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Executivo da CIEE aponta formação em escolas técnicas como saída para despreparo de mão de obra

A notícia na semana passada de que o país vive momento próximo do pleno emprego, com taxa de desocupação de 6% em julho – o menor resultado para o mês desde 2002, quando teve início a série da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deixou empresários preocupados com o futuro da mão de obra no Brasil.

O rendimento médio dos trabalhadores fechou julho com alta de 2,2% em relação a junho e atingiu R$ 1.612,90, o valor mais alto para o mês desde 2002. Junte-se a isso o fato de a mão de obra não estar plenamente qualificada, o que gera ainda mais ansiedade no mundo corporativo com o aumento de custos para contratar e manter trabalhadores preparados.

Segundo analistas, esse reflexo é resultado do despreparo brasileiro para o rápido crescimento econômico. Para driblar o problema, muitas empresas têm buscado mão de obra em escolas técnicas ou especializadas, como é o caso do CIEE (Centro de Integração Empresa Escola). Para o professor Paulo Pimenta, superintendente do CIEE-Rio, o jovem representa uma mão de obra muito melhor preparada para o mercado de trabalho. “Hoje, 74% dos nossos alunos são admitidos nas empresas”, disse o executivo, durante sua participação no Clube Alta Gestão, no Rio de Janeiro.

Segundo Pimenta, trabalhos como o do CIEE formam um bom contingente de profissionais para suportar o que o Brasil precisará ter em alguns anos para suportar tamanho crescimento econômico.

O evento também trouxe a posição dos concorrentes a uma vaga de emprego para o debate. Na visão de Renato Grinberg, que convive diariamente com esse público na diretoria-geral da Trabalhando.com, o problema da falta de mão de obra qualificada existe de fato, gerando uma reformulação na prática de contratação dos Recursos Humanos das empresas. “Costumo dizer que hoje não se faz mais recrutamento de seleção, mas busca e apreensão. Se a empresa demorar uma semana para dar resposta ao candidato, a concorrência leva”, sentenciou Grinberg.

O diretor regional adjunto dos Correios, Marcello Ganem, também participou do debate e lembrou que o país ocupa no momento uma posição de destaque mundial. De acordo com o executivo, “nos próximos 40 anos ainda haverá crescimento, a despeito de toda a crise que se ensaia no exterior, e precisamos de qualidade para preparação adequada a este momento”, disse Ganem, afirmando que um em cada 1.200 brasileiros faz parte do quadro de funcionários dos Correios. “Somos o maior empregador do país, com 108 mil empregados e a maior capilaridade dentro do setor no qual atuamos”, afirmou o executivo.

Fonte: Jornal Corporativo – 21/09/2011

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