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Gestão e Negócios

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A pandemia do novo coronavírus impulsionou o número de pagamentos digitais. Pesquisa realizada pela Kantar, a pedido da Mastercard, mostra que 75% das 508 pessoas entrevistadas fizeram mais pagamentos digitais desde o início do isolamento social.

Nesse contexto, o uso de aplicativo se sobressai em relação às demais formas. Pelos apps, 72% realizaram transferências, 68% pagaram contas e 75% consultaram extratos ou saldo da conta.

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Fonte: Kantar/Mastercard

Entre os benefícios dos pagamentos digitais, 82% disseram que apreciam o fato de a transferência e a confirmação serem imediatas, 48% destacaram a facilidade de usar em qualquer lugar e 40% apontaram que são uma alternativa quando não estão com a carteira física.

kantar mastercard

Fonte: Kantar/Mastercard

Por sua vez, 72% dos entrevistados sugerem que o uso seja liberado nos transportes públicos e 56% apontam que gostariam de dividir a conta com outras pessoas por meio dos pagamentos digitais.

Sobre pagamento em tempo real, 75% disseram que gostariam que eles fossem realizados independentemente dos bancos ou das contas digitais envolvidos na transação. Entre as dificuldades percebidas, 52% têm medo de perder o telefone.

 

Fonte: NewTrade - 16/06/2020

As vendas no varejo brasileiro recuaram 16,8% em abril na comparação com o mês anterior, divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mês de abril de 2019, a baixa também foi de 16,8%. Já as vendas do varejo restrito acumularam recuo de 3% no ano e alta de 0,7% em 12 meses.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de baixa de 12% na comparação mensal e de queda de 13,6% sobre um ano antes. Entre março e abril, houve quedas nas oito atividades pesquisadas: tecidos, vestuário e calçados (-60,6%), livros, jornais, revistas e papelaria (-43,4%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-29,5%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-29,5%), móveis e eletrodomésticos (-20,1%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-17%), combustíveis e lubrificantes (-15,1%) e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-11,8%).

No ramo que inclui as atividades de material de construção e de veículos, chamado de "varejo ampliado", as vendas caíram 17,5% em abril ante março, na série com ajuste sazonal. Em relação à receita nominal, o varejo teve quedas de 17% na comparação com março deste ano e de 13,7% na comparação com abril do ano passado.

 

Fonte: UOL - 16/06/2020

A pandemia do novo coronavírus deve mudar hábitos de consumo, principalmente em setores ligados ao comércio e aos serviços, aponta levantamento do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) encomendado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Batizado de "Observatório Febraban", o levantamento ouviu entre os dias 1º e 3 deste mês mil pessoas, amostra considerada representativa da população adulta bancarizada de todas as regiões.

De acordo com a pesquisa: - 46% dos entrevistados disseram que devem reduzir a frequência a bares e restaurantes após a retomada das atividades; - 45% afirmaram que pretendem frequentar menos os shoppings centers, que já começaram a reabrir em algumas cidades do país, apesar do aumento no número de casos e mortes causados pela covid-19; - 30% dos entrevistados responderam que devem comprar mais pela internet no pós-pandemia; - 28% disseram que pretendem usar os serviços de delivery com mais frequência; - 37% responderam que devem viajar menos;

O comércio e os serviços estão entre os setores mais atingidos pela crise econômica causada pelo novo coronavírus. Juntos, os dois segmentos fecharam quase 779 mil vagas formais de emprego nos meses de março e abril, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Empresários da área de bares e restaurantes ouvidos pelo G1 relatam perdas de até 80% no faturamento, mesmo com a adoção do serviço de delivery ou de take out (retirada no local). Eles afirmam que estão sendo obrigados a reinventar os negócios para garantir a continuidade das atividades e reconquistar a confiança de clientes na futura reabertura.

A pesquisa também aponta cautela da população bancarizada em relação ao ritmo de retomada da atividade econômica. Para 43%, a economia do país só vai se recuperar dos efeitos da pandemia depois de dois anos. Na última segunda-feira, analistas do mercado financeiro reduziram pela 17ª vez consecutiva a previsão para a variação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020, para -6,48%.

Os organismos internacionais projetam recessões ainda mais profundas. O Banco Mundial prevê queda de 8% do PIB do Brasil. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) fala em um recuo de 7,4%, que pode chegar a 9,1% se houver uma segunda onda de surto da doença. O levantamento aponta, porém, um otimismo maior relação à situação financeira pessoal e familiar. Praticamente metade (49%) dos entrevistados acredita que as finanças particulares voltarão ao patamar pré-pandemia no prazo de até um ano.

 

Fonte: Abras - 12/06/2020

A pandemia do novo coronavírus desafia todas as projeções econômicas e transformou o comportamento dos consumidores brasileiros. Uma das mudanças mais significativas, segundo o recém-lançado estudo Consumer Insights da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, foi a inclusão de novos canais na rotina de compra da população, que agora busca fazer o abastecimento em mercadinhos de bairro, pequenos varejos e varejos tradicionais para evitar aglomeração. Antes da pandemia, isso se concentrava principalmente em atacarejos.

No primeiro trimestre de 2020, em comparação com o último de 2019, mais de 2 milhões de lares passaram a comprar em pequenos varejos, mais de 1,2 milhão em varejos tradicionais e mais de 200 mil em supermercados da vizinhança.

Para 60,2% dos entrevistados a mudança deve-se à necessidade de evitar aglomerações, 59,6% a fizeram para não ter grandes deslocamentos, enquanto 53,5% a justificam pelos preços acessíveis.

O estudo da Kantar também segmentou os perfis de compra para cada tipo de canal de venda. Enquanto os minimercados atraem majoritariamente pessoas de 40 a 49 anos das classes CDE, com filhos adultos, o varejo tradicional é o preferido de quem tem até 29 anos e crianças pequenas.

Outro canal que passou por uma reformulação em seu formato para atender necessidades mais específicas do consumidor foi o hipermercado, que agora ganha relevância em missões de reposição, com tíquete médio menor e menos itens no carrinho de compras. O atacarejo também passa por uma transformação, atendendo não apenas compras de estocagem, mas também crescendo nas de reposição, movimento de fidelização dos consumidores que o frequentam.

Outros dados do relatório mostram que no primeiro trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019, o gasto médio em bens de consumo massivo subiu 7,7% e os preços 4,8%. E ao mesmo tempo em que a frequência de compra aumentou 4,6%, o que representa uma visita a mais por mês ao ponto de venda, a quantidade de unidades compradas por viagem diminuiu 1,7%. Este aumento no consumo foi detectado principalmente nas classes AB e DE.

E-commerce e Delivery

O comércio eletrônico ganhou espaço na preferência dos consumidores. Considerando toda a América Latina, houve um crescimento de 3,3 vezes nas quatro primeiras semanas após a decretação da quarentena, sendo 2,3 vezes no Brasil. 68% dos respondentes brasileiros dizem que os apps de entregas em domicílio os satisfazem totalmente no quesito velocidade, 63% na facilidade de uso, 64% na qualidade dos produtos e 77% na facilidade de pagamento. Compras por telefone ou Whatsapp e em sites ou aplicativos de supermercados também foram avaliadas.

cesta supermercado

O delivery também veio para ficar. O sistema ganhou 38% de novos usuários no primeiro trimestre de 2020 em comparação com o segundo trimestre de 2018, sobretudo na classe AB (+11%). As três categorias mais beneficiadas foram fast food, pizzas e pratos/refeições, sendo os adultos e jovens adultos os públicos que mais impulsionaram o consumo de indulgências.

cesta supermercado

Cestas

Outra alteração significativa foi no hábito de compra. No pré-isolamento o objetivo dos consumidores foi grande estocagem, especialmente das cestas de limpeza e alimentos. Já no final do mês de abril, alimentos e bebidas se destacaram, e o setor de higiene e beleza passou para segundo plano. A dinâmica de compra de fim de mês foi suavizada, com tendência de retração.

Na semana de 4 de maio, em comparação com a de 9 de março, os brasileiros optaram por opções mais indulgentes dentro de casa. O consumo de ingredientes para doces e de cerveja cresceu: leite condensado 61%, creme de leite 45%, cerveja 42% e leite 39%. Por outro lado, houve queda na compra de itens como queijo, fraldas e frangos.

Presença de bebidas alcoólicas

A partir de 20 de março, devido à necessidade de isolamento social, o consumo fora do lar de cervejas foi trocado para o dentro do lar. Só nos finais de semana houve um crescimento de 9% de ocasiões da bebida quando analisamos o primeiro trimestre de 2020 versus o mesmo período do ano passado.

O mesmo aconteceu com vinhos, que ganharam 19% de novas ocasiões durante a semana e 6% aos sábados e domingos. Quase 90% de seu consumo é feito como acompanhamento de pratos.

 

Fonte: Portal Newtrade - 10/06/2020

Empresas que não estão com as contas em dia junto à Receita Federal, referente ao ano de 2019, não poderão acessar o crédito do Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Pronampe), detalhado nesta quarta-feira (10/09) pelo governo federal. Além disso, quem tiver acesso ao valor não poderá demitir funcionários pelo prazo que durar o financiamento acrescido de mais dois meses. O prazo máximo para pagamento do crédito é de até 36 meses.

A Lei nº 13.999/2020, que cria o Pronampe, foi publicada no Diário Oficial da União no dia 19 de maio. O objetivo, segundo o governo, é garantir recursos para os pequenos negócios e manter empregos durante a pandemia do novo coronavírus no país. “Isso significa, aí sim, o reconhecimento que o crédito está direcionado àquelas empresas que cumpriram com suas obrigações tributárias em 2019 de entregar regularmente suas declarações.

Fazendo uma separação, é claro que aquelas empresas que não apresentaram suas declarações em 2019 não ascenderão à linha de crédito do Pronampe”, disse o secretário Especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto em entrevista no Palácio do Planalto. Além de estar em dia com a Receita, outras obrigações para a empresas estão vinculadas à adesão ao crédito. Uma delas é de que a empresa não poderá demitir funcionários por até dois meses após o pagamento da última parcela do empréstimo, que tem o prazo de 36 meses para ser quitado.

De acordo com o secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa, este prazo é considerado curto, se comparado ao prazo para o pagamento das parcelas. “Essa é uma linha para as empresas retomarem as operações. É diferente das linhas anteriores cujo objetivo era manutenção do emprego. Por isso, o Congresso previu uma manutenção do emprego por 60 dias, embora o re-pagamento tem muito mais tempo, inclusive com uma carência de 8 meses”, disse o secretário.

O governo anunciou que o Banco do Brasil já está pronto para operar a linha de crédito do programa e até o momento. Sem acordo com a equipe econômica, 12 outras instituições estão se habilitando para operacionalizar a linha de crédito. O governo não quis divulgar o nome desses bancos, no entanto informou que 3 instituições dessas são de grande porte. Costa avaliou que, nas próximas horas, ele espera que as instituições já possam estar plugadas no sistema que será gerenciado pelo Banco do Brasil. “Esse é um momento de trabalho conjunto das instituições participaram de todo processo de construção desse produto”, disse o secretário.

 

Fonte: Metropoles - 02/06/2020

Medidas de isolamento têm evitado avanço maior do nível de contágio, mas sinalizam reativação lenta - e mais dura - da atividade econômica. Principalmente para os pequenos negócios

As regras de flexibilização da quarentena por regiões do estado de São Paulo, anunciadas na última quarta-feira (27/05) pelo governador João Doria, trouxeram certo alento para algumas cidades e setores que podem retomar gradualmente suas atividades - como shoppings e escritórios comerciais, por exemplo. 

Porém, após mais de 70 dias de isolamento social, a reativação da atividade econômica é cercada por incertezas. Principalmente para os pequenos negócios. 

A análise de empresários participantes da reunião on-line do Comitê de Avaliação de Conjuntura da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), realizada na última quinta-feira (28/05), sinaliza um consumo muito retraído quando as portas puderem ser abertas, e a quebradeira entre as MPEs deve se intensificar. 

Alguns números mostram qual é a situação atual desse segmento de empresas. Pesquisa do Sebrae divulgada no início de abril apontava que 89% das micro e pequenas empresas tiveram redução média de 69,3% no faturamento em uma semana, com a adoção das medidas restritivas. 

Outro levantamento, também realizado pelo Sebrae no mesmo período, mostrou que, financeiramente, Microempreendedores Individuais (MEIs) tinham só oito dias de caixa para saldar seus compromissos.  

Com mais 860 mil vagas de emprego formal fechadas só em abril, conforme dados recém-divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o medo do desemprego já está fazendo com que o consumidor coloque o pé no freio para novas compras, dificultando ainda mais a retomada. 

varejo de shoppings é um dos exemplos mais característicos: hoje há 107 empreendimentos funcionando no país em locais onde houve flexibilização há pelo menos 20 dias, disse um especialista em varejo presente à reunião (historicamente, os integrantes deste comitê da ACSP pedem que seus nomes sejam preservados).

Nos já reabertos, apesar da ligeira melhora nas vendas de artigos pessoais, como bijuterias e roupas e também presentes, muitos consumidores, com medo de contaminação e com a renda menor, têm ido menos aos shoppings. Com isso, a queda no movimento já é de 70% em relação a igual período ano passado.  

O que muitos estão enxergando na reabertura, segundo o especialista, é que várias lojas pequenas vão voltar às atividades praticamente com caixa zero, mas com a expectativa de gerar receitas para cobrir despesas.

"Se alguns empreendedores flexibilizaram o pagamento de alugueis na quarentena, por exemplo, na reabertura certamente eles voltarão a ser cobrados", alerta. "Muitas pequenas empresas vão reabrir e não vão durar dois meses, e pelo menos 20% vão ter que fechar pois não terão condições de se sustentar." 

CENÁRIO DE INCERTEZAS

Apesar de estar aberto e ser considerado essencial, no varejo da construção, apenas as lojas 'organizadas', como os  home centers, responsáveis por 60% do faturamento do setor, têm tido relativo sucesso 'nessa guerra', segundo um empresário da área presente à reunião.

Mas as pequenas, não: além da falta de crédito e de estoque, muitas se encontram em dificuldades financeiras - o que deve gerar muitos fechamentos nos próximos meses, principalmente na capital paulista.   

"A não ser por algum atendimento quase caseiro, quem está fazendo obras ou reformas nesse momento? Mas como elas dependem exclusivamente da venda de material, e apesar de não terem vendas grandes, muitas lojas fora da capital têm sobrevivido, e acreditam aguentar pelo menos três, quatro meses nesse sistema."

A questão mais preocupante, no momento, é a forma como foram tomadas as medidas de isolamento social, que podem levar à possível regressão dos indicadores pós-reabertura. "O que foi feito 'apavorou' a população, e terá impacto negativo no varejo por um bom tempo", disse um empresário do setor presente à reunião. 

Ele afirma que  o problema, especificamente em São Paulo, são os 'dois Brasis' - com Morumbi e favelas, por exemplo. E citou dados das últimas semanas que mostram que o isolamento é inócuo em locais mais pobres.

"A curva de contágio subiu 34%, depois 60% e 66% nessas áreas, pois esses modelos sofisticados criados pela equipe do governo veem São Paulo como uma unidade. Mas não é bem assim", afirma. "E na hora que tudo reabrir, infelizmente pode haver repique das mortes por não termos isolado a verdadeira população de risco." 

Ele também criticou a demora em implantar o isolamento, que começou bem depois do Carnaval, levando São Paulo ao mesmo cenário da Espanha. "Esperamos um mês para tomar medidas necessárias e, quando foram implantadas, o número de mortes aumentou", disse. "O que fizemos da economia ninguém conseguirá dimensionar: o receio é que essa reabertura parcial acabe sendo revertida, e a gente dê um passo atrás."

NA AGRICULTURA E NO E-COMMERCE, TUDO OK

Mas nem todos os setores têm sofrido os impactos negativos da pandemia. Com o melhor resultado para o mês desde 2013, o agronegócio brasileiro exportou US$ 10 bilhões no último mês de abril. 

De acordo com um empresário do ramo presente à reunião de Conjuntura, a agricultura de alimentos caminha bem, apesar da queda de 20% no mercado interno. "Mas estão mantidas as grandes negociações com a China, e teremos  algo em torno de 30% só nas exportações de carne bovina para o país este ano", disse.  

Apesar do temor da covid-19, que fechou cerca de seis fábricas da JBS nos EUA, reduzindo em 21% o abate de bovinos no país, aqui no Brasil a indústria se adaptou aos protocolos sanitários, e a "situação está controlada."

Já a soja, em termos de volume, bateu todos os recordes, segundo o empresário, com o país asiático responsável por 73,4% das aquisições do grão no 1º quadrimestre, somando US$ 31,4 bilhões. A alta de 5,9% nas exportações aumentou a quantidade embarcada em 11,1%, causando "filas de navios" no porto de Santos. 

"O cenário é muito positivo: a alta do dólar tem nos ajudado imensamente: nunca vendemos tanto no mercado futuro, e já comercializamos perto de 30% a 40% da safra de 2020 e 2021", afirmou.

Na outra ponta, o e-commerce também trouxe boas notícias: um especialista do setor presente à reunião disse que, em dez semanas, do final de fevereiro à primeira semana de maio, a alta no número de pedidos foi de 66% ante igual período de 2019. Já o faturamento cresceu 54%. Os dados são da Ebit/Nielsen.

Hoje, o setor se divide em dois cenários: o dos e-commerces com 'lojas próprias', que cresceram 42%, e marketplaces que vendem produtos de terceiros, como B2W, Magalu e Mercado Livre, com alta de 88%. 

"O fechamento de lojas e shoppings acelerou as compras do e-commerce. Acompanho o setor há 20 anos e nunca vi crescimento tão expressivo. A não ser no início, quando as bases de comparação eram menores."

No período, cresceu também o faturamento das categorias como alimentos e bebidas (144%), saúde (135%), cama mesa e banho (109%) e brinquedos (105%), puxados pela necessidade de ficar em casa. 

O especialista passou outras informações: só em abril, 10 milhões de pessoas compraram no e-commerce brasileiro. Na semana de 5 a 11 de maio, as vendas on-line tiveram o maior patamar de crescimento este ano, com alta de 15% sobre a semana anterior. "Nos 15 dias antes do Dia das Mães, o faturamento subiu 68%." 

Para um e-commerce, que crescia, em média 15% a 18% por ano, o especialista foi perguntado se os "números estratosféricos" de crescimento do período de pandemia devem ser mantidos quando o varejo puder reabrir.

"Acredito que, considerando sua aceleração no primeiro semestre, que será superior a 50%, e a retração do bolo total do varejo este ano, o setor deve crescer em torno de 10% em 2020", concluiu. 

 

Fonte: Diário do Comércio - 29/05/2020

Com 140 mil lojas no País, 70% delas de pequeno porte e gestão familiar, o varejo de materiais de construção vem passando por transformações importantes durante a pandemia. Nos últimos dois meses, o percentual de consumidores que compram online algum produto de material de construção saltou de 24% para 40%, mas esse é um setor ainda pouco digital. Segundo a Anamaco, nas compras online a ferramenta mais usada é o envio de e-mails para a loja, seguida por deixar os dados para que a loja retorne o contato. A compra no e-commerce tradicional é apenas o terceiro meio mais usado.

Com barreiras como prazos longos de entrega e valor elevado de frete, além de itens que normalmente demandam um atendimento mais consultivo, o setor de materiais de construção tem um longo caminho a percorrer em sua transformação digital. “Essa não é uma agenda somente de grandes empresas, e sim de negócios de todo porte”, afirma Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), durante live realizada pela Votorantim Cimentos nesta semana. “O que muda são as aplicações. O que funciona para um grande home center em uma capital não pode ser aplicado da mesma forma em um pequeno lojista do interior”, comenta.

O executivo alerta que a digitalização dos negócios não pode mais ser associada à criação de uma plataforma de e-commerce. “O e-commerce é uma alternativa digital, e talvez possa nem ser a mais importante para o seu negócio. Aplicativos de mensagens como o WhatsApp e as redes sociais são exemplos de ferramentas que têm crescido muito como alternativas para alcançar o consumidor onde ele estiver”, explica.

Mude a forma de fazer varejo

Mais importante que pensar no uso de uma ou outra ferramenta digital é entender que é preciso mudar a forma de se fazer varejo. “Aquele modelo de loja que abre de manhã e fecha à noite esperando o cliente ir buscar produto morreu. Já vinha morrendo, o Covid-19 só acelerou isso”, afirma Terra. Para ele, a loja física precisa existir, é importante no relacionamento com o cliente, mas não pode mais ser passiva. Isso faz com que o papel dos vendedores mude. “Eles passam a usar a base de clientes para contatá-los ativamente, pelas redes sociais e WhatsApp. Os vendedores precisam buscar o cliente fora da loja, interagir com eles no digital para levar para o físico. É uma maneira diferente de pensar o relacionamento com o consumidor”, diz.

Para atender clientes com hábitos cada vez mais digitais, as empresas precisam acompanhar essa evolução. “Quanto menos iniciativas digitais um varejista tem, mais distante ele está do consumidor”, comenta Terra. Para ele, empresas de qualquer porte precisam investir na transformação digital. E não precisa ser algo complexo. “Dada a sua realidade de mercado e sua maturidade digital, defina algumas poucas iniciativas e coloque para funcionar. Aprenda com os erros e faça tudo de novo, melhorando sempre a cada nova iniciativa”, explica.

Transformação digital também não precisa começar com grandes investimentos. “É incrível a quantidade de empresas que não está no Google ou está com dados desatualizados nele. Os consumidores estão acostumados a buscar lojas perto de onde elas estão. Se o seu negócio não está no Google, você não aparece para esse público. O custo de mudar essa situação é zero”, exemplifica. Montar um catálogo em PDF com os produtos mais vendidos e enviar para os melhores clientes por WhatsApp também tem um custo muito baixo e pode gerar resultados imediatos. “O lojista precisa digitalizar seu negócio. Não precisa começar pelo perfeito: é importante começar com o que é possível fazer e então ir melhorando. Você pode fazer de tudo no digital, desde que teste, aprenda e corrija rápido o que não funcionou. Por isso, quanto antes começar, melhor”, completa.

 

Fonte: SBVC - 01/06/2020

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