Gestão e Negócios
A diversidade – principalmente de gênero – impulsiona diretamente o resultado de um negócio, segundo uma nova pesquisa divulgada nesta semana e realizado pela DDI, empresa de análise e pesquisa, e a Ernst & Young (EY). O estudo, que fez um panorama da liderança global em vários aspectos (diversidade, transformação digital, propósito, cultura, entre outros) analisou dados de 2,4 mil empresas de 54 países.
Os resultados mostraram que as mulheres representam atualmente menos de um terço dos papéis de liderança (29%) – sendo que a maioria deles em posições mais júnior. Mesmo com a disparidade, a diversidade impacta quando existe. Segundo o estudo, as empresas que tiveram 30% de diversidade de gênero – e mais de 20% no nível sênior – apresentaram melhores resultados financeiros na comparação com as demais. Onde há diversidade significativa, é 1,4 maior a chance de crescimento sustentado e lucrativo.
Nas empresas com maior diversidade, a chance dos líderes trabalharem de forma colaborativa para criar novas soluções e oportunidades é duas vezes maior. Nestas empresas a chance dos funcionários criarem sinergias de negócio é 1,5 maior e há 1,7 mais chance de construir-se uma liderança forte.
O estudo também afirmou que os líderes de organizações com diversidade não possuem habilidades diferentes dos líderes das outras empresas. “Eles trabalham com uma mentalidade diferente – e não com outras habilidades”, diz o estudo. Por outro lado, esses líderes mostram-se mais propensos a estimularem o desenvolvimento pessoal de seus funcionários e têm extremo foco no que fazem. “Esta mentalidade de desenvolvimento é possível graças a práticas organizacionais que permeiam o desenvolvimento e conversas frequentes sobre o crescimento profissional”, diz o estudo.
Fonte: Época Negócios - 26/02/2018
Para receber uma promoção no trabalho, é obviamente importante estar pronto e ser qualificado. Muitas vezes, porém, possuir as qualidades necessárias não garante a promoção sem o acompanhamento de algumas atitudes complementares.
O site Love Mondays, especializado em carreiras, separou uma lista de 6 dicas para garantir – àqueles que merecem – a promoção ainda em 2018. Confira abaixo as dicas, retiradas do blog da empresa:
- Esteja alinhado com os valores da empresa
“Este é um ponto de extrema importância e que muitas vezes deixa de ser considerado pelos profissionais”, escrevem os representantes do Love Mondays. Gestores estão muito ligados à conexão de seus funcionários com os valores da organização: isso é prioridade.
- Sinalize seus objetivos
É preciso demonstrar a vontade de crescer. Comunique-se sempre com seus líderes e até mesmo colegas. Quando houver a oportunidade, diga com todas as letras qual o seu objetivo.
- Aprenda a ouvir feedbacks
“A prática de refletir após sessões de feedbacks é uma estratégia poderosa para ter sucesso profissional. Aprenda a usar essa tática a seu favor e de forma mais positiva possível”, detalha o Love Mondays. Opiniões informais, em cafés ou almoços, também podem ser usadas a favor do profissional.
- Foco no desenvolvimento contínuo
Competitividade alta favorece quem tem melhor formação. “Após identificar claramente seus pontos fortes e a melhorar, é hora de colocar seu plano tático em prática: seja cursos, especializações, mentoria ou coaching, certifique-se de estabelecer objetivos tangíveis a curto e médio prazo”.
- Cultive um bom relacionamento
“Saiba quando e como conversar, seja cortês e participativo nos eventos e programações da empresa, esteja sempre aberto a ajudar outras pessoas, contribua para um clima leve no ambiente e, mais do que isso, trate todos com simpatia genuína”. Isso vale para todos do ambiente de trabalho, não só quem trabalha nas mesmas áreas e funções.
- Adote uma nova postura
O Love Mondays sugere: “organização, proatividade, responsabilidade e transparência são apenas algumas características que devem ser exercitadas diariamente”. Uma dica é criar listas das qualidades que costuma observar e admirar em outras pessoas para lembrar de praticá-las até que se tornem um hábito.
Fonte: Época Negócios - 23/02/2018
E isso não tem a ver necessariamente com o chefe (ruim) mais próximo, a quem muitas pesquisas atribuem como principal motivador de saída de um funcionário. Lewis cita uma recente entrevista que o professor Adam Grant, da Wharton School, concedeu a Harvard Business Review para defender seu ponto: “A decisão de deixar uma empresa está relacionada ao trabalho em si. Os profissionais deixam o emprego quando trabalham em algo que não os agrada, em que suas melhores habilidades não são postas em prática ou quando sentem que não estão crescendo na carreira. Portanto, se você quiser manter seus maiores talentos, é melhor gastar tempo pensando em como pode redesenhar o trabalho a ser feito. A maioria das pessoas cria os empregos e, então, busca funcionários para ocupá-los. Os melhores gestores fazem o contrário: quando encontram um talento promissor, criam cargos para ele”, disse Grant.
Baseado em sua experiência com empresas de vários setores, Lewis apresenta no artigo quatro dicas para líderes “redesenharem” um trabalho e, assim, conseguirem manter seus melhores talentos. Confira:
- Crie um ambiente agradável de trabalho
As pessoas não vão querer sair de um lugar que as divirta e seja agradável. A chave para criar esse ambiente é olhar para o trabalho com uma mentalidade flexível, segundo Lewis. “Busque elementos que possam tornar o trabalho mais agradável e benéfico para cada empregado”. Ele cita o exemplo de um profissional muito qualificado de finanças que estava considerando deixar a empresa para construir uma carreira como professor. Ele amava ensinar os outros. A empresa então criou uma nova função para ele, onde sua responsabilidade seria a de ensinar a seus colegas noções básicas de finanças. Um terço de seu tempo seria dedicado a isso. No fim, tanto a empresa quanto o funcionário saíram ganhando.
- Construa propósito no trabalho
Funcionários se engajam mais quando se sentem conectados ao propósito que há por trás daquilo que estão fazendo. Um líder, segundo Lewis, pode mostrar o que um determinado trabalho significa e o impacto que ele pode gerar para a empresa. Uma pesquisa de Grant mostra três formas de fazer isso. A primeira é apresentar aos funcionários os clientes daquele produto ou serviço que a empresa produz. “Os engenheiros de equipamentos médicos da Medtronics assistiram a pacientes se movimentando em um palco durante o encontro anual da companhia graças ao trabalho deles”. Uma segunda forma é cultivar histórias. A Volvo, por exemplo, produz histórias sobre as pessoas que se beneficiam dos equipamentos desenvolvidos pela empresa e montou o Volvo Saved My Life Club. Uma terceira frente é incentivar os funcionários a compartilharem suas próprias histórias e abrirem a discussão sobre o propósito e o valor de seu trabalho.
- Estimule as habilidades fortes
Quando um profissional muito bem avaliado dentro de uma empresa passa a comandar uma área de negócio específica, ele começa a identificar as melhores habilidades de cada um da equipe e como pode tirar o melhor de todos os funcionários para o “todo” funcionar bem. Mas não pensa em explorar a fundo as habilidades boas de cada um. Lewis cita o exemplo de uma assistente administrativa que amava organizar reuniões de planejamento. Ela era incrível nisso. A empresa então a incluiu no planejamento de grandes reuniões de outras áreas e a funcionária ficou animada com a responsabilidade extra. Ela aproveitou a oportunidade, evoluiu e subiu de posição até ficar responsável por fazer o planejamento das reuniões da companhia em tempo integral. “Foi o melhor uso de seu talento para a empresa. E para ela”, diz Lewis.
- Invista no aprendizado e crescimento
Mais do que nunca — principalmente considerando a chegada dos millenials ao mercado de trabalho — os funcionários estão ávidos por aprender e descobrir como podem aproveitar ao máximo seu potencial. “Preste muita atenção a esta necessidade e crie programas individuais e jornadas de carreira para cada funcionário. Ao mostrar que você se importa com o desenvolvimento deles, você ganhará lealdade em troca”, diz Lewis.
Fonte: Época Negócios - 23/02/2018
O desenvolvimento tecnológico e as inovações disruptivas, além da resistência organizacional à mudança, serão as maiores preocupações de 2018 para diversos executivos espalhados pelo mundo. A pesquisa é assinada pela consultoria global Protiviti e deu origem ao relatório “Perspectivas de Executivos para os Principais Riscos em 2018”.
As expectativas globais para o novo ano são boas, e mostram que os próximos meses serão menos conturbados dos que foram em 2017. No ano passado, as incertezas econômicas lideraram o ranking dos maiores medos executivos, sendo escolhido por 72% dos entrevistados. Em 2018, entretanto, a rápida velocidade das inovações disruptivas e as novas tecnologias foram escolhidas como o risco mais eminente para as empresas. “As ameaças relacionadas à segurança cibernética impulsionaram este medo. Tanto que se tornou um risco à parte neste ano, particularmente depois de ataques cibernéticos em grande escala, como o WannaCry”, completa Fernando Fleider, sócio-diretor da Protiviti Brasil.
Outras preocupações foram destacadas pelos executivos: desastres naturais de impactos catastróficos, crescimento do mercado de ações, trocas de lideranças políticas, terrorismo, eleições na Europa e ameaças de conflitos nucleares.
O Brasil está marcado, especificamente, pelas incertezas políticas por conta do ano de eleições. De uma forma geral, na América Latina, o tema compliance continua na agenda dos executivos em função das prisões e processos judiciais, ocorridos não só no Brasil, como também no Argentina e Peru.
A consultoria preparou uma lista com os 10 maiores riscos identificados para os negócios em 2018:
- As empresas precisam se preparar para gerenciar os riscos das rápidas velocidades das inovações disruptivas e novas tecnologias, promovendo mudanças significativas nos atuais modelos de negócios;
- A resistência às mudanças não pode restringir a capacidade das organizações de realizar ajustes necessários nas formas de trabalho;
- Muitas empresas não estarão suficientemente preparadas para gerenciar ameaças cibernéticas em grande escala, como WannaCry e Mega Ataque, ocorridos na Europa em 2017;
- As mudanças de regulamentação e as exigências do regulador podem aumentar;
- A cultura da organização não irá incentivar a identificação e o reporte das questões de risco;
- Para não limitar o alcance de metas operacionais, é necessário que as empresas enfrentem o desafio de atrair e reter os principais talentos da companhia;
- Recursos deverão ser investidos para assegurar a boa gestão de privacidade e segurança da informação, da mesma forma como irão exigir a proteção do sistema;
- As condições econômicas nos mercados atendidos atualmente poderão restringir as oportunidades de crescimento;
- Para alcançar inteligência de mercado e aumentar a produtividade, é preciso melhorar a análise de dados a fim de que isso aprimore as operações e os planos estratégicos;
- As companhias existentes não serão capazes de atender as expectativas de desempenho relacionadas à qualidade, tempo de mercado, custo e inovação, como também os concorrentes, especialmente os que nasceram de forma digital e com uma base de baixo custo para suas operações.
Fonte: ProMark - 23/02/2018
Parece que transformação digital já é coisa do passado. Quem ainda não passou por ela tem que mudar isso rapidamente no mundo corporativo. Corre! As adaptações que as máquinas, modelos de negócio e organizações tiveram que passar para satisfazer as necessidades atuais desse mundo exponencial foram radicais. Toda essa dedicação aumentou muito a inserção de novas tecnologias nas empresas, promoveu a conectividade e trouxe produtividade para os humanos.
A indústria por exemplo, que já passou por poucas e boas vive a expectativa de sofisticar ainda mais as suas máquinas a ponto de torná-las inteligentes. “Não há dúvida. O estudo How to Win at Digital Transformation: Insights from a Global Survey of top Executives confirma que 86% dos executivos acreditam que suas organizações têm menos de dois anos para digitalizarem os negócios, antes que sofram perdas financeiras e de competitividade”, comenta , diz Camila Achutti é CTO e fundadora do Mastertech, professora do Insper e idealizadora do Mulheres na Computação
É notável que há uma certa ansiedade por parte das companhias quando se trata de adotar essa tendência, uma vez que muitas delas temem que já possa ser tarde demais. Uma pena que ansiedade não seja suficiente para mudança, pois a conta que não fecha é: as corporações precisam mudar, mas os executivos não querem mudar. Sem generalizar, mas observando a realidade. Os executivos continuam usando as mesmas ferramentas de aquisição de conhecimento, as mesmas crenças e culturas de outrora, não querem mudar processos, não querem questionar estruturas. Assim não vai dar.
Vamos a um exemplo cotidiano no mundo das corporações de tecnologia: Open Source (código aberto). Conto nos dedos as grandes corporações que vi realmente entendendo e adotando de maneira segura esse tipo de software/serviço. Diretores de companhias que ainda crescem optam por arriscar menos, e reina a filosofia: “não mexer em time que está ganhando”. Ou seja, preferem garantir um crescimento mínimo do que apostar em um grande resultado. Claro! Até eu, afinal ele está numa estrutura de mercado e metas que vai destruir a vida dele se qualquer erro acontecer e que vai bonificar pelo mínimo esforço. Eu também não ia querer mudar nada.
Felizmente, existe luz no final do túnel. Lentamente, com novos (aqui, novo não tem nada a ver com idade e sim em mindset, ok!? ) profissionais assumindo os cargos de liderança, essa realidade vem mudando. Não na velocidade suficiente, mas está andando. Segundo a Forbes, os próximos dois anos serão fundamentais para a transição das organizações. Corre! Aproveita que o ano está só começando.
Fonte: Época Negócios - 22/02/2018
O celular continua sendo o fenômeno de nosso tempo. Estar conectados, conhecer as últimas novidades e notícias em tempo real, planejar nossa semana, a lista de compras ou mesmo conectarmos as redes sociais, são apenas alguns dos usos mais comuns deste objeto indispensável ao dia a dia. Dentro desta tendência de consumo mobile, as compras se mantém como um dos hábitos mais cotidianos. “A medida que passam os anos, mais jovens crescem e começam a comprar online utilizando um smartphone em sua primeira compra. No Mercado Livre, por exemplo, há apenas 5 anos as compras mobile superavam 10% do total de compras realizadas. Hoje já chegam a 60% e seguirá em crescimento.”, afirma Javier Goilenberg, CEO e Co-Fundador da Real Trends, – plataforma líder em ferramentas de análise e gestão para vendedores do MercadoLivre -.
Os dados respaldam a Goilenberg. Segundo a Fundação Getulio Vargas -SP, 2017 fechou com um smartphone por habitante no Brasil; e, de acordo com pesquisa da Mobile Time em parceria com a Opinion Box, nas casas em que há smartphones, 72% das crianças entre 10 e 12 anos já têm seu próprio celular.
Outra informação que vem ao encontro do que estamos assinalando tem a ver com as compras feitas via aplicativos. De acordo com o estudo Análise do E-commerce no Mundo, divulgado pela empresa de tecnologia Criteo, os pedidos feitos no terceiro trimestre de 2017 via aplicativos já chegam a 16%, enquanto via web mobile somam 28%. Também houve um aumento de 51% nas transações realizadas via celulares em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Goilenberg adiciona, “a tendência de compras em e-commerce realizadas através de dispositivos móveis está crescendo ano após ano a passos largos. Em primeiro lugar, há uma maior quantidade de dispositivos ativos no mercado. Em segundo, as pessoas estão se animando e se acostumando a fazer tudo diretamente do celular. Para que se prender ao computador se com alguns cliques no celular pode-se fazer o mesmo é muito mais rápido?”
O celular como dispositivo insubstituível para os consumidores, e como ferramenta fundamental para as marcas e seus e-commerces, naturalmente se converte em um dos principais canais de venda e na maioria das vezes o único.
Não é muito dizer que, para aqueles que operam no mundo do e-commerce através de um site próprio, é fundamental que seja responsivo e/ou que conte com um aplicativo mobile muito bom para iOS e Android. Isto já não é mais algo desejável, mas completamente necessário.
O impulso do setor também vem acompanhado da inovação. “A realidade aumentada trará grandes mudanças na experiência de compra através de dispositivos móveis: nos apps de algumas grandes lojas já é possível visualizar como ficará uma lâmpada na sua sala ou se um óculos cairá bem em seu rosto antes de efetuar a compra. Isto gera sensações até agora nunca vistas na hora de comprar online, que continuarão contribuindo para o crescimento do e-commerce a nível mundial”, conclui Goilenberg. Sem dúvidas, na América Latina, se aproxima o ano em que vamos presenciar o m-commerce crescendo fortemente.
Fonte: Portal Newtrade - 22/02/2018
Se a exigência pode causar arrepios em certos recrutadores, chefes ou empresas, já uma demanda que vem se tornando realidade em alguns países. Artigo publicado na edição impressa de fevereiro do Financial Times discorre sobre a tendência e cita particularmente o caso da Alemanha. Segundo a análise, “com a economia mundial crescendo desde 2011, candidatos qualificados estão escassos – e podem fazer exigências”. O maior sindicato da Alemanha, o IG Metall, fechou um acordo que permite que os profissionais filiados possam ter uma jornada de trabalho semanal de 28 horas por até dois anos, no caso deles tenham filhos pequenos. “A criação não é só um problema da mãe alemã. A maioria dos filiados ao sindicato é homem”, afirma o FT.
Tudo bem que as regras trabalhistas da Alemanha podem ser consideradas um “paraíso” perto da realidade de outros países. Mas o que a matéria indica é que se a economia mundial continuar a crescer, a carga de trabalho vai ganhar relevância. “Durante ‘booms’, muita gente quer trocar dinheiro por tempo'”, analisa Simon Kuper, no FT. O tempo parece se tornar cada vez mais precioso às pessoas.
No mundo desenvolvido, é uma demanda plausível considerando o alto nível que os rendimentos alcançaram. Segundo a matéria, os salários estão acima do nível médio que vigorava antes da crise de 2008 nos países desenvolvidos (com exceção do Reino Unido e da Grécia). O desemprego na zona do euro é o menor – e os salários nos Estados Unidos estão crescendo.
Por esta e outras razões, o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho vem se tornando uma questão importante. Gurus de auto-ajuda recomendam abandonar o Facebook, ignorar emails e meditar. Há best-seller já fazendo sucesso com dicas para as pessoas se desconectarem de seus celulares e “aproveitarem mais a vida ao redor”. Há, porém, quem garanta que não são os indivíduos que precisam mudar – mas o sistema (Anne-Marie Slaughter, no livro Unfinished Business).
O passo que a Alemanha deu agora não é pontual ou fortuito. O país vem, como a matéria analisa, reduzindo a carga horária de trabalho década após década. “Em 1960, os alemães ocidentais trabalhavam, em média, 2,1 mil horas por ano. Hoje, eles trabalham 1,3 mil horas, menor número entre países desenvolvidos. Grandes empresas limitam e-mails após o expediente. A Daimler, por exemplo, chega a apagar automaticamente e-mails para funcionários em férias”, diz o FT.
O país não é o único nesta direção em busca de melhor equilíbrio pessoal-profissional. Países considerados “workaholics”, como Coreia do Sul, China e Tailândia têm buscado reduzir as lições que os filhos levam para a casa. Oi? Muitos pais chineses estavam se rebelando contra o fato de chegaram em casa tarde da noite e adentrarem horas a mais ajudando os filhos a resolverem problemas de trigonometria, segundo o FT. O governo da Coreia do Sul sinalizou querer cortar a carga média de trabalho para menos de 1,8 mil horas (em 2016, esta média foi de 2,069 mil). “O plano ainda não saiu do papel, mas qualquer governo que melhorar a vida dos coreanos irá ganhar o voto dos millenials”, analisa Simon Kuper, no FT.
Buscar este equilíbrio, porém, não é uma realidade acessível a todos, ao menos, por enquanto. Segundo a matéria, “menos horas de trabalho não ajudarão trabalhadores de baixa renda, que não podem se dar ao luxo de trabalhar menos”, nem os “profissionais da elite, que amam o que fazem e podem pagar por trabalhadores domésticos”, que os ajudem a organizar suas vidas. A “nova vida” que pode surgir descrita pela matéria deve atingir a classe média dos países ricos – que devem conseguir semanas de trabalho mais curtas, ao menos quando tiverem filhos pequenos ou pais idosos para cuidar. Por outro lado, nas “fases mais calmas” de suas vidas, eles podem trabalhar mais. O próprio acordo do sindicato alemão também facilita aumentar a carga horária de 35 (padrão) para 40 horas com facilidade. De toda forma, quem sabe o futuro do trabalho não se pareça mais com o da Alemanha: dias mais curtos, alta produtividade e instituições de ioga bombando.
Fonte: Época Negócios - 22/02/2018