Gestão e Negócios
A inclusão de mulheres no mercado de trabalho deixou de ser diferencial entre empresas globais. Hoje, as companhias também têm o dever de contribuir para que elas atinjam cargos de liderança e sejam protagonistas de mudanças dentro do ambiente corporativo.
A missão é clara. A prática, porém, é bastante complicada. É o que mostra a pesquisa “Alavancando Mulheres na Liderança”, realizada pela consultoria Lee Hecht Harrison (LHH), em parceria com a HR People + Strategy: 28% das empresas norte-americanas que possuem políticas de inclusão de mulheres não estão satisfeitas com o número de executivas que se tornam líderes e querem aumentá-lo.
Das entrevistadas, 82% acreditam que promover mulheres é uma questão crucial para o setor empresarial.
Apesar de os dados parecerem contraditórios, Mara Turolla, gerente de desenvolvimento de talentos da LHH, explica que as empresas reconhecem a importância da inclusão. No entanto, a dificuldade está em fazer com que as mulheres cheguem, de fato, a cargos de liderança. “Há um viés inconsciente, como o preconceito, nos critérios de promoção e contratação de gestores que deixa as mulheres no meio do caminho”, diz Mara.
De acordo com a consultoria, 51% das trabalhadoras atuam na base da pirâmide profissional. Quando o cargo sobe para média gerência, a participação feminina cai para 25%. No caso de CEOs, a queda vai para 4%.
No Vale do Silício (EUA), por exemplo, apenas 5% das startups são comandadas por mulheres — “uma barreira para o própria desenvolvimento da região”, na opinião da gerente da LHH.
Entre as habilidades femininas levantadas pela pesquisa, resiliência, confiança e autoridade são as competências que mais precisam ser desenvolvidas pelas profissionais. Mas, para que isso ocorra, o gestor direto deve participar e também passar por treinamento, adverte Mara. “O mercado precisa entender que inovação só se desenvolve em um ambiente com diversidade de gênero e geração. Um caldeirão misturado cria uma resposta mais assertiva para problemas que envolvem negócios e a própria sociedade”, diz Mara.
Fonte: Época Negócios - 24/10/2018
Menos papel, mais interatividade. É assim que estudo da Michael Page, consultoria global de recrutamento para posições de alta e média gerência, imagina o currículo do futuro.
Esse seria o fim das preocupações com o melhor modelo de currículo para utilizar, com as datas e descrições de cargos que ocupou e com certificados de inglês em papel que ficam no fundo da gaveta. “A palavra de ordem é sustentabilidade: cada vez menos papel e cada vez mais interatividade”, fala Roberto Picino, diretor executivo da Michael Page.
A consultoria projeta que dentro de um curto prazo, cerca de 10 anos, haverá uma plataforma interativa que servirá como portfólio completo e totalmente digital para os profissionais. E, claro, com auxílio de tecnologias de ponta, como inteligência artificial.
Segundo Picino, em 40 anos de atuação com recrutamento e seleção, a Michael Page já presenciou muitas mudanças no currículo e, observando as demandas atuais, consegue ver uma nova transformação no mercado. “É um tema presente e em evidência ano após ano: como apresentar o CV de forma convidativa e conveniente?”, diz.
Colocar foto no currículo, por exemplo, já foi uma grande polêmica. Agora, com o mundo digital, a questão se tornou quase irrelevante. “Essa discussão eterna cai por terra quando estamos conectados na rede. Com uma busca será possível achar fotos do candidato pela internet”, explica.
O sistema parecido com um site pessoal terá suporte multimídia e comando de voz, segundo a consultoria. Também será atualizado constantemente, com um registro definitivo de experiências, certificados, habilidades técnicas e comportamentais.
O trabalho é uma parceria com a Foresight Factory, empresa global de análise de mercados e predição de tendências de tecnologia e comportamento.
O currículo do futuro será amplo e personalizado, como uma curadoria de sua marca pessoal e um registro histórico. O movimento de mudança já é observado pelas empresas de recrutamento, que já usam ferramentas online para seus processos seletivos, e nas redes sociais, como o LinkedIn. “Vai fazer parte do dia a dia em pouco tempo e vemos a transformação como um caminho sem volta. As pessoas vão se adaptar como foi com os aplicativos de transporte pessoal. É difícil sair hoje na rua e acenar para chamar um táxi”, fala o diretor da Michael Page.
Confira algumas das tendências para o futuro do currículo:
Assistente pessoal
O currículo será uma interface única de apresentação e de contato com o profissional. Com tanta informação, ferramentas tecnológicas de ponta, como comando de voz e inteligência artificial, vão auxiliar na interação e busca por conteúdo.
Controle de privacidade
Com tanta informação, será necessário um sistema de segurança e controles de acesso para diferentes pessoas. Assim, o profissional poderá adaptar quem pode ver informações específicas em seu currículo e quais são mais relevantes para o cargo que busca ocupar.
Documentos e certificados digitais
Todas as conquistas e certificados poderão ficar registrados de forma permanente, economizando o tempo do candidato de buscar um documento e do recrutador para verificar as informações. “Isso é perfeitamente factível e vai dispensar trabalhos burocráticos. Seus dados da universidades estarão conectados, por exemplo. As datas ficarão mais acertadas e será possível checar tudo eletronicamente”, comenta o diretor.
Segurança
A consultoria prevê o uso de blockchain, tecnologia de registro digital com criptografia, para proteger as informações dos candidatos. Além de garantir que os dados não serão alterados ou fraudados. “Assim, não vamos perder informações e saberemos as versões diferentes do CV, que vai ser sempre melhorado e aprimorado”, comenta.
Novas habilidades
O CV do futuro também vai mostrar as capacidades comportamentais do profissional. “Poderá ser através de testes de personalidade ou dados sobre entregas de metas. O candidato vai poder mostrar a análise de seus resultados, narrando sua história e levando isso para a entrevista de emprego. Isso estará amarrado ao seu histórico de atividades”, diz Picino.
Fonte: Exame.com - 23/10/2018
Se a crise econômica e a queda na renda levaram o consumidor a deixar de lado suas preferências no supermercado, em função do orçamento apertado, a comparação em termos de qualidade tem levado os produtos de marcas líderes de volta aos carrinhos de compras do público, que tem ido com mais frequência aos estabelecimentos. Essas são tendências demonstradas em sondagem realizada pelo Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de S. Paulo) em todas as regiões da capital, no período de 4 a 6 de outubro de 2018.
O levantamento mostrou que 69,6% dos consumidores entrevistados experimentaram outras marcas de produtos no supermercado, exceto as líderes, nos últimos seis meses. As categorias em que houve mais marcas substituídas foram higiene e limpeza (87,7%) e mercearia (65,8%), seguidas por laticínios (58,9%). O preço foi a maior motivação para essa mudança de hábito, na opinião de 84,5% dos consumidores.
Essa tendência já era percebida na sondagem realizada pelo Sincovaga em fevereiro de 2016, quando 35,8% dos consumidores entrevistados à época afirmaram não se importar com marcas, mas sim com preços mais baixos, enquanto 27,5% informaram que tinham marcas de preferência, porém já haviam aberto mão delas em razão dos preços. Entretanto, a recente sondagem mostra que este movimento está tomando o rumo contrário, pois 66,2% dos entrevistados disseram já ter voltado a consumir as marcas premium, a maioria do setor de higiene e limpeza (68,1%), seguido por mercearia e laticínios (44,7% cada) e bebidas (23,4%).
Na sondagem anterior (fevereiro de 2016), a maior resistência dos consumidores era na troca de marcas do setor de alimentos (44,6%), seguido por higiene pessoal (15,2%), limpeza (9,8%) e bebidas (8,3%).
Mas se o preço foi a maior motivação para a troca de marcas há pouco mais de um ano, agora é a qualidade de traz esse público de volta às marcas premium ou líderes de mercado. Para 78,7% dos clientes ouvidos pelo Sincovaga, a qualidade comprovadamente melhor desses itens foi a vantagem mais considerada, seguida por preço mais atraente (8,5%) − que pode evidenciar uma parceria maior entre o varejo e a indústria −, e o custo-benefício (6,4%).
A maior parcela de respondentes da pesquisa está concentrada na faixa de renda familiar de 1 a 3 salários mínimos (33,3%), seguida pela faixa de 3 a 5 salários mínimos (26,5%), e pela faixa de 5 a 10 salários mínimos (17,6%).
Frequência das compras – A maioria do público faz pesquisa de preços antes de ir ao supermercado (66,7%), utilizando principalmente folhetos (63,2%), internet (39,7%) e anúncios de TV (11,8%) para tomar suas decisões.
Dos formatos de varejo preferidos, a maioria opta pelos supermercados (31,4%), seguidos pelos atacarejos (22,5%), hipermercados (20,6%); e lojas de vizinhança de grandes marcas e mercadinhos de bairro, cada um com 12,7% das respostas.
Convidados a avaliar o que mais gostam nesses equipamentos de varejo, conveniência e preço receberam a maior quantidade de notas altas no grau de importância, ou seja, tempo e orçamento ainda são os fatores mais estimados pelos clientes. Todavia, atendimento, sortimento e qualidade dos produtos não são, de forma alguma, irrelevantes.
A sondagem do Sincovaga consultou os consumidores também em relação ao número de vezes em que realizam suas compras ao longo do mês. A maioria dos consumidores entrevistados (38,2%) afirmou ir uma vez por semana ao supermercado, seguidos por duas vezes por semana e uma vez por mês, ambas as opções com 24,5% das respostas, sendo que 12,7% vão mais de duas vezes por semana ao supermercado.
Este aumento de frequência denota por um lado a diminuição por parte do público do hábito das compras de mês, assim como abre aos varejistas oportunidades de desenvolver estratégias de promoção. Nesse sentido, adquirir apenas o que necessita para a semana foi a opção de 35,3% dos respondentes, seguida pelo hábito de aproveitar promoções e planejar as compras para o mês, ambas as respostas com 26,5%, enquanto 11,8% adquirem apenas o que precisa para um ou dois dias.
Finalmente, perguntados sobre a expectativa em relação à economia, 29,4% dos respondentes acham que vai melhorar; 35,3% que vai piorar e 35,3% que vai ficar como está. O consumidor está ainda muito cauteloso, e não é para menos em um ano tão cheio de incertezas como 2018 tem sido. Após as eleições, a tendência é que esse quadro se torne mais claro e, quem sabe, as respostas fiquem mais otimistas.
Fonte: Portal Newtrade - 22/10/2018
Defendidos ou condenados, os escritórios abertos representam uma tendência crescente em empresas de diversos setores. A ideia de construir um espaço de maior colaboração entre os funcionários e que possa estimular a criatividade está cada vez mais difundida – mas alguns problemas podem aparecer com esse novo modelo.
Uma das principais causas de desentendimentos nesses espaços é o barulho excessivo, que pode prejudicar funcionários que precisam se concentrar em tarefas que exigem foco. Especialistas ouvidos pela Harvard Business Review (HBR) indicam que, para evitar que as interações sejam muito perturbadoras e atrapalhem a realização do trabalho, é preciso desenvolver algumas “estratégias de sobrevivência”, além de regras básicas de convivência que devem ser estabelecidas entre a equipe.
Abraçar os aspectos positivos
A autora do HBR Guide to Office Politics (“Guia HBR para a Política de Escritórios”, em tradução livre), Karen Dillon, afirma que existe um certo nível de segurança psicológica relacionada aos escritórios com portas. Afinal, eles garantem um mínimo de privacidade para falar ao telefone sem que outras pessoas escutem ou acessar sites sem que a tela do computador esteja exposta o tempo todo. No entanto, Karen avalia que é importante “tentar abraçar o conceito de escritório aberto, concentrando-se nos aspectos positivos, como o vínculo, e minimizando os negativos”. Tente resistir ao seu impulso de ser o primeiro a reclamar do barulho.
Alinhar expectativas
A sugestão do professor da Universidade Oral Roberts, David Burkus, é simples: em vez de reclamar, converse com a equipe. Dessa forma, é possível ter um conhecimento mais claro sobre a maneira ideal que todos devem trabalhar em um escritório aberto. A recomendação é conversar primeiro com o seu gerente, já que é melhor que a discussão seja “instigada pela liderança”. Essa iniciativa ajuda a estabelecer objetivos e normas coletivas que viabilizem uma convivência saudável.
Investir em fones de ouvido
Por mais que as normas de convivência estejam estabelecidas e claras para todos, é possível que, justo naquele dia que você precisa de um silêncio absoluto para conseguir se concentrar em uma tarefa, o escritório esteja especialmente tumultuado. Nesse caso, fones de ouvido com cancelamento de ruído serão os seus melhores amigos. Além de ajudar na concentração intensa, os fones também servem como um sinal visual para os colegas, que entenderão que você não deve ser incomodado a menos que seja absolutamente necessário.
Mudar de lugar
Segundo Dillon, todo mundo precisa de um lugar no trabalho onde seja possível “pensar, escrever e debater sem distrações”. Por isso, é importante que mesmo o mais aberto dos escritórios tenha alguns espaços mais discretos e privativos. Aproveite as salas de conferência vazias, os cubículos semi-privativos e qualquer outro ambiente mais isolado. Em empresas grandes, Burkus acredita que é “sempre útil mudar para um andar diferente do seu prédio” – uma vez que se as pessoas não te conhecem bem, é menos provável que você se distraia.
Deixar o escritório temporariamente
Se nenhuma das dicas anteriores for suficiente, Burkus recomenda pedir permissão para trabalhar em outro lugar. Pode ser um café nas proximidades ou uma biblioteca. É importante prestar atenção no tipo de trabalho que você deve fazer e analisar qual local será adequado para você se sentir confortável e ser mais produtivo. Isso pode, inclusive, ajudar na hora de pedir a permissão para a chefia. Um exemplo: “Quando escrevo esses relatórios, preciso estar focado. Posso atravessar a rua para trabalhar no café para fazer esse trabalho?”. Como é um pedido “menor” do que trabalhar em casa um dia por semana, é mais difícil que seja recusado.
Fonte: Época Negócios - 20/10/2018
Para muitos, o futuro do trabalho pode ser assustador. Considerar que as máquinas podem tomar muitos dos postos que conhecemos hoje não é mesmo pouca coisa. O tema, porém, vai muito mais a fundo do que isso – e conhecer algumas de suas tendências pode ser fundamental para estar melhor preparado para ele.
O estudo Future of Jobs Report, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, traçou algumas das principais tendências para essa área entre 2018 e 2022. A pesquisa analisou 20 diferentes economias e 12 setores da indústria e mapeou onde e como devem surgir (ou começar a desaparecer) postos de trabalho, habilidades e ferramentas.
- Automação, robotização e digitalização serão diferentes em diferentes indústrias
A adoção de novas tecnologias pelas empresas deve ser liderada pela internet mobile de alta velocidade, inteligência artificial, análise de big data e computação em nuvem. Tecnologias relacionadas à robótica, por outro lado, devem ganhar espaço de forma mais setorizada. Os robôs estacionários – como os “braços” mecânicos que hoje vemos em indústrias como a automobilística – devem ser os mais adotados até 2022, com 37% de presença. Os robôs terrestres não humanoides, também usados nesse tipo de indústria, aparecem em segundo lugar, com 33%.
Os robôs humanoides devem atingir 23% de adoção pelas empresas, com destaque para as áreas de serviços financeiros e investimentos. Os robôs aéreos e submarinos devem chegar a 19% das empresas, em especial na indústria de petróleo.
- Existe uma perspectiva positiva para empregos – em meio a disrupções significativas
Nos próximos quatro anos, segundo o estudo, as profissões que têm emergido atualmente devem crescer de 16% para 27% da base de funcionários de grandes empresas globais. Entre as profissões de crescente tendência estão as relacionadas à análise de dados e desenvolvimento de software e aplicações. Também deve haver um crescimento entre as que lidam diretamente com “traços” humanos, como profissionais de marketing e vendas e especialistas em desenvolvimento organizacional.
Enquanto isso, os empregos já afetados pela obsolescência tecnológica devem diminuir de 31% para 21%. Entre as profissões que mais devem decair estão, por exemplo, as de inserção de dados e de secretariado executivo e administrativo. Em termos quantitativos, 75 milhões de ocupações atuais serão deslocadas e 133 milhões de novos empregos surgirão.
- A divisão de trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos está mudando rapidamente
Hoje, cerca de 71% do total de horas de trabalho são cumpridas por humanos, enquanto máquinas e algoritmos se ocupam dos demais 29%. Até 2022, a divisão deve mudar para 58% por humanos e 42% pelos sistemas. Enquanto hoje nenhuma tarefa é predominantemente realizada por máquinas e algoritmos, até 2022, 62% do processamento de dados e pesquisa e transmissão de informação das empresas será realizado por máquinas. Elas também devem ganhar espaço, embora em menor nível, entre funções nas quais humanos são extremamente dominantes hoje em dia, como as comunicações e gerenciamentos.
- Novas tarefas estão impulsionando a demanda por novas habilidades
A média global de “estabilidade de habilidades” – considerada pelo estudo como a proporção de habilidades essenciais para realizar um trabalho que continuará o mesmo – deve ser de 58% até 2022. Os trabalhadores devem ver, portanto, uma mudança média de 42% nas habilidades exigidas para os trabalhos no período até esse ano. Entre as habilidades com crescente demanda estão competências relacionadas à tecnologia, como pensamento analítico, aprendizado ativo e design tecnológico. O estudo destaca, porém, que habilidades “humanas”, como criatividade e originalidade, também devem permanecer em alta ou ter sua demanda aumentada, enquanto a valorização de inteligência emocional e liderança devem efetivamente crescer. Na outra ponta, a exigência por habilidades como destreza manual, resistência e precisão deve cair.
- Todos precisarão se tornar “eternos aprendizes”
Em 2022, todos os empregados precisarão de uma média de 101 dias de aprendizado e aperfeiçoamento pessoal por ano. As lacunas de habilidades entre os trabalhadores e entre as próprias lideranças poderão obstruir significantemente os gerenciamentos de transformação, o que deve fazer com que muitas delas – entre metade e dois terços, dependendo da indústria e localização – recorram à contratação de terceiros, como freelancers, para resolvê-las. Segundo o estudo, “uma abordagem abrangente ao planejamento da força de trabalho, requalificação e melhoria de qualificações” devem ser a chave para o gerenciamento de tais tendências.
Fonte: Época Negócios - 19/10/2018
Há várias dicas para um líder alcançar o sucesso. Entre elas um boa formação, traçar um bom plano de carreira, ser comunicativo, produtivo, se adaptar a mudanças, admitir seus erros, etc. No entanto, há uma característica essencial e que poucas pessoas desenvolvem: o autoconhecimento. Rebeca Toyama, especialista em desenvolvimento humano e liderança, explicou como um profissional pode ser bem-sucedido se tiver esse autoconhecimento sobre si.
Especialmente quando se trata de líderes, se conhecer ajuda a gerenciar melhor sua equipe e a criar um ambiente mais favorável. “O profissional que tem o autoconhecimento desenvolvido cai em menos em armadilhas. Como não saber priorizar suas tarefas e sempre busca culpa em outras pessoas. Não tem uma postura de protagonista”, explica Toyama.
Para entender do autoconhecimento, é preciso definir os tipos de dimensões. A partir delas definimos os perfis de pessoas. Segundo Toyama, são quatro: razão, emoção, sensação e intuição. “A pessoa que se encaixa no quadrante razão tem boa relação com o conhecimento, boa clareza de gestão de conhecimento”, diz. Ou seja, é uma pessoa racional que se baseia no aprendizado e no planejamento.
Uma pessoa mais integrada a emoção é naturalmente mais relacional. “É importante agir com emoção em determinados momentos, quando essa dimensão está equilibrada é bom porque me transformo em um líder que motiva. Mas ter essa dimensão desajustada pode me colocar numa posição de ‘alergia às pessoas’, de não querer companhia ou na posição de dependência delas. Fico buscando tomar decisões tentando agradar todo mundo”, explica. Essa pessoa age de forma oposta ao perfil racional, pensando com o coração.
A terceira dimensão se trata da sensação. “Aqui falamos da relação com o mundo do concreto, da busca por resoluções. São líderes pragmáticos, que querem resultados”, diz. Quando essa dimensão é mal aplicada resulta em decisões que podem colocar em risco relacionamentos e aprendizados.
Por outro lado, a intuição lida com o lado subjetivo, aquilo que é intangível. “Aqui se encaixam pessoas que buscam propósito de vida, se relacionam com o mundo de forma abstrata”, diz Toyama. Nesse caso, se mal aplicada pode gerar indivíduos sonhadores com dificuldade de realizar tarefas.
Com esse conhecimento em mãos, o líder maduro tem essas dimensões de forma integrada (25% de cada uma) e é capaz de transpor isso para sua equipe. “Na cozinha você mistura doce, salgado, azedo e amargo. Um líder também deveria ser um alquimista. É preciso ter pessoas que garantem resultados, mas também é preciso pessoas mais afetivas”, explica a especialista.
O mais comum, segundo Toyama, é trabalhar com um gestor imaturo. “Ele quer formar sua equipe com pessoas muito parecidas. Então, se o mundo para é racional para ele, fica confortável perto de pessoas racionais e assim com todas as dimensões. Isso gera uma equipe que caminha para o precipício feliz, mas não tem contraposição e não cresce”, diz.
A mensagem é para que o profissional cada vez mais busque ser um líder e não apenas um chefe. “Cada um desses perfis é motivado de forma diferente. Então quando o líder não entende dentro dele essas dimensões, tem dificuldade de entender isso na equipe dele. Ao passar uma orientação, ele acha que uma única mensagem é suficiente, mas geralmente não é. Porque cada pessoa absorve isso de um jeito diferente”, afirma Toyama.
Para manter o equilíbrio na equipe, o líder deve direcionar e tratar seus funcionários sempre pensando nisso.
Fonte: Info Money - 16/10/2018
A maior rotatividade entre as empresas mostra hoje a preferência dos profissionais em colecionar experiências e desenvolver suas habilidades sem necessariamente seguir um plano de carreira linear e imutável.
Embora a necessidade de um mentor ou veterano sábio que dê conselhos sobre carreira tenha deixado de ser algo indispensável para quem busca desenvolvimento profissional, progredir na carreira exige muito mais do que uma mera rede de contatos. É necessário ter seu próprio “conselho administrativo”.
Como fazer isso? Você pode começar entrando em contato com quatro a seis pessoas com quem você acha que pode aprender.
Ao olhar além do relacionamento tradicional com mentores e construir um grupo consultivo mais diversificado dentro e fora da sua área, você terá diferentes visões e perspectivas que devem desafiar suas suposições.
Ficou interessado em ter a sua própria rede de apoio? A Fast Company listou 5 perfis indispensáveis para o seu networking durante toda sua carreira.
O inovador criativo
O inovador criativo está sempre de olho nas principais tendências da tecnologia e design. Eles são sonhadores e irão abrir sua mente para novas formas de pensar. Talvez a faísca que você precisa para assumir riscos na carreira possa vir da energia e do entusiasmo do inovador criativo.
Como encontrá-los? Em departamentos como design, produto e marketing.
O pragmático
Ele é o Yin para o Yang do inovador criativo. Com um grau saudável de ceticismo, o pragmático desempenha um papel essencial na equipe, encontrando pontos fracos que talvez você não veja. Uma pessoa pragmática te dará uma avaliação realista de suas ideias e garantirá que seu entusiasmo não atrapalhe sua carreira
O jovem criativo
Pessoas com este perfil geralmente têm de três a oito anos de experiência em seus setores e costumam ser os membros mais jovens das equipes, com reputação de terem novas ideias e de pensamento ágil. Com um verdadeiro dom para olhar as coisas sob perspectivas diferentes e articular ideias além do esperado, eles quebram o mito de que os insights profissionais mais significativos só podem ser dados por aqueles que estão acima de nós na hierarquia profissional.
O popular
A necessidade do networking já não é novidade no mundo profissional, mas criar uma boa rede de contatos e expandi-la continuamente pode ser uma tarefa difícil. Os “nós de rede” são superconectores que se destacam na construção e manutenção de relacionamentos dentro e fora da sua área. Eles podem ajudar você em suas apresentações e a desenvolver suas habilidades de networking.
Seu futuro eu
“Onde você se vê daqui a cinco anos?”. Embora esta seja uma pergunta clichê das entrevistas de emprego, esse exercício de pensamento pode ajudá-lo a descobrir muito sobre suas ambições e aspirações.
Este é o membro do conselho que mais se parece com a figura do mentor tradicional. Se está pensando em mudar de área, começar sua própria empresa ou até mesmo tirar um ano sabático, os seus “eus” do futuro podem proporcionar a você uma visão em primeira mão sobre o lugar que pode ser o seu futuro.
Fonte: Época Negócios - 18/10/2018