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Cerveja e Saúde

CERVEJAESAUDE

Cerveja e diabetes

O consumo moderado de cerveja leva a um aumento da insulina e provoca com isso inclusive uma redução do nível de açúcar no sangue. Também o diabético não precisa renunciar à cerveja. Deve-se especialmente indicar para esse grupo-alvo as cervejas dietéticas, que pelo seu elevado grau de fermentação apresentam apenas 0,75% de carboidratos em comparação aos 3% de uma cerveja normal de baixa fermentação.

Cerveja e câncer

O consumo moderado, porém regular de cerveja não aumenta o risco de contrair câncer!

As causas para sofrer de câncer podem ser muito variadas. A alimentação tem grande importância nessa relação, assim como o fumo. Há estudos epidemiológicos de certas formas de câncer e sua relação com o álcool, como câncer da cavidade bucal, nasal e faringe, do esôfago, da laringe ou do fígado. Enquanto o álcool é consumido apenas em quantidades moderadas, não existe o aumento de risco de adoecer. Isso se modifica, no entanto, no instante em que adicionalmente se fuma.

Certos componentes da cerveja (antioxidantes como fenóis, flavanóides etc), que em sua maioria se originam do lúpulo, possuem até mesmo uma ação protetora (preventiva) contra o câncer. As relações com esses efeitos estão sendo pesquisadas intensivamente no momento.

Cerveja e cálculos renais

Segundo o ditado popular “beber dois e largar três” que descreve de modo bem claro a ação diurética da cerveja. Enquanto que após o consumo de um litro de água excretamos em média 385 ml de urina, quando ingerimos um litro de cerveja, excretamos 1.012 ml – um efeito de enxágüe ideal para pacientes renais!

Fonte: Der Bayerische Brauerbund e.V.

Traduzido e Adaptado por Matthias R. Reinold

Ele já estava havia muito tempo com a corda no pescoço. Álcool é seu nome de guerra e, desde os primórdios, tornou-se um fiel companheiro do homem — na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. A amizade, porém, logo foi cercada de suspeitas. Afinal, o ser humano percebeu que, se alguns tragos o conduziam às nuvens, afogar-se no vinho ou em qualquer outra bebida o levava facilmente à ruína. Na berlinda, o álcool que não costuma faltar às festas é o mesmo que tantas vezes foi condenado à forca.

Ironicamente, em tempos de lei seca, a condição 100% marginal da bebida vem sendo questionada pela própria ciência. Não pense, por favor, em uma campanha pela sua absolvição ampla e irrestrita — muito menos ao volante. O fato é que os pesquisadores constatam, depois de experiências sérias, que saborear uma taça de vinho ou refrescar-se com um copo de cerveja — sem perder o controle — pode ser uma boa pedida para quem deseja fazer um brinde à preservação do organismo.

Se deixarmos a hipocrisia de lado, podemos degustar as recentes descobertas sobre o protagonista desta reportagem. Antes de revelá-las, pedimos ao leitor que segure por algumas linhas a sede e preste atenção no recado de Denise De Micheli, professora do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo, a UNIFESP: “Uma pequena dose de álcool não é prejudicial, desde que não haja gravidez nem problemas como o diabete e doenças do coração”. Dado o aviso, vamos bebericar as novidades.

A primeira delas acredite se destina ao fígado. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, concluíram: uma taça de vinho por dia impede o depósito de gordura na glândula. E a gordura, como se sabe, limita sua função — um fenômeno que os médicos chamam de esteatose. “Notamos o benefício com o vinho tinto e com o branco”, conta o líder da investigação, Jeffrey Schwimmer.

Outra notícia que inocenta doses modestas de álcool vem da Suécia. Uma equipe do Instituto Karolinska verificou, depois de acompanhar quase 3 mil pessoas, que a ingestão de álcool reduz o risco de artrite reumatóide, uma inflamação constante nas juntas. Para fechar a rodada, novos trabalhos sugerem que um pouco de etanol, ou álcool etílico — assim ele é conhecido no meio científico —, propicia uma proteção cardiovascular. Dois cálices de vinho diariamente seriam suficientes para levantar o astral das artérias.

Se as benesses de uma dose ou outra de cerveja ou cachaça ainda carecem de explicações precisas e consensuais, ao menos os pesquisadores já desbravaram a rota do álcool pelo corpo. Depois de passar pelo estômago e pelo intestino, ele é absorvido, caindo na corrente sangüínea. Daí aporta no fígado, onde é metabolizado. “Ou seja, graças à ação de enzimas, ele se transforma em outros compostos para que o organismo o elimine”, traduz Regina Lúcia Moreau, professora de toxicologia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo.

Dentro do corpo, o etanol muda de nome e de fórmula. Primeiro, ele vira acetaldeído — substância tóxica que provoca alguns sinais indesejados do porre, como náuseas. Em seguida, torna-se acetato. Por fim, após incontáveis reações químicas, converte-se em água e gás carbônico, saindo do corpo pela urina, pelo suor e até pela respiração. “No caso de uma pessoa de 70 quilos, uma lata de cerveja demora de uma a uma hora e meia para ser totalmente metabolizada”, calcula Regina. Nessa viagem, cada grama de álcool produz 7 calorias. “Mas são calorias vazias, porque o álcool em si não fornece nutriente”.

A questão do limite: Como você já deve imaginar, o perigo é promover uma enchente etílica no organismo. Mas qual seria o limite para fisgar apenas o seu bem-estar? Qual a dose ideal para fazer a saúde fluir, mas evitar que o rio transborde? A resposta é relativa. Embora a própria OMS, como demonstrado no complemento "Qual a dose certa?" (ver quadro abaixo), defina uma quantidade máxima por dia, os médicos fazem ponderações sobre tal recomendação. “É arriscado afirmar que essas medidas valem para todas as pessoas”, ressalva o psiquiatra Danilo Baltieri, coordenador do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital das Clínicas de São Paulo. Ora, cada um reage de um jeito à bebida. Tudo depende, por exemplo, do peso do indivíduo e da sua capacidade de processar o álcool.

A dose certa?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estipula um limite de consumo diário de álcool para quem não quer tornar-se refém da bebida. Esses valores não valem para grávidas, diabéticos, hipertensos e pessoas sob qualquer medicamento.

Quantidade Máxima por dia
Homens Mulheres

Cerveja

1 garrafa (600 ml) ou

Cerveja

1/2 garrafa (300 ml) ou

Vinho

2 taças (200 ml) ou

Vinho

1 taça (100 ml) ou

Destilados (Vodca, cachaça e uísque) 

1/2 copo americano (60 ml)

Destilados (Vodca, cachaça e uísque) 

1/4 de copo americano (30 ml)

 

Não existe, assim, um conceito claro e objetivo do que é beber com moderação. De acordo com Denise De Micheli, cada um define por moderação aquilo que lhe convém ou que, baseado na própria experiência, não lhe faz mal. Aliás, se a própria vida ensina o limite para o álcool — e isso não significa que se devem parar apenas quando a tontura ou o êxtase se anunciarem —, há certos conselhos para aliar destilados ou fermentados a uma saúde em ordem. Vamos lá: beba pouco, devagar, e sempre de barriga cheia. E nunca coloque a bebida como prioridade.

Talvez você questione se um executivo que pede a companhia de um copo de uísque toda noite já entraria no time dos dependentes. A princípio, não. “O problema é quando ele vai ao teatro e precisa antes passar em casa só para beber”, exemplifica Analice Gigliotti, presidenta da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas, no Rio de Janeiro. Ou, então, aumenta a dose num dia tenso para enfrentá-lo. Daí, sim, dá para dizer que esse homem entra no grupo de risco. E então, amparado por garrafas, pode abandonar a família, o trabalho e outros prazeres. Sua vida se resumirá a um verbo: beber.

O álcool é o que os estudiosos de literatura classificariam como personagem esférica, isto é, aquela que surpreende ou muda de lado no meio da história. E essa reviravolta se manifesta na vida dos que lhe concedem lugar de destaque — e não nos referimos apenas aos alcoólatras. Qualquer pessoa que exagere nos finais de semana pode descobrir nos copos ilimitados um inimigo. Não bastassem episódios constrangedores, brigas e acidentes de trânsito, o álcool responde por uma cascata de doenças. E o pior: os benefícios apontados no início desta reportagem se evaporam e cedem espaço a reações completamente opostas.Se uma taça de vinho ajuda o fígado a emagrecer, uma garrafa todos os dias deixa a glândula vulnerável à cirrose. “O excesso de álcool destrói suas células, gerando inflamações e cicatrizes. Com o tempo, o fígado vai à falência”, explica a hepatologista Helma Cotrim. O mesmo raciocínio se aplica ao sistema cardiovascular. Se dois cálices diários do mesmo vinho relaxam os vasos, algo, além disso, provoca forte contração. “É uma espécie de efeito rebote”, resume o cardiologista Flavio Fuchs. Segundo trabalhos recentes, mais de três doses por dia já podem levar à hipertensão. “Os riscos ainda são mais consistentes do que os benefícios”, opina Fuchs.

Na cabeça, as dores que aparecem durante a ressaca não são nada comparadas aos efeitos do abuso diário a longo prazo. Baldes etílicas despertam no próprio cérebro a necessidade de pedir cada vez mais bebida. Ao mesmo tempo, uma série de reações implode aos poucos a massa cinzenta. “O exagero provoca a morte de neurônios, prejudicando o equilíbrio, os movimentos, a memória e o raciocínio”, diz o neurologista Gerson Chadi, da Universidade de São Paulo.

E a devastação celular não pára por aí. O consumo desenfreado de bebidas alcoólicas está intimamente ligado ao aparecimento de tumores. Você se lembra do acetaldeído, o segundo estágio do álcool em sua passagem pelo organismo? Pois essa substância tóxica predispõe regiões como a boca, a garganta e o estômago a um câncer. “Também é provável que a bebida aja como um solvente nas mucosas, permitindo que outros agentes carcinogênicos, como o tabaco, atue”, afirma o oncologista Luiz Paulo Kowalski, diretor do Departamento de Cabeça e Pescoço do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo. “O uso crônico de aguardente, por exemplo, aumenta principalmente o risco de um tumor na boca”.

A lista de problemas derivados do excesso de álcool poderia estender- se por páginas e páginas. Mas paramos por aqui com o intuito de enfatizar que só se tira proveito de um bom vinho, do saquê de um restaurante japonês ou de um elegante dry martini como o da capa de SAÚDE! Quando se bebe pouco. E, se é verdade que pairam dúvidas sobre o limite de cada um, também é certo que, se houvesse um modo de medir a dose precisa para cada pessoa — e essa quantidade fosse respeitada —, destilada ou fermentada se transformariam em apreciáveis antídotos para uma série de males do dia-a-dia.

Fonte: Portal Abril - Saúde & Medicina, por Diogo Sponchiato

• Que cerveja pode beber um diabético?

De uma maneira geral, uma cerveja do tipo lager, cerveja de cor clara, bebida com moderação (2 a 3 copos de 200 ml por dia, no caso do homem, ou a metade, no caso da mulher, mas sempre acompanhada de algum alimento que contenha carboidratos), poderá ser bebida, pois o seu teor de açúcar é baixo. Notar, ainda, que as cervejas escuras (chamadas cervejas pretas) devem ser evitadas, pois contêm teores de açúcares mais elevados. A cerveja sem álcool poderá conter, igualmente, teores elevados de açúcar ou não, tudo dependendo do seu processo de produção. Assim, se for um bebedor destas cervejas, deve perguntar à empresa produtora o que lhe pode informar sobre o assunto.


• A cerveja pode ajudar a baixar o colesterol?

Segundo um estudo publicado na revista científica “Nonlinearity in Biology, Toxicology and Medicine, DEC 2005”, 30 minutos após a ingestão de um copo de cerveja verifica-se uma redução do nível de LDL (o mau colesterol), contudo, este efeito positivo perde-se caso o indivíduo continue a beber: após 3 copos a oxidação do LDL pode ser acelerada, perdendo-se aquele efeito positivo inicial.

Notar, também, que beber além dos 2 copos de cerveja eleva-se a pressão arterial.


• Quantas calorias há num copo de cerveja?

Um copo de cerveja (200 ml) terá cerca de 80 a 90 Kcal, conforme a cerveja consumida. Uma cerveja não alcoólica terá sensivelmente metade destas calorias.


• Qual a importância do silício, componente da cerveja, para a saúde dos nossos ossos?

O consumo moderado de cerveja, segundo muitas evidências recolhidas até hoje, está positivamente associado com a densidade óssea, sendo esta essencial para a saúde óssea, embora ainda se desconheça o mecanismo envolvido (têm sido propostos mecanismos envolvendo, ou não, o álcool). Porém, o consumo excessivo de álcool é arrasador para a saúde dos nossos ossos.

J. Powell sugeriu, recentemente, que o silício por ser um componente da cerveja (provém da cevada), é especialmente importante para a saúde dos ossos, porque:

a) se encontra em quantidades muito apreciáveis na bebida e sob uma forma altamente bioassimilável – ácido ortossilícico - e;

b) tudo indica que seja um nutriente importante na saúde óssea. Estudos epidemiológicos e celulares estão em curso para avaliar a ação do álcool e da cerveja e a importância, e os mecanismos da ação do silício nos ossos.

O consumo moderado de cerveja será, assim, importante para a saúde dos ossos concorrendo, por um lado para a sua formação (ação do silício) e, por outro, porque inibe a reabsorção óssea (ação do etanol).

Valores de silício nas cervejas: 10-40 mg/L (ingestão diária de 20-40 mg/L)

*Resposta baseada na Conferência de Jonathan Powell, MRC Collaborative Centre for Human Nutrition Research, no 4º. Simpósio Europeu sobre “Cerveja e Saúde”, intitulada “Beer, silicon and bone”, Bruxelas, 4 de maio de 2006 (Organizado por The Brewers of Europe).*


Fonte: Instituto de Bebidas e Saúde de Portugal

Como comunicou a Sociedade para Medicina da Nutrição e Dietética em Aachen, pesquisadores da Universidade de Medicina de Innsbruck comprovaram que alguns componentes da cerveja desenvolvem ações antiinflamatórias – e com isso podem influir positivamente sobre doenças crônicas como doenças coronárias do coração. A pesquisadora científica de nutrição Vera Rickmann da Sociedade para Medicina da Nutrição e Dietética compara a eficácia desses componentes da cerveja com a ação protetora já reconhecida do chá preto/verde ou vinho.

A equipe de pesquisadores do Prof. Dr. Dietmar Fuchs pôde comprovar em exames com sangue humano, que a cerveja ou nesse caso extratos de cerveja impedem processos bioquímicos, que são desencadeados pela interferona uma das substâncias mais importantes mensageiros para reações inflamatórias. Os processos metabólicos influenciados pelos extratos de cerveja, segundo o pesquisador, tem ligação direta com o surgimento de doenças crônicas - como por exemplo doenças cardíacas coronarianas.

Com isso os pesquisadores de Innsbruck novamente provaram a ação benéfica de um consumo moderado de cerveja sobre o coração e sistema circulatório. Consumo moderado – isso significa na opinião unânime de médicos aproximadamente um litro de cerveja por dia para os homens e meio (0,5) litro de cerveja por dia para a mulher.


Fonte: DBB – 23/08/2006

Traduzido e Adaptado por Matthias R. Reinold

Certamente, algumas pessoas argumentam que a qualidade de uma cerveja pode ser determinada através da visão. Mas para dar à bebida uma nota final, observar todas as sutilezas de seu gosto e aroma, todo o buquê, você deve prová-la. E não só provar, mas também cheirá-la. E o olfato é essencial ao processo.

Quando nós provamos a cerveja ou qualquer outra bebida, em primeiro lugar nós não percebemos isto pela língua, mas principalmente pelo nariz quando nós inspiramos e expiramos o aroma da amostra do produto.

O olfato do ser humano é mais multifacetado e sensível do que o paladar. Se você quiser avaliar a qualidade de uma cerveja por seu aroma, você deveria determinar o quão equilibrada é a combinação de todos os cheiros você está inalando e expirando, e só então toma o primeiro gole.

É difícil detectar o buquê inteiro de aromas imediatamente. Se você quer sentir isto mais intensamente, inspire pelas várias vezes pelo nariz e exala pela boca. Além disto, nós também cheiramos a cerveja quando nós bebermos: o movimento da bebida na cavidade bucal envia aromas à região do olfato.

A percepção de um cheiro é mais alta quando nós terminarmos de engolir. Experimente “cheirar" a sua cerveja deste modo - sensações agradáveis significam que a cerveja que você bebe é boa, e se você gosta de seus cheiros - é a sua cerveja.

E, certamente, a cerveja deve ser degustada! Degustando-a nós determinaremos sua temperatura, consistência, corpo, adstringência – tudo isto junto nos dá uma idéia sobre o gosto da cerveja. Pode ser tão diferente - adocicado, salgado, amargo, ou ácido. Uma característica muito importante da cerveja não é só o seu gosto, mas também o sabor restante que persiste na boca durante algum tempo, depois de ser dado o primeiro gole.

"Doces" amantes de cerveja sentem o gosto da bebida imediatamente - o gosto doce é sentido assim que a cerveja esteja na boca. Cerveja "amarga" dá prazer bem posteriormente, só depois que o primeiro gole é dado. Aqueles que preferem cerveja amarga estão prolongando seu prazer deste modo.

Entretanto, a maioria de cervejas contém em diferentes combinações todos os quatro gostos. E a noção "cerveja gostosa" está composta do sentimento complexo de doçura e amargo, ácido e salgado, e esta sensação não é momentânea, mas prolongada. É uma transição consecutiva de gosto a gosto, que traz sensações agradáveis.

Esta é a habilidade do cervejeiro – a de equilibrar todas as quatro sensações. Uma discórdia mínima - e a beleza do gosto desaparece.

A propósito, uma sensação prolongada de amargor residual no sabor atesta a baixa qualidade da cerveja, seus ingredientes ou uma falha no processo.

Experimente cervejas diferentes, procure a que será sua favorita por muitos - muitos anos!


Fonte: BelgianShop WeekLetter 1361 - 10/10/2008

Traduzido e Adaptado por Matthias R. Reinold

O consumo moderado de álcool reduz os fatores de risco para doenças do coração e circulatórias. A essa conclusão chegou um estudo publicado recentemente pelo Instituto Robert Koch em Berlim.

A equipe de cientistas de Martina Burger avaliou os resultados das análises de sangue de mais de 7.000 alemães saudáveis, com idades entre 18 e 79 anos.

Os resultados mais importantes: aqueles que bebiam moderadamente tinham substancialmente mais colesterol HDL no sangue do que os abstêmios. O HDL ou “colesterol bom” protege as paredes dos vasos sanguíneos contra depósitos de gordura. Simultaneamente se reduziam, nos consumidores de álcool, os valores de fibrinogênio, pelo que o risco de obstrução de vasos sanguíneos é reduzido.

Redes de fibrina (um tipo de “adesivo da natureza”) podem obstruir vasos sanguíneos e desencadear enfarte do miocárdio ou ataque do coração.

A homocisteína vale como fator de risco adicional para doenças cardio-circulatórias e demência vascular. Esse aminoácido também estava presente no sangue daqueles que bebiam álcool moderadamente, em uma concentração reduzida. Mas quando os pesquisadores observaram exatamente de que tipo de álcool se tratava, fizeram uma descoberta espantosa: apenas quem bebia cerveja apresentava uma taxa reduzida de homocisteína. Isso poderia estar relacionado às vitaminas do complexo B – principalmente o ácido fólico, um bloqueador natural da homocisteína – que pode ser encontrado em elevada concentração na cerveja.


Fonte: *Burger M et al., Alkohol consumption and its relation to cardiovascular risk factors in Germany, European Journal of Clinical Nutrition (2004) 58, 605-614.

Meio litro de cerveja tem em média 5% de álcool em volume (isso consta no rótulo da garrafa). Ao dividirmos esse “vol %” pelo fator 0,252, dá-se a quantidade de álcool puro, e com isso, para meio litro de cerveja pilsen ou cerveja de trigo, em torno de 20g de álcool.

Longos estudos de abrangência mundial comprovaram que um consumo regular (diário) de 20g de puro álcool para mulheres e 40 g para homens não apresentam inconvenientes para a saúde. Conseqüentemente, 0,5 litros de cerveja para as mulheres e 1 litro para os homens não prejudicam a saúde.

Os mais recentes estudos comprovam inclusive, que o consumo regular de 140g de álcool semanalmente – isso equivale a 3,5 litros de cerveja com 5% de álcool – é a quantidade ideal para reduzir em quase 40% o risco de perda da audição (em função da idade) em altas e baixas freqüências.

O Prof. Dr. Hans Hoffmeister da Universidade Livre de Berlim (Freien Universität Berlin) reforça: “O consumo moderado de cerveja possui uma influência positiva sobre diversos riscos à saúde, principalmente sobre o coração e circulação”.


Fonte: Bayerischen Brauerbund e.V.