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Eles costumam ter visão distorcida da sua imagem, acreditando ser melhor do que realmente são, impactando diretamente o trabalho

Os profissionais cujo o ego não cabe em si são facilmente identificados. Para reconhecer uma pessoa de ego inflado, basta permanecer alguns minutos no mesmo ambiente. E se for no ambiente de trabalho, a percepção acontece mais rápido ainda.

A psicóloga e psicoterapeuta, Clarice Barbosa, explica que estes profissionais têm a visão distorcida sobre a sua imagem, acreditando ser realmente melhores do que são. Segundo a especialista, durante a infância, estas pessoas são supervalorizadas pelos pais ou professores. “Existe um excesso de admiração e de mimos. Ele cresce acreditando nisso”.

Além disso, quem tem o ego inflado acha que sempre têm razão, por isso dificilmente aceita as idéias dos outros, incluindo os gestores e colegas. De acordo com a diretora-executiva da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Izabel de Almeida, este profissional é o típico narcisista.

“Ele não precisa da opinião de ninguém. Isso dificulta as relações tanto pessoais como as de trabalho. Este profissional tem a necessidade de dominar as pessoas. Para ele, os outros sempre são piores, isso os tornam insuportáveis”, diz.

O que o líder deve fazer

Geralmente, quando quem possui o ego inflado não é líder, ele certamente acha que deveria estar no lugar do chefe. Por isso, Clarice explica que o líder não deve ser inseguro, caso contrário, o profissional alcançará o que deseja.

Para evitar problemas, o líder também não deve estimular a competição em sua equipe, focando sempre as ações realizadas coletivamente. Quando necessário, o gestor deve apontar ao colaborador que a maneira como agiu não foi esperada e cobrar para que da próxima vez ele haja de maneira diferente.

“O líder deve mostrar que quem manda é ele. Se o profissional não mudar ele será prejudicado em sua carreira”, afirma Clarice. De acordo com a psicóloga, somente após grandes perdas, como ser desligado da empresa, não ser promovido e não participar de projetos importantes, esta pessoa muda o comportamento.

Indiferentemente de mudar esta característica do profissional, o líder deve procurar ajudá-lo, mesmo se o resultado final não for o esperado. Izabel aconselha ainda que o gestor encaminhe o funcionário ao trabalho de coaching.

Para a diretora-executiva, as empresas que se preocupam com o clima devem estar atentos a este tipo de funcionário, pois ele contamina o ambiente e o torna negativo, o que pode influenciar diretamente no desenvolvimento das atividades.

As duas especialistas apontaram ainda que a situação é pior quando quem tem o ego inflado ocupa o cargo de líder. Neste caso, o gestor não promove os funcionários porque segundo sua percepção eles não são bons o suficiente.

Fonte: Portal Administradores – 08/09/2011

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