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Gestão e Negócios

cervesia gestao negocios

Estabelecimentos comerciais, como bares, hotéis e restaurantes, de São Paulo estão proibidos de fornecer de copos, pratos, talheres e outros utensílios feitos de plástico descartável. A determinação é de lei municipal que entrou em vigor no último dia 1° (sexta-feira)

A partir de agora, esses talheres e demais objetos utilizados nas refeições devem ser feitos de materiais biodegradáveis, compostáveis ou reutilizáveis. Quem descumprir pode ficar sujeito a multas que variam de R$ 1 mil a R$ 8 mil, e o estabelecimento pode até ser fechado, caso seja reincidente pela sexta vez.

A lei que estabelece a proibição foi sancionada em 13 de janeiro de 2020. Ou seja, os estabelecimentos comerciais tiveram um ano para se adequar a essa norma.

O objetivo da implementação da norma foi incentivar a reciclagem de materiais e impulsionar a transição para uma economia circular.

 

Fonte: New Trade – 04/01/2021

A maioria dos brasileiros (72%) disseram que compraram algo por app durante a pandemia do coronavírus, informa uma pesquisa feito pelo Ebanx. De acordo com o estudo, 42% dos brasileiros disseram que compraram online por smartphone mais de dez vezes na vida; 32%, de duas a dez vezes; 11%, uma vez; e 15% nunca compraram.

A pesquisa informa que mais da metade dos entrevistados (60%) não possui serviços de streaming, ante 22% que possuem assinatura de um OTT; 11% que assinam dois; e 8% que assinam três.

Outro dado é que 56% dos consumidores pagam seus boletos por app de banco, contra 33% que pagam em lotéricas.

App para o próximo ano

Em meios de pagamento, cartões de débito e carteiras digitais seguirão em crescimento no online para o próximo ano, puxadas pela introdução do Pix. Outras tendências citadas para 2021 são: avanço das fintechs; entrada de novas soluções de logística no mercado; e um trabalho mais local dos marketplaces com seus consumidores.

Além disso, a análise da Ebanx indica que o e-commerce pode crescer 19% com a entrada de mais de 25% de consumidores online em 2021. Mercado Livre, Americanas e OLX seguirão como os principais marketplaces do país.

A pesquisa foi feita com 3,2 mil latino-americanos.

 

Fonte: New Trade – 23/12/2020

Por Gustavo Carrer

Como todos sabem, a pandemia provocou profundas mudanças na jornada de compra dos consumidores. A participação do e-commerce cresceu bastante, praticamente em todas as categorias de produtos, retratando a busca pelo distanciamento social.

Por outro lado, a frequência de visitas nas lojas físicas diminuiu, com aumento do tíquete médio, o que significa carrinhos mais cheios para passar nos checkouts. Não raro encontrar um número maior de clientes estressados e intolerantes nas filas e caixas, lidando com funcionários sobrecarregados, amedrontados e sob pressão para serem mais ágeis.

Cenário perfeito para um expressivo aumento das perdas, particularmente daquelas que ocorrem na frente do caixa. De acordo com a Gunnebo, analisando a base de clientes monitorados, houve aumento das perdas em todas as categorias de produtos. Na fase inicial da pandemia a alta alcançou 254% para produtos pesados no caixa e de mais de 100% no leite e bebidas não alcoólicas.

Em grande medida, essas perdas foram ocasionadas por erros operacionais (cerca de 90%), confirmando que os funcionários estavam mais pressionados, mas os furtos e tentativas também cresceram de uma forma geral.

Houve também uma notável demanda pelos self-checkouts e por sistemas scan-and-go, ainda pouco disseminados no Brasil, em que o cliente lê e realiza o pagamento dos produtos com o próprio smartphone ou através de dispositivos instalados nos carrinhos, sem ter que passar por um caixa físico.

Nos dois casos, a loja delega a operação de checkout para o cliente, que mesmo sendo honesto pode cometer erros no processo de leitura dos produtos, tornando ainda mais frequentes as perdas nessa etapa do processo de compra. Para reduzir as perdas no scan-and-go, as lojas têm adotado a conferência por censo ou amostragem, semelhante ao que já ocorre nos atacados. Os clientes tendem a serem cuidadosos na leitura dos itens para evitar o constrangimento junto ao fiscal.

No self-checkout a solução mais adotada para conferência é medir o peso dos produtos scaneados pelos clientes. Embora seja uma boa proteção, a variação de peso provoca erros frequentes, tornando a operação relativamente lenta. Além disso, muitos supermercadistas não se sentem seguros apenas com essa proteção.

Nos EUA mais de 50% dos caixas de supermercados (self ou tradicionais) já possuem monitoramento eletrônico das operações, ou seja, utilizam sistemas analíticos de vídeo para detectar transações suspeitas e alertar automaticamente os caixas ou fiscais.

A boa notícia é que já temos essa tecnologia no Brasil há pelo menos 10 anos, disponível tanto para caixas tradicionais como para os self-checkouts. O sistema opera de forma sincronizada, analisando o cupom fiscal e as imagens dos produtos que estão passando pelo caixa.

Os relatórios gerados por esses sistemas são utilizados para auditorias, identificando perdas, possíveis conluios, oportunidades de melhoria nos processos e necessidade de treinamento dos operadores, reduzindo significativamente as perdas na frente de caixa.

Não há dúvida que a Covid-19 acelerou a transformação digital nos supermercados, que investiram pesado na implantação e expansão do e-commerce, mas não se pode esquecer do que está ocorrendo nas lojas.

Proteger e prevenir perdas, continua sendo a forma mais eficaz de melhorar os resultados e lucratividade no varejo.

*É gerente de Desenvolvimento de Negócios da Gunnebo, palestrante, consultor da série Mãe S/A do Fantástico da Globo e do Mundo S/A da Globo News

 

Fonte: New Trade – 16/12/2020

 A Interbrand, consultoria global de marcas, divulgou o seu ranking anual das 25 marcas mais valiosas do país. O primeiro colocado foi o banco Itaú, com um valor de marca de R$ 37,4 bilhões, seguido pelo Bradesco, cuja marca vale R$ 26,3 bilhões, e pela Skol, do grupo da Ambev, que vale R$ 17,6 bilhões.

Três empresas apareceram pela primeira vez no ranking. A melhor colocada nesse grupo é a XP Inc., que estreou em 10° lugar, com um valor de marca de R$ 1,6 bilhão, acima de companhias como as varejistas Lojas Renner e Lojas Americanas e a empresa de pagamentos Cielo.

As demais estreantes são a rede de farmácias Drogasil, que ficou em 15° lugar, com valor de R$ 997 milhões; e a empresa de pagamentos PagSeguro, que vale R$ 543 milhões, de acordo com a Interbrand.

O ranking é feito há 20 anos e as empresas que fazem parte dele são brasileiras. Confira a lista completa:

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(Leo Albertino/InfoMoney)

Setores em destaque

O portfólio das 25 marcas totalizou R$ 135 bilhões, um crescimento de 4% se comparado com o verificado na edição do ano passado. Beto Almeida, CEO da Interbrand no Brasil, ressalta que o resultado deste ano mostra o predomínio de marcas do setor financeiro e a de cervejas.

“O destaque do setor financeiro fica com a XP Inc, que é o elemento novo dessa categoria neste ano. A empresa chegou para mexer com o sistema financeiro e sua estrutura. Uma marca como a XP desafia as marcas tradicionais. A empresa teve resultados positivos e já chega no ranking entrando no top 10”, disse Almeida ao InfoMoney.

Karel Luketic, sócio e CMO da XP Inc. afirma que a “conquista desse reconhecimento é motivo de muito orgulho”. “Reflete anos de trabalho de uma série de equipes, inovando na forma de se conectar com os clientes, abrangendo desde produtos inéditos, experiências e tecnologias de ponta, além de conteúdos e análises de primeira linha, a uma robusta presença digital, realmente ajudando a transformar e democratizar o mercado financeiro. Ainda temos muito a conquistar, mas hoje, em meio à comemoração de um ano do nosso IPO, celebramos mais uma etapa importante da nossa história ao nos transformarmos em uma das dez marcas mais valiosas do Brasil”, diz.

Pethra Ferraz, diretora de marketing da XP Inc., acrescenta que manter-se aderente ao propósito de transformar o mercado financeiro, usar os canais disponíveis para manter o contato com os clientes e a consistência da empresa fizeram a diferença neste ano atípico.

“O resultado do ranking é fruto de um trabalho de longo prazo. Estamos trabalhando para informar e educar os brasileiros e usamos os nossos canais em prol disso. Apostamos no foco no cliente e também numa carteira de produtos qualificada e diversificada. Neste ano, fizemos parcerias focadas nos fundos internacionais e lançamos o primeiro ETF de fundos imobiliários do país. Nossa marca chega para questionar os padrões estabelecidos e trazer transparência ao mercado”, disse.

Ela ressaltou também que o canal de assessoria de investimento vem crescendo bastante. “Precisamos de profissionais qualificados para oferecer a melhor orientação possível para os clientes. A posição no ranking vem em linha com esse conjunto de esforços que fazemos diariamente para ajudar a melhorar a vida financeira do brasileiro”, afirma.

No caso, da Skol e Brahma, Almeida destaca o bom ano dessas companhias em relação a como se adaptaram durante a pandemia. “As empresas poderiam ter sido muito prejudicadas pelos bares fechados, mas essas marcas conseguiram construir um papel importante mesmo com o isolamento, com interação com o público por meio de lives, no caso da Brahma, e com a contratação estratégica da Anitta, como head de criatividade e inovação, na Skol, que também lançou produtos”, diz.

A Drogasil, que ocupa o 15° lugar, também foi citada por Almeida. “Uma estreia importante. É a primeira rede de farmácias que faz parte do ranking e está apostando em novos serviços, como a testagem de exames de Covid-19”, avalia.

Em nota ao InfoMoney, a Drogasil afirmou que é “motivo de orgulho estar entre as 25 marcas mais valiosas do País em um ano como 2020, em que o cuidado com saúde tem sido cada vez mais necessário”.

“Estar presente neste ranking é um reconhecimento de que estamos crescendo, com foco nos nossos valores e, muito mais do que isso, de que mantivemos, com excelência, o atendimento aos nossos clientes, com uma experiência de compra omnichannel e consolidando nossas unidades como referências no cuidado com a saúde integral da comunidade”, disse a empresa.

O Magazine Luiza foi uma empresa relevante neste ano por ter apresentado um salto de 62% em valor de marca de 2019 para 2020. “Foi um caso a parte. O ranking tem um tom de estabilidade, mas o Magalu teve crescimento acelerado e já vinha nesse processo nos últimos dois anos. Agora a empresa se tornou indispensável chegando a mais lares e aproveitando o desejo de consumo das pessoas”, avalia.

Empatia, agilidade e confiança

Segundo Almeida, a análise do ranking de 2020 revela que as empresas desenvolveram atributos como empatia, agilidade e confiança. “A empatia para fazer a conexão com a verdade de seus clientes, entendendo os desejos das pessoas em um mundo novo; a agilidade foi importante para que as marcas entregassem resultados, reagissem e se comunicassem com os seus públicos; e a confiança é o legado. As empresas que entenderam o que seus clientes precisavam e agiram rápido nessa direção construíram uma boa relação com os clientes e estão no ranking”, afirma.

Ele também acredita que as companhias do ranking estão preparadas para enfrentar crise. “Essa não foi a primeira crise, nem será a última. Essas marcas se mostraram mais preparadas para o inevitável do que outras”, finaliza.

Critérios de avaliação

As empresas do ranking devem ser brasileiras e precisam divulgar seus dados financeiros. “Nós não contatamos nenhuma empresa, usamos os dados públicos divulgados”, disse Almeida. Além disso, há três critérios principais que são analisados para que as companhias façam parte do levantamento.

O primeiro é uma avaliação financeira feita com o auxílio de análises de bancos de investimentos; o segundo é uma análise do papel da marca dentro do segmento da empresa, medindo qual é a importância daquela companhia para o setor em que atua; e, por fim, a força de marca, que contempla o que é preciso para construir liderança, engajamento e relevância.

A partir das avaliações desses três critérios, a consultoria atribui uma nota de 0 a 100 pontos para as empresas. “São 25 no ranking e só entram empresas que tiram mais de 50 pontos nessa nota final”, explica Almeida.

 

Fonte: New Trade – 15/12/2020

As compras de Natal e Ano Novo de 2020 serão menores do que as do ano passado, de acordo com pesquisa da Boa Vista realizada com cerca de 400 consumidores de todo o Brasil. Segundo o estudo, 79% dos entrevistados afirmam que pretendem gastar menos neste ano do que em 2019, 14% vão gastar a mesma quantia e apenas 7% terão um fim de ano mais favorecido que o do ano passado. Em 2019, eram 67% os que pretendiam gastar menos, e 11% os que planejavam gastar mais do que no ano anterior.

Assim como o valor das compras, a quantidade de presentes deve diminuir neste fim de ano. Dos consumidores entrevistados pela Boa Vista, 79% vão presentear alguém nesse Natal. Mas 75% vão comprar menos presentes que ano passado, contra 63% em 2019. Outros 17% vão manter o número de presentes (eram 25% em 2019) e só 8% vão aumentar os presentes comprados (12% em 2019). Em média, os consumidores vão dar presentes a pelo menos duas pessoas, e o valor médio por presente será de R$ 58,65, uma queda de 2% em relação ao valor apontado em 2019.

Já o valor médio total das compras de fim de ano será, de acordo com a pesquisa da Boa Vista, de R$ 545,49, valor que, para 56% dos consumidores, corresponde a menos de 25% da renda familiar. Em 2019, o valor médio foi de R$ 564,96.

Confira, abaixo, alguns destaques da pesquisa:

Não vai dar presente por quê?

Entre quem não vai dar presente de Natal esse ano, 23% não o farão pois estão endividados (eram 26% em 2019). Já outros 20% apontaram o desemprego como explicação (25% em 2019), enquanto outros 20% não vão comprar presentes para priorizar pagamentos de outras despesas, como casa, escola ou médico, por exemplo (10% em 2019).

Ceia mais básica

A ceia de Natal também deve ser menos farta do que em 2019 para 46% dos consumidores. Para 42% será igual e apenas para 12% será mais farta em 2020 do que no ano anterior. Na pesquisa do ano anterior, eram apenas 27% os que teriam uma ceia menor. A crise trazida pela pandemia e o distanciamento social imposto por ela, fator que deve impossibilitar festas com muitas pessoas, podem ser a principal explicação para as ceias menores.

Meios de pagamento

De acordo com o estudo, 60% vão pagar as compras à vista e 40%, de forma parcelada, cenário semelhante ao de 2019, quando 63% indicaram pagamento à vista. O meio de pagamento mais utilizado será o cartão de débito, para 36% (ante 38% em 2019), seguido do dinheiro e do cartão de crédito, para 30% cada (ante 34% e 25% em 2019, respectivamente), 3% vão pagar com carnê ou boleto (mesmo número em 2019) e só 1% com cheque (0% em 2019).

Entre os 40% que vão parcelar as compras, 51% vão fazê-lo em quatro prestações ou mais (eram 39% em 2019), e o cartão de crédito será o meio de pagamento mais utilizado, para 92% dos consumidores (ante 94% em 2019).

Local de compra

A pesquisa aponta que 63% dos consumidores farão as compras em lojas físicas e 37%, pela internet. Em 2019, esses números foram de, respectivamente, 77% e 23%, indicando uma alta nas compras online esperada por conta da pandemia. Dos 37% que comprarão online, 89% se sentem seguros em fazer compras na web (ante 88% em 19), enquanto outros 11% têm algum tipo de insegurança (12% em 2019). Além disso, 73% consideram que há chance de fraudes durante as transações online, um aumento na comparação com o ano passado, quando estes eram 53%.

 

Fonte: New Trade – 14/12/2020

Há 50 anos, o economista americano Milton Friedman, vencedor do prêmio Nobel de Economia, escreveu um artigo que fez história. O ensaio “A responsabilidade social das empresas é aumentar seus lucros” defendia a tese de que as companhias e seus líderes deviam se concentrar unicamente em maximizar o retorno de seus acionistas.

Tanto tempo depois é possível concluir que esse ensaio, que influenciou muitos CEOs e empresas, envelheceu mal. Um exemplo é que o Business RoundTable, que reúne 200 das maiores empresas dos Estados Unidos, resolveu divulgar uma nova declaração de propósitos no ano passado. Agora, esse grupo fala de criar valor para os clientes, investir nos funcionários, promover a diversidade e inclusão, lidar com os fornecedores de maneira ética, apoiar as comunidades em que trabalham e de proteger o meio ambiente.

A pandemia do novo coronavírus foi a oportunidade para que algumas empresas pudessem, de fato, demonstrar essas preocupações que vão além de gerar valor aos acionistas. Uma pesquisa realizada pela TM20 branding e pela Brazil Panels, divulgada pelo NeoFeed, quis saber quais foram as marcas que mais causaram impacto positivo à sociedade em meio à Covid-19.

A marca mais lembrada pelos consumidores de São Paulo e do Rio de Janeiro foi a Natura. Em segundo lugar vem o Itaú e em terceiro a Ambev. Na sequência aparecem Magazine Luiza e Nestlé. Bradesco, Havaianas, Grupo Boticário, Sadia e Unilever, nesta ordem, completam o top 10 deste ranking das marcas que mais causaram impacto à sociedade durante a pandemia.

“Todas as empresas precisam ter em mente que elas possuem um papel social, pois receberam uma autorização da própria sociedade para operar”, diz João Roberto Paulo Ferreira, CEO do grupo Natura & Co. para a América Latina. “Temos visto um aumento da atenção para essa questão, o que é bastante positivo, mas não deveríamos precisar de uma crise para que as empresas comecem a entender esse papel como agente de transformação.”

A pesquisa ouviu 1.800 consumidores, 900 deles em São Paulo e outros 900 no Rio de Janeiro, em 13 de novembro. As entrevistas foram feitas por telefone e as respostas foram espontâneas. Os pesquisadores quiseram saber também a importância de uma marca ser sustentável, atribuindo notas de 0 a 10. E a imensa maioria dos entrevistados respondeu que era extremamente importante – 55,5% da amostragem atribuiu nota 10 a essa questão.

“As empresas que se mobilizaram para reagir proativamente em relação ao Covid foram muito bem percebidas pelo consumidor”, afirma Eduardo Tomiya, fundador da TM20 branding e um dos principais especialistas de marcas do Brasil. “Os consumidores, cada vez mais, querem marcas com propósito.”

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Um efeito imediato da crise sanitária do novo coronavírus foi o aumento de doações do setor privado. Segundo o Monitor de Doações da Covid-19, da Associação Brasileira de Captadores de Recursos, foram doados até agora R$ 6,481 bilhões por 548 mil doadores. A maior delas foi do Itaú Unibanco, que doou R$ 1,4 bilhão e criou o Todos pela Saúde para gerir a alocação desses recursos. 

“Vendo a situação da saúde se agravar, nos ocorreu que tínhamos de fazer algo a mais pela sociedade do que as doações pontuais de testes, equipamentos e máscaras que havíamos feito desde o início da crise”, afirma Candido Bracher, CEO do Itaú Unibanco. “Acredito que a forma de gestão do Todos pela Saúde constitui uma contribuição tão importante quanto o valor doado, que é inédito na história da filantropia no Brasil.”

A grave crise sanitária obrigou também às empresas a serem criativas no uso de suas unidades industriais. Ou melhor: a usar esses recursos para o que realmente era necessário no momento, como o álcool em gel. E foi o que fez a Ambev, ao adaptar sua linha de produção para produzir o item que estava escasso no começo da pandemia.

“Esse foi um ano duro, que pegou todo mundo de surpresa, mas também trouxe a oportunidade de nos reconectarmos profundamente com o nosso propósito, que é unir as pessoas por um mundo melhor”, diz Jean Jereissati, CEO da Ambev. “Somos uma empresa brasileira e sabíamos que era nosso dever agir nesse momento e colaborar com o País.”

A atuação das empresas que mais causaram impacto à sociedade em meio à pandemia não se restringiu a doações para a área da saúde. Uma parte importante da mobilização desses companhias esteve voltada para sua cadeia de fornecedores ou de consumidores, atingidos de forma brutal pela pandemia.

A Ambev, por exemplo, criou programas para ajudar bares e restaurantes. O grupo Alpargatas, dono das sandálias Havaianas, adaptou suas fábricas para produzir máscaras médicas e calçados especiais para os profissionais na linha de frente do combate à Covid-19. E o Magazine Luiza “abriu” as portas de seu marketplace para que pequenos negócios pudessem vender online no programa Parceiros Magalu.

“Hoje, as empresas são como restaurantes com a cozinha aberta. Não é só sobre o prato que você coloca na mesa. O cliente está vendo todo o processo de preparação”, diz Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza. “Se sua cozinha está suja, se você trata mal seus cozinheiros, não adianta o prato ser bonito e gostoso. Por isso, as empresas que não são hipócritas e vivem pelos seus valores acabam se destacando.”

As empresas que estão no topo desse ranking parecem ter entendido essa mensagem do consumidor. “Já tínhamos identificado, mesmo antes do momento atual, a forte tendência de as pessoas buscarem saber o que está por trás das marcas e produtos que consomem, olhando para questões como sustentabilidade na produção e a responsabilidade socioambiental das empresas”, afirma Marcelo Melchior, CEO da Nestlé Brasil.

As empresas precisam lucrar. E, claro, dar retorno aos acionistas. Mas se limitar a isso, não é mais suficiente para atrair os consumidores. Esse é um motivo para as práticas ESG (Environmental, social and corporate governance) estarem tão em voga hoje em dia.

“Desde o primeiro momento, quando tivemos a dimensão da crise que viria pela frente, entendemos o nosso papel como indústria de higiene e beleza e que era nossa missão contribuir para a sociedade em um momento em que passamos por uma crise de saúde global”, afirma Artur Grynbaum, CEO do Grupo Boticário.

A seguir, confira as principais iniciativas das 10 empresas que mais causaram impacto à sociedade, segundo o ranking da TM20 branding e da Brazil Panels.

Natura

Dois aspectos geralmente vêm à tona quando se pensa na Natura: seu histórico de sustentabilidade e o batalhão de consultoras que diariamente vendem os produtos da marca. Na pandemia, mais do que nunca, essas duas pontas se aproximaram.

Além de prorrogar e facilitar o pagamento nos pedidos de produtos, a empresa criou um fundo emergencial de amparo para apoiar essas revendedoras, que tiveram acesso ainda a serviços de apoio psicológico e de telemedicina, assim como os funcionários do grupo.

Para driblar as restrições das vendas presenciais, a companhia também acelerou a oferta de ferramentas digitais nos e-commerces das marcas Natura e Avon que, no terceiro trimestre, ultrapassaram a marca de 1 milhão de lojas online de consultoras.

“Todas as empresas precisam ter em mente que elas possuem um papel social, pois receberam uma autorização da própria sociedade para operar”, diz João Roberto Paulo Ferreira, CEO do grupo Natura & Co. para a América Latina

As medidas não ficaram restritas às fronteiras da companhia. A Natura doou mais de 5,5 milhões de unidades de álcool em gel e sabonetes para comunidades ribeirinhas, ONGs, hospitais e órgãos públicos de saúde. A ação contemplou mais de 1 milhão de pessoas no País e na América Latina.

Com o isolamento social e a perspectiva do aumento de número de casos de violência doméstica, o grupo, por meio do Instituto Avon, lançou ainda o movimento global #IsoladasSimSozinhasNão e se comprometeu a dólar US$ 1 milhão a grupos de apoio a vítimas em todo o mundo.

Há também planos de longo prazo. Em junho, a Natura lançou o Compromisso com a Vida, que reúne uma série de metas do grupo até 2030 e prevê o reforço nas ações para enfrentar questões globais urgentes. Entre elas, a crise climática, a proteção da Amazônia e a garantia de igualdade e inclusão.

Itaú Unibanco

É difícil elencar as ações no combate à pandemia e ao suporte da sociedade quando se trata do que o Itaú Unibanco fez – e ainda tem feito. Trata-se, seguramente, da empresa que mais medidas adotou no combate aos danos causados pelo coronavírus e, literalmente, não economizou nessa tarefa.

No total, a companhia e seus controladores destinaram R$ 1,4 bilhão. Parte desse dinheiro foi usada na iniciativa Todos pela Saúde, que contou com um aporte inicial de R$ 1 bilhão do banco e R$ 240 milhões de doações de outras empresas e clientes do Itaú. O Todos pela Saúde se baseou em quatro pilares de atuação: informar, proteger, cuidar e retomar.

“Eu ouvi certa vez uma frase que tenho repetido com convicção: ‘doar transforma e faz bem a quem recebe e também a quem doa’”, diz Candido Bracher, CEO do Itaú Unibanco

De olho nisso, o banco formou um conselho constituído por alguns dos maiores especialistas em saúde do Brasil. Até agora, criou dois centros de processamentos de testes de Covid-19, doou R$ 100 milhões para financiar a produção de vacinas da Fiocruz e Instituto Butantan, organizou campanhas de conscientização de uso de máscara, financiou estudos e fez doação de leitos, entre outras medidas.

No campo financeiro, prorrogou parcelas de empréstimos e financiamentos por até 180 dias, abriu linhas de crédito para pessoas físicas e jurídicas, alongou contratos de empréstimos e deu suporte no que o banco chamou de Programa Travessia. “Eu ouvi certa vez uma frase que tenho repetido com convicção: ‘doar transforma e faz bem a quem recebe e também a quem doa’”, diz Candido Bracher, CEO do Itaú Unibanco, ao NeoFeed.

Ambev

O que uma cervejaria tem a ver com álcool em gel? No caso da Ambev: tudo. Quando ficou claro que a crise sanitária do coronavírus ia fechar bares e restaurantes, o que causaria um grande impacto para a dona das marcas Skol, Brahma e Antarctica, a empresa resolveu usar seu expertise para fabricar álcool em gel.

Em 17 de março, a Ambev anunciou que iria usar as linhas de produção de sua fábrica de cervejas em Piraí (RJ) para produzir 500 mil unidades de álcool em gel para distribuir para hospitais públicos. O envase, em garrafas pet, e a logística de distribuição também ficaram por conta da empresa. Em balanço enviado ao NeoFeed, a Ambev informou que doou 1 milhão de unidades de álcool em gel a Secretarias de Saúde dos 27 Estados brasileiros e do Distrito Federal.

“Esse foi um ano duro, que pegou todo mundo de surpresa, mas também trouxe a oportunidade de nos reconectarmos profundamente com o nosso propósito, que é unir as pessoas por um mundo melhor”, diz Jean Jereissati, CEO da Ambev

A atuação na pandemia não se restringiu à doações na área de saúde. A empresa ajudou na construção de 100 leitos em anexo ao Hospital Municipal M’Boi Mirim, em São Paulo. A Ambev também saiu em resgate de bares e restaurantes. A Stella Artois, marca do grupo, criou a plataforma #AjudeumRestaurante, em que os consumidores compravam um voucher de R$ 100 pagando R$ 50 – a diferença era doada pela marca da Ambev. Foram vendidos mais de 130 mil vouchers, beneficiando mais de 4,3 mil estabelecimentos.

Magazine Luiza

Com suas 1.237 lojas fechadas a partir de meados de março, o Magazine Luiza resolveu abrir as portas de seu marketplace para que lojistas de menor porte e até pessoas físicas pudessem vender por meio do seu portal.

Da noite para o dia, a rede varejista da família Trajano criou o Parceiro Magalu, uma plataforma de venda pela internet para incluir quem teve de fechar as portas e não tinha um canal online para vender seus produtos.  A ferramenta permite desenvolver sua própria loja com itens do Magazine Luiza – e ganhar uma comissão pelas vendas. Na primeira semana, 20 mil pessoas jurídicas usaram a plataforma.

“Hoje, as empresas são como restaurantes com a cozinha aberta. Não é só sobre o prato que você coloca na mesa. O cliente está vendo todo o processo de preparação”, diz Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza

O Magazine Luiza também fez outras ações menos óbvias. Uma delas foi a melhoria em um botão de denúncias de violência contra a mulher em seu aplicativo. A empresa notou um crescimento de 400% nos cliques nesse botão no começo da pandemia. Com base nesses dados, resolveu incluir mais recursos, como um chat para que as denúncias pudessem ser feitas sem a necessidade de usar a voz.

Nestlé

A gigante suíça do setor de alimentos Nestlé estabeleceu alguns pilares para atuar durante a pandemia. Um deles era doar alimentos para comunidades mais vulneráveis. Outro era apoiar os parceiros, sobretudo pequenos varejistas.

Na primeira frente, a Nestlé fez uma campanha interna de incentivo à doação de recursos para a ONG Gerando Falcões, de Eduard Lyra. Nesse caso, a companhia doou mais de 100 toneladas de alimentos, que beneficiaram 3,5 mil famílias.

“Já tínhamos identificado, mesmo antes do momento atual, a forte tendência de as pessoas buscarem saber o que está por trás das marcas e produtos que consomem”, afirma Marcelo Melchior, CEO da Nestlé Brasil.

No caso dos parceiros, a Nestlé esteve ao lado de outras empresas no Movimento Nós, que investiu mais de R$ 370 milhões em 3 mil pequenos comércios em todo o Brasil.

Bradesco

Quando a crise do coronavírus começou a dar sinais de que entraria com tudo no Brasil, o Bradesco instaurou um comitê de crise formado pelo presidente, Octavio de Lazari Junior, os vice-presidentes e seu Chief Risk Officer (CRO) para definir quais medidas tomaria para enfrentar a Covid-19.

O banco resolveu, então, focar suas atenções em três frentes: funcionários, clientes e sociedade. Desde então, a instituição financeira, além de cuidar e preparar do seu time, atuou na prorrogação de pagamento de 2,2 milhões de contratos num total de R$ 73 bilhões.

O Bradesco atuou na prorrogação de pagamento de 2,2 milhões de contratos num total de R$ 73 bilhões

O Bradesco, junto com outras instituições financeiras, também doou milhões de testes de Covid-19, máscaras, leitos equipamentos hospitalares e apoiou a construção de uma fábrica no Instituto Butantan para a produção de vacina.

Além disso, o Bradesco participou da doação de mais de 150 mil cestas básicas para comunidades carentes, ajudou na reforma de equipamentos para hospitais e foi decisivo na construção de hospitais de campanha.

Havaianas

Passo a passo, a Havaianas, empresa do grupo Alpargatas, levou adiante diversas medidas na pandemia, que somaram recursos de R$ 40 milhões. Todos os movimentos foram guiados por duas grandes frentes: o apoio aos profissionais de saúde e também a comunidades vulneráveis.

Para o primeiro grupo, a empresa adaptou suas fábricas para produzir máscaras médicas e calçados especiais para os profissionais na linha de frente do combate à Covid-19. Com isso, produziu e doou 1,3 milhão de máscaras cirúrgicas, 2,2 milhões de máscaras de tecido, 250 mil pares de Havaianas e 25 mil pares de calçados profissionais.

“A marca se comunicou com os usuários fazendo a reflexão de que esse era o momento de “calçarmos as sandálias dos outros”, afirma Roberto Funari, presidente da Alpargatas

“A marca atuou para ajudar comunidades vulneráveis em todo o Brasil e se comunicou com os usuários fazendo a reflexão de que esse era o momento de “calçarmos as sandálias dos outros”. Estamos em um momento em que o olhar para o próximo se tornou ainda mais fundamental”, disse Roberto Funari, presidente da Alpargatas.

A companhia doou 10 respiradores para a prefeitura de Campinas Grande (PR), mais de R$ 100 mil em insumos e equipamentos para a produção de kits de diagnóstico rápido do vírus na Paraíba e 10 mil testes para a prefeitura de Montes Claros (MG), entre outras iniciativas.

Ao mesmo tempo, foram doadas, 500 mil cestas básicas para comunidades vulneráveis em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Belo Horizonte. A empresa também criou um fundo de solidariedade, que recebeu doações em dinheiro para entrega de kits de essenciais nessas localidades. A cada kit arrecadado, no valor de R$ 15, o grupo se comprometeu a dobrar o montante.

O combate às fake news foi outro ponto de atenção. A empresa doou equipamentos de som para que a rádio Conexão Favela, do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, produzisse e distribuísse conteúdos de prevenção sobre a Covid-19 para diversas comunidades.

Grupo Boticário

Com mais de 4 mil lojas espalhadas por 1.750 cidades do Brasil e presença em 15 países, o Grupo Boticário concentra algumas das principais marcas de cosméticos do País. Em seu portfólio estão, além de O Boticário, grifes como Eudora, quem disse, berenice?, BeautyBox, Multi B, Vult e Beleza na Web. Seu alcance, portanto, é enorme.

E, durante essa pandemia, o grupo fez jus ao seu tamanho. Uma das primeiras medidas foi doar seis toneladas de álcool em gel para a Acnur Brasil, a agência da ONU para refugiados, que está fazendo um grande trabalho em Boa Vista (RR).

“Em um momento como esse, pudemos reforçar parcerias unindo o que temos de melhor: a capacidade de produzir o que a sociedade precisa e nosso elo com pessoas em vulnerabilidade social”, diz Artur Grynbaum, CEO do Grupo Boticário

Além disso, o grupo doou toneladas de álcool em gel e produtos de higiene para a Central Única das Favelas (Cufa) e forneceu produtos para a Geraldo Falcões e a União Rio. Mais do que isso, também contribuiu com a doação de equipamentos hospitalares para a Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná.

“Em um momento como esse, tão difícil para todo mundo, pudemos reforçar parcerias unindo o que temos de melhor: a capacidade de produzir o que a sociedade precisa e nosso elo com pessoas em vulnerabilidade social”, diz Artur Grynbaum, CEO do Grupo Boticário ao NeoFeed.

Sadia

Uma das prioridades da Sadia desde a chegada da Covid-19 foi apoiar os consumidores em suas novas rotinas e necessidades durante o isolamento social. Para isso, a marca da BRF ampliou a variedade de sugestões de menus a partir de seus produtos, o que resultou em um hub de mais de 700 receitas.

Outro pilar foi o reforço nos lançamentos do portfólio de pratos prontos, com opções que facilitam o preparo, o que incluiu linhas como Sadia Bio, Sadia Orgânico e Sadia Vegetal.

As medidas do grupo não se concentraram apenas no paladar. Entre outras ações, logo nas primeiras semanas da pandemia, a BRF anunciou a doação de alimentos, insumos médicos e apoios a fundos de pesquisa e desenvolvimento social no valor de R$ 50 milhões.

O montante foi destinado a hospitais, Santas Casas, organizações de assistência social e profissionais de saúde nos estados e municípios em que a empresa possui operações.

Unilever

Dona de marcas como Hellman’s, Omo, Dove e Arisco, a gigante anglo-holandesa escolheu como foco na pandemia agir com a máxima urgência e oferecer apoio muito além de seus limites. No Brasil, essas ações já somam mais de R$ 25 milhões de recursos e contemplam iniciativas em 12 estados.

Além da doação de mais de 2 mil toneladas em produtos de higiene, limpeza e alimentos, a Unilever providenciou 65 ventiladores respiratórios para hospitais públicos e 24 mil testes PCR na primeira onda Covida-19 para o estado de Pernambuco.

Em parceria com a cervejaria Heineken, o grupo produziu dois lotes especiais de higienizadores e álcool, que foram distribuídos para mais de 400 mil famílias em favelas de São Paulo, capital e interior, e cidades do Amapá.

O segmento de food service também recebeu atenção especial. A companhia criou o projeto Todos à Mesa, para movimentar pequenos restaurantes e, ao mesmo tempo, oferecer alimento para pessoas em situação de rua. Foram entregues marmitas para mais de 15 mil pessoas.

Em julho, a Unilever também ofereceu, gratuitamente, orientação jurídica, financeira e assistência psicológica para 1,5 mil profissionais de restaurantes, bares e lanchonetes.

 

Fonte: New Trade – 04/12/2020

A maioria dos consumidores brasileiros não compram produtos e serviços sem antes ler avaliações na rede e buscam opiniões contrastadas e sem vieses que lhes ajudem em suas decisões de compra. É o que aponta pesquisa feita pela Capterra sobre o comportamento tanto de compradores como de empresas em relação às reviews.

Segundo o estudo, que ouviu 601 consumidores, 66% não confiam em avaliações de produtos feitas por influencers, e metade (51%) não confia nas resenhas de qualquer tipo de formador de opinião.

O estudo aponta que as reviews são a fonte mais confiável de informação para metade (53%) dos consumidores na hora de comprar um produto, à frente da opinião de especialistas (29%) e das recomendações de amigos (9%).

“Os dados indicam a vontade do consumidor de obter comentários sem vieses, seja por parte de alguém que possa estar envolvido comercialmente com determinada marca ou produto, como uma celebridade, ou por uma pessoa que se guie somente pelos seus gostos pessoais, como um amigo”, comenta o responsável pelo estudo, Lucca Rossi.

O estudo evidencia ainda que os consumidores desconfiam do que leem na internet, já que apenas 4% dos entrevistados afirmam não fazer qualquer tipo de verificação para detectar se uma avaliação é realmente autêntica; já 38% acreditam que mais da metade das empresas possui avaliações falsas na internet.

Avaliações decisivas para consumidores

Segundo a pesquisa, 52% dos consumidores sempre leem reviews antes de comprar um produto ou serviço, enquanto 30% dizem fazê-lo com frequência. Apenas 2% dos entrevistados afirmam que nunca o fazem.

E elas são decisivas nas decisões de compra: 56% dizem que as resenhas influenciam muito na hora da aquisição de eletrônicos e 52%, na de eletrodomésticos e móveis, por exemplo.

Como esperado, a Covid-19 também está jogando um papel determinante: 58% dos entrevistados dizem que leem avaliações com mais frequência agora do que antes da epidemia.

Empresas preocupadas com o tema

No mesmo estudo, o Capterra ouviu 395 líderes e gerentes de pequenas e médias empresas (PMEs) que possuem avaliações na rede para saber quais são suas estratégias a respeito do tema.

Nove de cada dez entrevistados (94%) afirmam estar satisfeitos com a maneira como suas empresas gerenciam as avaliações.

Opinião diferente daquela dos consumidores que escrevem resenhas, já que 34% dizem que as empresas não levam em consideração o suficiente seus comentários, enquanto 3% afirmam que os negócios nem sequer os consideram.

Coleta de avaliações como investimento

Segundo o estudo, 94% das empresas afirmam coletar avaliações de forma ativa, seja pedindo diretamente aos clientes após um contato direto ou por outros meios.

Para 83% destas, a coleta, monitoramento e resposta aos comentários são vistos como um bom investimento.

Outro dado prova o interesse dos comerciantes em manter uma estratégia para a área: 73% das PMEs entrevistadas afirmam possuir uma pessoa ou equipe responsável pela gestão de avaliações em sua empresa.

Número de avaliações importa

Segundo o levantamento feito com consumidores, metade (49%) dos entrevistados afirmam que um produto precisa ter de 6 a 20 avaliações para ser considerado confiável. De acordo com os dados levantados com os comerciantes, 25% afirmam que suas empresas se encontram nessa faixa.

Vale notar, no entanto, que, enquanto 20% das empresas afirmam possuir 100 reviews ou mais, somente 4% dos consumidores consideram necessárias tantas reviews.

“Como mostram os dados, a maioria das empresas e dos consumidores coincidem sobre a importância de mais de cinco reviews para gerar confiança, mas excluem a necessidade de um número muito alto de avaliações”, ressalta Rossi.

 

Fonte: New Trade – 14/12/2020