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Gestão e Negócios

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Faço essa pergunta porque o que mais ouvimos nos últimos tempos é que o varejo precisa se reinventar pois o consumidor está cada vez mais empoderado e multicanal. E que esse consumidor está deixando de comprar em lojas físicas e abrindo espaço para os canais digitais.

Então a receita é abrir um e-commerce? Definitivamente a resposta é não. Pois de nada adianta um canal adicional se eles não estiverem integrados, oferecendo experiências únicas para o consumidor ao redor dos produtos e com rentabilidade para os acionistas.

São muitos os fatores críticos de sucesso para uma operação omnichannel, porém é preciso mais do que muitos canais e um sistema de gestão de clientes integrado para que uma estratégia omni seja bem-sucedida. A consistência no posicionamento da marca e proposta de valor são o ponto de partida. Existem também alavancas que precisam ser construídas para essa mudança. Podemos destacar algumas:

Entregar os diferenciais percebidos e valorizados pelos consumidores

Eles dizem ficar mais satisfeitos com as lojas digitais por conta da disponibilidade de produtos, pagamento rápido, ampla variedade de produtos, informações sobre estes e opinião de outros clientes. Já em lojas físicas os quesitos de maior satisfação são o pós venda eficiente e rápido (por exemplo devolução e trocas de produtos), além da experimentação do produto.

Dispor de atendimento e hospitalidade

O equilíbrio dessa equação continuará sendo o fiel da balança na hora de visitar e fidelizar o ponto de venda físico. Tudo acontecendo sem fricção na jornada de compra.

Transformar o velho POS (point os sales) tradicional em POX (point of experience)

E o mais importante: com baixíssimo atrito e muita experiência para o consumidor. Ou seja, simplicidade no processo de atendimento e vendas, mas robusto e sofisticado na retaguarda do negócio.

Alinhar a estratégia de canais com a cultura organizacional

Sendo que o ponto principal aqui é minimizar os potenciais conflitos entre os canais com políticas claras de precificação de produtos e descontos, além da compensação junto à equipe das lojas físicas para evitar boicotes. Por vezes o melhor modelo de remuneração não é baseado em faturamento ou resultados.

Identificar os trade-offs

Entre o aumento nos custos operacionais e investimentos com o aumento das vendas da marca, independente de qual canal o cliente entrou e converteu. Consistência na execução em todos os pontos de contatos com o cliente continuará sendo fundamental.

E para encerrar essa provocação… Esteja presente na vida do seu cliente, ajude-o no dia a dia e seja conveniente.

Fonte: Mercado & Consumo - 21/02/2018

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O que é preciso para se destacar no trabalho? Ser criativo, entender muito bem a sua área, ter claros quais são seus objetivos? Seja qual for sua resposta, Leila Hock, da consultoria Alignment Coaching, defende que você nunca deve dizer “trabalhar duro”. Em artigo à Fast Company, ela diz que está cansada de ouvir pessoas falando que para ter sucesso é preciso trabalhar duro ou estar sempre ocupado.

Para Leila, a sociedade nos pressiona a trabalhar duro, e isso está causando muitos danos às pessoas e à produtividade. Segundo o Departamento de Estatísticas do Trabalhos dos EUA, a produtividade está aumentando no menor ritmo em décadas – “e tenho certeza de que as pessoas estão trabalhando mais do que nunca”, escreve ela.

Mas quando as pessoas dizem que estão “trabalhando duro”, normalmente querem dizer que estão trabalhando por muitas horas, o que nem sempre quer dizer maior produtividade. “E normalmente elas não querem dizer que pensaram muito no trabalho, ou que sabem que o estão trabalhando para contribuir com algo importante”.

O problema, diz ela, é que toda a economia é baseada na forma como utilizamos o tempo. Por exemplo, quando você têm máquinas, ou um trabalho muito automático, a produtividade por hora é praticamente estável. Algumas inovações ajudam a aumentar o número de unidades produzidas por hora, mas, normalmente, mais tempo significa maior produção.

Mas a economia de hoje não funciona mais nas mesmas bases de décadas atrás. A transição para a economia do conhecimento, em que mais pessoas têm trabalhos intelectuais e não manuais ou automáticos, mudou esta lógica. Muitos, porém, ainda pensam que mais tempo é igual a maior produção. “Talvez seja porque leva tempo para mudar a mentalidade após centenas de anos, mas eu acredito que algo mais complexo esteja acontecendo”, diz.

O produto do trabalho mudou. A maioria das pessoas não pode contabilizar o quanto trabalhou em termos de quantos produtos foram feitos. Mas se não estamos mais construindo objetos, o que estamos fazendo? “A razão real pela qual as pessoas ainda conectam tempo ao valor do trabalho é que encontrar outra forma de medir produtividade ainda é um desafio”.

Medir tempo é fácil. Para um gestor, fica evidente quando um funcionário chega no escritório cedo, sai tarde e responde emails a qualquer hora do dia. Mas para medir o valor do trabalho, o chefe precisa realmente entender o que os funcionários fazem e analisar o quanto produziram. E para isso, é preciso pensar em qualidade também, não só na quantidade de trabalho.

Não foque em trabalhar mais, apenas foque

“O sucesso não tem a ver com trabalhar duro. É sobre foco e assegurar que você está usando seu tempo de forma produtiva”, diz Leila. “Mas se ficarmos constantemente falando sobre quão duro estamos trabalhando, perpetuamos a ideia de que você precisa trabalhar o tempo todo para ter sucesso”.

O que as pessoas deveriam fazer, defende ela, é decidir o que realmente vai colocá-las no caminho para alcançar seus objetivos todos, e focar nisso. E quando você concluir aquilo que se propôs a concluir, vá para casa. “E não vamos chamar esse trabalho de trabalho duro, vamos chamá-lo de produtivo, efetivo, com valor. Qualquer coisa que diga mais sobre a natureza do trabalho ao invés da quantidade de horas dispendidas nele”.

Fonte: Época Negócios - 20/02/2018

A advogada Rosine Kadamani começou a se envolver com o tema de bitcoin e blockchain em 2014. “Teve um pico de preço, não se compara ao valor de hoje, mas saiu de centavos para US$ 1,2 mil, e comecei a ler notícias sobre o tema e me interessei”, conta ela. No começo, o caminho foi um pouco solitário. Pouca gente falava sobre o assunto ou queria se aprofundar. Em 2015, ela organizou um evento no escritório onde trabalhava para falar sobre as criptomoedas.

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“Para mim fazia muito sentido chamar a atenção das pessoas para aquilo que eu estava vendo, que era um assunto que, quanto mais eu cavava, mais interessante ficava e mais eu percebia o potencial impacto. Em um momento, eu falei ‘gente, eu não quero ficar aqui dentro do escritório esperando as coisas acontecerem’, eu quis ser mais proativa. E eu saí do escritório para trabalhar só com isso”, diz Rosine. Em 2016, após 13 anos de experiência com direito bancário, ela fundou a Blockchain Academy, ao lado de Thiago Padovan. “O conhecimento sobre o assunto trouxe uma abertura de oportunidades, e uma grande percepção de que existe um valor muito além da especulação, existe de fato um potencial nessa tecnologia”, diz. Ela ainda falou sobre o desenvolvimento de soluções com a tecnologia blockchain, as regulações internacionais e no Brasil sobre as criptomoedas e quais as oportunidades que se abrem para as empresas.

Quando vocês criaram a Blockchain Academy e qual é o trabalho de vocês?

A Blockchain Academy é composta por pessoas que já vêm estudando esse assunto de criptomoedas e blockchain há algum tempo. Eu, por exemplo, comecei no início de 2014 a estudar isso. A gente se reuniu para começar a educar as pessoas sobre o assunto no final de 2016. É um projeto educativo multidisciplinar. Temos desde um curso introdutório para iniciantes até cursos mais profissionalizantes. E aí, a gente abre o leque dependendo do tema de interesse. Se você é uma pessoa que faz TI, a gente tem um curso que forma pessoas para desenvolver nas plataformas de blockchain. Você quer investir, a gente tem cursos para investimento, e se você quer saber mais da parte jurídica, tem curso para jurídico.

Que perfil vocês estão buscando para os alunos? São pessoas mais jovens, ou executivos?

É uma grandessíssima mistura, isso é uma das coisas mais lindas que a gente tem, e em toda aula isso fica estampado. Tem gente que trabalha com tecnologia, tem quem acabou de começar a trabalhar com tecnologia e pessoas que trabalham com tecnologia há muitos anos e tem uma carreira super consolidada. Diretores de banco estão vindo fazer aula com a gente. Advogados, alguns que estão na faculdade, outros que têm carreira estabelecida e querem aprender também. E tem os curiosos: chefe de cozinha e costureira já vieram nas aulas. Uma pessoa que trabalha com sex shop. A gente teve a oportunidade de dar aula para o Banco Central, foi um curso fechado para eles, e para pessoas da CVM e investigadores.

Você falou de CVM e Banco Central. Quais são as principais dúvidas deles normalmente?

O assunto é muito complexo. A melhor forma de entender é interagindo com pessoas que estão no mercado. Você acha muita informação na internet, mas muitas vezes não sabe por onde começar. A gente consegue fazer essa ponte, e eu acho que é gostoso ser reconhecido como uma ponte, as pessoas veem a gente com uma certa credibilidade para transmitir esses conhecimentos.

Você começou a se envolver com esse tema em 2014. O que mudou na discussão de lá até hoje?

Algumas coisas mudaram. Uma delas foi o nível de conhecimento sobre isso. As pessoas começaram a entender mais, e quando entenderam mais, criaram mais soluções em torno disso. Quando criaram mais soluções em torno disso, saiu do nicho e passou a ser mais mainstream, porque perceberam o potencial interesse do mundo corporativo. Antes, quem parecia se interessar mais eram os geeks. Além disso, a discussão tinha uma associação muito forte ao crime, e que manchou a reputação do bitcoin. O que mudou de lá para cá é que muita gente tem feito esforços para diferenciar e falar “tecnologia é ok, o problema é o que você faz com ela”. Ainda existe tabu em alguns lugares, mas eu acho que está ficando cada vez mais distante.

Hoje, as pessoas veem um valor no bitcoin, ou ainda tem muita relação com a especulação?

Sim e não. Eu acho que as pessoas já percebem mais o valor disso, mas ainda acho que o primeiro atrativo é a especulação. Isso não consigo ainda achar diferente.

Na sua visão de advogada, quais são os desafios para que o bitcoin se torne mais mainstream?
Antes de qualquer coisa, o que falta é informação. Muitas pessoas ainda não querem ouvir sobre isso, em particular pessoas do sistema financeiro. Mais que tudo, as pessoas têm que ser mais abertas. O bitcoin está virando mainstream mesmo que não queiram. Toda a questão é se você vai bater de frente com isso ou vai surfar a onda. Venho dizendo isso até para pessoas que trabalham com regulação: se você escolher bater de frente, tem grandes chances de perder. Porque você não tem como proibir milhões e milhões de pessoas de operarem com isso. Inclusive tem uma proposta de lei que propõe que as operações de troca de criptomoedas sejam proibidas. Isso só faz a gente perder tempo. Mas a gente sempre tem que ter em mente é que a regulação acompanha o business, ela nunca vai andar na frente.

E como é a regulação em outros países?

Tem uma certa variedade, mas todos os que estão conhecendo mais estão convergindo em certos pontos. O foco está na regulação das operações de criptomoedas. Estão nascendo mais normas específicas para as empresas que intermediam compra e venda de bitcoin, que são as exchanges ou corretoras. Na maior parte dos países, elas precisam de licença, precisam fazer a identificação de seus clientes, estão sendo chamadas a informar os consumidores, e a aumentar a segurança dos sites, porque essas empresas acabam sendo muito visadas por hackers. Em geral está vindo da autoridade financeira, mas sempre a conversa puxa também para o mercado de capitais, porque isso acaba sendo um investimento. E é o que eu defendo que aconteça aqui também. Uma conversa cada vez mais desenvolvida entre as duas autoridades: BC e CVM. Austrália e Canadá, por exemplo, estão deixando acontecer e focando só em lavagem de dinheiro e na parte tributária. Tem países que viram uma oportunidade e estão querendo se posicionar como um país inovador, por exemplo, Japão, Gibraltar, Estônia e Suíça.

Quais oportunidades para o futuro que você vê em ter um dinheiro global?

Empresas que existem como intermediárias para pagamentos, como Visa, Mastercard, Paypal, existem porque a gente não tinha bitcoin. Com o bitcoin, a pergunta é: qual será a função dessas empresas neste novo mundo? O bitcoin te provoca a não precisar muito de agente externo, você volta a ter uma relação pessoa a pessoa. Acho isso o mais interessante. Hoje, as maiores oportunidades estão em ser uma ponte entre um mundo de hoje e um mundo cripto. Aí tem bastante oportunidade, muito dinheiro girando, muita gente querendo entrar neste mundo.

E quais as oportunidades que a tecnologia do blockchain abre para as empresas? As empresas estão buscando entender essas possibilidades?

Estão sim. A gente está recebendo todo o tipo de empresa, mas em particular, empresas de tecnologia. Os bancos estão cada vez mais cientes que o blockchain pode impulsionar os negócios deles. E o blockchain não só como tecnologia, mas como novo modelo de negócios. Como é que eu penso meu produto, meu negócio, sendo distribuído, não centralizado? O blockchain começa a provocar um pouco a forma das organizações operarem. Hoje, as plataformas de blockchain têm uma lógica totalmente diferente dos negócios anteriores. Você tem soluções internas, mas elas costumam estar mais equiparadas a soluções que você já poderia ter hoje com outros sistemas. Quando você fala de blockchain, acaba fazendo mais sentido em uma nova lógica de negócios, em que os diferentes agentes operam de uma forma mais global, mais aberta. É uma oportunidade de se ver em um novo formato de relação.

Fonte: Época Negócios - 19/02/2018

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Apesar das incertezas vividas nos últimos três anos no Brasil, o anseio por uma atuação que traga realização profissional continua permeando as expectativas de trabalhadores que pensam em transição de carreira. Diferentemente de mudar de função, cargo ou assumir um novo desafio, a transição de carreira implica, invariavelmente, em se confrontar com uma nova identidade profissional.

Via de regra, assumir uma nova identidade tangencia o desconhecido e impõe uma reflexão sobre os (possíveis) riscos e benefícios de sua decisão. Envolve, ainda, a avaliação de valores e crenças e, sobretudo, de expectativas com relação ao futuro. “Ademais, as responsabilidades individuais e familiares, os compromissos financeiros e até mesmo uma reserva monetária devem pesar na decisão. É muito comum especialistas em transição de carreira alertarem sobre a importância do autoconhecimento e o mapeamento de oportunidades”, diz Marcelo Treff, professor da PUC.

Nesse sentido, o pesquisador Cesar Campos, da FIA, em sua pesquisa de mestrado Visão estratégica e a preparação para uma transição de carreira executiva de profissionais na meia-idade, elencou quatro etapas fundamentais para mitigar riscos nesse processo:

  1. Autoconhecimento e Reflexão

O profissional precisa refletir sobre o seu momento de carreira, avaliar sua trajetória, mapear competências e decidir qual direção tomar;

  1. Formulação da Estratégia

Articular sua missão e visão de futuro, com base em seus valores e princípios essenciais, avaliando o ambiente em que se encontra e elaborando a estratégia para os próximos ciclos;

  1. Plano de Ação

Com base na estratégia definida, traçar o plano de ação, definir prazos e indicadores de monitoramento, identificar obstáculos e estabelecer contingências;

  1. Ajuda Especializada

Segue em paralelo às outras três e pode ser realizada durante todo o processo de transição ou apenas em momentos pontuais, conforme a necessidade do indivíduo.

Para finalizar, destaque para a visão do pensador cultural, fundador da School of Life e autor do livro Como Encontrar o Trabalho da Sua Vida, Roman Krznaric: “Pouquíssimas pessoas hoje são capazes de mudar de carreira sem passar por um período turbulento de incertezas sobre a direção a seguir”. O autor lança a pergunta: “O que o seu trabalho atual está fazendo com você como pessoa, com sua mente, seu caráter e seus relacionamentos?”.

Fonte: Estadão - 19/02/2018

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O consumo das famílias será a grande alavanca da economia em 2018 e irá responder por quase a totalidade do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de cerca de 3%, esperado para o ano. Com base nesse cenário, crescem as apostas em ações ligadas ao setor, em especial varejistas, que ainda têm grande potencial de valorização.

Maior confiança dos consumidores, juros em patamares mais baixos, aumento da renda e melhora, mesmo que lenta, do mercado de trabalho contribuem para que os consumidores voltem a gastar. E, com a perspectiva de crescimento, os bancos também ficam mais confortáveis em conceder crédito, o que favorece a venda de produtos de maior valor. Sandra Peres, analista-chefe da corretora Coinvalores, lembra que, após dois anos de consumo fraco, a demanda reprimida fará com que mais empresas consigam aumentar as suas vendas, melhorando seus resultados, o que se reflete na perspectiva de valorização das ações.

“As pessoas estão mais propensas a consumir, e as empresas também estão melhores. As companhias fizeram ajustes nos dois últimos anos e estão com custos e dívidas menores. Com a casa arrumada e a economia em crescimento, devem apresentar números melhores”, explica Sandra, ressaltando que o fator de atenção para o setor, e para a economia de forma geral, será a corrida presidencial. A analista lembra que dois fatores determinam a demanda pelo consumo. O primeiro é o conjunto de renda e emprego, que vem melhorando de forma gradual. O segundo é o crédito, que tem poder de ação mais rápido e favorece a venda de produtos de maior valor, como eletrônicos e eletrodomésticos.

Por isso, as empresas que atuam nesse setor estão entre as favoritas — ainda no ano passado, as ações do Magazine Luiza lideraram os ganhos do Ibovespa, com alta superior a 300%. A empresa deve continuar a apresentar bons resultados, mas outras varejistas estão com potencial de valorização maior. Uma das indicações da Coinvalores são os papéis das Lojas Americanas. A expectativa é que o valor da ação chegue a R$ 21 em até 12 meses, um alta de 31,5%. Para as Lojas Renner, a projeção é que o papel atinja R$ 40 em fevereiro do ano que vem, o que representaria um ganho de 15,6%.

De alimentos a têxteis

O varejo de alimentos também deve ser beneficiado pelo cenário econômico. Carlos Soares, analista da corretora Magliano, lembra que, no ano passado, a margem dos supermercados ficou menor devido à supersafra de alimentos, o que não deve se repetir este ano. Ele estima que, em 12 meses, as ações do Carrefour estejam valendo R$ 19,50, e as do Pão de Açúcar, R$ 88,40, o que representa um potencial de ganho de 30,3% e 23,9%, respectivamente. “O Pão de Açúcar passou por uma transformação nos últimos anos, ao focar mais no varejo de alimentos e lançar mão de uma estratégia mais voltada para as lojas de atacarejo (Assaí). Esse mesmo tipo de estratégia foi adotado pelo Carrefour, na bandeira Atacadão, e tem dado bons resultados”, explica Soares.

Giovana Scottini, analista da Eleven Financial, também vê espaço para ganhos em ações do varejo, uma vez que o segmento será beneficiado pelo cenário econômico, bem como por melhorias operacionais:

— Algumas empresas começaram, com a queda dos juros, a reduzir a sua alavancagem financeira, gastando menos com a dívida. E, em um ambiente de consumo mais favorável, também vão ter ganhos operacionais.

Uma das apostas da Eleven é a Springs Global, dona da Santista e da Artex, do setor têxtil. A expectativa é de valorização de 66%, com a ação podendo chegar a R$ 18 em fevereiro do ano que vem. Outra recomendação de compra é a B2W — Submarino, Americanas.com e Shoptime —, cujos resultados devem começar a melhorar com um investimento maior em marketplace (venda de produtos de outras empesas) e menores custos operacionais. A analista espera que, em 12 meses, o papel chegue a R$ 26, o que representa um potencial de valorização de 16,9%.

Ainda no radar dos analistas estão os papéis de Via Varejo, Lojas Marisa e Hering. Nos últimos 12 meses, o Ibovespa, principal índice de ações da B3 (antiga Bovespa), acumula alta de 24,6%. Já o Índice de Consumo, que inclui uma série de varejistas e outras empresas sensíveis à demanda do consumidor, subiu 22,6%. No ano, a diferença é ainda maior. O Ibovespa acumula alta de 10%, enquanto o Índice de Consumo cai 2%.

Fonte: O Globo - 19/02/2018

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Desde que a internet se tornou uma peça importante na vida das pessoas, ter um site virou necessidade para as empresas. Se um negócio não está online, o sucesso fica mais distante, já que boa parte das pessoas busca e conhece produtos e serviços no ambiente digital.

Hoje, por sorte, é muito mais fácil estar na internet do que anos atrás. Criar fanpages nas redes sociais é relativamente fácil. A criação de sites, que já foi um processo bastante caro e trabalhoso, não é mais nenhum bicho de sete cabeças: há serviços de desenvolvimento que permitem a montagem de páginas de forma relativamente simples – e até grátis – e sem a necessidade de um técnico.

O mais famoso desses serviços é o Wix. Na plataforma israelense, criada em 2006, os usuários podem criar sites de forma simples, escolhendo dentre opções de layout pré-definidas e organizando as informações da maneira que desejarem. O serviço é freemium. Ou seja, é gratuito, mas tem opções pagas, que garantem funcionalidades como domínio próprio, armazenamento de dados, suporte personalizado e criação de lojas virtuais.

Atualmente, o Wix tem 121 milhões de usuários em todo o mundo. Desse total, cerca de 3 milhões pagam pelo serviço. Em 2016, a empresa faturou US$ 290 milhões (cerca de R$ 930 milhões). Nos três primeiros trimestres de 2017, o faturamento chegou a US$ 307 milhões (R$ 985,5 milhões).

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Nir Zohar, presidente do Wix

O Brasil, por sua vez, é o segundo mercado global do Wix. A empresa tem 13 milhões de clientes por aqui. Em visita ao país, o presidente e diretor global de operações do Wix, Nir Zohar, nos concedeu uma entrevista exclusiva. Durante a conversa, Zohar falou sobre a importância do mercado brasileiro para o Wix, do trabalho de fidelização de clientes e da busca por inovação na companhia. Ele também falou sobre o ecossistema de startups israelense e sobre como podemos aprender com a “nação das startups”. Confira:

Por que o Brasil é importante para o Wix?

Porque o nosso segundo maior mercado é o Brasil. Nós temos mais de 13 milhões de usuários do Wix por aqui. Os Estados Unidos lideram essa lista. O Brasil tem uma classe média muito grande e milhões de empreendedores querendo ter uma maior presença online. Ou seja, é essencial que a empresa esteja de olho nesse mercado.

Até por isso você está aqui, certo?

Sim. Estamos fazendo o possível para viajar para o Brasil com mais frequência. É importante entender as particularidades do mercado brasileiro – por mais que haja enormes similaridades entre as preferências dos brasileiros e de outros mercados importantes, como os EUA.

O Wix precisa saber exatamente o que os nossos usuários querem, porque na hora de criar um produto ou uma funcionalidade nova, uma empresa se baseia em uma série de hipóteses. O problema é que as nossas suposições podem ser muito diferentes do que acontece de verdade. Somos uma empresa global criando soluções para empreendedores. Pode acontecer de o nosso raciocínio não corresponder ao que o público realmente quer. E para entregar soluções que realmente façam sentido, precisamos conversar muito com nossa base.

Poderia falar um pouco mais, por favor, sobre essas similaridades entre Brasil e EUA?

Os países são diferentes em vários aspectos… O que eu quero dizer é que nós criamos produtos para fotógrafos, músicos, hotéis, restaurantes. No Brasil ou nos EUA, grosso modo, esse público deseja construir sua marca no ambiente digital. Para isso, cria um site no Wix para divulgar seu trabalho na internet. No entanto, cada mercado tem características únicas e devemos entendê-las se quisermos fazer sucesso em vários países.

Como quais, por exemplo?

Um exemplo interessante é que, no Brasil, é muito comum que as pessoas parcelem suas compras. Nos Estados Unidos, isso não existe e as pessoas nem imaginam que há países em que é possível pagar alguma coisa a prazo. Se você vem para o Brasil e não oferece essa facilidade, uma faixa importante do mercado dará as costas para a sua empresa.

Outra coisa importante é que pouca gente aqui tem cartão internacional, então tivemos que permitir pagamentos com cartões que só podem ser utilizados no Brasil. Esses são alguns exemplos de características que tivemos que prestar atenção para sermos grandes por aqui.

Quais são os maiores desafios para a empresa no Brasil?

Eu diria que os maiores desafios já foram superados. Até por isso, o Brasil se tornou um mercado tão relevante para o Wix. O principal deles diz respeito à infraestrutura. O país é enorme e há regiões em que a qualidade da internet é ruim. Nós trabalhamos, no último ano e meio, para otimizar as nossas plataformas, para que elas carreguem rapidamente em dispositivos conectados a uma internet mais lenta. Agora, estamos em um momento de consolidar a nossa presença no país.

Quais são as estratégias da empresa para atrair os empreendedores e mantê-los satisfeitos?

A estratégia é falar com eles o tempo todo. O raciocínio é simples: não dá para fazer alguém feliz sem saber o que faz essa pessoa sorrir. Nós encorajamos todos os nossos funcionários a conversar com os clientes sempre que possível.

Em um negócio digital, é muito fácil se apaixonar pelas métricas. Elas são importantes, mas não são tudo. Mas temos que buscar as pessoas atrás das métricas. Tem gente que se cadastra no Wix e não entende como o serviço funciona, assim como há pessoas que buscam alguma funcionalidade específica e não a encontram. Precisamos falar com essas pessoas, seja na internet, por telefone ou viajando até elas. Esse é um conselho que é valioso tanto para um negócio global quanto para um empreendedor.

Quais são as principais inovações que vocês oferecem?

Para nós, a inovação é uma parte essencial do negócio. Aproximadamente metade dos nossos dois mil funcionários trabalham com pesquisa e desenvolvimento. Para nós, inovar é entregar o que as pessoas querem, o que elas precisam, e o que nem imaginam que possa existir.

Henry Ford dizia que, se ele perguntasse às pessoas o que elas queriam, a resposta seria “cavalos mais rápidos”. Ou seja, há coisas que surgem além da imaginação do público. Ninguém falava de smartphones há 15 anos. Hoje, eles são indispensáveis.

Temos dois projetos que são muito interessantes. Um dele é o Wix Code, que permite que os usuários mexam no código dos sites e customizem seus sites absolutamente à sua maneira. Antes de lançarmos essa funcionalidade, entendíamos que estávamos oferecendo um bom produto, mas também entendíamos que uma parte dos nossos clientes precisava ir ainda mais fundo. O outro é o Wix ADI, que usa inteligência artificial para construir sites.

O primeiro já está disponível para clientes brasileiros, mas sem uma versão traduzida para o português. Já o segundo deve chegar ao Brasil nos próximos meses.

Levando em conta essas duas funcionalidades, você acredita que o Wix pode “matar” os webdesigners?

Não, pelo contrário. Acredito que estamos facilitando a vida deles. Por mais que seja possível que o usuário monte o site à sua maneira, nem sempre ele vai encarar o desafio de fazê-lo. Leva-se muito tempo para criar o projeto inteiro e provavelmente seja mais fácil somente repassar o trabalho para um webdesigner – que, por sua vez, poderá usar nossos serviços e ser mais produtivo.

Qual é a experiência dos usuários que acessam sites feitos no Wix pelo celular? Já é possível desenvolver um site pelo celular?

A experiência é muito boa. Os sites são responsivos – ou seja, adaptam-se às telas – e tem uma interface mais limpa. Não é possível desenvolver os sites no celular, mas estamos trabalhando para lançar essa funcionalidade em breve.

Você trabalha no Wix há bastante tempo, certo? Como foi ver uma startup se tornar um negócio global?

Eu entrei na empresa dois meses após o início das operações e ter essa experiência é algo simplesmente fantástico. Foi impressionante acompanhar o nosso crescimento. Mas o mais legal de tudo isso é que temos muito potencial de crescimento, seja no número de usuários ou no desenvolvimento do produto. A nossa jornada ainda está no começo.

Como é a relação do Wix com startups?

A relação é muito próxima. Muitas startups usam nossos serviços para criar suas páginas. Dá para dizer que somos o primeiro cliente de muitas delas. Nós fazemos vários testes com elas também: liberamos funcionalidades nossas para termos feedbacks e usamos novidades trazidas por essas empresas. Amamos as startups e fazemos o possível para ajudá-las. Também fizemos algumas aquisições nos últimos anos e essas empresas eram, sobretudo, startups.

O Wix é uma empresa de Israel, o “país das startups”. O que podemos aprender com vocês para termos um ecossistema mais forte?

É uma pergunta difícil. Todo mundo tem sua teoria para explicar o sucesso do ecossistema de Israel. Para mim é uma combinação de vários fatores: a cultura judaica, que tem um foco muito grande na educação; o país é pequeno, o que faz com que muita gente se conheça e apresente pessoas que possam ajudar um negócio a crescer; e um foco muito grande no improviso, já que o país é muito novo, tem só 70 anos, e nem sempre temos a infraestrutura que precisamos.

Eu diria que o foco no improviso é comum por aqui e facilita o surgimento de soluções disruptivas. Em países maiores, um bom lugar para empreender é nas universidades. É nesses lugares que pessoas que tem interesses parecido e vontade de criar algo novo encontram espaços físicos para trabalharem juntas, algo que continua sendo muito importante.

Fonte: Época Negócios - 16/02/2018

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Por Adriana Bruno

Pouco adianta investir em tecnologia, estratégias, marketing, comunicação se a empresa não tem uma gestão eficiente e planejada de seus recursos financeiros. Muito se fala sobre a importância da saúde financeira, mas o assunto ainda é negligenciado em diferentes segmentos empresariais, porém, com maior evidência no varejo. Para se ter uma ideia, a média do Índice MahaGestão no procedimento de planejamento dos gastos para o varejo é 35, já para o atacado distribuidor é 43, em uma escala de 0 a 100. “O índice Maha representa o nível de maturidade de gestão em que a empresa se encontra na escala Maha (variação de 0 a 100 pontos). “A apuração do Índice é feita com base nas melhores práticas dos processos chaves das empresas, utilizando os fundamentos da Administração”, explica Fábio Túlio, diretor-presidente da Jiva. Segundo Túlio, as empresas, especialmente as pequenas, ocupam grande parte do seu tempo em atividades de operação e controle, negligenciando as atividades de gerência e planejamento. Para ele, isso acontece por motivos variados como escassez de recursos e pessoas, falta de qualificação das pessoas, processos não definidos ou pouco otimizados e gestão centralizadora. “Diante desse cenário, os empresários acabam não separando o tempo necessário para melhoria do negócio”, diz.

Riscos

Dentre os principais riscos de uma baixa maturidade na gerência e planejamento estão: a lentidão e a imprecisão nas tomadas de decisões, além de uma grande dificuldade de antever as tendências de mercado e antecipar possíveis problemas. “Como estamos em um cenário de grandes e constantes mudanças, isso gera uma perda de competitividade no mercado e a baixa eficiência do negócio”, comenta Túlio. O especialista ainda ressalta que o caminho para que os empresários consigam chegar no nível de planejamento é gradativo, envolvendo primeiro a assimilação de conceitos básicos de gestão. “Em termos práticos, a empresa para ter uma gestão de fluxo de caixa, precisa primeiro provisionar as receitas e despesas. Os benchmarks do mercado são aqueles que conseguem desempenhar melhor nos quatro níveis de execução: Operação, Controle, Gerência e Planejamento, atingindo assim um maior nível de maturidade de gestão”, orienta.

Benefícios de uma gestão eficiente 

  • Na operação: maior velocidade nos processos internos, menor custo operacional;
  • No controle: maior qualidade das informações, menos desperdícios e falhas;
  • Na gerência: maior capacidade de tomada de decisões mais rápidas e assertivas frente às mudanças
  • No planejamento: maior capacidade de antever às tendências e se preparar.

Tudo isso resulta em maior lucratividade e competitividade para a empresa.

Gestão no atacado

De acordo com o Índice MahaGestão, empresas do setor atacadista estão com um nível de maturidade de gestão de 61 pontos. Elas ainda possuem menos de 40% dos seus procedimentos automatizados e não aplicam 30% das melhores práticas de gestão do segmento. “Os maiores desafios dos atacadistas estão no processo de distribuição com procedimentos de emissão de mapas de entrega, separação e montagem de carga. Também em processos financeiros, as informações do nosso banco de dados mostram um alto grau de deficiência em procedimentos como conciliação das movimentações bancárias, análise de fluxo de caixa, provisões dos pedidos de vendas e planejamento financeiro”, avalia Túlio. Ele ainda destaca o gap na análise da necessidade de compras. “A maioria dos atacadistas compra pelo feeling, sem olhar estoque mínimo e máximo, giro, encomendas e isso acaba impactando nos processos de estocagem e financeiro, com produtos parados e capital de giro imobilizado”, afirma.

Um bom começo para solucionar as falhas e colocar a empresa no caminho de uma gestão cada vez mais planejada e eficiente é investir em tecnologia. De acordo com Fábio Túlio, a tecnologia é uma forte aliada e uma mola propulsora para a eficiência da gestão. “Trabalhar com um excelente sistema (ERP) é fundamental, porém, não é suficiente. Recomendamos uma especial atenção aos componentes necessários para uma boa gestão, ou seja, processos, pessoas e sistemas. O mercado de hoje está cada vez mais rápido e competitivo. Trabalhar os três elementos com constância e eficiência é altamente recompensador. Certamente se traduzem em maior qualidade de vida e realização profissional”, finaliza.

Fonte: Portal Newtrade - 19/02/2018