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Por Gustavo Carrer,  gerente Comercial da Inwave

As perdas do varejo brasileiro alcançaram incríveis R$ 22,44 bilhões em 2020, segundo estudo da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), sendo que em alguns setores, como o de supermercados, os valores médios superam 2,2% do faturamento. As causas das perdão vão desde a danificação do produto por manuseio inadequado ou acidentes, passando por erros operacionais, chegando aos furtos de clientes e funcionários.

As perdas ocorrem por toda loja: recebimento de mercadorias, área de vendas, produção ou estoques, mas principalmente nas operações de caixa, por onde passa todo o dinheiro e produtos comercializados.

A operação do caixa é ao mesmo tempo uma grande fonte de perdas e a última barreira para evitá-las, pois depois passar por essa etapa, o cliente e a mercadoria vão embora.

Devido a essa importância, a National Retail Federation, entidade norte-americana que congrega os maiores varejistas do mundo, estudou analisou essas operações e listou as cinco principais origens de perdas na frente de caixa:

1. Perdas por falta de registro

O produto não é escaneado na passagem, seja intencionalmente ou por falha do equipamento, e dessa forma não é cobrado do cliente.

2. Produtos esquecidos ou escondidos

O produto não é cobrado, pois ficou no carrinho, na cesta, sacola ou foi escondido pelo cliente.

3. Furto em conluio

O operador de caixa não cobra produtos para favorecer amigos, parentes ou comparsas da mesma loja.

4. Perdas no self-checkout

Como o operador é o próprio cliente, as perdas podem ocorrer pela combinação das origens listadas anteriormente (1 a 3).

5. Erros administrativos sistêmicos

São perdas por falhas operacionais diversas, como digitação incorreta de múltiplos, adulteração de preços, peso, modelos etc.

Embora as perdas tenham se mantido nos índices dos últimos anos, a boa notícia é que a tecnologia de prevenção tem avançado bastante, principalmente aquelas que combinam os dados das transações do PDV com vídeo análise, explorando a inteligência artificial (AI).

Como todas as transações do caixa são ou deveriam ser registradas, as imagens correspondentes precisam refletir o que está sendo enviado para o cupom fiscal. Nesse momento a inteligência artificial atua, analisando se o que está acontecendo na imagem corresponde ao registro.

Se houver divergência, um alerta é gerado, para que a equipe de prevenção atue de imediato ou posteriormente em auditorias diárias. A partir dos dados das transações dos caixas, é possível gerar relatórios de exceções, identificando, por exemplo, as ocorrências mais frequentes ou operadores que mais comentem erros.

Independentemente se o evento seja confirmado ou não como uma eventual perda, a atuação da equipe de prevenção se torna muito mais assertiva. Ganhos de produtividade e redução de custos são enormes.

Seja qual for o segmento ou tamanho da loja, as perdas vão acontecer, os estudos somente reforçam que proteger os caixas tornou-se fundamental para garantir a lucratividade dos negócios do varejo.

 

Fonte: New Trade – 06/09/2021 

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