Gestão e Negócios
Em uma economia em que a vida de uma pequena organização no Brasil é uma grande incerteza, os empresários precisam ficar atentos não somente nas vendas, mas também na Comunicação dessas empresas. Como se não bastasse a constante luta pela sobrevivência aos altos tributos, as pequenas empresas ainda enfrentam competidores de todos os portes. Alguns até com potencial bem mais competitivo, no que tange aos preços, distribuição e até mesmo na comunicação da marca.
Para atingir o seu mercado-alvo e suprir suas necessidades, essas pequenas empresas conseguem apenas investir na criação do melhor produto, ou serviço. Infelizmente, nada adianta essa equação se os empresários não torná-lo conhecido e desejado pelos seus clientes.
Para permanecerem competitivas e atuantes essas organizações precisam estar atentas a toda e qualquer mudança e acompanhar, ou mesmo antecipar, os interesses e as necessidades do seu público-alvo.
A informação passa a ser vista como um instrumento para a tomada de decisões no que diz respeito às estratégias de produtos, serviços, ampliação e redirecionamento da empresa, entre outras. O que não podemos esquecer também é o fato desta informação fazer parte do planejamento da empresa, que é uma ferramenta de equilíbrio, crescimento e manutenção de qualquer organização.
Um plano de negócios deve ser compatível com a realidade do mercado, caso contrário, ele pode resultar em investimentos não planejados. Promover investimentos, seja financeiro, comunicacional, ou de energia, sem que antes tenham se fixado metas, prazos e recursos utilizados, implicará a impossibilidade de alcançar o sucesso que tanto o empresário espera.
Os empresários devem estar sempre amparados por planejamentos e armados de planos bem estruturados para quaisquer novas implantações. Desta forma, é imprescindível o investimento em novos conhecimentos e ferramentas de capacitação como fator determinante de sucesso, principalmente em Marketing, Assessoria de Imprensa e na sua Comunicação.
Para muitos, esses termos são confusos e são encarados como custos para a empresa. Muito pelo contrário, são estratégias das quais os empresários desconhecem os limites. Cada estratégia tem suas regras, suas fronteiras, e momentos adequados para serem explorados.
Muitos empresários ainda possuem uma imagem distorcida sobre o que realmente é o Marketing e para que ele serve. É comum encontrar definições em que o significado de Marketing é a propaganda. O Marketing, definitivamente, não é propaganda, ou pelo menos, não só propaganda. Propaganda é somente uma parte do Marketing. A propaganda é qualquer forma paga de apresentação impessoal e de promoção de idéias, bens ou serviços por um patrocinador identificado.
Outra grande confusão ainda atinge a mente de muita gente. Muitas empresas ainda confundem marketing com vendas. As vendas começam apenas quando se tem um produto. O marketing entra em cena antes da existência do produto. O marketing é o dever de casa da organização para descobrir o que as pessoas precisam e o que a empresa deve oferecer. O marketing determina como lançar, precificar, distribuir e promover as ofertas de produtos e serviços no mercado. Em seguida, monitora os resultados e melhora as ofertas, ao longo do tempo e também decide quando se deve cessar uma oferta.
Nessa época de globalização em que o mundo passa, as pessoas estão sendo atacadas por grandes quantidades de informação. Então, neste caso, torna-se difícil a sobrevivência para as empresas que não analisam e planejam seu marketing e sua comunicação se fazerem ouvir diante de tantos atrativos oferecidos por inúmeras comunicações. É justamente aqui que um bom plano de negócios deve estar estruturado para que as pequenas empresas se sobressaiam em meio a tantos apelos comunicacionais.
Também não é hora dos empresários cortarem os investimentos em Marketing e Comunicação. É hora de lutar para conquistar novos clientes. Para muitos, essas ações impactam no caixa da empresa que, normalmente, pode estar sem dinheiro. Então, como conseguir ter sua marca estampada em uma página de jornal, ou revista, sem investir em Marketing? A resposta é muito simples, é aqui que entra o trabalho da Assessoria de Imprensa.
Sendo uma vertente da Comunicação Empresarial, a assessoria de imprensa busca assuntos que sejam de interesse da imprensa dentro das companhias, gerando mídia espontânea, divulgando fatos e assuntos de interesse geral. Uma matéria que ocupa um quarto de página em um grande veículo de comunicação, por exemplo, tem um impacto tremendo na imagem corporativa, sem falar na questão custo versus benefícios, uma vez que é um jornalista quem está falando da sua empresa. A diferença está em um anúncio onde a própria empresa está falando bem dela e, outra coisa, é ler uma matéria positiva sobre sua empresa.
O que precisa ficar bem claro é que uma ação não inibe a outra. Não é porque está se investimento em Marketing que as empresas não podem (ou não querem) usufruir da Assessoria de Imprensa, ou vice-versa. Na verdade, são funções distintas e que, juntas, trabalham para o bem de qualquer organização.
Fonte: Portal Empreendedor, por Bernardo Junnior
Estamos no final do ano e, nesse momento, começam a nascer as famosas promessas de ano novo que acabam nunca sendo cumpridas. O mais engraçado é que a maioria das pessoas já conhece esse ciclo que consiste na empolgação inicial, na definição e depois no completo esquecimento ao longo do ano.
O interessante é que isso não acontece apenas na área pessoal, há muitas empresas que caem nesse mesmo ciclo.
O problema corporativo não é a estratégia, mas sim a sua execução das ações prometidas ao longo do ano.
Este ano, pelo que pude ouvir de empresários e executivos no Brasil, foi excelente! Foi um ano de oportunidades e crescimento. Claro que a crise econômica mundial, que começou a se mostrar a partir de agosto, tende a mudar um pouco o cenário, mas mesmo assim foi um período positivo.
Em 2009, o cenário ainda está incerto, mas eu defendo que precisamos acreditar e não parar no meio do caminho. Caso contrário, entraremos em um círculo vicioso perigoso. O próximo ano será “diferente”, se ele vai ser fácil ou difícil, isso vai depender muito de como você irá enfrentá-lo. Minha sugestão é deixar o medo de lado e trazer o otimismo à tona.
Por aqui vou fazer minha parte com nosso plano estratégico, vamos aumentar nossa equipe, vamos investir em novos mercados e mídias e no lançamento de novos produtos. Eu prefiro definir o que quero a aceitar o que vier, e ao longo do trajeto vamos afinando as rotas para chegar sem turbulência.
Ano que vem será o ano da produtividade: seja na vida pessoal ou corporativa, todo mundo vai precisar fazer mais com menos, ter foco no importante e fazer a execução acontecer!
Por isso, não deixe 2009 ser uma cópia mal feita de 2008, sugiro que aproveite essa época, reserve uma hora e faça um planejamento do seu ano:
· Revise o que é importante para você
Ano que vem precisará de foco e não de perda de tempo à toa. Para isso, você deve ter clareza e responder as seguintes questões: Que atividades eu devo focar em 2009 e quais eu devo abortar? Faça uma lista de “FOCO” e outra de “STOPs”. Depois de concluída, faça uma lista de prioridades por ordem de importância. Olhe para os cinco primeiros itens e detalhe um plano de ação na sua agenda;
· Use uma agenda
Eu já falei sobre isso algumas vezes e volto a insistir: aproveite o começo do ano para escolher uma ferramenta única, centralizada e prática que você possa organizar e deixar claro todos os seus planos;
· Escreva uma ou duas metas
Não adianta fazer muitos planos, o melhor é focar em poucos objetivos ao longo do ano, que sejam muito relevantes e viáveis. Como roteiro, pense exatamente o que você quer e defina qual é esse desejo, pense em indicadores (quanto preciso investir) e em uma lista de ações práticas e de curta duração;
· Crie pontos de controle
A cada bimestre, agende uma reunião de uma hora com você mesmo para revisar seus planos, suas metas, seus “FOCOs” e “STOPs”. Isso evita que a promessa caia em desuso ao longo da execução;
· Compartilhe seus objetivos com alguém de confiança
Escolha uma pessoa próxima, que ajude você a manter o nível de confiança, motivação e que o questione sobre os seus planos. Pode ser um coach profissional ou mesmo aquele amigo chato que faz você pensar na vida;
· Coloque você nos seus planos o ano inteiro
Quanto mais tempo para você, mais energia para executar seus planos para 2009! Inclua atividades de lazer, esporte, ócio ou qualquer outra coisa que o faça “recarregar as baterias” com uma periodicidade quinzenal.
Já que muitas pessoas andam falando que ano que vem é “dois mil é inove”, não se esqueça de fazer uma grande inovação: planejar, manter e executar as promessas de fim de ano!
A frase do ano será: Quando há medo, se criam muros. Quando há esperança se criam pontes.
Fonte: Portal Empreendedor, por Christian Barbosa
A abertura da economia brasileira e a conseqüente invasão de produtos importados nestes últimos anos provocou profundas mudanças no país. Passamos a ter acesso a inúmeras novidades (algumas úteis e outras nem tanto) que transformaram radicalmente os nossos hábitos de consumo.
A vulnerabilidade de nossas empresas ficou patente, quando esta importação com pouco ou nenhum critério, aliada ao fato da moeda estar supervalorizada, permitiu que produtos importados tivessem preços extremamente baixos, o que levou muitas empresas nacionais à perda de competitividade e com isto, a sérias dificuldades financeiras.
Esta inundação de produtos importados fez com que aumentasse o desemprego, já que os postos de trabalho na indústria brasileira migraram para o exterior.
A aquisição de produtos estrangeiros (muitos de péssima qualidade) em detrimento de produtos Made in Brazil, ajuda com que não se invista no desenvolvimento das empresas nacionais.
Como crise é sinônimo de oportunidade e sabendo que tecnologia agrega valor, precisamos gerar as condições necessárias para desenvolver nossa própria tecnologia (quando exportamos matéria-prima para outros países e importamos produtos industrializados, estamos pagando a diferença - que não é pequena!). Atualmente, a esmagadora maioria dos projetos das máquinas e equipamentos que utilizamos vem do exterior, onde se investe muito em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. Como exemplo, podemos citar a Sony, que está desenvolvendo um novo tipo de bateria de lítio com eletrodos feitos de bambu, que deve armazenar o dobro de energia de uma bateria comum. Na produção, brotos de bambu são carbonizados, prensados, peneirados e moldados.
As microempresas representam hoje uma fatia significativa de oferta de emprego e também de produtos e serviços de elevada qualidade. Algumas, com incomparável agilidade e incessante procura por aprimoramento técnico fazem com que se tornem ninhos de boas e acertadas iniciativas.
Parcerias firmadas com empresas estrangeiras muitas vezes facultam e aceleram o acesso a tecnologias atuais e permitem com isto utilizar de modo mais racional os recursos disponíveis.
O que temos que aprender é a administrar a escassez, porque administrar a abundância é fácil! Haja vista o exemplo dado por algumas empresas (estatais e privadas) que ainda utilizam (muito) mal os seus recursos.
Qualidade, faturamento e custos
Em sua luta pela sobrevivência, diversas empresas empenham-se em melhorar a qualidade de seus produtos e serviços, insistem muitas vezes em sua massificação, e se esquecem de dar atenção ao atendimento do cliente. A qualidade e o preço dos produtos/serviços das empresas tendem a se igualar, e é onde entra a importância de tornar o atendimento o diferencial entre uma e outra, o “algo mais”. Muitas vezes até fazemos questão de pagar mais por um produto ou serviço, quando o atendimento é excelente.
Segundo uma pesquisa publicada em 1986, na Harper´s Magazine, se você estiver satisfeito com a compra de um produto, contará a outras 8 pessoas. Se você estiver descontente, contará para outras 22 pessoas!
Produtos ou serviços ruins lembram os clientes (consumidores) para que mudem de marca na próxima vez.
Uma outra pesquisa realizada pela Technical Assistance Programs revela que de cada 27 clientes que experimentaram um mau serviço, 26 não reclamam (eles consideram que reclamar será desgastante e perda de tempo). Daqueles que decidem reclamar, somente 1 em cada 10 volta como cliente.
As pesquisas anteriormente citadas devem servir de alerta para nós, uma vez que em geral conquistar um novo cliente custa 5 a 6 vezes mais caro, do que manter um cliente existente.
Para que uma empresa possa se direcionar para o cliente externo, a sua estrutura interna deve estar devidamente preparada. Isto significa que os clientes internos da empresa, ou seja, os seus integrantes devem trabalhar extremamente motivados e em conjunto. De nada adianta definir o cliente externo como soberano, se os membros da empresa não recebem o mesmo tratamento dispensado a ele. É só uma questão de tempo para haver um colapso!
Pesquisas recentes demonstram que vale a pena investir na qualidade de vida e na saúde dos funcionários. Os números nos Estados Unidos são animadores (segundo o livro Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho):
- A DuPont reduziu em 14% as faltas por doença; a NASA aumentou em 12,5% a produtividade, porque as pessoas chegavam ao final do dia menos cansadas; a General Electric reduziu em 38% os custos de assistência médica num período de 18 meses.
No Brasil, a Shell (que adota padrões americanos para validar seus programas de qualidade de vida e apoio psicológico), estima que para cada dólar investido obtenha o retorno de quatro!!
Implantação de um modelo de Gestão pela Qualidade
Quando falamos em Qualidade, geralmente nos vem à mente a imagem de um sujeito vestido com um jaleco branco impecável, com os bolsos recheados de canetas coloridas, que equipado com uma parafernália de instrumentos (inúteis) procura demonstrarem um ar de seriedade, enquanto demonstra ao consumidor (este pobre coitado) as inigualáveis qualidades de seu produto.
Fica a imagem de que apenas uns poucos iluminados, dotados de Q.I´s extremamente elevados, podem cuidar da qualidade dos produtos e serviços que consumimos. Nada mais falso!!
A qualidade é feita por seres humanos como nós, que se esforçam em atender às necessidades do mercado, apesar de muitas vezes não utilizarem métodos adequados para tal.
Selos de qualidade (certificações) procuram passar uma maior credibilidade e segurança ao consumidor. É claro que a certificação de uma empresa, por exemplo, segundo as normas ISO, faz com que exista um diferencial com relação a outras empresas.
Mas de modo algum significa que o produto é o mais avançado ou o melhor da categoria. Em outras palavras, pode-se estar certificando um péssimo produto ou serviço, que já não atende mais às necessidades dos clientes.
Como então implantar um processo de Qualidade na empresa, para que a mesma possa aumentar o seu faturamento e reduzir os custos, assegurando assim a sua sobrevivência? Não existem fórmulas mágicas, tampouco soluções mirabolantes. Deve-se utilizar o modelo de gestão pela qualidade que mais se adequar à cultura da empresa em questão, sem, no entanto perder a visão de futuro (planejamento de longo prazo).
A implantação do conjunto de ações mencionadas a seguir irá surtir um efeito maior do que a implantação de uma ou outra ação isolada, já que elas perdem o efeito em curto espaço de tempo.
Fonte: Matthias Rembert Reinold
Especialista em gestão pela qualidade total (T.Q.C.)
Promover o trabalho em equipe
A empresa, quando trata o seu colaborador como um legítimo parceiro, trabalha em regime de simbiose - do grego symbiosis, que significa: vida em comum de dois organismos de espécies diferentes, na qual há benefícios recíprocos; vida em comum. Essa simbiose permite, por exemplo, que o colaborador possa ter um plano de assistência médica patrocinado pela empresa; que no seu local de trabalho exista um banheiro limpo e adequado às suas necessidades; que a empresa forneça refeições em seu restaurante; que o colaborador passe a ter participação nas decisões que o afetam; que seja tratado como gerente de seu processo, com autoridade sobre o mesmo e responsável pelos produtos/serviços que gera - não delegando esta responsabilidade ao “Controle de Qualidade” da empresa.
Educação e treinamento
A educação e treinamento permanentes dos funcionários - de forma contínua e planejada, devem ser os agentes de mudança da empresa, de modo que ela possa enfrentar uma economia globalizada e garantir a sua sobrevivência.
Todo programa de educação e treinamento deve ser baseado no lema “educar, treinar e fazer”. Se a educação e treinamento das pessoas demandam um esforço enorme, só deveremos fazê-lo quando diante de uma necessidade evidente proveniente de necessidades da empresa. E, baseado no fato de que é difícil educar e treinar e devemos manter na empresa as pessoas hábeis nas atividades necessárias à sobrevivência da mesma.
Implantação do “5S”
O significado dos “5S” é baseado nas iniciais de cinco palavras japonesas:
Seiri (Arrumação), Seiton (Ordenação), Seisoh (Limpeza), Seiketsu (Asseio) e Shitsuke (Auto-disciplina). O “5S” promove o aculturamento das pessoas a um ambiente sem desperdícios, organizado, limpo, higiênico e disciplinado, que são fatores muito importantes para uma elevada produtividade.
Planejamento - o Ciclo PDCA
Quanto mais complexo o processo, mais temos que efetuar o planejamento de modo formal, isto é, “registrá-lo no papel”. PDCA significa “Planejar”, “Executar”, “Checar” e “Agir Corretivamente”. A fase do Planejamento (P) é dividida na definição das metas e dos métodos (5W1H) para atingir as metas; a fase de Execução (D) divide-se na educação e treinamento das pessoas envolvidas e na execução da tarefa (deve-se então coletar dados); a fase de Verificação é necessária para comparar o planejado com o realizado, objetivamente, com base nos dados coletados e a fase da Ação Corretiva (A) é necessária para o estudo dos resultados gerais do esforço e correção nos produtos/serviços executados, retornando à fase de Planejamento.
Metas e métodos
As metas podem ser estabelecidas a partir de diretrizes da alta direção da empresa ou pelo próprio gerente. O estabelecimento de metas deve ser efetuado a partir da análise dos resultados do ano anterior. Então devem ser definidos os procedimentos (métodos) a serem seguidos para o cumprimento das metas.
Não adianta dizer para o pessoal que “nós temos que reduzir o desperdício de tal insumo ou que temos que melhorar a qualidade do produto X, pois há muitas reclamações!”. Nada de exortações! As decisões devem ser tomadas com base em fatos e dados e jamais no “achismo”. A meta estipulada deve ser numérica e o método (plano de ação) deve ser detalhado para que aumente a chance de acerto. O plano de ação é elaborado com base no “5W1H”: O QUE vai ser feito, QUEM vai fazer, PORQUE vai fazer, COMO vai fazer, ONDE vai fazer e QUANDO vai fazer.
Indicadores de desempenho
Empresas preocupadas em evoluir devem possuir indicadores de desempenho, sob a forma de itens de controle, que expressem de forma numérica, a evolução do processo. Estes itens de controle podem ser divididos em Qualidade, Custo, Moral, Atendimento e Segurança (Q, C, M, A, S). A melhor maneira de exprimir os resultados é através de gráficos de controle (que nos demonstram claramente, sem a necessidade de explicações desnecessárias). Devemos nos lembrar de que só controlamos aquilo que medimos. É como se fôssemos dirigir um automóvel sem atentar para os “indicadores”, como velocímetro, marcador de combustível, nível de óleo, água, líquido do radiador, pressão dos pneus etc. É desastre na certa!
Padronização
A padronização é necessária para assegurar a manutenção de um processo, ou seja, tornar previsíveis os seus resultados (produtos ou serviços). O Procedimento Operacional Padrão (P.O.P.) visa padronizar uma tarefa, de modo que todos executem a mesma tarefa, conduzindo-a da mesma maneira. É como se fosse uma receita de bolo, onde existe o bolo da Empresa Y e não o bolo do funcionário João, do José, da Maria etc...
Solução de problemas
Cada funcionário deve poder atacar as causas do problema e saber eliminá-las, já que é o dono de seu processo. Para isso, ele deve ser um exímio solucionador de problemas e treinado em métodos de solução de problemas (desde o método mais simples até o mais complexo). É praxe acontecer o contrário, onde apenas a chefia e alguns funcionários resolvem eliminar os problemas. É uma questão de cultura: se o cidadão joga toneladas de garrafas plásticas no esgoto e depois reclama da Prefeitura medidas para a eliminação de alagamentos, ele está apenas varrendo para longe de si um problema (grave) causado pela sua própria falta de iniciativa e cidadania.
Para a solução de problemas, é necessário que exista um contato sistemático entre o nível de comando e o nível operacional, pois segundo uma pesquisa realizada no Japão, dos problemas relacionados pelo pessoal de base de determinada empresa (100% dos problemas), somente 4% eram conhecidos pela alta administração, apenas 9% pelos gerentes e 74% pelas chefias imediatas.
Os momentos de crise sempre existirão; o que muda é a velocidade com que os eventos ocorrem. Para tanto, é imperativo que as empresas estejam preparadas para isto, investindo cada vez mais em seu capital mais precioso - a mão-de-obra - pois a máquina não substitui sentimentos e emoções!!!
Fonte: Matthias Rembert Reinold
Especialista em gestão pela qualidade total (T.Q.C.)
O mercado extremamente competitivo leva a preços, qualidade e condições de entrega semelhantes entre si e apenas aqueles que possuem um diferencial conseguem sobressair. Este diferencial pode ser obtido, por exemplo, pela redução de custos na elaboração de determinado produto, permitindo maior margem ao fabricante, que pode então reinvestir no seu negócio, de modo a obter maiores reduções e aumento da qualidade. Alguns optam por transferir estes ganhos na redução de custos para o preço de seu produto, beneficiando diretamente os consumidores.
Uma série de fatores deve ser levada em consideração quando se fala em redução de custos, como por exemplo, o consumo de água, energia elétrica, óleo combustível, entre outros.
Redução do desperdício de água
Atualmente o consumo de água no mundo divide-se da seguinte forma: agricultura - 69%, indústria - 23% e doméstico - 8%.
Em nossa vida diária, o desperdício de água começa em casa, com sua utilização no banheiro, na cozinha e na lavagem de roupas. O consumo de água em prédios é maior devido à pressão da coluna de água. Exemplo:
Tipo de consumo | Litros de água consumidos |
A. Banho de ducha (15 minutos) | 240 |
B. Banho de chuveiro elétrico | 144 |
C. Válvula de descarga (6 segundos) | 10 (com problema = 30 litros) |
D. Lavar louça com torneira aberta (15 minutos) | 240 |
E. Máquina de lavar roupas (5 kg) | 135 |
F. Tanque com torneira aberta (15 minutos) | 280 |
O consumo de água em indústrias de bebidas é muito elevado e uma série de medidas podem ser adotadas para minimizá-lo:
- produzir apenas a quantidade de água quente que será utilizada;
- a água quente deveria ter uma temperatura tão elevada, que não necessite ser aquecida novamente, a não ser para fins especiais, como esterilização;
- os sistemas CIP necessitam de menor quantidade de água e não consomem volumes não-planejados;
- para o resfriamento de compressores, a quantidade de água de resfriamento necessária deve ser controlada em função da temperatura;
- a lavadora de garrafas deve apenas utilizar água quando em funcionamento. A água utilizada pode ser reutilizada na lavagem de garrafeiras plásticas ou na entrada da lavadora, para umedecer as garrafas;
- a água de resfriamento limpa, do resfriamento dos compressores, pode ser utilizada para limpezas em geral, como limpeza de pátio ou de caminhões ou para regar o gramado e árvores;
- na aquisição de novos equipamentos deve-se enfatizar a economia de água;
- utilizar pistolas de fechamento automático para a limpeza do chão e equipamentos.
O desperdício de água em uma fábrica ou escritório pode ser observado na tabela a seguir:
Tipo de vazamento garrafas de 2 litros | Litros de agua/mês | Equivalente em |
A. Uma torneira pingando (1 gota por segundo) | 216 litros/mês | 108 |
B. Uma torneira com vazamento contínuo (fio de água) | 21.600 litros/mês | 10.800 |
C. Vazamento mínimo de registro embutido na parede | 432 litros/mês | 216 |
Os números acima se tornam mais expressivos quando levamos em conta o grande número de torneiras, válvulas, bebedouros e chuveiros existentes em uma empresa. Como exemplo, podemos tomar uma empresa que possui cerca de 290 pontos de água com um vazamento mínimo (uma gota por segundo) ao longo de um mês:
Cálculo: 290 pontos de água x 216 litros/mês = 62.640 litros/mês = 62,64 m3. Este valor pode representar uma fração significativa da vazão da Estação de Tratamento de Água (ETA).
Economia de energia elétrica - um exemplo prático
O consumo de energia elétrica de uma cervejaria, por exemplo, oscila entre 7 e 12 kWh/hl produzido de cerveja. Estes índices variam de empresa para empresa, de acordo com a sua configuração e linha de produtos.
Um exemplo prático de empresa que utiliza a automação industrial para reduzir custos é citado a seguir:
O Centro de Controle Industrial implantado na Coca-Cola de Brasília permite a racionalização do trabalho, com economia de energia elétrica. Atualmente existem três sistemas em operação: o CFTV, o Sistema Supervisório de Energia Elétrica e o Sistema Supervisório de Refrigeração.
Em agosto deste ano deverão ser implantados mais dois Sistemas Supervisórios: o de Produção e o de Manutenção. O sistema CFTV propicia uma maior segurança nas instalações da fábrica e conseqüentemente dos funcionários. O Sistema Supervisório de Energia Elétrica tem como objetivo monitorar constantemente o consumo de energia elétrica dentro das grandes unidades consumidoras (indústria, administração e outras), bem como minimizar os desperdícios.
O sistema controla a demanda contratada, o consumo de energia e o fator de potência, eliminando qualquer tipo de multa.
Os benefícios da instalação do sistema foram:
- redução do custo de energia elétrica;
- conhecer o perfil da demanda da instalação, possibilitando sua recontratação adequada;
- registrar o consumo de energia em cada setor da fábrica (linhas de engarrafamento, máquinas
auxiliares, administração, etc.);
- aumento da produtividade em litros de bebida produzidos por kWh consumidos: de 12 litros/kWh para 22 litros/kWh.
O Sistema Supervisório de Refrigeração foi desenvolvido para supervisionar e controlar o sistema de refrigeração, otimizando o uso de compressores e condensadores, monitorando as pressões e temperaturas do sistema, além de monitorar a temperatura da bebida em tempo real.
Os benefícios da instalação do sistema podem ser enumerados como segue:
- aumento da eficiência;
- eliminação de tarefas repetitivas;
- baixo custo de manutenção;
- redução de consumo de energia elétrica;
- redução do consumo de amônia;
- redução da perda de bebida devido a sua alta temperatura;
- eliminação da variações de temperatura e pressão do sistema.
Ambos os sistemas utilizam o que há de mais moderno no mercado mundial para automação industrial. Através da iluminação correta dos ambientes de trabalho ou postos de trabalho pode-se economizar energia. Sabe-se que o consumo de energia elétrica para a iluminação pode significar de 10 a 15% do consumo total de energia.
Uma iluminação supérflua, por exemplo, de grandes armazéns de estocagem, deve ser evitada. A divisão das áreas de iluminação e mantendo desligadas aquelas que não são necessárias, também traz economia de energia.
Economia de óleo
A economia de óleo combustível pode ser obtida a partir da operação correta do gerador de vapor até inspeções regulares de toda a rede de distribuição de vapor da fábrica.
Um modo eficiente de se detectar perdas de calor e vazamentos é a termografia por infravermelho, que indica exatamente o local onde há perdas por deficiência de isolamento ou vazamento.
A prática mostra que 10 a 20% do comprimento total das tubulações de vapor apresentam falhas de isolamento.
Pessoal
Naturalmente o aumento da consciência do pessoal quanto aos elevados custos de energia e água e também a consciência ecológica tem um papel importante na redução do desperdício. A educação e treinamento permanentes dos funcionários - de forma contínua e planejada, devem ser os agentes de mudança da empresa, de modo que ela possa enfrentar uma economia globalizada e garantir a sua sobrevivência. Todo programa de educação e treinamento deve ser baseado no lema “educar, treinar e fazer”. Se a educação e treinamento das pessoas demanda um esforço enorme, só deveremos fazê-lo quando diante de uma necessidade evidente proveniente de necessidades da empresa. E, baseado no fato de que é difícil educar e treinar, devemos manter na empresa as pessoas hábeis nas atividades necessárias à sobrevivência da mesma.
A implantação do “5S” promove o aculturamento das pessoas a um ambiente sem desperdícios, organizado, limpo, higiênico e disciplinado, que são fatores muito importantes para uma elevada produtividade. O significado dos “5S” é baseado nas iniciais de cinco palavras japonesas:
Seiri (Arrumação), Seiton (Ordenação), Seisoh (Limpeza), Seiketsu (Asseio) e Shitsuke (Auto-disciplina).
O estabelecimento de metas deve ser a partir de diretrizes da alta direção da empresa ou pelo próprio gerente. O estabelecimento de metas deve ser efetuado a partir da análise dos resultados do ano anterior. Então devem ser definidos os procedimentos (métodos) a serem seguidos para o cumprimento das metas. Não adianta dizer para o pessoal que “nós temos que reduzir o desperdício de tal insumo ou que temos que melhorar a qualidade do produto X, pois há muitas reclamações!”.
As decisões devem ser tomadas com base em fatos e dados e jamais no “achismo”. A meta estipulada deve ser numérica e o método (plano de ação) deve ser detalhado para que aumente a chance de acerto. O plano de ação é elaborado com base no “5W1H”:
O QUE vai ser feito, QUEM vai fazer, PORQUE vai fazer, COMO vai fazer, ONDE vai fazer e QUANDO vai fazer.
Empresas devem possuir indicadores de desempenho, sob a forma de itens de controle, que expressem de forma numérica, a evolução do processo. Estes itens de controle podem ser divididos em Qualidade, Custo, Moral, Atendimento e Segurança (Q, C, M, A, S).
A melhor maneira de exprimir os resultados é através de gráficos de controle (que demonstram-nos claramente, sem a necessidade de explicações desnecessárias).
Devemos nos lembrar de que só controlamos aquilo que medimos. É como se fôssemos dirigir um automóvel sem atentar para os “indicadores”, como velocímetro, marcador de combustível, nível de óleo, água, líquido do radiador, pressão dos pneus etc.
A padronização é necessária para assegurar a manutenção de um processo, ou seja, tornar previsíveis os seus resultados (produtos ou serviços). O Procedimento Operacional Padrão (P.O.P.) visa padronizar uma tarefa, de modo que todos executem a mesma tarefa, conduzindo-a da mesma maneira. É uma maneira de evitar desperdícios.
Apenas o acompanhamento sistemático dos índices relativos aos consumos de energia elétrica, água, vapor, etc. permitirá empreender ações corretivas e preventivas, que em conjunto com a participação ativa dos funcionários (motivados), fará com que estes processos possam ser racionalizados.
Agradeço a colaboração do Engº Rafael Rosano Neto (Brasal Refrigerantes-Brasília), pelas informações cedidas
Fonte: Matthias Rembert Reinold
Especialista em gestão pela qualidade total (T.Q.C.)
Muito se tem escrito e comentado sobre redução de custos, desde as mais variadas técnicas de como se cortar custos operacionais até fórmulas mágicas para se detectar os vilões que reduzem a lucratividade das empresas. Os programas para redução nem sempre atingem êxito porque, invariavelmente, dependem do fator humano. As pessoas sempre foram doutrinadas a promover o crescimento dos negócios, já que deste depende a sua promoção e reconhecimento. Portanto, na opinião delas, falar em reduzir custos vai na contramão do que se entende por crescer.
Na verdade, investir para crescer não significa necessariamente acrescentar custos desnecessários, ou mesmo, inchar a organização com gastos inúteis. Para que se possa atingir os objetivos, é necessário planejar com eficiência o programa de redução. E, para tanto, a primeira etapa consiste em elaborar um diagnóstico operacional para melhor conhecer os aspectos relacionados aos processos, estrutura organizacional, tecnologia da informação, controles e sistemas de informação.
O acompanhamento dos principais processos da organização nos dá a dimensão exata da fluidez das atividades ao longo da cadeia de valor e, com certeza, deve demonstrar os níveis de retrabalho e desperdício ao longo do caminho. A estrutura organizacional, que guarda uma relação estreita com os processos, pode apresentar distorções relacionadas a sobreposição de funções, ou mesmo, áreas de sombra não cobertas por nenhuma função. A utilização maior ou menor da tecnologia da informação pode influir significativamente na performance dos processos, à medida que a automação substitui muitas tarefas executadas manualmente.
Por fim, os controles e o sistema de informação gerencial podem fornecer as informações necessárias para se tomar decisões; e os indicadores que monitoram, entre outros fatores, a evolução dos gastos e as oportunidades de redução de custos. Estas oportunidades podem estar relacionadas com custos com pessoal; sistema de compras; logística; investimentos em tecnologia; materiais de consumo; ações comerciais e de marketing; serviços contratados; dentre outros.
As soluções para reduzir os custos, além de outras variáveis, passam também por adoção de centros de custos; classificação das despesas; estabelecimento de metas; melhoria dos processos; gestão dos recursos, orçamento de custos etc.
Não existem fórmulas milagrosas para reduzir desperdícios. Apenas um diagnóstico detalhado revelará quais atividades deverão ser mantidas e quais deverão ser cortadas. Só empresas que adotam uma postura efetiva para evitar gastos desnecessários e demonstram aos seus colaboradores como identificá-los, desenvolvendo um sentido de sustentabilidade, podem focar o seu crescimento e concentrar seus esforços para conquistar mercado.
Fonte: Portal Empreendedor, por Edison Cunha
Tese de um pensador russo chamado Guerdjef, que no início do século passado já falava em autoconhecimento e na importância de saber viver. Dizia ele: "Uma boa vida tem como base o sentido do que queremos para nós em cada momento e daquilo que, realmente, vale como principal".
Assim sendo, ele traçou 20 regras de vida que foram colocadas em destaque no Instituto Francês de Ansiedade e Stress, em Paris. Dizem os experts em comportamento que quem já consegue assimilar 10 delas, com certeza aprendeu a viver com qualidade interna. Ei-las:
01. Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo. Repita essas pausas na vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.
02. Aprenda a dizer não sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer agradar a todos é um desgaste enorme.
03. Planeje seu dia sim, mas deixe sempre um bom espaço para o improviso, consciente de que nem tudo depende de você.
04. Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você se exaure.
05. Esqueça, de uma vez por todas, que você é imprescindível. No trabalho, em casa, no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua atuação, a não ser você mesmo.
06. Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos. Não é você a fonte dos desejos, o eterno mestre de cerimônias.
07. Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir as pessoas certas.
08. Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os, porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.
09. Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo a se conseguir na vida.
10. Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação.
11. Família não é você, está junto de você, compõe o seu mundo, mas não é a sua própria identidade.
12. Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso, a trava do movimento e da busca.
13. É preciso ter sempre alguém em que se possa confiar e falar abertamente ao menos num raio de cem quilômetros. Não adianta estar mais longe.
14. Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída discreta.
15. Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.
16. Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo... para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.
17. A rigidez é boa na pedra, não no homem. A ele cabe firmeza, o que é muito diferente.
18. Uma hora de intenso prazer substitui com folga 3 horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de divertir-se.
19. Não abandone suas três grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé.
20. Entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente "você é o que se fizer ser"!