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*Por André Faria

Em 2020, confirmamos a importância do uso da tecnologia em todas as frentes de trabalho. Ela foi essencial, seja para garantir a segurança de quem pode trabalhar em casa, quanto para assegurar o abastecimento dos supermercados e despensas.
Tendo isso em mente, foi possível perceber que 2021 será um ano em que as tecnologias que vinham sendo adotadas pelos varejistas, de forma lenta e gradual, estão avançando rapidamente para o nosso cotidiano.

E, uma tendência que observamos, é a de utilizar tecnologias que permitam cada vez mais o consumo sem toque, aquelas chamadas de touchless. Por isso, em 2021, destaco a alavancagem do e-commerce de alimentos, o LiveCommerce, e o uso do PIX e de novas formas de pagamentos, como as três tendências tecnológicas que o varejo precisa ficar atento.

É interessante notar como o E-Grocery se consolidou no Brasil em 2020. Para termos uma ideia, segundo uma pesquisa feita pelo Ebanx, 72% dos brasileiros disseram que compraram algo por aplicativo durante a pandemia no ano passado. É importante ver que eles realizaram suas compras via aplicativos. Isso nos mostra como o mobile commerce se consolidou e vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil.

De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o Brasil registrou mais de 150 mil novas lojas online, entre abril e setembro de 2020. Isso nos mostra a importância do e-commerce para a nossa sociedade, atualmente. E você não pode ficar de fora dessa tendência que tem uma projeção de faturamento em 2021, de R$ 110 bi.

E, ao ter um e-commerce, o supermercadista não pode esquecer de oferecer uma boa experiência de compra para o consumidor, com um frete rápido, possibilitando até um agendamento e tendo um checkout rápido e intuitivo. Essas coisas fazem a diferença na experiência de compra do consumidor.

Outra tendência, que apesar de estar engatinhando no Brasil, mas já bem consolidada na China, é o LiveCommerce. Para termos ideia, da sua relevância, o LiveCommerce naquele país já é responsável por mais de 10% das vendas de e-commerce no país.

Aqui no Brasil, alguns varejistas iniciaram a realizar o LiveCommerce em 2020, como a Riachuelo e a Renner. As marcas aproveitaram o boom das lives no início da pandemia, e decidiram unir lazer e consumo, trazendo grandes nomes da música nacional para suas transmissões.

No Brasil, em 2020, a Riachuelo foi um exemplo de varejista que apostou no LiveCommerce. A marca realizou algumas lives unindo lazer e consumo para o seu cliente, com shows de artistas como Simone & Simaria e Mumuzinho. Esse formato de vendas faz parte do que o consumidor brasileiro busca, segundo uma pesquisa realizada pelo Google, um comércio digital interativo.

É interessante ver como o varejo alimentar pode utilizar o LiveCommerce. Com o aumento de pessoas cozinhando em casa, temos uma saída com lives com chefs de cozinha, ensinando receitas para uma ocasião especial e mostrando os ingredientes utilizados e como comprar eles em seu supermercado.

Dois mil e vinte foi o ano em que o PIX foi lançado e, para termos ideia de seu impacto na economia brasileira, ele movimentou R$ 83 bi em seu primeiro mês de operação.

E, se antes a gente tinha pouco conhecimento dos meios de pagamento alternativos e focávamos muito em débito, crédito e dinheiro, vimos um boom no uso das carteiras digitais, como a do Mercado Pago, o PicPay, entre outras. Para termos ideia do seu uso, segundo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), as carteiras digitais representam 85% dos pagamentos realizados via aplicativo.

Vale destacar também que, além das carteiras digitais e do PIX, pagamentos via wearables por NFC, pagamento via biometria, que está em expansão nos EUA, e os pagamentos via dispositivos móveis, via QR Code ou NFC, também estão em expansão, sendo necessário que o varejista se prepare para elas.

É importante ressaltar que, algumas dessas tecnologias chegaram para ficar e farão parte das nossas vidas por muito tempo. Em comparação com anos que passaram, a pandemia do covid-19 acelerou a adoção de novas tecnologias pelo varejo, tornando-as uma realidade nas vidas dos supermercadistas e dos consumidores.

Além disso, também é importante o varejista estar sempre atento ao que está acontecendo e buscar melhorar a gestão das suas empresas e a experiência de compra dos clientes, sempre tentando fidelizá-los em seu supermercado.

*André Faria é CEO na Bluesoft, mentor da Liga Ventures e investidor na Wow Aceleradora, além de autor do livro “Agile: Desenvolvimento de software com entregas frequentes e foco no valor de negócio” pela Editora Casa do Código e é colunista do Portal Newtrade.

 

Fonte: New Trade – 07/04/2021

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