Gestão e Negócios
Empreendedores em busca de aprendizado e inspiração normalmente procuram cursos, eventos e informação na internet. No entanto, também podem se tornar gestores melhores assistindo a filmes.
A opinião é de Mark Lund, professor da Babson College, fundador da Academic Tours Brazil, músico e apaixonado pela sétima arte. Lund foi um dos palestrantes do Festival de Inovação e Cultura Empreendedora (FICE), cujo primeiro dia foi realizado nesta terça-feira (4/12), em São Paulo.
Em sua apresentação, Lund relembrou a “jornada do herói”, um conceito usado em inúmeras obras escritas e audiovisuais. Ele se baseia na seguinte premissa: o protagonista da história busca uma mudança no começo de sua trajetória; depois, passa por uma série de desafios, supera-os e, por fim, retorna bem-sucedido ao lugar (ou às pessoas) que deixou no início.
De acordo com Lund, a “jornada do herói” tem semelhanças com os caminhos tomados por empreendedores de sucesso. “Eles buscam criar algo novo ou solucionar algum problema. Precisam se esforçar e superar obstáculos e se tornar bem-sucedidos em seu desafio”, diz.
Lund também mostrou trechos de filmes com lições de empreendedorismo. Em alguns, o aprendizado é mais direto – principalmente aqueles que contam histórias de sucesso no mundo do negócios. Já outros são obras ficcionais, mas contêm lições valiosas para quem tem um negócio ou deseja empreender.
Confira:
Fome de Poder
No filme, Michael Keaton interpreta Ray Kroc, o homem responsável por transformar o McDonald’s em um negócio global. Há uma polêmica, no entanto, porque Kroc comprou a rede dos irmãos Ricky e Maurice McDonald a um preço baixo.
Na palestra, Lund mostrou uma parte do filme em que Kroc percebe que poderia ter muito sucesso com o McDonald’s – quando ele visita um restaurante-conceito no Arizona, a milhares de quilômetros de casa. “Ray Kroc foi curioso ao atravessar os Estados Unidos e descobrir um negócio inovador. E colheu os frutos de sua inspiração”, afirma Lund.
Joy
Nesta cinebiografia, Jennifer Lawrence interpreta Joy Mangano, que se tornou uma empreendedora de sucesso ao criar o mop, um tipo de esfregão. O filme usa o conceito da “jornada do herói” para mostrar a trajetória de Joy. “Ela tem a ideia do esfregão, sofre para começar a faturar e fica milionária após trabalhar muito”, diz Lund.
Rain Man
Um clássico, sem dúvidas. Dustin Hoffman e Tom Cruise apresentaram em Rain Man muito mais do que um filme sobre a relação entre dois irmãos. Cada detalhe conta. Em sua apresentação, Lund mostra como a cor das roupas pode fazer toda a diferença em uma história. Por exemplo, os ternos variam entre preto, branco e cinza, e as cores mudam conforme a conexão entre os personagens aumenta. “Cada cor representa uma fase.”
Detalhes como esse mudam a forma como o espectador recebe a mensagem. “São mensagens que vão para o nosso subconsciente.” Pode parecer distante do mundo do empreendedorismo, mas o especialista defende que os empresários brasileiros busquem mais referências como essa. “Isso pode mudar toda a sua perspectiva do negócio.”
O Show de Truman
Em um dos filmes mais impactantes da carreira de Jim Carrey, o público conhece a história de Truman, um homem que vive toda a sua vida em um reality show – sem ter ideia de que está sendo filmado. Aclamado por público e crítica, o longa tem ensinamentos que vão além do que o público imagina. Na palestra, Lund mostra como certos simbolismos são deixados de lado pelas pessoas. Seguindo a já citada “jornada do herói”, Truman carrega simbolismos religiosos. “É um personagem em busca da sua própria verdade. Ele ressuscita depois de passar por um período de muitas dificuldades. As pessoas podem se reconhecer com essa história.”
A Corrente do Bem
Para Mark Lund, o filme A Corrente do Bem tem muito a ensinar para os empreendedores. No longa, que conta a história de um menino que decide mudar o mundo a partir de uma ideia em sala de aula, há uma série de ensinamentos aos empresários. Na visão do fundador da Academic Tours Brazil, tirar uma ideia do papel é a questão mais valiosa do longa. Outro aprendizado é em relação ao tema central do filme, que mostra o poder de repassar o bem para outras pessoas. “Crie um negócio que possa devolver algo para o mundo.”
Fonte: Época Negócios - 05/12/2018
Melhorar o humor, rejuvenescer a pele e reduzir o estresse. Esses são alguns dos benefícios já conhecidos que uma boa noite de sono nos proporciona. Mas uma recompensa que quase ninguém têm ao dormir é dinheiro. Uma exceção são os funcionários de uma empresa no Japão, que passou a oferecer um pagamento extra aos funcionários bem regrados quando o assunto é descanso.
Parece loucura, mas é verdade: a Crazy, empresa de casamentos de luxo em Tóquio, está remunerando seus funcionários que dormem pelo menos seis horas por dia. Eles recebem pontos no valor de até US$ 570 por ano, que podem ser trocados por refeições na empresa, conforme divulgou o site do Fórum Econômico Mundial.
Muitos efeitos negativos estão relacionados à privação de sono, como dificuldade de aprender, dores de cabeça e enxaqueca, alterações de humor e até problemas de visão. No Japão, o assunto tem recebido bastante atenção, uma vez que o país é conhecido por sua cultura de longas horas de trabalho árduo. O problema é tão grave que a morte provocada pelo trabalho extremo recebeu até um nome: karoshi.
O CEO da Crazy, Kazuhiko Moriyama, acredita que a sociedade japonesa precisa de um “novo relacionamento com o sono”. A iniciativa da empresa representa uma tendência crescente no país de dar prioridade à saúde e ao bem-estar – principalmente no ambiente de trabalho.
De acordo com a Bloomberg, o acompanhamento do sono dos funcionários da Crazy é feito através de um aplicativo feito pela Airweave Inc., uma fabricante de colchões. Além dos incentivos para dormir, a empresa também tem iniciativas com o objetivo de promover uma melhor nutrição, exercícios e um ambiente de trabalho mais positivo. “Você tem que proteger os direitos dos trabalhadores, caso contrário, o próprio país vai enfraquecer”, afirmou Moriyama à publicação.
Fonte: Época Negócios - 04/12/2018
Por Sofia Esteves, presidente do conselho do grupo Cia. de Talentos
Quantas reuniões eu tenho hoje? Você acha que esta frase parte da sua rotina? Pois bem, não adianta menosprezá-las. As reuniões fazem parte do nosso dia a dia e são essenciais para estabelecermos uma comunicação com a equipe e clientes. Quando são bem executadas por todos participantes, elas se tornam uma ferramenta importante para o bom andamento dos projetos e na resolução de problemas de forma coletiva, além de trazerem vantagens valiosas aos profissionais, por meio de um ambiente ideal para a troca de ideias e sugestões sobre um determinado assunto, abrindo espaço para que todos os participantes possam contribuir com opiniões e sugestões.
No final das contas, todos ganham com boas reuniões corporativas. Mas, a grande questão está na organização, na forma e na duração em que elas são feitas. Com a vida no ambiente de trabalho é atribulada é preciso otimizar os encontros na resolução de questões de forma planejada, estruturada e efetiva. As reuniões não precisam ser longas e cansativas, basta manter o foco e a produtividade e elas também contribuem na diminuição do stress, ansiedade e traz mais segurança e calma para a rotina profissional.
Vamos a algumas dicas que podem servir como guia:
– Desligue o celular
Sim, desligue. Um dos grandes motivos de reuniões sem resultados efetivos, são as distrações durante esse período e um dos principais motivos é o celular. Ele é uma desatenção constante, tirando o foco do tema principal. Tenham em mente que não serão alguns minutos que prejudicarão alguma tomada de decisão, além de ser falta de educação para quem está liderando a discussão.
– O segredo está no planejamento
Tenha cuidado com a preparação e o planejamento. As vezes a pauta tem dois, três, quatro assuntos a serem discutidos. Foque no principal, conforme o motivo do encontro. Uma forma de facilitar essa escolha é compartilhar com a equipe o tema da reunião, deixando claro por que que ela foi marcada, apresentando um roteiro a ser discutido e o que cada um pode contribuir. Esses são aspectos que devem ser determinados antes mesmo de se marcar um encontro.
– Participantes
Selecione seu público. Os participantes devem ser apenas os envolvidos diretos. Cuidadosamente, certificar-se de que as pessoas que irão participar da reunião precisam estar presentes de forma efetiva. Normalmente, elas distribuem os resultados do encontro com os profissionais indiretamente ligados aos objetivos tratados. Resista à tentação de convidar mais pessoas do que o necessário.
– Horário
Uma reunião de trabalho deve ter hora para começar e para acabar. A primeira coisa que se deve fazer é comunicar a equipe a duração estimada. O responsável deve estar presente antes do tempo marcado, e, principalmente, iniciar a conversa no horário previsto. Uma recomendação positiva é iniciar as reuniões no início da manhã ou início da tarde, mas preste atenção para que elas não aconteçam muito mais no final do expediente, pois os funcionários tendem a ficar ansiosos para encerrar mais um dia de trabalho e muitas vezes
E não se esqueça: mais importante do que executar as pendências, é fazer o follow-up de tudo o que está pendente. É fundamental que se acompanhe tudo o que foi combinado na reunião, de modo que assegure a execução de todos os trabalhos e que acima de tudo, se apresente com qualidade. É legal agradecer a todos pelo tempo dedicado, pois de forma clara e transparente, o profissional deve executar suas tarefas com produtividade e empenho! Mãos à obra, pois as reuniões de trabalho acontecem a todo momento!
Fonte: Exame.com - 03/12/2018
O fundador da Amazon, Jeff Bezos, está no topo de uma das empresas mais bem-sucedidas do momento e tem uma fortuna pessoal estimada em US$ 150 bilhões, o que faz dele a pessoa mais rica do mundo atualmente. Impossível negar que o empresário é (muito) esperto. E que provavelmente está cercado por colegas bastante inteligentes.
Mas como Bezos encontra essas pessoas? Essa foi uma questão que o executivo abordou quando passou pelos escritórios da Basecamp há alguns anos, de acordo com relato de Jason Fried, fundador da empresa, publicado na Inc. E a resposta de Bezos foi o oposto do que a maioria das pessoas espera.
Pessoas inteligentes erram — e muito
A maioria de nós, quando quer descobrir se alguém é inteligente, pergunta se a pessoa está certa: ele tem conhecimento correto sobre o mundo e sua área de especialização? Ele enxerga as respostas certas quando se depara com problemas difíceis? Suas previsões acabam sendo certas?
Mas a estratégia contra-intuitiva de Bezos não é apenas observar com que frequência as pessoas estão certas — pelo contrário. Ele também busca profissionais que consigam admitir quando estão errados e mudem de opinião com frequência.
Bezos “observou que as pessoas mais inteligentes estão constantemente revisando sua compreensão e reconsiderando um problema que acreditavam já ter resolvido. Elas estão abertas a novos pontos de vista, novas informações, novas ideias, novas contradições e novos desafios”.
E mudam de ideia com frequência
Em outras palavras, o executivo afirma que quem é muito inteligente muda bastante de ideia. Bezos aparentemente acredita que a consistência é superestimada.
“Ele não acredita que consistência de pensamento seja uma característica particularmente positiva”, afirma Fried, em seu blog. “É perfeitamente saudável — encorajado por ele, até — ter uma ideia amanhã que contradiga a sua de hoje.”
Portanto, da próxima vez que você estiver tentando descobrir se alguém é realmente muito inteligente, não pergunte se a pessoa está sempre certa. Questione quando foi a última vez que ela mudou de opinião. Se a resposta não vier, provavelmente ela não é tão esperta quanto aparenta ser.
Fonte: Época Negócios - 03/12/2018
Muitas pessoas pensam nas redes sociais apenas como uma ferramenta para descontração, o que não está errado, desde que tomados os devidos cuidados, contudo, uma boa parcela mais antenada já percebeu que o uso adequado dessas ferramentas de comunicação pode potencializar as carreiras, promovendo o crescimento profissional e o network.
Mas, como saber esse limite? Simples, basta levar em conta que nesse novo mundo online que muitos estão descobrindo são necessários muitos cuidados similares aos que tomamos em nosso dia a dia, nos passeios, no trabalho ou em casa. O recomendável para se valorizar é dar foco adequado ao que é positivo e evitar exposições desnecessárias.
Para isso preparei algumas dicas para quem quer crescer profissionalmente utilizando as redes sociais, seja ela mais profissional, como o LinkedIn, ou mesmo o Facebook:
- Amplie seus contatos qualificadamente –é interessante ter um amplo grupo de amigos, assim busque amizade online com pessoas que tenha contato e ache interessante profissionalmente. Contudo, se preocupe mais com a qualidade do que com a quantidade, não precisa ir convidando todo mundo que conhece ou que é ‘amigo do amigo’ para ser seu amigo, isso pode não soar bem!
- Valorize suas conquistas profissionais –mostre ações que realizou que tiveram sucesso, resultados de projetos que foram interessantes ou titulações alcançadas, contudo, evite se autopromover demasiadamente, pois isso pode soar arrogante. E busque, com permissão prévia, marcar as pessoas que estavam envolvidas nos trabalhos, de forma elegante, pois isso aumenta sua visibilidade.
- Publique com inteligência –cada vez mais se multiplicam publicações vazias, assim busque se diferencias com publicações pertinentes. Evite postes irrelevantes que possam atrapalhar sua imagem. Busque levantar assuntos relacionados ao seu campo de atuação.
- Evite debates inúteis –nas redes sociais existem momentos tensos, de debates políticos, religiosos e outros similares, contudo, por mais que possa ‘coçar’, evite entrar nesse tipo de conversa. Repare que geralmente essas não levam a lugar nenhum e não terminam bem. Sem contar que você não sabe qual o posicionamento de seus parceiros de negócios.
- Cuidado com as características das redes –Não é por que o Linkedin tem um lado mais profissional e o Facebook é mais aberta que deverá tratar a segunda com maior desleixo, saiba que parceiros e recrutadores também entrarão nessa rede. Assim, é importante que a pessoa tome cuidado em não colocar coisas irrelevantes em cada um deles.
- Pense antes de curtir uma publicação ou página – Antes de curtir e compartilhar um texto, leia atentamente para ver se não nada nas entrelinhas. E se for curtir uma página ou participar de uma comunidade, pesquise antes, evite as que que incitem o ódio ou o preconceito.
- Antes de escrever algo pense –Analise os pontos positivos e negativos de uma postagem. Sei que parece chato, e tira um pouco a graça dessas redes, mas essa é a única forma de garantir que o postado nas redes sociais não interferirá no lado profissional. As pessoas hoje tem acesso ao que você faz 24 horas. Por isso, preserve sua imagem. Lembrando que ser feliz não o que se está na rede mundial.
- Evite situações não profissionais – multiplicam-se as fotos de baladas, roupas de banho e bebedeiras nas redes, será que é interessante. Não cabe a ninguém julgar o estilo de vida das pessoas, mas se expor de forma inadequada trará consequências negativas para imagem de um profissional. Todos estão expostos a avaliações, por isso pode ter certeza que isso contará na hora que olharem, e não adianta bloquear o acesso das pessoas as suas fotos nas redes sociais e achar com isso que está segura, ledo engano, pois outras pessoas poderão compartilhar a mesma foto, e assim de nada adiantou essa preocupação.
Fonte: Portal Newtrade - 30/11/2018
Por Betânia Tanure, especialista em comportamento organizacional e cultura corporativa do país e conselheira de administração de empresas como a varejista Magazine Luiza e a construtora MRV
Para responder à pergunta proposta no título deste artigo, vou apresentar aqui a “foto” do jeito tipicamente brasileiro de liderar. Essa “foto” foi fundamentada em pesquisas com mais de 40.000 executivos brasileiros ao longo dos últimos 20 anos. Você mesmo se verá espelhado nela – a não ser que seja uma espécie rara, o que é possível, ou que, como os peixes, não enxergue a água em que nada.
Pense nos líderes a sua volta, inclusive na política. Três traços culturais sustentam o jeito brasileiro de liderar: a flexibilidade, as relações e o poder, cada um com seu “lado sol” e seu “lado sombra”.
Vamos ao primeiro traço, a flexibilidade. Muito valorizado nos períodos de crise ou de necessária mudança, ele se desdobra, como sol, em adaptabilidade e criatividade. Mas fique atento, pois a sombra também pode estar presente: na indisciplina, no não cumprimento de regras simples, de normas, processos e mesmo nas reações contrárias à punição de quem transgride, de quem não cumpre a lei.
Como segundo traço, somos relacionais: afetivos, mobilizáveis, facilmente mergulhamos de corpo e alma nos projetos, nos chamamentos que a liderança faz. O lado sol é o engajamento, o comprometimento. E o lado sombra? Vida profissional e vida pessoal se misturam,) evitam-se críticas claras, não se quer magoar nem se indispor com o outro, especialmente com o chefe. O conflito, que poderia ser construtivo, gera o sentimento de “ou está comigo, ou está contra mim”.
Quando os lados sombra da flexibilidade e das relações se somam, a impunidade fala alto. Ecoa o ditado “aos amigos tudo, aos inimigos a lei”.
O terceiro traço é o poder. Em pesquisa que realizamos recentemente sobre o exercício do poder, em uma escala de zero a 100 – na qual quanto mais baixo o score mais fortes as características de liderança igualitária e quanto mais alto o score mais aumenta a tendência a traços autocráticos – o score brasileiro é de 75. Estamos, portanto, no mesmo cluster de 40 anos atrás, quando a pontuação era de 69.
Talvez você associe esses resultados ao período da ditadura militar. É certo que passado esse período o autoritarismo perdeu expressão, mas também é certo que, mesmo velado, ele persiste em nossa cultura. Torna o processo decisório mais rápido, dizem seus fãs. No entanto, os efeitos nocivos são grandes: inibe-se o crescimento das pessoas e a assunção das responsabilidades. Delega-se para cima, não se exerce o protagonismo e buscam-se lideranças carismáticas, fortes, populistas, com soluções “mágicas” para todos os problemas. Com isso, as pessoas são mantidas em posições imaturas, infantis; e uma das consequências é o vácuo de liderança presente em tantas esferas da vida brasileira. O sistema autocrático, evidente ou subliminar – este ainda mais perigoso –, deveria ser extirpado da sociedade.
Quem souber combinar flexibilidade, caráter relacional e poder em seu lado sol terá como base de sua liderança o correto manejo das relações e emoções do time, a capacidade de mobilizar as pessoas, a flexibilidade necessária para adaptar-se aos diferentes movimentos que o mundo atual requer, a agilidade nas decisões e, enfim, poderá mudar o fluxo natural do poder autocrático. Parece muito? Não será, se você tiver valores pessoais consistentes, vontade e coragem para nadar contra a correnteza e competência para fazer acontecer.
No polo oposto, quando as três sombras se conjugam, temos o líder autoritário benevolente – que atrás de suas características afetivas e carismáticas esconde a face autoritária, envolvendo as pessoas emocionalmente com seu discurso. Esse líder não cumpre o que promete. Para manter sua popularidade, não toma certas decisões duras mas necessárias e, como seu maior foco são os objetivos de poder, não tem o desprendimento de construir um projeto cujo propósito seja o bem comum.
Finalizo com um convite: que tal adotar esse crivo de liderança para avaliar o perfil dos líderes da sua empresa, o perfil dos nossos governantes e, por que não, especialmente o seu perfil?
Fonte: Exame.com - 29/11/2018
Menos de 4% das cidades brasileiras são consideradas “prontas” em termos de desenvolvimento de pagamentos eletrônicos, segundo estudo publicado pela Visa Consulting & Analytics. Dentro desse número, estão 18 das 27 capitais brasileiras.
A região menos preparada, de acordo com os dados, é a Norte, com quase todas as capitais consideradas “em transição”. Apenas Palmas (TO) entrou no seleto grupo das cidades brasileiras “prontas”.
Além disso, pelo menos 80% das cidades que compõem os Estados Amazonas, Alagoas e Acre, no Norte, e Maranhão, Paraíba e Bahia, no Nordeste, foram consideradas “iniciantes”, ou seja, não estão preparadas para adotar meios eletrônicos de pagamento.
Para chegar a essas conclusões, o estudo examinou uma série de condições socioeconômicas de cada cidade para gerar um índice único de Maturidade para Pagamentos Digitais. Foram consideradas informações como número de cartões por habitante e de agências bancárias, acessos em banda larga, dados de maquininhas de pagamento por habitante e por quilômetro, além de Produto Interno Bruto (PIB) e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Com base nos resultados, a Visa classificou os municípios em quatro níveis conforme o seu grau de maturidade: prontos (3,8% do total), em transição (20,8%), emergentes (37,6%) e iniciantes (37,8%).
“O Brasil é um País extremamente diverso e heterogêneo. Com o índice, entendemos que algumas cidades necessitam de mais investimentos em infraestrutura para alavancar seus sistemas de pagamento eletrônico”, afirmou o diretor da Visa Consulting & Analytics, Rodrigo Santoro. Segundo o estudo, as cidades que circundam outra que atingiu o grau máximo de maturidade para esses meios tendem a “desenvolver seus ecossistemas de pagamentos”. E é nas regiões Sul e Sudeste que estão concentradas a maior parte delas, com todas as capitais participando dessa lista.
Fonte: Estadão - 29/11/2018