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Gestão e Negócios

cervesia gestao negocios

A maturidade das empresas brasileiras em relação à tecnologia da informação (TI) avançou no último ano, mas ainda há um longo caminho a percorrer — principalmente em relação à automação de processos. É o que mostra o estudo “IT² – Benchmark da Maturidade da Infraestrutura de TI no Brasil” de 2019, realizado em parceria por Dell, Intel e IDC Brasil. A pesquisa, em sua segunda edição, mostra como a infraestrutura de TI das empresas do país está preparada para suportar a transformação digital dos negócios.

Foram avaliados três indicadores: processos internos e cultura, automação de processos e modernização da infraestrutura. Na média geral, em uma escala de 0 a 100, as companhias brasileiras atingiram uma nota de 46,4 em 2019 — um crescimento em relação ao ano anterior, quando registraram uma média de 43,7. Apenas empresas do setor privado fazem parte do estudo, que engloba os segmentos de finanças, comércio, manufatura e serviços. Ao todo, foram entrevistados 250 profissionais responsáveis pela decisão de compra da infrestrutura de TI de empresas com mais de 250 funcionários.

Automação dos processos

Apesar do crescimento na comparação anual na nota geral, a edição deste ano revela um problema persistente no mercado: a dificuldade quando o assunto é automação dos processos. O indicador, com a menor avaliação nas duas edições, teve nota de 35,7 em 2019 e 33,9 em 2018. O dado é preocupante, uma vez que o nível baixo de automação pode prejudicar o processo de transformação digital — que, como ressalta o diretor-geral de vendas de soluções para data center da Dell Technologies no Brasil, João Bortone, “é uma jornada em constante evolução”.

Processos internos e cultura

Com a maior nota nas duas edições do estudo — 57,2 neste ano e 55,2 em 2018 —, o indicador de processos internos e cultura apresenta uma perspectiva positiva. Em 2019, uma em cada três empresas enxerga a TI como um diferencial competitivo. No ano anterior, a proporção era de uma a cada quatro. O resultado ainda é baixo e reflete, sobretudo, “uma dificuldade do time de TI em comprovar seu valor para as organizações”, mas demonstra que a percepção de que a área é somente uma central de custos vem diminuindo.

Enxergar a TI como um parceiro dos negócios é fundamental — especialmente em um cenário no qual as empresas estão buscando “onde está o seu próximo bilhão”, segundo Bortone. A expansão dos negócios para novas áreas deveria, para ele, ser impulsionada pela TI — a exemplo do que aconteceu com o Google e sua plataforma de streaming de games e com a Disney e seu serviço de streaming que promete desafiar a Netflix.

Priorizar os investimentos para a inovação na área de TI continua sendo, no entanto, um desafio. Isso porque em 62,4% das empresas consultadas mais de 50% dos orçamentos de TI das companhias está dedicado a manter o legado.

Infraestrutura

Sendo cobrada dentro da empresa por respostas cada vez mais ágeis e flexíveis, a área de TI vem buscando soluções mais completas. Nas empresas brasileiras, a hiperconvergência — que permite que as operações sejam simplificadas e é considerada essencial para garantir mais agilidade — está no radar de 31% dos gestores de TI. A pesquisa também mostra que 16,8% dos líderes já utilizam soluções desse tipo, enquanto 14,8% planejam implementá-las nos próximos 12 a 24 meses. Existe, no entanto, um gargalo: 30;8% dos entrevistados afirmam que não pretendem adotar esse tipo de solução e 21,6% admitem desconhecer o termo hiperconvergência.

O indicador de infraestrutura mostra que 67% das companhias planejam aumentar os orçamentos dedicados à segurança da informação em 2019. O tema é a principal prioridade da área de TI para 31% dos entrevistados.

 

Fonte: Época Negócios - 22/03/2019

Emprestado da física, o conceito de resiliência tem sido ostensivamente utilizado no mundo do trabalho para definir a capacidade de um profissional de suportar situações adversas de uma forma positiva.

É valiosa em todas as fases da carreira e, segundo Rodrigo Vianna, CEO da Mappit – empresa do Grupo Talenses focada no recrutamento para profissionais em início de carreira, é umas das habilidades comportamentais mais importantes para o sucesso e ele explica que característica se faz necessária diante de um cenário em que várias variáveis são conjugadas. “Profissionais de diferentes níveis hierárquicos são constantemente submetidos às pressões cotidianas e situações complexas e delicadas e, ainda assim, precisam manter o profissionalismo e serem produtivos, gerarem resultados positivos para a companhia”, diz.

É possível criar resiliência?

Resiliência tem a ver com dois fatores: perfil ou personalidade do indivíduo, e experiências de vida. “Há pessoas que têm essa capacidade de forma mais natural, porque a personalidade delas tem essa característica. E há outras que são assim porque viveram muitas situações adversas e precisaram aprender a lidar com todas elas e, de certa forma, isso as tornou mais fortes e resilientes”, diz Vianna

Aos que não se sentem coma característica queridinha das seleções comportamentais de emprego, Vianna, diz que é possível desenvolver essa capacidade. Resiliência pode ser constituída, diz. “Para isso, é preciso mudar o olhar sobre como encarar as situações e experiências da vida. E, muitas vezes, essa mudança está muito atrelada à maturidade emocional do indivíduo, mas não deixa de ser uma construção”, diz.

E parte dessa construção pode ter apoio de filmes e séries de TV. Justamente pelo seu caráter universal, resiliência ganha destaque nas histórias de ficção ou não. Confira uma seleção com histórias em que a resiliência é, digamos, quase um “personagem” da narrativa:

Suits

A série mostra situações diárias de um escritório de advocacia. Preste atenção às lições de autoconfiança de um dos protagonistas Harvey Specter. “Com grandes exemplos de resiliência, a séria mostra claramente em todos os episódios que mesmo que tudo esteja dando errado, não se pode desistir antes de lutar, e muito. E é assim que o escritório sobrevive e ganha muitos casos”, diz Vianna

How to get away with a murderer

“É possível perceber o quanto os personagens principais são resilientes, tanto os estudantes de Direito, quanto a professora deles, a renomada advogada interpretada pela atriz Viola Davis”, diz Vianna.

Dificuldades e desafios da profissão (e também da vida pessoal) em todos os níveis hierárquicos e gerações são apresentados pela série, que reata o sofrimento dos personagens envolvidos na trama. “Mas na maioria das vezes mostra como eles encontraram maneiras para lidar com essas adversidades – explora aspectos complexos relacionados à ética e valores deles para solucionar esses problemas – e como eles amadurecem de acordo com o caminhar das temporadas”, diz Vianna.

Homeland

O melhor exemplo de resiliência parte de Carrie Mathison, personagem protagonista da série. Ela trabalha na CIA e tenta capturar terroristas nos EUA e, por isso, se depara com uma série de situações muito desgastantes, já que está em um ambiente que exige em termos emocionais e físicos, segundo o especialista. “Ela precisa ter resiliência, apenas dessa forma consegue superar todas as adversidades para ter foco necessário e ter sucesso na sua função de pensar sempre um passo antes do que terroristas estão planejando”, diz Vianna.

Mad Men

Se você ainda não viu nada, pare de ler, porque os exemplos de resiliência trazem “spoilers”. Segundo Vianna, quem inspira resiliência é a personagem Peggy Olson, que começa a série como secretária de uma agência de publicidade, com diversos desafios. “Um deles é quando ela descobre estar grávida, de forma não planejada, de um dos executivos da agência. Mas ela supera gradativamente os obstáculos da vida pessoal e profissional e consegue ascender profissionalmente aos poucos, até chegar ao cargo de redatora da agência, um dos mais importantes da área”, diz Vianna.

Designator survivor

Uma explosão tira a vida do presidente e de todos os membros do Gabinete, exceto de Tom Kirkman, secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano dos Estados Unidos. Ele então é nomeado o sobrevivente designado, ou seja, o oficial sobrevivente de mais alto posto da linha, se tornando imediatamente o presidente dos Estados Unidos.

Com os desafios e a pressão para o cargo vêm a desconfiança sobre sua capacidade e a necessidade de lidar com pessoas que respeitam sua liderança. Mas ele não desiste.

“O que podemos aprender sobre resiliência, é que para superar isso e muito mais, é preciso manter o equilíbrio mental, saber se comportar diante de problemas, e saber que resolver é muito mais efetivo do que se desesperar”, diz Vianna.

Manhunt: Unabomber

Jim Fitzgerald (Sam Worthington) é um “perfilista, agente de polícia que cria o perfil de criminosos com objetivo de desvelar aspectos de sua personalidade que levem a predizer ações. Um desafio é mostrar como uma análise linguística de cartas e manifestos pode identificar o perfil de um terrorista responsável por uma série de atentados nos Estados Unidos.

“Contestado várias vezes pela sua metodologia, Jim teve que superar as pressões e barreiras impostas pelo desconhecimento nessa metodologia, para provar e encontrar evidências que permitiram a identificação de um assassino, surpreendendo policiais e inaugurando a trajetória da Linguística Forense nos EUA”, diz Vianna.

O Alienista

Ambientada em 1896, a série acompanha o alienista Danie Bruhl que investiga uma série de assassinatos na cidade de Nova York. A equipe do alienista conta com um ilustrador e com a primeira mulher na polícia de Nova York. “Juntos, eles resistem às adversidades colocadas, como a própria polícia, a elite ou até mesmo questões internas. Incentivando-se entre si, não desistem, não desanimam e buscam sempre outras alternativas para superarem desafios”, diz Vianna.

 

Fonte: Exame.com - 22/03/2019

Por Adriana Bruno, repórter do Portal Newtrade

Muito se fala sobre como o uso da tecnologia contribui com práticas de gestão bem mais eficientes e seguras dentro do ambiente corporativo. E essa não é conversa de vendedor, não! É a mais pura realidade.

Hoje em dia, a empresa que não busca melhorar sua gestão corre o risco de ser deixada para trás pelos concorrentes. “E nesse sentido, nada traz mais melhorias de produtividade do que a tecnologia. Hoje já é possível contar com sistemas no mercado 100% voltados para o modelo de negócios do atacadista/distribuidor. Pensando nas peculiaridades do seu relacionamento com representantes de venda, fornecedores e clientes”, comenta Fábio Faias, gerente Comercial da Bluesoft.

Aliás, a gestão de vendas é essencial para entender a realidade do mercado, as sazonalidades e o comportamento do time de vendedores. “Outra função essencial é buscar novos canais de vendas mais eficientes para o negócio, conseguindo equilibrar fontes de receita sem prejudicar a equipe externa de vendas, muitas vezes extensa e distribuída por uma grande extensão geográfica cair”, comenta

Ele ainda destaca que os smartphones transformaram o mundo e o comportamento humano, permitindo um ganho de tempo e precisão nas funções. “Hoje os sistemas facilitam a vida dos usuários, trabalhando online e offline, quando não se tem conexão de dados, para nunca se parar de vender; dando o poder para varejistas e para o usuário final comprar diretamente dos distribuidores e organização para acompanhar dados de desempenho comercial em tempo real”, analisa.

Vale ainda dizer que a gestão de vendas é o principal aspecto de aumento da rentabilidade das empresas tanto do segmento varejista como atacadista distribuidor. “Uma empresa pode gerir seus custos em várias etapas da sua cadeia de valor: na estratégia de compras, na administração dos estoques, no eficiência logística, no gerenciamento financeiro, nas estratégias de marketing e na gestão de pessoas. A gestão de vendas, porém, potencializa os ganhos obtidos nas demais áreas e contribui decisivamente para a rentabilidade do negócio, com impacto muito grande”, afirma Marco Antônio Salvo, consultor nacional da Sankhya.

Para Rodrigo Leão, diretor comercial da  Neogrid, hoje, já se evoluiu muito na automação comercial. Agora é necessário inteligência. “A gestão dos dados internos, utilizando notas fiscais emitidas, controle de frequência e sequência das vendas dos principais vendedores, previsão de vendas automática, geração de pedido inteligente, conversão via equipe de trade e 0800, gestão automatizada de desconto e, principalmente, análise de mercado encontrando novos PDVs, tudo utilizando inteligência artificial”, avalia. Ele ainda destaca que os benefícios da gestão comercial automatiza são diretos. “Primeiro, liberação de caixa com a melhor gestão do estoque; segundo, aumento de vendas com menos vendedores; e terceiro, aumento do ticket de vendas”, afirma.

Mais competitividade

A chegada da transformação digital vem mudando o cenário e a forma de gerir os negócios. Para Elói Assis, diretor-executivo do segmento de Varejo e Distribuição da TOTVS, a chegada da transformação digital vem impulsionando vendas por meio de portais digitais, apoiadas em informações preditivas que auxiliam na tomada de decisão. “E dessa forma, aumentam a rapidez, reduzindo a dependência do contato humano no processo de venda”, avalia.

Investimentos

Os investimentos para o uso das soluções de vendas estão cada vez mais enxutos, permitindo que o negócio ganhe escala rapidamente. “A cloud computing (computação na nuvem) reduziu os custos com servidor, permitindo que mais empresas tenham acesso à tecnologia de ponta. Outro fato que reduziu o custo com treinamento, o quanto ainda é necessário, são os investimentos em UX/UI (design e engenharia de interfaces) e facilidade de se criar e difundir tutoriais dos softwares”, comenta Balbo.

Já para Elói Assis, o grande desafio da adoção de novas tecnologias em seu modelo de negócio, sobretudo no ciclo da transformação 4.0, que passou a contar com ferramentas de IA, Iot e BIG DATA, de nada adiantará mantendo o pensamento humano 1.0. “Atualmente já existe um enorme gap entre o que se tem disponível para uso com o real potencial que pode ser explorado com as tecnologias atuais.  Sem a mudança cultural, considerando investimentos em treinamento e infraestrutura, o empresário terá dificuldade em conseguir concretizar o ciclo da transformação digital”, avalia.

Na opinião de Douglas Bermeijo, CEO da LinkedBy, com a globalização, ferramentas como um bom ERP de gestão empresarial e um sistema de automação de força de vendas utilizando dispositivos móveis (smartphones e tablets) são ferramentas comumente implantadas pelo setor atacadista distribuir. Porém, com a globalização elas já não trazem mais vantagens competitivas.  “Para evoluir é necessário aumentar a produtividade e conhecer o perfil dos clientes  investindo em softwares de gestão integrados com  Big Data,  Business Intelligence, plataformas de marketing digital para  monitoramento de mídias sociais, e assim por diante. Com a alta competitividade e diminuição das margens ao longo dos últimos anos, para aumentar os  lucros é necessário ganhar tempo e ter uma boa organização,  sem a ajuda da tecnologia e suas ferramentas é praticamente impossível atingir as metas e continuar competitivo no segmento”, finaliza.

10 motivos para investir em tecnologia e em um sistema de gestão de vendas.

  1. Controle de todo o processo
  2. Aumento de faturamento
  3. Agilidade na venda, sem atritos e com alta disponibilidade
  4. Redução de custos
  5. Redução no ciclo da capacitação da equipe comercial
  6. Redução na dependência do vendedor
  7. Informações para o planejamento comercial
  8. Conquista de novos clientes
  9. Clareza na gestão das métricas e avaliação de performances
  10. Agilidade na tomada de decisões estratégicas

Fontes:  Elói Assis, diretor-executivo do segmento de Varejo e Distribuição da TOTVS;  Hebert Balbo, gestor de Mercado – Vendas da Máxima Sistemas e Douglas Bermeijo, CEO da LinkedBy

 

Fonte: Portal Newtrade - 21/03/2019

Os brasileiros (87%) enxergam o crescente impacto da tecnologia no trabalho como uma oportunidade. O dado foi levantado pela pesquisa Randstad WorkMonitor, realizada pela Randstad, líder global de RH, que analisou o sentimento dos profissionais de 33 países em relação à influência da tecnologia em sua rotina de trabalho. De acordo com o relatório, 67% entendem que a automação, robótica e inteligência artificial terão efeito positivo em seus trabalhos nos próximos 5 ou 10 anos.

Porém, quando o assunto é se adaptar a esse novo integrante moderno, 54% entende que a digitalização requer capacitações diferentes do que as que possuem atualmente. Com o objetivo de seguirem atrativos para o mercado de trabalho, 89% dos brasileiros apontam que querem adquirir novas habilidades tecnológicas e 51% afirmam que se sentem pressionados a tal para não ficarem ultrapassados. Para Winston Kim, gerente regional da Randstad, as habilidades encontradas no mercado são superficiais. “Hoje, vemos uma movimentação geral das empresas tentando encontrar seus caminhos tecnológicos e, naturalmente, os profissionais tentando acompanhar o ritmo. Com tudo muito novo, ainda vamos ver aprofundamentos nas especializações. Quem sair na frente, vai chamar a atenção das empresas”, aponta.

Como chegar lá?

O caminho para se desenvolver, contudo, ainda é incerto. Para 69% dos brasileiros, é responsabilidade do empregador oferecer treinamento para novas tecnologias, porcentagem abaixo da média global, que marcou 76%. Apenas 55%, no entanto, afirmam que suas empresas estão investindo na qualificação do time para as novas tecnologias emergentes, como inteligência artificial e machine learning. “Esses cursos oferecidos pelas empresas são de curta duração e com objetivos específicos para solucionar um problema do negócio. Não vemos no Brasil, ainda, empregadores oferecendo formações sólidas para as equipes”, explica Kim.

O jeito, portanto, é procurar treinamentos por conta própria. O relatório aponta que essa é a solução para 78% dos brasileiros, uma vez que seus empregadores não fornecem as capacitações. “O Brasil gosta de tecnologia e está aberto a mudanças. Cursos online gratuitos têm sido um bom caminho para esse começo. Essa porcentagem do Brasil é quase 20 pontos acima da média global (59%), mostrando que os brasileiros não estão dispostos a esperar a banda passar para correr atrás do prejuízo”, finaliza o executivo.

 

Fonte: Portal Newtrade - 21/03/2019

carreira sentimentos

Ambientes excelentes para trabalhar deveriam ser o mínimo exigido pelo colaborador e o mínimo oferecido pelas empresas. Mas são tão raros mundo afora, que aqueles que seguem esta trilha ganham relevância e viram exemplo para os demais.

É no escritório e suas derivações, denominações e nuances que passamos a maior parte da nossa semana, onde aprendemos o que fazer e não fazer e onde criamos diariamente parte importante das nossas futuras lembranças.

Por este motivo, chama a atenção que, em pleno 2019, apenas 60% dos brasileiros das cinco regiões brasileiras entrevistados para a pesquisa Hello Monitor Brasil, da Hello Research, tenham respondido com convicção que "se sentem totalmente respeitados em seus ambientes de trabalho".

Os outros 40% se dividiram em respostas como "concordo em parte", "nem discordo nem concordo", "discordo em parte", "discordo totalmente" e "não quero responder".

O recorte de carreiras da pesquisa inédita "Perspectivas do Consumidor 2019" foi um pedido de Marc Tawil  head da Tawil Comunicação, comentarista da Rádio Globo e LinkedIn Top Voices e autor deste artigo ao CEO da Hello, Davi Bertoncello.

E os dados são reveladores:

  • • 45% dos entrevistados não consideram mudar de área/profissão nos próximos 12 meses
  • • 47% discordam que o mercado é igual para homens e mulheres
  • • 32% acreditam que o avanço da tecnologia vai diminuir a oferta de emprego em sua área
  • • 55% acreditam que, em 5 anos, terão um emprego ou oportunidade melhor do que têm hoje

A pesquisa se aprofundou ainda quanto às visões das pessoas de diferentes gerações a respeito do mercado de trabalho: 30% acreditam que ele é "bom" ou "muito bom" para as pessoas da mesma idade. Jovens adultos têm uma visão mais positiva, enquanto que, idosos, mais negativa. "O estudo deixa claro que existe uma barreira para os profissionais a partir dos 45 anos: desde maior dificuldade em encontrar emprego, até a expectativa de receber uma promoção ou tentar uma recolocação", esclarece Bertoncello.

"O grande problema é o fato de a parcela da população mais experiente ficar cada vez mais insegura em relação a sua posição de trabalho, à medida que a idade avança."

Existe igualmente uma clara divisão entre os que enxergam positivamente ou não o futuro do Brasil: Entusiasmados + Otimistas, ou "positivos", somam 50%; Preocupados + Revoltados, os "negativos", somam 44%.

"Os primeiros resultados revelam uma sociedade dividida entre aqueles mais otimistas, que apoiam o novo governo e acreditam na recuperação da economia, e os mais pessimistas, que rejeitam os novos rumos do governo", assegura Bertoncello.

A boa notícia é que, quando pensam em suas vidas, em especial, 70% dos brasileiros acreditam que 2019 será melhor do que 2018.

A pesquisa Hello Monitor Brasil, primeiro levantamento mensal de opinião pública nacional realizado pela Hello Research, entrevistou pessoalmente em domicílio 1.326 pessoas entre os dias 16 e 23 de janeiro, em 72 municípios das cinco regiões brasileiras.

 

Fonte: Época Negócios - 20/03/2019

A lenta metamorfose do mercado, no entanto, transformou a desesperança de Veiga em oportunidade. Há 11 anos na Gol, ele trabalha no setor de atendimento ao cliente em um dos balcões da companhia no aeroporto de Congonhas, na capital paulista. “A Gol me deu uma oportunidade que nenhuma outra empresa deu. Eu já estava em um momento de desespero e ela acreditou em mim”, conta o funcionário de 61 anos.

A companhia aérea implementou em 2017 o “Experiência na Bagagem”, um programa de contratação exclusiva para pessoas com mais de 50 anos. O programa batizado em forma de trocadilho deu os primeiros passos de forma interna, permitindo aos funcionários indicarem profissionais que atendessem ao perfil do programa, valendo até mesmo para pais e avós.

“Experiência na Bagagem” já empregou cerca de 85 colaboradores, que atuam em diferentes vertentes da empresa, sobretudo no atendimento ao cliente. “Começamos a perceber que pessoas com mais idade conseguem se colocar no lugar do outro, trazem uma empatia maior e um cuidado de antever a necessidade do cliente”, explica Jean Nogueira, diretor de RH da Gol.

O programa surgiu com a necessidade de melhorar a percepção da Gol junto ao público como uma marca mais “humana”, conforme explica Nogueira. “Buscamos nos funcionários a experiência de vida porque ela traz a robustez para transmitir ao nosso cliente o compromisso de nos colocarmos no lugar do outro. Essa é uma atitude que só vem com a experiência de vida”, conta.

De fato, essa mentalidade não se distancia do que aponta uma pesquisa realizada em 2013 pela consultoria PwC em parceria com a FGV-EASP, na qual 94% dos entrevistados afirmaram acreditar que o real benefício de se ter um profissional mais velho na equipe está relacionado ao conhecimento e à experiência que ele pode transmitir.

Nova realidade

A mais recente pesquisa demográfica feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou o alargamento da pirâmide etária no país, com destaque para uma maior participação de mercado das pessoas mais velhas. Entre 1991 e 2010, por exemplo, a parcela da população com mais de 65 anos aumentou de 4,8% para 7,4%.

Compreendendo a realidade demográfica contextual do país, o mercado de trabalho procura a maneira mais adequada de manter ou até inserir novamente esse público. Com isso, surgem programas de seleção e contratação especificamente voltados para os profissionais mais “experientes”.

É o caso do Grupo São Francisco, uma das maiores redes de saúde privada do país. Por lá, os funcionários são contemplados, desde outubro de 2018, com um programa de contratação especificamente voltado a profissionais com idade superior a 50 anos, o “50 Mais”.

Maria Cristina dos Santos, 59, integra o quadro de funcionários da empresa há pouco mais de três meses na área de call center. Ela explica que, apesar dos demais desafios, o impacto tecnológico é o maior agravante para os novos funcionários: “Minha maior dificuldade foi interagir novamente com o mercado de trabalho, principalmente por estar despreparada”, conta.

Além das mudanças do mercado de trabalho e a transformação da pirâmide etária do país, a gerente de gente e gestão do Grupo São Francisco, Lange Velludo, é pragmática ao justificar as razões para a criação do programa. “O mais forte para nós é trabalhar a diversidade. Essa troca de experiência e o equilíbrio disso tudo foi o que nos motivou”, ela explica.

Lange diz que, assim como na Gol, a criação do programa surgiu de uma necessidade interna e também para melhorar a empresa junto ao público. Um fator adicional ainda figura na criação do programa “50 Mais”: o aumento da demanda e expansão do quadro de funcionários.

Vivendo e aprendendo

Apesar de simbolizarem um avanço na percepção da transformação da força de trabalho no país, os programas específicos de contratação devem não bastar. O envelhecimento da população acontece simultaneamente ao surgimento de novas tecnologias, o que faz necessário manter os colaboradores mais velhos sempre atualizados com os novos procedimentos e práticas do mercado de trabalho.

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), estima-se que, em 2040, 57% dos brasileiros ativos terão 45 anos ou mais – uma conjuntura que inclui cada vez mais profissionais maduros. Sendo assim, as empresas percebem a necessidade de criar práticas que permitam não apenas a contratação, mas também a capacitação desses colaboradores.

A troca de conhecimentos é algo muito valioso para a Schneider Electric. Programas como o “Mentoria Reversa”, criado em 2018 pela multinacional francesa, reforçam o pensamento de colaboração. Nele, os millennials – nascidos após os anos 1980 – dão treinamento para executivos de alta influência da companhia, sempre em duplas.

Paulo Torso foi contratado para um cargo de gestão quando tinha 49 anos. Hoje, com 55, é Global Supply Chain da Schneider Electric América do Sul. Ele explica que, por meio do Mentoria Reversa, a troca de conhecimentos não gera nada além de melhorias e maior produtividade. “Quando equipes multigeracionais se encontram para discutir projetos, é nítida a maior velocidade, clareza e efetividade da comunicação”, conta.

Ao lado de Jéssica, uma analista de marketing de 28 anos, Torso pôde compartilhar, durante os encontros mensais, valores e ensinamentos em temas como pensamento digital, interatividade, mentalidade de inovação e transformação, design thinking, competências do futuro e estilos de liderança, além de diversidade e usos da tecnologia. “Com esse processo de mentoria, vamos aproximando esses dois mundos”, conta. “Me beneficiei muito disso, entendendo muito mais do que os millennials fazem e como fazem. Ao mesmo tempo, tenho certeza que eles também estão ganhando com nossa experiência”, explica Torso.

A ausência de cursos de capacitação e aprendizado em novas tecnologias para os funcionários sênior não é um problema para Jean Nogueira, do RH da Gol. Essa deficiência é suprida, de acordo com o executivo, com os cursos já existentes na grade de treinamentos dos novos contratados.

“Não criamos distinções aqui. Se uma pessoa é selecionada, é porque cremos que, independentemente da sua idade, crença ou raça, ela é igualmente boa e conectada com o propósito da companhia”, explica.

Uma pesquisa da Randstad, empresa de soluções em recursos humanos, analisou os impactos da força de trabalho multigeracional. No estudo, 86% dos entrevistados acreditam que a colaboração entre gerações é benéfica para a companhia. Ao mesmo tempo, a maioria dos funcionários acredita que a diversidade de idade é um solo fértil para a aparição de melhorias na empresa – o que leva 90% dos entrevistados a crer que soluções inovadoras surgem nesse contexto.

Para Lange, um programa focado em uma única área (call center, no caso do Grupo São Francisco) não é restritivo, mas qualitativo. Tendo em vista que a seleção de perfis é específica, ela explica que um currículo de uma pessoa com idade avançada também pode ser utilizado em uma outra colocação. “O ’50 Mais’ só veio para potencializar uma prática que já tínhamos.”

A diversidade também é uma preocupação na Pepsico, que, além do programa de contratação “Golden Years”, focado em pessoas acima dos 50, também conta com projetos específicos para o treinamento e capacitação de profissionais que estavam fora do mercado de trabalho há pelo menos dois anos.

É o caso do projeto ‘Ready to Return”, em que os selecionados ganham a oportunidade de trabalhar por dez semanas em suas áreas de expertise, com direito a mentorias, treinamentos, salário, benefícios e a chance de permanecer na empresa após o fim do período. Enquanto isso, o “Golden Years” tem foco mais operacional e registrou cerca de 80 contratações desde 2017.

Projetos Futuros

O Grupo São Francisco quer levar o seu projeto para outras áreas dentro da empresa. O próximo passo é contratar funcionários do programa para as recepções dos hospitais da rede.

A Schneider Electric pretende seguir com as mentorias, agora levando o conceito para executivos de menor influência dentro da empresa. A Gol, por sua vez, deve manter o “Experiência na Bagagem” como está.

De fato, é essencial que as empresas percebam a relevância do desenvolvimento de políticas inclusivas, sobretudo as multigeracionais. As perspectivas indicam um aumento na população idosa, que paralelamente se preocupa em estar ativa e alinhada aos padrões do mercado de trabalho. ”Com a idade que a gente tem, não encontramos mais as oportunidades para entrar no mercado. Por isso, acho que temos que abraçar iniciativas como essa”, conta Maria Cristina dos Santos, prestes a completar 60 anos.

 

Fonte: Época Negócios - 18/03/2019

Lidar com situações que exigem decisões difíceis é uma tarefa complicada para qualquer pessoa. Utilizar experiências anteriores ou conselhos de pessoas versadas são opções para tornar esses momentos um pouco mais fáceis. E ninguém melhor do que o ex-presidente de uma nação como os Estados Unidos para se espelhar quando o assunto é tomada de decisão.

Após oito anos de governo, Barack Obama afirmou ter descoberto que a vida no mundo fora da Casa Branca se movia lentamente. Isso porque ele se acostumou a lidar com situações rapidamente – já que, muitas vezes, os casos eram “literalmente de vida ou morte”. Compartilhando seus conhecimentos e habilidades, o ex-presidente dos EUA deu alguns conselhos valiosos para quem quer lidar com decisões difíceis de uma forma mais tranquila.

Confira as dicas a seguir, selecionadas pelo site Quartz.

Confortável com as probabilidades

Quando algum problema chegava a ele na Casa Branca, Obama atesta que a certeza era uma só: eles eram insolúveis. O ex-presidente, quando solicitado, geralmente era obrigado a escolher entre duas opções ruins.

Ao lidar com decisões impossíveis sobre guerras ou crises financeiras, Obama aprendeu sobre a importância de estar confortável com o fato de que não é possível obter uma solução 100%. Entender que você está lidando com probabilidades é fundamental para não ficar paralisado diante da situação e tentando pensar se conseguirá realmente resolvê-la perfeitamente, aconselha Obama.

Fatos e melhores mentes

Um segundo passo, diz Obama, seria coletar o máximo de informações possíveis a partir de fontes inteligentes. “Eu sou antiquado. Eu acredito nesses valores de iluminação como fatos, razão e lógica”, afirma.

Uma etapa crítica, mas fundamental, é ter a confiança de contar com pessoas ao seu redor que sejam mais inteligentes do que você ou que discordem de você ou ainda que tenham perspectivas diferentes das suas. Para Obama, isso ajudou a evitar que ele perdesse tempo pensando que havia alcançado soluções quando ainda não as tinha.

Contando com especialistas, é preciso ter certeza de que você entende tudo que eles dizem. Para garantir isso, Obama não parava de fazer perguntas até que os fatos fossem claros para ele.

A origem não importa

No desastre do derramamento de petróleo do Deepwater Horizon de 2010, Obama relata que a BP, companhia responsável pela plataforma petrolífera que explodiu, não sabia como resolver a situação. A Halliburton, que construiu a plataforma, também não sabia como fechar o buraco no fundo do oceano. Diante disso, o ex-presidente dos EUA colocou seu secretário de energia na ocasião, o físico ganhador do Prêmio Nobel, Steven Chu, para trabalhar no problema.

Três semanas após a crise, Chu apresentou a Obama uma solução. Era um desenho de “um pequeno chapéu”, com alguns números rabiscados ao lado. “Nós enviamos para a BP e eles basicamente fizeram especificações melhores, projetaram e cobriram [o buraco], e funcionou”, afirma Obama.

A lição do episódio? Saber que a origem da solução não importa. Como líder na situação, Obama sabia que desenvolver a solução da forma como Chu fez não era sua tarefa porque ele “não teria pensado nisso”. “Eu teria pensado: ‘Isso não parece complicado o suficiente. E eu não sei quão grande deveria ser o chapéu’”, brinca. O certo, no caso, foi recorrer à fonte entendida no assunto: uma fonte com um Nobel de física. “Isso me deu muita confiança.”

 

Fonte: Época Negócios - 19/03/2019