte, não se iluda: tudo pode continuar exatamente do jeito que está. Empreender sonhos não é obra do acaso. Requer gestos conscientes. As pessoas que dão certo acreditam nos seus sonhos. Traçam planos para realizá-los. Envolvem outras pessoas na mesma causa. Ultrapassam os obstáculos. E com muita determinação mudam sua história e, um pouco, a do seu tempo.
Sonhar com os olhos abertos diz respeito às escolhas que fazemos: o negócio ao qual vou me dedicar, os clientes que pretendo atender, a educação que desejo para meus filhos, a causa que vou abraçar.
Acorde para sonhar. Não se angustie tentando adivinhar o futuro. Invente seu futuro para não ser mero coadjuvante dos sonhos de outros. Sonhar é inventar hoje – o futuro.
Fonte: Revista Ícaro, por Cleber Souza – Maio 2004
Vocês já pensaram a respeito da rapidez com que as coisas mudam? A pessoa mais velha do mundo, uma senhora japonesa com 118 anos, viu a invenção do automóvel, do avião, da bomba atômica, viu a sociedade transformar-se radical e profundamente em um espaço de apenas 100 anos, sendo ainda que nos últimos anos a velocidade de mudança vem aumentando progressivamente. E onde isso nos leva, em termos de competências comportamentais requeridas no trabalho?
Em 1910, ou seja, em um passado recentíssimo se considerado todo o período coberto pela História, as qualidades mais prezadas e reconhecidas nas pessoas eram relacionadas com previsibilidade, disciplina, submissão, lealdade, estabilidade e manutenção do “status quo”. Isso era perfeitamente compreensível na época, uma vez que:
1 – Havia muito poucos telefones
2 – Não existiam aviões
3 – Não existia fax
4 – Não havia televisão
5 – Não existia Internet
A diferença entre o mundo do século 19 e do início do século 20 era imensa, se comparada com o mesmo período de tempo anterior (séc. 18 para o 19), mas ínfima, se comparada com as transformações que ocorreram dentro da primeira metade do século 20.
Este processo de aceleração em progressão geométrica assumiu proporções inimagináveis a partir de 1950. Bill Gates preconizou que nos próximos 10 anos iremos experimentar um salto tecnológico de magnitude muito, muito maior do que os saltos que já tivemos (novamente a progressão geométrica).
A sociedade está se transformando e essa mudança contínua e cada vez mais acelerada certamente cobra um preço às pessoas. Saímos de uma época em que as características de estabilidade davam o tom comportamental e ingressamos em uma nova era em que a audácia, a capacidade de correr riscos, a adaptabilidade e a flexibilidade passam a ser mais e mais requeridas.
Entretanto, o perfil das pessoas não mudou. Elas continuam tendo as mesmas características de sempre, o que é paradoxal, porque são elas as responsáveis pelo desenvolvimento tecnológico que transformou e continuará a transformar a sociedade. A rapidez com que isso acontece é algo a se pensar porque o ser humano tem limitações quanto à sua capacidade de assimilar mudanças radicais no estilo de vida em sociedade. O homem resiste à mudança. Sempre resistiu.
Assim, caímos em um paradoxo. Há um limite para a aceleração no processo de mudanças? Alguém já disse que o limite para mudanças profundas na sociedade e no modo de vida, está no espaço de uma geração pelo menos, para que essas mudanças se solidifiquem. Isso significa um período de 25 anos aproximadamente. Teoricamente, a Humanidade não conseguirá assimilar mudanças radicais em períodos mais curtos que isso.
Atualmente, há uma nítida sensação de que estamos no máximo de nossa capacidade de assimilar mudanças enquanto sociedade. O volume de informações novas, de tecnologias, de conceitos a serem aprendidos, reciclados, atualizados, é absolutamente enorme! Há alguns especialistas em gerenciamento que acreditam inclusive que o desenvolvimento da intuição como característica gerencial torna-se importantíssimo nesse início de milênio. E porque a intuição? Porque é praticamente impossível a um ser humano estar sintonizado em todas as áreas de conhecimento e informação.
Líderes intuitivos, gerentes com uma boa capacidade de olhar para a frente e “sentir” o caminho, as tendências, tomar decisões em cima de um mix de informações e intuição são muito considerados, principalmente quando acertam. O uso da intuição, como instrumento de gerenciamento é certamente polêmico, mas faz-se necessário e o aprendizado passa pelo velho método da tentativa e erro. Uma característica de muitas organizações hoje é a de encorajar que as pessoas cometam erros tomando decisões. Algo como “ações não são puníveis, mas omissões sim”.
Trata-se de uma política de risco calculado, e um dos objetivos é o de desenvolver a intuição, visto que em situações de pressão (que se tornam cada vez mais freqüentes na rotina profissional) o indivíduo muitas vezes só terá esse recurso para lançar mão. Isso exige muita autoconfiança e grande capacidade de adaptação, como já foi dito.
De qualquer modo impõe-se hoje uma necessidade muito clara: mais do que nunca, o reconhecimento da necessidade de mudança e adaptação é necessário para fazer frente aos desafios do nosso cotidiano cada vez mais vertiginoso. Quanto mais clara esta necessidade estiver tanto para as pessoas como para as organizações, mais preparadas elas poderão estar para conviver e se sobressair nesse novo ambiente.
Fonte: HSM Online, por Edson Rodriguez
A telefonia é uma das portas de entrada da empresa. O cliente externo, quando efetua uma ligação telefônica, quer ser muito bem atendido, isto é, imediatamente, de maneira amável, tendo o seu pedido atendido ou seu problema resolvido. Quando o cliente liga, ele gostaria de ser atendido rapidamente e não ter que aguardar. Afinal de contas, ele deseja falar com alguém, e ter o seu pedido atendido!
Ao atender uma ligação telefônica:
- Atenda a ligação até o terceiro toque (no máximo);
- Atenda de modo amável: "Empresa X, bom dia!!", com um "sorriso" na voz: as pessoas percebem quando não estamos bem. Você é a imagem que as pessoas vão ter da empresa;
- Procure ser objetivo(a). Certifique-se de que você entendeu perfeitamente o nome, endereço, telefone etc. Repita as informações para o cliente, sempre que necessário;
- Registre e organize as informações em formulário próprio. Identifique a pasta ou livro, de modo que possa ser encontrado imediatamente;
- Defina que informações e orientações serão passadas para o cliente.
Citando Claus Möller: "A mesa telefônica, por exemplo, é uma boa área para se iniciar este tipo de trabalho (fatores de Qualidade Departamental, aqueles que servem para se avaliar e inspecionar o funcionamento de todos os pontos de cada setor): devem ser definidos quantos toques serão dados antes do telefone ser atendido, qual será o tempo de resposta, quais serão as informações e orientações corretas a serem passadas etc. Bem estruturada, a mesa telefônica pode desempenhar um papel de Relações Públicas, onde a telefonista atua como sendo a sua própria gerente de Qualidade".
"Qualidade é investir nas pessoas, dar continuidade às ações definidas e atuar com o espírito de um “double bagger” (empacotador duplo – aquele que se preocupa em colocar uma sacola de supermercado dentro de outra, reforçando-a, de modo que as compras do cliente não caiam no chão...). Para consegui-la, também é importante fazer sempre bons contatos, especialmente nos primeiros minutos do encontro, quando se determinará as horas, os meses e os anos de uma relação: bem atendido, o cliente certamente voltará".
Lembre-se de que você pode contribuir muito para as áreas de sucesso da empresa: Produtividade, Relacionamento e Qualidade!
Fonte: Matthias Rembert Reinold
Nos negócios ou fora deles, nada é mais valioso que a união das pessoas. Em sua equipe não é diferente. É preciso que todos caminhem juntos, para obterem os resultados desejados. Conclui-se, portanto, que a unidade é a alma de uma equipe vitoriosa.
Sendo assim, relacionamos alguns passos para resgatar e manter a unidade de sua equipe:
1. Prefira incentivar a criticar
É sempre mais fácil ficar de lado e atirar pedras naqueles que estão trabalhando e servindo do que se envolver e contribuir. Críticas existem e são importantes na melhora do comportamento e conquista de resultados, porém não se deve julgar ou desprezar quem quer que seja simplesmente por terem convicções diferentes. Ao contrário, as pessoas da equipe devem estar juntas, buscando a harmonia uns com os outros, ajudando-os mutuamente com palavras encorajadoras, pondo-os para cima, apontando suas virtudes e não suas falhas.
2. Recuse ouvir fofocas
Fofocar é transmitir informações quando você nem é parte do problema e nem da solução. Quando alguém começar a fofocar ao seu lado, não dê ouvido. Diga que pare e que você não precisa disso. Lembre-se que quem fofoca de alguém para você, também poderá fofocar de você. A melhor forma de se por um fim nesse assunto é enfrentar os que fofocam e pedir para que parem. Uma fogueira se apaga quando acaba a lenha; da mesma maneira, as fofocas acabam quando o fofoqueiro não encontra ninguém que lhe dê ouvido.
3. Busque a solução de conflitos
Onde há pessoas com diferentes idéias, existe a possibilidade de haver conflitos. Nesse caso é sempre melhor se buscar a solução o mais rápido possível. O primeiro passo é conversar direta e particularmente com os envolvidos. Se não for possível solucionar dessa forma, o segundo passo é ter alguém que sirva de testemunha para ajudarem a confirmar o problema e reconciliar a relação entre eles. Caso ainda não seja solucionado o conflito, o melhor caminho é levar esse problema para que todos da equipe possam ajudar. Se ainda assim persistir, talvez seja melhor afastá-los da equipe.
Fonte: Facioli em revista da semana, pelo professor Menegatti - 13/05/2009
Qualquer manual de relações públicas tem uma relação dos objetivos de um “house organ”: integração, comunicação, evitar boatos etc. Mas, além dessas colocações teóricas, há algumas regras práticas tipo “faça / não faça”, que a experiência nos ensina e que vale a pena rever, entre as quais as seguintes:
01. Faça um veículo que o leitor queira ler.
Essa é evidentemente a regra-síntese. Pergunte-se constantemente se o funcionário a compraria, se a publicação fosse vendida.
02. Faça o chefão participar da pauta.
É essencial que o responsável maior pela publicação (diretor ou gerente) participe ativamente das reuniões de pauta, tanto para ajudar a elaborá-la como para vivenciar e sentir os problemas.
03. Envolva mais gente.
Não permita que o jornal se torne (ou seja visto como) “propriedade” de uma pessoa ou departamento. Crie comitês editoriais atuantes, no escritório central e nas fábricas, com homens e mulheres de diversos níveis e funções na empresa, tanto para obter mais informações e “feedback”, como para proporcionar o envolvimento de outras pessoas e setores na elaboração do jornal.
04. Não tente concorrer com a grande imprensa.
Por melhor que seja, nunca o jornal ou revista interna poderá concorrer com “Veja”, “Claudia”, ou a “Folha”. Por isso não se frustre nessa tentativa. A publicação interna serve para o conjunto empresa / empregados. Concentre-se nesse universo, que é riquíssimo e cuja integração é a sua grande missão.
05. Publique um editorial em todas as edições.
A empresa sempre tem algo importante a dizer a seus funcionários, ainda que por vezes não tenha clara consciência disso.
Cabe a você descobrir qual é essa mensagem, formulá-la inteligentemente e fazer com que, em todas as edições e em local fixo, haja um pronunciamento da empresa, que seja de interesse para os leitores.
06. Não desgaste o presidente.
Não use em vão o nome, a foto e a assinatura do principal executivo da empresa. Ele deve ser preservado para situações especiais, a fim de que sua presença no veículo empreste real importância à notícia ou mensagem. O editorial, por exemplo, deve ser de responsabilidade do jornal ou revista e não, assinado pelo presidente nem por ninguém.
07. Use o “house organ” para as coisas mais importantes.
Se o jornal interno tiver apenas matérias água com açúcar, enquanto as informações relevantes são divulgadas por outros meios, sua empresa estará desperdiçando recursos. Use o jornal para as mensagens mais significativas. Publique edições extras, quando for oportuno. Acostume os funcionários a verem na publicação interna o veículo de comunicação mais representativo da empresa.
08. Faça um jornal que seja levado para casa.
Procure ter sempre na pauta assuntos que também interessem de alguma forma à família do funcionário, pois o grau de integração do empregado com a empresa é em grande parte função de como sua mulher (ou marido) vê o lugar onde o cônjuge passa mais da metade de seu tempo.
09. Publique anúncios classificados internos.
Nada aumenta tanto o interesse dos funcionários (e de suas famílias) pelo jornal interno, quanto anúncios classificados tipo “vendo um Fusca 80 - tratar com Alberto, ramal 387” ou “troco bicicleta nova por 3 em 1”. Portanto, encoraje essa prática. Mas não se concentre nos anúncios todos juntos. Espalhe-os pelo jornal ou revista, de forma que, para encontrá-los, o leitor seja conduzido a todas as páginas, aumentando assim a probabilidade de ser atraído por títulos, fotos ou matérias.
10. Esqueça as palavras cruzadas.
Piadinhas, cartas enigmáticas e charadas em uma publicação interna não passam de enchimento de lingüiça. Sem tornar o jornal ou revista chato ou pesadão - longe disso! - o espaço deve ser usado para informações, fotos e matérias relevantes, de conteúdo. Publicar diversões é a melhor maneira de fazer com que acabem chamando o jornal interno de “jornalzinho”. E merecidamente.
11. Saiba que o trabalho não termina quando o texto está escrito.
Ao contrário do repórter do “Globo” ou do “Jornal do Brasil”, que considera o dever cumprido quando entrega seu texto ao editor, quem faz jornal de empresa tem de se preocupar com todos os detalhes e curti-los vivamente, da pauta ao texto, da foto à diagramação, do editorial à distribuição. Lembre-se que todos os detalhes contam: se a expedição ou o departamento de RH não fizerem o jornal chegar rapidamente às mãos de todos os funcionários, a publicação não existe. E o culpado é você.
12. Não se esqueça: sem “nós”, não há empresa.
Não faça uma publicação que se refere à empresa na terceira pessoa, como se ela fosse uma entidade afastada dos funcionários que a integram. O surgimento de um novo produto, por exemplo, não deve ser noticiado como uma realização da empresa, e sim como uma conquista coletiva. Ao invés de “A XYZ lança novo sabonete”, prefira o título “Nosso novo sabonete chega às donas de casa”. Para ter fábricas e tecnologia, basta à empresa ter dinheiro: já a lealdade dos funcionários é preciso conquistar continuamente.
13. Você tem um jornal nas mãos.
Quantas pessoas no mundo tem a oportunidade de editar um jornal? Seja você o executivo responsável pela publicação, ou o jornalista encarregado de sua produção, aproveite-se dessa chance única e privilegiada, de ser o grande editor que qualquer pessoa criativa sonha ser. Realize-se no “house organ” que lhe foi confiado. Parametrize-se pela excelência. Não se satisfaça com o mais ou menos: exija de você e de sua publicação sempre o máximo.
Fonte: Nemércio Nogueira