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Gestão e Negócios

cervesia gestao negocios

Conflitos nos tempos atuais são inevitáveis nas empresas, principalmente quando essas atravessam por dificuldades. Estar numa situação de conflito provoca um estado de pressão interna não calculado, podendo nos levar à um comportamento errado que pode prejudicar todo processo de trabalho. “Assim, entender e saber as técnicas de administração de conflito são cruciais para adquirir habilidades e maturidade para lidar de forma assertiva em situações de temperatura e pressão fora da normalidade. Tudo focando chegar a um acordo final que satisfaça todas as partes envolvidas”, diz André Roberto Oliveira da Costa, Diretor Financeiro e de RH da Associação Multimarcas de Farmácias (Farmarcas) e da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) e especialista em Desenvolvimento Humano de Gestores pela FGV. Segundo ele, com base nesse objetivo existem algumas formas de administrar conflitos. Lembrando que o indivíduo pode estar em duas dimensões básicas, a assertiva, que busca atender os interesses próprios, e a cooperativa (passiva), que procura satisfazer os interesses dos outros.

Confira cinco formas para o tratamento de conflitos:

Competição

No primeiro estilo o indivíduo está em um nível alto de assertividade, buscando seu interesse próprio, mas com baixa cooperação. Nesse estilo a pessoa é agressiva e prevalece o poder. Sendo assim, o indivíduo não será assertivo, mas agressivo.

Acomodação

Já no segundo estilo o indivíduo tem pouca assertividade e alta cooperação. Ele se autossacrifica para satisfazer a vontade de outra parte e abre mão do seu direito, se tornando passivo e não se posicionando com franqueza. Desta forma o indivíduo não é assertivo em seu comportamento.

Afastamento

Nesse terceiro estilo, o indivíduo possui pouca assertividade e cooperação. Se afasta do problema e abre mão dos seus direitos. Ele se torna passivo e não é assertivo em seu comportamento.

Acordo

No quarto estilo nem a assertividade e a colaboração estão em seu estágio latente, nesse ponto o indivíduo abre mão de alguma coisa e outra parte também. Não há ação do ganha-ganha cem porcento, e ambos saem perdendo.

Colaboração

Quinto e último é o estilo de administração de conflito assertivo. O indivíduo busca entender a outra parte e aprender com os erros, sem deixar que seus direitos sejam suprimidos ou esquecidos. Ao colaborar o indivíduo vê o outro como próximo e busca resolver o conflito de forma satisfatória para ambos os lados.

“Como pode ver, das maneiras existentes, é claro que a resposta mais interessante é a última – colaboração, contudo, se não houver uma capacitação para essa postura, partiremos para os tratamentos errados e o resultado não será satisfatório. O caminho é aprender com as dificuldades e fazer com que dos conflitos os indivíduos tirem importantes lições, e isso é papel do gestor”, finaliza Costa.

 

Fonte: Portal Newtrade - 31/01/2019

Empresas de tecnologia gostam de promover o potencial da inteligência artificial para solucionar alguns dos maiores problemas do mundo, como ajudar os médicos a diagnosticar doenças. Uma companhia fundada por três ex-funcionários da Google defende que a I.A. é a resposta a um problema mais comum: a insatisfação no trabalho.

A start-up, a Humu, baseia-se em alguns programas de análise de pessoas desenvolvidos pela gigante da internet, que estudou coisas como os traços que definem os grandes administradores e como promover um melhor trabalho em equipe.

A Humu quer levar conceitos semelhantes baseados em dados para outras companhias. Ela vasculha as pesquisas sobre os funcionários usando a inteligência artificial para identificar mudanças comportamentais que poderão ter mais influência no aumento da felicidade da força de trabalho. Então usa e-mails e mensagens de texto para persuadir cada funcionário a tomar pequenas atitudes que os levarão ao objetivo maior.

Na essência da iniciativa da Humu está o nudge engine (marca registrada da empresa), ou motor de pequeno empurrão. Ele se baseia na pesquisa do economista Richard Thaler, que recebeu por isso o Prêmio Nobel, sobre o fato de as pessoas frequentemente tomarem decisões por causa do que é mais fácil, e não do que é mais interessante para elas. Ele constatou que um impulsozinho na hora certa pode levar a escolhas melhores.

O Google usou esta estratégia para convencer os funcionários a economizar dinheiro para a aposentadoria, a desperdiçar menos comida na lanchonete e a optar por lanches mais saudáveis.

Usando o aprendizado da máquina, a Humu projeta para cada um o momento, o conteúdo e as técnicas das mensagens que ela distribui, com base na reação dos funcionários.

“Nós queremos ser pessoas melhores”, disse Laszlo Bock, diretor-executivo da Humu e ex-líder do Google na área que a companhia chama de operações com pessoas, ou seja, recursos humanos. “Queremos ser a pessoa que esperamos poder ser. Mas precisamos que nos lembrem disso. Um empurrãozinho pode ter um resultado muito mais eficiente quando dado de maneira correta”.

Nos mais de dez anos de Bock no Google, a força de trabalho da companhia cresceu mais de oito vezes. Ela teve problemas para administrar sua rápida expansão, e alguns funcionários acusaram a companhia de criar um local de trabalho hostil às mulheres.

Enquanto esteve na Google, Bock adotou várias iniciativas de cruzamento de dados em recursos humanos e se tornou muito conhecido no ramo. Ele abriu a Humu pouco depois de sair do Google, em 2017, com dois colegas: Jessie Wisdom, que tem um doutorado em pesquisa de decisões comportamentais, e Wayne Crosby, ex-diretor de engenharia da Google. A Humu levantou US$ 40 milhões e tem 15 clientes, companhias cujo tamanho varia de 150 a 65 mil funcionários.

Sanjiv Razdam, diretor de operações da Sweetgreen, uma cadeia de restaurantes self service e cliente da Humu, disse que se os empurrõezinhos não tivessem feito história na Google, ele provavelmente consideraria o conceito um monte de “bobagens e uma enganação sobre a tal felicidade”. Mas depois de receber empurrõezinhos de Crosby, Razdam admitiu que os lembretes facilitaram sua tomada de decisões. Por exemplo, a certa altura, ele sentiu a necessidade de perguntar aos integrantes da equipe sua opinião sobre as decisões que ele tinha de tomar.

O diretor executivo da Sweetgreen, Jonathan Neman, disse que a Humu apontou com precisão o problema que mais preocupa a empresa: a retenção dos funcionários. No início de setembro, Elena Jimenez, treinadora de uma loja da companhia em Mountain View, na Califórnia, recebeu um empurrãozinho. Hoje, a Sweetgreen só estimula os gerentes.

“Pense nas capacidades que um integrante de cada equipe precisa ter para ser bem-sucedido, tanto na sua função atual quanto no longo prazo, para sua carreira”, disse o e-mail. “Tome notas. Preparar a lista de capacidades ajudará a detectar as oportunidades para sua equipe à medida que elas forem aparecendo – então, vale a pena trabalhar tendo isso em mente, agora!”.

 

Fonte: Estadão - 30/01/2019

Por Cristiano de Paula Leite, da GS&consult

Quem teve a oportunidade de estar na NRF’s Retail Big Show deste ano pôde conferir a palestra de Harlan Bratcher, Global Business Development da JD.com, que foi uma das apresentações mais prestigiadas desta edição.

O grupo JD está entre as 10 marcas de tecnologia mais valiosas do mundo. Apesar de não estar presente no Brasil, é uma companhia à qual empresários e gestores brasileiros deveriam conhecer e estar muito atentos. Certamente essa gigante chinesa do e-commerce tem muito a ensinar aos brasileiros por tudo que representa no ecossistema de empresas do mercado chinês e por estar redefinindo o varejo.

Uma das suas fortalezas é seu impressionante sistema logístico, que realiza 90% das entregas na China no mesmo dia ou, no máximo, no seguinte. E, para ilustrar o quanto a empresa é inovadora, em 2016 ela iniciou seu sistema delivery pelos ares, chegando às aldeias mais remotas da China por meio de DRONES.

Outro exemplo que demostra o quanto a estrutura de entrega é consistente e confiante é que a companhia entrega milhares de produtos originais através de estoques próprios e, incluindo até mesmo sorvetes e frutas frescas, servindo de benchmark para todo o varejo alimentar.

Veículos autônomos, inteligência artificial, big data e uso de robôs são algumas das novas tecnologias adotadas na operação da empresa que a tornam um exemplo de produtividade e eficiência operacional.

E qual seria o segredo do crescimento exponencial da JD, empresa que tem como parceiros investidores como Walmart e Google? Durante um congresso mundial de varejo, ao ser perguntado qual é a formula de sucesso da empresa num ambiente tão transformador, desafiador e com mudanças tão rápidas, o CEO Richard Liu respondeu com uma simplicidade ímpar de que tudo passava por uma cultura com foco no cliente e no pensamento de inovar todo dia.

A cultura baseada no atendimento e entendimento desse consumidor cada vez mais exigente e conectado passa pela atitude proativa dos executivos de testarem os serviços da própria empresa diariamente. Os testes identificam muitos problemas que geram inúmeras mudanças e as soluções vêm muito rápido. Esse mindset dos funcionários, de se colocarem literalmente como clientes, torna o processo de evolução dos serviços muito mais ágil e eficiente.

A busca incessante por levar conveniência para seus clientes fez a companhia iniciar movimento de sair só do “mundo online”, para fazer experiências offline. O objetivo da empresa é oferecer a seus clientes o que eles querem comprar em qualquer lugar, seja na tela de seu smartphone, seja em uma loja de conveniência ao lado de casa. O modelo é também chamado de “Novo Varejo” e faz uso intensivo de novas tecnologias.

Parte da estratégia de ir para offline passa pela inauguração de centenas de lojas próprias, inteligentes e totalmente automatizadas. São espaços de aproximadamente 140 metros quadrados, sem funcionários e equipados com tecnologias como reconhecimento facial, prateleiras inteligentes e identificação de frequência dos clientes.

A experiência em logística da JD fez um impulso significativo no desenvolvimento do setor de lojas offline como parte de sua visão de varejo sem fronteiras – a ideia de que os consumidores devem comprar o que quiserem, onde e quando quiserem – online ou offline. Isto é ou não é um grande exemplo a ser seguido pelos varejistas tradicionais?

Para toda empresa que tem em seu radar boas práticas do mercado no que se diz respeito a estratégias omnicanais, exemplos como o da JD são ideias para servir de inspiração, reflexão e provocação. Certamente nos mostram toda a disrupção que vem da China, a importância da inovação, das pessoas e da velocidade para qualquer negócio. E, o mais impactante é que demonstram, além da transformação do varejo, um mercado totalmente reconfigurado.

 

Fonte: Mercado&Consumo - 29/01/2019

Qual a trilha sonora para sua vida? Escolha bem a resposta, pois sua música favorita pode ter grande impacto na realização de suas metas e sonhos.

Pode ser um pop no carro de manhã ou um funk no final do expediente, existe uma sensação única de felicidade que ouvir a “sua” música traz e que você pode usar a seu favor.

De acordo com pesquisadores da Universidade de Keele, no Reino Unido, não importa seu gosto musical, quanto toca sua canção favorita, sua percepção de esforço diminui e aumenta sua disposição.

Os pesquisadores observaram uma melhora de desempenho durante o treinamento e antes das competições em três grupos esportivos com 64 participantes do estudo.

Segundo especialistas em programação neurolinguística, esse mecanismo pode ser usado para qualquer atividade e em qualquer momento, basta treinar nosso cérebro para isso.

“O cérebro pode ser condicionado a relacionar estímulos a memórias, como quando sentimos um perfume e lembramos de um pessoa ou ouvimos uma música e ela nos coloca em certo estado de espírito”, explica Alexandre Bortoletto, trainer e master pratictioner na Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL).

Enquanto o cérebro faz associações automáticas, é possível evocar conscientemente esse estado que ajuda no foco e na produtividade.

A técnica da PNL é chamada de ancoragem. “Uma âncora é um estímulo interno que acaba influenciando o estado emocional interno. Quando vemos um farol vermelho e sem pensar você para o carro, isso é uma âncora. Ela pode ser criada através da programação neurolinguística e ajudar muito os profissionais”, explica Madalena Feliciano, presidente do Instituto Profissional de Coaching e master em PNL.

Segundo Bortoletto, o objetivo é que, assim como a âncora do navio deixa a embarcação parada no porto, a pessoa use a música para permanecer no estado ideal para a atividade que está desempenhando, aumentando sua determinação e motivação.

Madalena sugere que a pessoa escolha uma música que traga boas memórias e a faça sentir bem. Concentrando-se nesses sentimentos de empoderamento, ela pede a repetição da prática de duas a três vezes por semana para criar a âncora.

“Você pode escutar a música antes de uma entrevista de emprego ou de dar uma palestra. Dá para fazer sozinha, mas é preciso treinar. Quanto mais se pratica, maior a possibilidade de chegar nesse momento que precisa”, diz a CEO.

Basta escolher bem sua música e começar a treinar, logo você poderá usar o recurso para qualquer meta.

De acordo com José Augusto Minarelli, presidente da consultoria Lens Minarelli, um dos maiores vilões do desempenho profissional é a dificuldade do profissional de se autogerir.

“Para fazer uma autogestão efetiva é preciso conseguir ser líder de si mesmo, conseguindo impor e cumprir prazos, rotinas e disciplina. É preciso enxergar os desafios não como dificuldade, mas como oportunidade para se superar e crescer profissionalmente”, fala ele.

A música e a ancoragem podem ser ferramentas para o profissional que deseja se tornar protagonista da sua carreira.

Segundo os especialistas, quem não se sente confortável usando uma música também pode buscar outros estímulos para criar suas âncoras. Bortoletto indica que muitas pessoas funcionam melhor com referências visuais, usando fotos da família ou de paisagens para manter um espírito focado e positivo.

“O cheiro de café, por exemplo, pode se tornar uma âncora para ter mais energia e foco”, diz ele.

Um gesto poderoso, como cerrar os punhos ou segurar um dos pulsos com a mão, é um mecanismo muito usado pela Madalena Feliciano para seus cliente que desejam se sentir fortes e confiantes.

“São gestos menos perceptíveis associados a memórias poderosas, como o dia que você foi promovido ou que passou na faculdade”, fala ela.

 

Fonte: Exame.com - 29/01/2019

Pode parecer contraintuitivo, mas para entender a mente dos golpistas é preciso estudar a confiança. Quem diz isso é a russa radicada nos Estados Unidos Maria Konnikova, dona de um currículo invejável e uma das principais atrações do Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça.

Konnikova é formada em psicologia pela Universidade de Harvard, PhD pela Universidade de Columbia, especialista em golpistas e, para surpresa de muitos, jogadora profissional de pôquer. Ou seja, de blefe ela entende. Durante sua apresentação no evento, a especialista falou sobre a importância da confiança no mundo e deu dicas para empresários não caírem em roubadas.

Famosos nos Estados Unidos como “Con Artists”, golpistas podem ser encontrados no mundo dos jogos e até em mercados mais tradicionais, como o meio executivo. Para Maria, entretanto, golpistas têm ido cada vez mais longe. Na visão da especialista, políticos populistas usam e abusam das técnicas dessas pessoas. Maria chega, inclusive, a apresentar fotos de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, durante sua apresentação.

Para se esquivar desse tipo de situação, a jogadora de pôquer e pesquisadora busca apoio na ciência. Estudos mostram que sociedades com níveis de confiança mais altos tendem a ser melhores, em termos financeiros e de qualidade de vida. Segundo Maria, pessoas confiáveis são mais felizes, saudáveis, abertos a riscos e com tendência empreendedora.

“A ciência mostra que todos nascemos confiáveis. É com o tempo as pessoas aprendem a ser desonestas”, diz. Nos últimos tempos, a situação tem ficado ainda mais instável. “Vivemos tempos estranhos: há desprezo pelos fatos, as mídias não têm força, especialistas perderam valor, fake news… Como mudar isso?”, diz Maria.

Não é simples, garante. Mas algumas técnicas podem ajudar a reconhecer os “golpistas do dia a dia”. Assim como no pôquer, um dos segredos é manter o balanço entre confiar e desconfiar das pessoas. “Quem entra numa mesa de pôquer sabe que não vai ganhar nada se confiar em todos os jogadores ou somente desconfiar de todos que lá estão. O ideal é mesclar”, afirma.

Atitudes simples como olhar internamente para as suas ações podem fazer toda a diferença na hora de fugir das roubadas. Abaixo, confira algumas dicas da pesquisadora:

Pense como um jornalista

Confie, mas confira. Essa é uma das principais dicas de Maria para empresários. “Não estou dizendo que você precisa investigar tudo, sobre todas as pessoas. Mas é importante fazer perguntas”, diz. Desconfiar é a melhor maneira de chegar à verdade. “Acredite: nada é tão bom. Quando as coisas são boas demais para ser verdade, é bem possível que não sejam.”

Teste do vizinho

Dos estudos com golpistas feitos por Maria, ela chegou a uma técnica chamada “teste do vizinho”. O conceito consiste basicamente em questionar os fatos por outro ponto de vista.

Ou seja, quando se deparar com uma oferta aparentemente boa, vale fazer a reflexão: será que você deixaria seu vizinho confiar cegamente naquilo? “Como as pessoas pensam que são acima da média, é comum achar que elas nunca cairiam num golpe. Ninguém faz essa autocrítica”, diz.

Autoconhecimento

“Quantos de vocês já sentaram e se perguntaram no que acreditam, se são felizes, em quem confiam?”, afirma Maria. Para a pesquisadora, golpistas fazem essas perguntas – e a partir das respostas, conseguem preencher buracos que quase ninguém imaginava ter. “Descubra os seus gatilhos emotivos para que ninguém se aproveite deles.”

Ideais

Golpistas não vendem o mundo como ele é, mas, sim, da forma como as pessoas querem vê-lo. Por isso, é importante tomar cuidado com situações que pareçam ideais demais. “Sabe aquilo que parece feito sob medida para os seus desejos? Desconfie.”

 

Fonte: Época Negócios - 28/01/2019

Por Christiane Berlinck, diretora de Recursos Humanos da IBM Brasil

Sentimos na pele como as novas tecnologias estão transformando significativamente as nossas vidas. Hoje, podemos estar em uma sala de aula virtual com pessoas de diferentes etnias e países em tempo real, comprar um produto de uma comunidade distante ou até trabalhar para uma empresa do outro lado do mundo.

Desde a primeira revolução industrial, os avanços vêm determinando a forma como vivemos, estudamos e trabalhamos. O que mudou de lá para cá? A velocidade com que essas mudanças ocorrem. E, acredite, elas estão cada vez mais aceleradas.

No curto período de três anos, aproximadamente 120 milhões de profissionais em todo o mundo precisarão ser requalificados para acompanhar as mudanças da era digital. Isso não quer dizer que as profissões vão acabar ou que seremos substituídos pelos robôs, como vemos nos filmes. Mas a forma como trabalhamos vai se transformar completamente. E para melhor, na minha visão, pois passaremos a ter foco em atividades mais estratégicas e perderemos menos tempo com as automáticas e rotineiras que podem ser facilmente conduzidas por uma máquina.

Essas mudanças vêm mexendo com todas as áreas das empresas, mas acredito que a transformação na gestão e na cultura da área de recursos humanos é crucial para que essa mudança ocorra dentro da organização. A área precisará atuar cada vez mais como um agente ativo na transformação digital de suas companhias. Com isso, será necessário ter uma estratégia diferenciada no que diz respeito à retenção de talentos, recrutamento e engajamento de funcionários, utilizando o potencial das novas tecnologias, como inteligência artificial, automação e blockchain.

O grande desafio dos gestores será a preparação dos seus colaboradores para essa nova era, por meio de treinamentos e capacitações cada vez mais personalizados. A forma de recrutar também já é diferente e vai mudar ainda mais. Já há ferramentas com inteligência artificial que fazem o cruzamento das vagas existentes com os candidatos mais apropriados. Outras analisam a personalidade do profissional por meio de seus textos e ajudam o recrutador a tomar a melhor decisão de acordo com o perfil da posição aberta.

A alta demanda por talentos com as habilidades do futuro exige que as instituições de ensino também estejam alinhadas a essa nova realidade. Proporcionar um currículo acadêmico adaptado, desde cedo, que prepare os estudantes para as profissões do futuro e combine conceitos teóricos e ensinamentos práticos, ou seja, aprendizagem em sala de aula com experiências no ambiente corporativo, possibilita a formação de candidatos aptos para entrar no mercado de trabalho e equipados com as habilidades certas que os empregadores estão à procura.

O potencial de produtividade de um país é mensurado pela força de trabalho e suas competências. O papel das empresas e das instituições de ensino será crucial para preparar os profissionais com as habilidades e as novas formas de trabalhar, impulsionando essa mudança na era digital.

 

Fonte: Estadão - 25/01/2019

Nos últimos dois anos, Robert Glazer, CEO da agência de marketing Acceleration Partners, baniu a política de bônus em sua empresa. Em vez disso, ele criou outra política para comemorar o fim do ano entre seus funcionários. Glazer passou a realizar os maiores desejos das pessoas que trabalham na empresa.

Em um caso, ele pagou uma viagem de um funcionário e sua filha para que visitassem sua avó na Grécia. Glazer também já cobrou um favor de um amigo e com isso realizou o sonho de um dos colaboradores de dar uma palestra sobre marketing no MIT. O CEO chegou a contratar um investigador para encontrar o irmão de um de seus funcionários, que havia sido separado da família na infância.

Todo ano, os 130 funcionários são convidados a escrever seus objetivos e sonhos no Slack. Glazer e o chefe de cultura da empresa então selecionam dez desejos para realizar a cada ano. O resultado, diz o CEO, não deixa apenas os escolhidos felizes, mas faz com que as pessoas da empresa se aproximem.

A empresa já pagou para que funcionários fizessem paraquedismo ou aprendessem a tocar violão. No ano passado, um grupo disse que queria correr uma maratona ou triatlo, então Glazer contratou um personal trainer para prepará-los. Segundo ele, alguns desejos não custam nada, enquanto outros chegam a custar US$ 2 mil.

“O objetivo era gerar motivação e descobrir o que é mais importante para seus funcionários”, disse Glazer ao Business Insider. “E se nós os ajudarmos com isso, talvez eles se tornem pessoas melhores e funcionários melhores. Eles ficam realmente comovidos em ver que nos importamos, que trabalhamos e pesquisamos para fazer aquilo que é mais importante para eles”.

Apesar de só dez funcionários serem escolhidos, não há competição entre aqueles que não tiveram seus sonhos realizados. “Quando não fui selecionado no ano passado, fiquei tão feliz pelas outras pessoas quanto teria ficado por mim, é consenso que todos ficam felizes”, afirma Kaylee Feldt, um dos funcionários da Acceleration Partners.

 

Fonte: Época Negócios - 28/01/2019