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Por Sofia Esteves, da Cia. de Talentos

Todos nós conhecemos líderes que não sabem lidar com as emoções no trabalho. Esses possuem baixa empatia, são mais focados em tarefas do que em pessoas e comumente não possuem habilidades suficientes para construir relacionamentos saudáveis. Esses gestores, muitas vezes, possuem comportamento autoritário, usam o argumento da força e o poder posicional, e demonstram que são indiferentes sobre como os outros os percebem. Normalmente, apesar dessa postura, são profissionais bem-intencionados, mas mal direcionados.

O comportamento rígido destes líderes influencia de forma negativa no ambiente corporativo e gera conversas paralelas, fofocas e mal-estar. Embora eles possam ter algum sucesso na carreira, pagam um preço alto ao criar uma atmosfera ruim de trabalho, com alto turnover e dificuldade de montar uma equipe.

De fato, gestores ou líderes que não conseguem conciliar o intelecto com as emoções, descobrirão que esse elo é o que faz a diferença. E é através desta ligação que eles podem demonstrar que se importam com os que estão ao seu redor e que podem se conectar de maneira positiva com toda a equipe.

Emoções representam o “coração”. A capacidade de entender e gerenciar os próprios sentimentos e de reconhecer e influenciar nas sensações dos outros é uma habilidade valorizada na liderança, que pode envolver corações e mentes de uma mesma equipe com o mesmo objetivo de descobrir soluções inovadoras que superem as expectativas e os resultados.

Essas emoções podem ativar e motivar o time ou movê-los para alcançar as metas e missões de maneira sadia e estimulante. E para fazer isso com eficiência, é preciso compreender o medo, a empolgação, a incerteza e a desconfiança de todos, além de incentivar e inspirar cada um de maneira única e personalizada, mas de forma eficaz.

A partir daí, existe um equilíbrio entre tarefas a serem executadas e relacionamento profissional, o que irá possibilitar mais criatividade no trabalho, inovação, participação e engajamento.

Já dizia Daniel Golemam, autor do livro Inteligência Emocional: “os membros da equipe não devem apenas entender o processo para realizar seu trabalho. Os líderes precisam se conectar com eles em um nível emocional, para que eles entendam por que seu trabalho é importante e como eles agregam valor. Devem priorizar as trocas entre pessoas antes de abordar as funções a serem realizadas. Isso inclui a construção de uma base de confiança, autoconsciência, preocupação com o próximo, valorização das capacidades dos profissionais, compreensão das motivações individuais, formação de equipes e inspiração, pois assim, se estabelecerá uma base que os ajudará a alcançar os objetivos desejados com eficácia e muito sucesso”.

 

Fonte: Exame.com - 01/04/2019

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