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Gestão e Negócios

cervesia gestao negocios

Em seu ambiente de trabalho, você pode já ter visto e-mails de puro marketing pessoal ou mesmo conversado com colegas com egos inflados. Mas às vezes você pensa: ‘essa pessoa não faz nada de bom e sempre se dá bem na empresa’.

Pois é. Pesquisadores de uma escola de negócios britânica identificaram um perfil de funcionário que consegue demonstrar sempre estar ocupado e engajado no trabalho, mas que normalmente não faz nada de útil.

Um estudo de produtividade examinou 28 mil locais de trabalho no Reino Unido e encontrou muitos funcionários que pareciam estar “altamente comprometidos” em suas tarefas. Mas, em uma análise mais detalhada, esses mesmos trabalhadores foram caracterizados como “marqueteiros”, cuja falta esforço mínimo teve como consequência a redução da produção da empresa.

A pesquisa da Hult International Business School, em Londres, examinou o nível de engajamento em equipes de trabalhadores em sete diferentes setores da negócios, como saúde, transporte, governo e organizações sem fins-lucrativos.

O estudo encontrou funcionários altamente motivados e alguns que estavam claramente insatisfeitos e sem vontade de trabalhar.

Cultura corporativa

No entanto, o levantamento encontrou uma contradição em algumas empresas: alguns funcionários se diziam altamente comprometidos, mas o trabalho em equipe e a produtividade estavam em baixa.

Em resumo, a pesquisa constatou que esses “marqueteiros” sabem fazer o jogo corporativo, mas não têm nada de especial, ou são incompetentes mesmo. O problema é que ele acabam prejudicando outros funcionários.

Eles podem aparecer constantemente em reuniões, ou se envolver em conversas que servem apenas para mostrar vantagem própria. Mas, além de jogar bem a cultura corporativa, os pesquisadores tiveram dificuldade em identificar o que eles realmente faziam de bom.

Os pesquisadores os rotularam como “pseudo-engajados”, em oposição aos “engajados” e “desengajados”.

Amy Armstrong, responsável pela pesquisa, disse que essa equipe “egoísta” minou o trabalho em equipe e prejudicou a produtividade da equipe. E, no sentido comercial, criaram um impacto negativo.

Por outro lado, a especialista diz que os “pseudo-engajados” podem ser incentivados pelos gestores a ter um desempenho melhor. “O que ocorre é que eles normalmente eles são recompensados por esse comportamento”, diz.

Crescimento na carreira

Segundo Armstrong, os “marqueteiros” são mais propensos a receber promoções, melhores salários e bônus. Porém, usam esses benefícios para dedicar ainda mais seus esforços às suas próprias carreiras, em detrimento da produtividade coletiva.

De acordo com a pesquisa, esses funcionários se dão bem porque são focados em atingir os altos escalões da empresa, ou seja, apesar de ter produtividade ruim, eles conseguem se mostrar como competentes para seus superiores.

Os funcionários que passavam o tempo se promovendo em reuniões se beneficiaram mais do que os colegas que estavam apenas fazendo o trabalho sem “se vender” como especial, segundo a pesquisa.

Outro ponto do estudo diz que os “marqueteiros” também despertam sentimentos como “níveis baixos de confiança e coesão” na equipe, além de “desunião, pouco coleguismo e apoio mútuo”. Armstrong afirma que em algumas empresas “não há sentido para o trabalho em equipe” por causa dos funcionários que parecem se beneficiar de sua autopromoção.

Fonte: Época Negócios - 10/01/2019

Por Márcia Rodrigues, especial para o Newtrade

A crise mudou a forma de a população consumir. Segundo especialistas, depois de um longo período de recessão, as pessoas estão mais exigentes e passaram a buscar produtos com qualidade e que ofereçam o melhor custo-benefício.

“Durante a crise, as escolhas mudam conforme o tipo de categoria. Há consumidores que reduziram as compras, trocaram de marca, preferiram embalagens menores ou maiores. Quando a gente começa a ver alguns sinais de recuperação e otimismo da economia, a probabilidade de aumento de emprego e renda e, consequentemente, mais pessoas com mais dinheiro no bolso, a tendência é o consumo aumentar”, diz Antonio Sá, professor da pós-graduação da FAAP (Faculdade Armando Alvares Penteado) e especialista em varejo.

De acordo com Alan Kuhar, professor de marketing e varejo da ESPM, é comum depois de um período de recessão, o consumidor voltar a adquirir itens que deixou de comprar durante o período de recessão. Por isso os setores de beleza e de saúde deverão estar em alta.

Gustavo Gobbato, professor e coordenador da pós-graduação em gestão de marketing & inteligência de mercado da FAAP de São José dos Campos, a onda da saudabilidade vai afetar também o mix de produtos que serão comercializados no varejo.

Veja as tendências apontadas pelos especialistas:

Mix deve ser amplo e produtos devem detalhar informações

A onda da saudabilidade vai afetar também o mix de produtos que serão comercializados no varejo. É possível oferecer sempre opções de itens saudáveis e que valorizem o bem-estar. O consumidor está mais exigente, por isso, é preciso trazer informações sobre os produtos. “É possível checar tudo pelo celular, por isso, o consumidor está mais informado e mais exigente. A empresa deve cumprir a legislação e especificar qual é a composição do produto para auxiliar os alérgicos”, orienta Gobbato.

Cosméticos, beleza, eletrônicos e pets estarão em alta

O setor de cosméticos e beleza deverão continuar fortes, assim como os eletrônicos. “Tudo o que prover acesso digital estará em alta. Eletrônicos, celular, smartphone, smartwatch, enfim, produtos que sejam conectados também serão tendência.

Segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) existem mais cachorros do que crianças no Brasil. Enquanto a população de cachorros foi estimada em 52,2 milhões, em 2013, ano do levantamento, a de crianças entre O e 14 anos girava em torno de 44,9 milhões.

“O comércio que contemplar o pet e deixa-lo mais presente na vida do dono ganhará pontos com o consumidor”, estima Gobbato.

Custo-benefício será mais valorizado

Por causa do período de recessão, a previsão dos especialistas é que a população seja mais criteriosa em relação ao custo-benefício dos produtos.

“O premium precisa entregar o benefício no nível que o consumidor espera. Se ele não perceber nenhum valor agregado, vai comprar o produto apenas uma vez e multiplicar essa má experiência”, afirma Gobbato.

Modelos de recorrência ganharão cada vez mais espaço

As empresas de modelo de recorrência estão ganhando cada vez mais destaque nos últimos anos. A Smart Fit (rede de academias) eNetflix (provedora global de filmes e séries de televisão via streaming), por exemplo, oferecem custo baixo para quem quer fazer atividade física ou ter entretenimento, mas exigem m pagamento mensal. “De repente, o varejo precisa entregar formas de produzir essas recorrências para criar uma receita nova fixa todo mês e ficar menos dependente de uma data do varejo”, ressalta Gobbato.

Produtos esquecidos voltarão à tona

De acordo com Kuhar, é comum em todo o ciclo de crise, o consumidor voltar a adquirir itens que deixou de comprar durante o período de recessão.
“Em época de crise, a compra de roupas, xampu e condicionar ficam para segundo plano, assim como artigos de supermercado como iogurtes, por exemplo. Agora, com a estabilidade econômica, esses itens voltam para a cesta

Procura por serviços tende a crescer

O professor da ESPM também destaca que haverá um retorno de clientes nos salões de beleza, lavanderias e os varejistas precisam se preparar para ampliar seu portfólio de produtos. “Em tempos de recessão, o varejo diminui o mix de produtos, se ele trabalhava com 10 ou 12, passa a oferecer apenas 5 ou 6. Com o retorno do aquecimento, a margem deve voltar ao normal”, explica.

 

Fonte: Portal Newtrade - 10/01/2019

Em períodos de crise, os cortes de custos às vezes são inevitáveis. O que não dá para deixar de lado, porém, são aspectos essenciais para o bom funcionamento de um negócio. O treinamento dos funcionários é um deles.

“Apesar de ser importante para desenvolvimento de qualquer empresa, esse ponto nem sempre é tratado como prioridade”, afirma Cláudio Nasajon, fundador da Nasajon Sistemas e especialista em estratégia e inovação.

Uma pesquisa realizada pela publicação T&D Inteligência Corporativa revelou que os investimentos em treinamento no Brasil equivalem a 0,83% do faturamento das empresas ante 1,1% nos Estados Unidos.

Existem empresas especializadas em fazer a capacitação de equipes, mas Nasajon acredita que o ideal é que tudo seja feito internamente. E não é necessário gastar muito. Conheça seis maneiras de treinar funcionários de diversos níveis hierárquicos sem ter que colocar a mão no bolso ou com um orçamento apertado.

  1. Dividir conhecimento

Escolher um funcionário – que possui conhecimentos específicos sobre um tema importante para a empresa – para dar uma palestra para os demais pode ser uma forma eficiente de treinar uma equipe. Outra opção é criar grupos de estudos com funcionários de diversos setores para se aprofundar em determinados assuntos.

É o que faz a Nasajon Sistemas, que vende softwares para pequenas e médias empresas. A cada três meses, os gestores são incentivados a ler um livro sobre um tema pertinente para o negócio. Depois da leitura, eles fazem uma apresentação sobre a obra ressaltando os pontos que podem ser aplicados no cotidiano dos funcionários. Para incentivar, são distribuídos pequenos prêmios para as melhores apresentações.

“É uma forma eficaz de todos se manterem atualizados sem que tenham que ler dezenas de livros por mês”, afirma Cláudio Nasajon, presidente e fundador da empresa.

  1. Incentivar mentores

Outra forma de capacitar os funcionários é criar um programa de mentoria, em que os mais experientes ou capacitados da empresa ajudam os demais a se desenvolverem dentro das funções. Na DNA Natural, que comercializa lanches, sucos e outros alimentos saudáveis, essas pessoas são chamadas de multiplicadores. “São funcionários que se destacaram e, além de suas funções habituais, ajudam os demais a seguirem os procedimentos dentro das lojas franqueadas”, afirma Andréa Medina.

A DNA Natural tem franquias espalhadas por todas as regiões do Brasil, por isso é um grande desafio manter a mesmo padrão em todas os pontos. “Os multiplicadores ajudam a manter a equipe motivada, ao mesmo tempo promovem uma reciclagem constante dos funcionários”, diz Andréa. “Além disso, ter uma pessoa atenta aos processos ajuda a reduzir os custos durante a operação.”

  1. Mudar as funções

Organizar uma mudança de funções entre os funcionários é uma forma de capacitar sem gastar. Essa técnica, conhecida pelo termo em inglês job rotation, é bastante utilizada em programas de trainees. A ideia por trás desse rodízio é incentivar os funcionários a aprender tarefas diferentes e desenvolver novas habilidades.

Uma das empresas que realizam essa prática é a americana Dell, fabricante de computadores. Os funcionários se inscrevem no programa e ao serem selecionados são enviados para trabalhar num setor diferente durante sete meses. O salário e a carga horária são mantidos. Durante o período, eles conseguem ter uma visão mais ampla do negócio.

Outra empresa que emprega a rotação de funções é o McDonalds. Os funcionários das lanchonetes não ficam apenas numa tarefa, mas devem dominar diversas atividades: desde a limpeza dos banheiros até o atendimento dos clientes nos caixas.

  1. Visitar outras empresas

Compartilhar informações e organizar visitas as empresas que atuam num segmento similar pode ser uma boa forma de capacitar uma equipe. Foi o que percebeu Adriana Auriemo, diretora da Nutty Bavarian, rede de franquias que vende doces à base de amêndoas. Ela sempre conversava sobre negócios com colegas que também administravam franquias.

“Adquiria muito conhecimento durante essas conversas e tive a ideia de levar parte da minha equipe para conhecer os processos dessas outras empresas”.

As visitas mais recentes foram na Mr. Beer, rede que vende cervejas artesanais, e nas Óticas Carol. “Além de realizar networking, aprendemos muito sobre como cadastrar e renovar os contratos com os franqueados”, afirma Adriana.

  1. Criar cartilhas e cartazes

Uma das formas mais comuns de treinamento é por meio de cartilhas e cartazes. Apesar de ser uma medida simples, ela é bastante efetiva para treinamentos simples. Foi o que comprovou Rodrigo Cascelli, gerente de marketing da rede de lanchonete Big X- Picanha. Quando os problemas de falta de água começaram em São Paulo, Castelli sentiu a necessidade de treinar os funcionários das suas lojas a respeito das medidas que deveriam ser adotadas.

A empresa optou por criar uma campanha com cartazes e adesivos para alertar sobre novos processos, como remover o excesso de comida antes de lavar os pratos. Os cartazes foram colocados nas cozinhas e nas áreas dos funcionários. “Conseguimos economizar entre 8% e 12% por mês”, afirma Castelli.

  1. Procurar cursos online e palestras gratuitas

Muitas empresas investem em atividades educacionais para complementar a formação de seus funcionários, mas pequenos e médios negócios nem sempre tem orçamento para isso.

Uma solução pode estar nos cursos online. Existem opções gratuitas e que têm bastante qualidade, como os disponibilizados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Existem também algumas opções baratas: o site de educação à distância Veduca, por exemplo, tem cursos de MBA de grandes universidades e que custam em média dez vezes menos.

Além disso, existem diversos seminários e palestras online que podem ajudar a complementar o treinamento dos funcionários.

 

Fonte: Diário do Comércio - 09/01/2019

Por Márcia Rodrigues, especial para o Portal Newtrade

A crise econômica dos últimos anos gerou uma retração no consumo, obrigando o brasileiro a fazer novas escolhas na hora de comprar, segundo especialistas. Com a estabilidade que promete chegar em 2019, a população deve voltar a comprar, mas poderá ocorrer uma mudança de escolha do canal de vendas, ou integração entre eles.

Para Alan Kuhar, professor de marketing e varejo da ESPM, o Brasil termina um ciclo de retração econômica em 2019 e o otimismo do consumidor já pode ser notado com o aumento das vendas de bens duráveis, como automóveis (alta de 15% em 2018, na comparação com 2017). “Esse é o maior sinal de recuperação econômica quando a população planeja uma compra de um produto que custa em torno de R$ 60 mil. Ninguém assume uma dívida dessa se não tem um emprego e uma renda garantidos. ”

Gustavo Gobbato, professor e coordenador da pós-graduação em gestão de marketing & inteligência de mercado da FAAP de São José dos Campos, o consumidor quer ter novas experiências e busca, cada vez mais, integração com o mundo virtual e real.

Antonio Sá, professor da pós-graduação da FAAP (Faculdade Armando Alvares Penteado) e especialista em varejo, acredita que os canais de venda merecem atenção especial do varejo, para as empresas não perderem oportunidade de venda.

Acompanhe as apostas dos especialistas:

Consumidor quer experiências

Segundo Gobbato, o consumidor quer sentir o produto, ter experiências. Por isso, o varejo deve apostar em pontos de vendas que transmitem essa experiência. “Ele precisa ter acesso a algo que não seja apenas o produto, mas que consiga oferecer uma experiência ao cliente”, comenta.

E-commerce

Com o aumento da procura pelo comércio eletrônico, ter uma plataforma para vendas on-line também é fundamental, de acordo com Gobbato.

Shoppings, redes de varejo estarão cada vez mais ligadas a essa experiência, comenta Gobbato. “As lojas vão oferecer, principalmente, entretenimento. Alguma coisa que o cliente possa se distrair na loja.”

Ele cita como exemplo um case da C&A. “Nas lojas é possível tirar foto, colocar no Instagram e nas redes sociais.Em outras ações, algumas redes colocaram cabines de vidro com bolinhas caindo, imitando neve, para as pessoas tirarem foto e brincar com a situação. “

Integração do mundo virtual com real

Outra tendência que deve ser seguida pelo varejo é a intensificação de ações que envolvam as plataformas digital e as lojas físicas.  “A Coca-cola, por exemplo, fez uma ação no Natal na qual o consumidor comprava um produto, baixava um app e, ao colocar o celular na frente do produto, podia ver uma história que acontece em torno da lata com realidade aumentada”, diz Gobbato.

Crianças terão poder de decisão

Para Gobbato, as crianças terão poder decisivo na escolha dos produtos. “Não se pode fazer propaganda para as crianças, mas é preciso pensar que os produtos devem contempla-las. Já existem vários produtos que trabalham assim. Hoje, por exemplo, já é possível fazer um gibi da Turma da Mônica personalizado para cada criança. Ela pode fazer parte da história. Cada segmento tem de entender melhor o que tem na loja e inserir a criança. Onde o pai e a mãe deixar a criança para fazer compra? Tem espaço com monitor para a criança ficar para os pais comprarem tranquilamente?

Saudabilidade chegou à indústria

Kuhar afirma que o consumo de produtos saudáveis veio para ficar. “Para se ter uma ideia da extensão desse movimento, de 14 projetos de pesquisas que foram feitos este ano na ESPM, 10 deles referiam-se à origem dos meios, o quão responsável a empresa é social e ambientalmente. “Isso não é novidade, mas a preocupação está na agenda das pessoas. A população hoje quer saber se a empresa tem responsabilidade socioambiental, financeira e como funciona a sua cadeia produtiva”

Canal de compras continua o mesmo?

O consumidor tem migrado para fazer compras pela internet ou atacarejo, de acordo com Sá. A sua empresa tem boa representatividade nesses canais? “É muito importante identificar o canal de compra, se está mais próximo da casa do consumidor, por exemplo, se ele compra volumes maiores ou menores, quais são sus hábitos… só assim será possível se conectar com o cliente.”

 

Fonte: Portal Newtrade - 09/01/2019

Por Márcia Rodrigues, especial para o Newtrade

Em época de recessão, é comum a indústria congelar lançamentos, limitar o número de pesquisas e suspender o trabalho de algumas linhas de produção para manter sua saúde financeira. Segundo especialistas, 2019 será o momento de as empresas retomarem suas atividades e retomar o seu ritmo produtivo.

“Com a mudança no consumo, público mais digital, buscando saudabilidade, respeito com o meio ambiente, valorização da mulher, respeito às diferenças de gênero, famílias menores, a indústria que não ficar atenta a essas transformações, vai perder mercado”, diz Antonio Sá, professor da pós-graduação da FAAP (Faculdade Armando Alvares Penteado).

Para Alan Kuhar, professor de marketing e varejo da ESPM, a indústria deve voltar a investir em pesquisa e desengavetar lançamentos.

Confira as dicas dos especialistas:

Indústria deve identificar mudança

Segundo Sá, a indústria precisa observar quais foram as mudanças de comportamento do consumidor durante o período de crise, para saber qual será o seu desejo de compra no momento que ele tiver dinheiro no bolso. “As mudanças de comportamento podem ter sido definitivas ou ele pode voltar a comprar como antes. Por isso é preciso fazer este levantamento. ”

Pesquisas e lançamentos

Em período de crise, vários setores da economia são atingidos: indústria, agricultura, serviços e, dentro deles, o varejo. “É uma fase que a Indústria investe menos em pesquisa em todas as suas marcas. Ao retomar força, ela deve voltar a investir em pesquisas e lançar produtos que atendam às novas necessidades do consumidor”, diz Alan Kuhar, professor de marketing e varejo da ESPM,

De acordo com Kuhar, quem sobreviveu à crise, deve ampliar seu mix de produtos e aumentar a sua margem de produção, que normalmente são afetados durante a recessão.

“Durante a crise, a indústria enxuga as linhas de produtos, deixa de trabalhar momentaneamente com um produto, corta pessoal, mas mantém a vantagem de ter um parque industrial instalado e pronto para voltar a produzir assim que a situação melhorar. Ninguém quer ter a linha parada, mas, às vezes, é a melhor saída.”

Segundo Kuhar, é o momento de a indústria olhar para o concorrente, ver o que ele está fazendo, e participar desse progresso.

Consumo consciente e saudável

Para Sá, independentemente do fim da crise, as tendências de consumo mudaram e não dependem apenas da renda do consumidor. “Ele está migrando para consumo de alimentos saudáveis. É preciso saber que alimentos são esses, o que o consumidor está comprando? Se ele está comprando porções menores e mais saudáveis, qual é o alimento que interessa para ele? Como sentir isso? É preciso conversar mais com o cliente, fazer perguntas, estar nas lojas. Seja por pesquisas sólidas ou de forma empírica”, orienta.

De acordo com ele, isso é importante porque a mudança tem sido vital. “Consumidores têm feito novas escolhas na forma de se vestir, buscar transporte coletivo. Isso tem impactado nos produtos que ele escolhe.”

Outro fator ressaltado pelo especialista é o interesse do consumidor por toda a cadeia produtiva. “Hoje as pessoas estão mais esclarecidas. Querem conhecer mais a cadeia produtiva, saber o impacto no meio ambiente e na sociedade. As informações estão chegando para o consumidor e aspectos que não sabiam antes, que um animal ficava recluso em um laboratório, por exemplo, hoje é público e a tendência é essa preocupação aumentar. ”

 

Fonte: Portal Newtrade - 09/01/2019

varejo compras 07 01

A retomada da economia continua em marcha lenta. Porém, 66% das empresas de varejo conseguiram readaptar seus planos de negócio e fechar o ano no azul, mesmo diante de um contexto sócio-econômico complexo, e 60% tiveram aumento das receitas no último ano, segundo a pesquisa “Varejo em Transformação 2018”, conduzida pela Deloitte junto a 126 varejistas.

Para chegar a esse resultado, essas empresas tiveram que repensar estrategicamente seu modelo de negócios para tentar combater os reflexos da crise, afirma Reinaldo Saad, sócio-líder da indústria de consumer da consultoria.

Essa estratégia incluiu desde renegociação com fornecedores, mudança de gestão financeira e de estoque e logística até redução do quadro de pessoal, já que as vendas não estavam no patamar que elas planejavam. Mas também houve uma questão relacionada à precificação, principalmente em produtos premium e de maior valor agregado. “Muitas fizeram modificações, de modo a baixar um pouco mais o tíquete médio para gerar mais receitas”, afirma Saad.

Por outro lado, apesar de bem-sucedidos nas tentativas de readaptação ao cenário, a pesquisa revela um outro insight: ainda há uma discrepância entre a visão do varejo e a dos consumidores quanto ao ambiente on e offline. Enquanto 65% das empresas entrevistadas acreditam que seus clientes são phygital – ou seja, que trafegam naturalmente nos ambientes on e offline -, na pesquisa de 2017 93% dos consumidores já declaravam navegar no ambiente físico e digital na mesma jornada de compra.

Ou seja, essas empresas precisam focar ainda mais em pontos específicos para melhorar a experiência de compra omnichannel – uma tendência ditada pelo comportamento do próprio cliente, conforme destaca a pesquisa.

Mas, será que o varejista está atrasado em relação ao consumidor? Segundo Saad, o varejo já sabe disso, mas talvez ainda não tenha priorizado a adaptação ao e-commerce e às mídiais digitais e sociais nesse momento. “Uma melhor perspectiva de vendas será feita pela parte digital, e agora a percepção e a consciência multicanal têm de ser muito maior do que antes.”

Outro exemplo dessa disparidade entre as visões diz respeito à busca de variedade de produtos e programas de fidelidade nas lojas online. Enquanto 58% dos clientes buscam isso, apenas 12% dos varejistas enxergam essa necessidade. Ou seja, o desafio é proporcionar uma experiência consistente em ambas as plataformas, conclui a pesquisa.

Segundo Reinaldo Saad, prevalece atualmente uma exigência muito maior dos neoconsumidores, a Geração Y, que faz com que realmente exista uma necessidade de mudar a forma do varejo se relacionar com as novas gerações de consumidores. “Essa exigência pressupõe que você vai ter um retorno maior. Mas isso só é possível quando se consegue atender a experiência de compra por trás dessa fidelização -que é o que vai criar essa fidelidade”, afirma.

A pesquisa da Deloitte também comprova isso: 71% das empresas com cinco ou mais canais de venda, que conseguem atender a essas necessidades no maior número de canais possível, foram as que registraram aumento nas vendas.

Mas esse resultado, obtido por grandes varejistas como o Magazine Luiza, por exemplo, uma das mais valorizadas no varejo brasileiro por essa integração, inclui não só os canais de venda, mas os canais de comunicação – como as mídias sociais, utilizadas por 84% das entrevistadas.

Essas ferramentas, de acordo com a pesquisa, não só atraem e capturam consumidores, como também promovem maior relacionamento e fidelização. “Vale lembrar que essa mudança nas integração nas empresas não é feita de uma hora para a outra, não é uma onda que estão surfando, mas todo um planejamento de longo prazo que, quando é atingido, vira referência no mercado”, diz Saad.

Por último, os varejistas estão se preparando para mudar, e 93% das empresas têm usado cada vez mais ferramentas sofisticadas para capturar e analisar o comportamento do consumidor – principalmente as que armazenam todo o seu histórico de compras.

Segundo Saad, tem que existir uma diferenciação nesse relacionamento que envolve várias coisas, um ecossistema para fazer desse atendimento a melhor qualidade e os melhores produtos e serviços. “Quem conseguir fazer essa personalização, fará com que o cliente se sinta parte daquele time”, afirma.

Para 2019, a pesquisa revela ainda que a perspectiva dos executivos entrevistados é otimista: 40% pretendem abrir novas unidades no Brasil, e 17% planejam inaugurar unidades no exterior. Outros 51% planejam investir em produtos de marca própria, e 38% em itens personalizados.

Segundo o executivo da Deloitte, houve uma melhora na consciência do empresariado nesses últimos anos, e todos já sabem o caminho a seguir. “A lição aprendida nos últimos anos foi grande: à medida que o ambiente de negócios for se estabilizando, todos vão se beneficiar de alguma forma”, acredita. Para a frente, e avante.

Fonte: Diário do Comércio - 07/01/2019

O trabalho é uma parte essencial e significativa da vida das pessoas. E muitos colaboradores, na busca por uma boa posição profissional e, principalmente, para cumprir as demandas de sua atividade de atuação, acabam por supervalorizar o emprego de uma forma perigosa. É quando entram em cena o estresse, a exaustão, a queda na autoestima por não conseguir cumprir as metas, entre outros sintomas. Esse quadro – tão comum com as exigências da vida moderna – pode configurar uma doença, a síndrome por esgotamento no trabalho, conhecida como burnout.

Atentas a este fato, muitas empresas estão investindo em soluções de bem-estar. Pesquisa recente do Top Employers Institute, referência global em certificações de processos de gestão de pessoas e employer branding, com 1.300 empregadores do Brasil e do mundo, aponta que, quando o assunto é trabalho além da carga horária, o Brasil se destaca, já que 71% das organizações afirmaram possuir iniciativas neste sentido. O número é 15% maior em relação à média global e 22% maior em relação a outras empresas presentes na América Latina.

Por outro lado, as companhias que atuam no Brasil ainda estão atrás na implantação de programas antistress e de prevenção à ansiedade corporativa. Apenas 61% disseram aplicar programas voltados a estas questões, enquanto a média no mundo é de 82%.

Segundo o relatório, o número de empresas no Brasil que contam com algum programa de prevenção ao burnout chegou a 23%, enquanto a média global para esta mesma iniciativa é de 35%.

Em relação a programas de apoio e estímulo a atividades físicas, as empresas que participaram afirmaram oferecer opções de esporte no local de trabalho, parceria ou subsídio para academias, programas antitabagismo, programas para perda de peso e de informação nutricional. “A maioria dos Top Employers no Brasil ainda está avançando em questões de bem-estar e qualidade de vida no trabalho”, afirmou Gustavo Tavares, Country Manager da Top Employers Institute Brasil. “A pressão constante por resultados e a redução nos tamanhos das equipes estão entre os principais responsáveis pelos casos de burnout em nosso país, refletindo o momento econômico que estamos vivendo”.

 

Fonte: Portal Newtrade - 08/01/2019