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Gestão e Negócios

cervesia gestao negocios

A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), em parceria com a Alelo, bandeira especializada em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas, desenvolveu indicadores inéditos voltados para o acompanhamento dos impactos da COVID-19 sobre a atividade econômica do Brasil, com foco no consumo em supermercados e restaurantes.

Os indicadores foram elaborados com base em informações geradas a partir da utilização dos cartões Alelo Alimentação e Alelo Refeição, incluindo volume e valor das transações, bem como o número de estabelecimentos comerciais que efetivaram compras através desses meios de pagamento. O levantamento, realizado em todo o território nacional, compara as transações diárias no período de 1 de janeiro de 2018 e 30 de abril 2020.

A partir da análise das operações efetuadas com os vouchers, foram desenvolvidos os Índices de Consumo em Supermercados (ICS), que acompanham as compras realizadas em estabelecimentos como supermercados, quitandas, mercearias, hortifrútis, sacolões, entre outros; e dos Índices de Consumo em Restaurantes (ICR), com foco na evolução do consumo de refeições prontas em estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, além de serviços de entrega (delivery) e retirada em balcão/para viagem (pick-up), entre outros.

Como era esperado, as análises dos Índices de Consumo em Restaurantes (ICR), revelaram quedas significativas do volume e valor do consumo em restaurantes já em março, com variações que se intensificaram em abril.

Já no caso dos Índices de Consumo em Supermercados (ICS), os efeitos registrados sobre o consumo ocorreram com defasagem e de forma menos intensa em relação aos restaurantes. Considerando o volume de transações, o ICR recuou 22,2% em março e 64% em abril; enquanto o ICS registrou queda de 3,5% e 12,5%, com relação ao observado nos respectivos meses do ano anterior.

“Esses dados são importantes para a sociedade brasileira entender parte dos reflexos do atual momento na economia brasileira e ajudará o varejo a se preparar para a retomada, visto que o volume movimentado de voucher representa receita expressiva nesses dois segmentos. Ao entender esse movimento de mercado, buscamos alternativas, por meio dos produtos e serviços, para apoiar nossos parceiros”, explica Cesário Nakamura, presidente da Alelo.

Além da análise mensal, os resultados são analisados de forma diária e quinzenal. Em particular, é possível citar a 1ª quinzena de abril, intervalo em que os impactos observados foram mais expressivos. Nesse período, as quedas mais expressivas foram observadas nos Índices de Consumo em Restaurantes (ICR): 67,7% (volume de transações), 56,7% (valor das transações) e 40,5% (número de estabelecimentos que realizaram transações).

Em contrapartida, os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) foram menos afetados nesse período, sendo o maior impacto registrado no volume de transações (-19.4%), seguido pelo recuo no valor transacionado (-5,0%) e no número de estabelecimentos (-3,6%). Vale ressaltar que esses percentuais foram calculados em relação ao típico ou esperado para essa quinzena (média das primeiras quinzenas de todos os meses em 2019) e que eles não excluem os efeitos de eventos e fenômenos concomitantes à pandemia.

Como esperado, os impactos sobre consumo variaram conforme o tipo do benefício e o período. Na avaliação diária, é possível identificar impactos negativos sobre o comportamento dos Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) a partir do dia 14 de março. Esse efeito é crescente até o final de março e início de abril, estabilizando-se em seguida. Do dia 16 de abril em diante, esse impacto é progressivamente amenizado até 30 de abril.

Já no caso dos Índices de Consumo em Supermercados (ICS), o registro dos impactos fica evidente apenas a partir do dia 20 de março, afetando sobretudo as séries de volume e número de estabelecimentos, escalando até o dia 5 de abril. A série de valor, entretanto, oscila no período inteiro, com repiques nos dias 20 e 28 de março, fenômeno que se repete no mês seguinte (22 e 25 de abril). Esse recorte traduz também a sazonalidade no uso dos vouchers, com o uso concentrado nas duas primeiras semanas do mês, quando é feito o abastecimento de créditos pelos empregadores.

“Dada a relevância de qualquer informação que colabore para a entender os efeitos diretos e indiretos da COVID-19, acreditamos ser bem-vindos todos os esforços na construção desses indicadores e que eles possam ser empregados para avaliar a magnitude e extensão desses impactos não só sobre a saúde da população, bem como o nível de atividade, renda e empregos”, destaca Eduardo Zylberstajn, pesquisador da Fipe.

 

Fonte: Portal Newtrade - 14/05/2020

Os maiores tombos em março ocorreram nas indústrias do Ceará (-21,8%), no Rio Grande do Sul (-20,1%) e em Santa Catarina (-17,9%). Na média geral do país, a produção industrial desabou 9,1% em março, na comparação com fevereiro, conforme divulgou na semana passada o IBGE. Foi o pior resultado para meses de março da série histórica da pesquisa, iniciada em 2002, e a queda mensal mais acentuada desde a greve dos caminhoneiros de maio de 2018 (-11%). “Os dados de março são efeitos diretos do isolamento social que afetou o processo de produção no Brasil”, afirma o analista da pesquisa, Bernardo Almeida. Ele explicou ainda que, no formato antigo da pesquisa, com 14 locais pesquisados, a única queda generalizada ocorreu em novembro de 2008, por consequência da crise financeira global.

A série passou a contar com 15 locais em 2012, quando foi incluído o Mato Grosso. Pará (-12,8%), Amazonas (-11,0%) e Região Nordeste (-9,3%) também mostraram recuos mais intensos do que a média nacional (-9,1%). Em São Paulo, a queda foi de 5,4% na comparação com fevereiro. Por concentrar mais de um terço (34%) da indústria nacional, entretanto, São Paulo foi o local que mais influenciou para o resultado geral de março. Essa foi a segunda taxa negativa do estado consecutiva, acumulando em fevereiro e março perda de 6,6%. No Rio de Janeiro, a queda foi de 1,3%. Pernambuco (-7,2%), Espírito Santo (-6,2%), São Paulo (-5,4%), Bahia (-5,0%), Paraná (-4,9%), Mato Grosso (-4,1%), Goiás (-2,8%), e Minas Gerais (-1,2%) também tiveram taxas abaixo da média nacional. Em março, houve queda de produção generalizada no setor, evidenciando o aprofundamento das paralisações em diversas plantas industriais, devido ao isolamento social por conta da pandemia de Covid-19. Entre as atividades, a queda que exerceu a maior pressão no índice geral, entretanto, foi a de veículos automotores, reboques e carrocerias (-28%), pior resultado desde maio de 2018 (-29%).

Com o tombo de 9,1% em março, a indústria brasileira passou a acumular no ano uma retração de 1,7%. Em 12 meses, tem queda de 1%. No 1º trimestre, o setor acumulou queda de 2,6% na comparação com o 4º trimestre. No acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, a produção industrial registra queda em 10 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Espírito Santo (-13,3%) e Minas Gerais (-8,4%), pressionados, em grande medida, pelos recuos assinalados por indústrias extrativas e metalurgia. Santa Catarina (-5,1%), Rio Grande de Sul (-4,7%), São Paulo (-2,3%) e Mato Grosso (-1,8%) também registraram taxas negativas mais acentuadas do que a média nacional (-1,7%). Já Ceará (-1,4%), Goiás (-1,2%), Amazonas (-1,2%) e Pará (-0,8%) completaram o conjunto de locais com queda na produção. Os maiores avanços no acumulado do ano foram no Rio de Janeiro (9,8%) e Bahia (7,1%), impulsionados, principalmente, pelo comportamento positivo das atividades de indústrias extrativas e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, no primeiro local; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, além da de celulose, papel e produtos de papel, no segundo. Pernambuco (5,6%), Região Nordeste (4,3%) e Paraná (2,6%) também acumulam taxas positivas no ano.

 

Fonte: G1 - 14/05/2020

Nesses novos tempos, nenhuma empresa poderá ser sustentavelmente melhor do que o ambiente em que atua

O debate não é novo, mas fica cada vez mais evidente que tanto o modelo atual do capitalismo como o papel das empresas nele inseridas estão mudando de forma acentuada e buscando alternativas. No último encontro do Fórum Econômico Mundial de Davos, em janeiro deste ano, representantes do mundo inteiro reafirmaram o compromisso com o chamado capitalismo das partes interessadas, ou capitalismo consciente, cuja essência destaca que os interesses das empresas precisam estar voltados a cada um que dependa, diretamente ou não, do sucesso delas, sejam acionistas, funcionários, a comunidade local ou outras empresas da cadeia produtiva. A ideia de melhorar o mundo em que operam, de prover equilíbrio ambiental, de criar valor no longo prazo e de compartilha-lo de maneira justa, se reflete também num clamor crescente dos consumidores, aos quais interessam não apenas a atuação das marcas em seu benefício individual, mas também nos benefícios que promovem para a toda a sociedade.

O período atual de pandemia e de isolamento social somente catalisou e acelerou esse movimento. A cada dia as pessoas passam a analisar mais minuciosamente o comportamento de cada marca e conferir quais delas estão se preocupando, colaborando e atuando efetivamente junto ao seu entorno, e nesse contexto o storytelling dá espaço ao story doing. Notadamente, a preferência passou a ser por aquelas empresas que exercitam a empatia, em detrimento das que falam sobre si próprias ou que tem se beneficiado por ações de influenciadores notadamente vazios, eticamente questionáveis ou pouco comprometidos com o interesse coletivo.

O relatório Edelman Trust Barometer 2020: In Brands We Trust?, sobre a confiança nas marcas e o período de coronavírus, realizada por sondagem online com 12 mil entrevistados, em 12 países, apontou que 1 em cada 3 entrevistados afirma ter convencido outras pessoas a pararem de usar uma marca por considerarem que sua resposta para a pandemia não estava sendo adequada. E 71% afirmam que companhias, que estão colocando seus ganhos acima das pessoas durante essa crise, perderão sua confiança para sempre.

No Brasil, 72% concordam que as marcas desempenham um papel crucial na solução dos desafios que enfrentamos. O mesmo estudo afirma também que os consumidores esperam que o foco das empresas seja em soluções, não em vendas. Além disso, 92% dos brasileiros são favoráveis às marcas se voltarem à produção de produtos que ajudem as pessoas a enfrentar os desafios da pandemia. Na prática, estamos percebendo que as organizações que não tiverem atitude e não forem autênticas, vão perder força de mercado ou deixarão de existir. Dizer “eu me importo” e agir com verdade e transparência pode ser um desafio, mas também uma grande oportunidade de ganhar a lealdade de um novo consumidor consciente.

Desde o início da quarentena, presenciamos comportamentos empáticos de marcas que passaram a usar a estrutura para produzir novos produtos de auxílio à sociedade. Vimos empresas de bebidas e perfumes produzindo álcool em gel, empresas de geladeira fabricando ou consertando respiradores de ar, bancos, empresas de tecnologias e de entretenimento disponibilizando suas plataformas para levar informações, entretenimento e ajuda financeira. Também observamos empresas que se uniram aos concorrentes, nos melhores moldes de cooperação, para apoiar organizações não governamentais ou mesmo criar esforços próprios de doação.

Mas, o que está por vir após a crise? O que sabemos é que o hábito de consumo já tem marcas evidentes de transformação. Um exemplo familiar: minha mãe, 72 anos, mal tinha ouvido falar sobre aplicativos de entrega de comida, mas aprendeu a baixar e usar, e tem utilizado pelo seu smartphone desde então. A facilidade de receber os produtos que precisa na segurança de sua casa fará com que ela, certamente, continue com tal comportamento mesmo depois que acabar a quarentena. Quantas pessoas farão o mesmo? A mudança na forma de consumir já foi integrada em nossa nova rotina. Experiências virtuais, a casa assumindo novo significado, novos hobbies, mais vínculo com a família, trabalho remoto e mobilidade transformada são apenas algumas tendências de um caminho sem volta. A transformação não é apenas possível, somos varridos por ela.

Estudos sobre macrotendências pós-crise apontam para o nascimento deste novo consumidor-cidadão, ainda mais conectado e consciente, que levará seus novos hábitos adquiridos durante esse período para o futuro, seja ao incorporar o uso do delivery como a minha mãe, seja fazendo sua própria comida ou comprando de pequenos comerciantes em seu bairro. Pesquisas recentes indicam também um incremento da infidelidade desses consumidores, que estarão cada vez mais abertos a experimentar novas marcas, produtos ou serviços. Acredito que o melhor caminho para se gerar fidelidade é confiar. E confiança é resultante da empatia obtida pelo o que podemos chamar de vulnerabilidade corporativa: a exposição das nossas verdades, fragilidades, dúvidas e angústias como empresa. A definição de um propósito legítimo e conectado aos pleitos sociais dependerá dessa combinação e será preponderante para o legado e perpetuidade dos negócios. Nesses novos tempos, nenhuma empresa poderá ser sustentavelmente melhor do que o ambiente em que atua.

 

Fonte: Meio&Mensagem - 14/05/2020

Brena Bäumle, sócia diretora da Bäumle Organização de Feiras, especializada na organização e administração da participação de empresas exportadoras brasileiras em feiras internacionais de negócios, adianta que o guia de protocolos para definir como o setor irá trabalhar no mundo pós-Covid19 já foi divulgado na Alemanha. Confira a entrevista exclusiva ao portal Newtrade.

1) Como o setor de feiras de negócios está se organizando mundialmente para se adequar e poder voltar a operar?

O setor de feiras e eventos é muito amplo e complexo, que contempla diferentes disciplinas e provedores de serviços, tais como pavilhões e centros de exposição, agências e organizadores, transportadores, montadores de estandes, o setor de catering, empresas de limpeza e segurança, tradutores, locadores de equipamentos e muitos outros.

A maioria são empresas de pequeno e médio porte, que trabalham com subcontratados. E o público também é amplo e complexo. A indústria de exposições européia é a líder global em termos de capacidade, qualidade e rotatividade dos locais de exposições. Representa quase 50% do mercado global de feiras, segundo dados da European Exhibition Industry Alliance – EEIA e abriga as principais feiras internacionais de B2B e B2C, que são referência e palco dos principais lançamentos mundiais.

Então é natural que a gente espere uma maior movimentação para a retomada, vinda de lá. Muitas das exposições canceladas são as feiras líderes mundiais o que tem um impacto gigante nas empresas e nos setores relacionados.

Vários organizadores, centros de feiras e associações ligadas ao setor publicaram diretrizes e iniciativas para promover a reabertura das feiras de negócios nos últimos dias em seus respectivos países. A UFI – A global Association of the Exhibition Industry analisou todos os documentos e com a ajuda de uma força-tarefa de membros do mundo todo, reuniu e um texto único as recomendações necessárias para o cumprimento das diretrizes da OMS e das autoridades nacionais de saúde. Esse documento, divulgado na última terça-feira, dia 5 de maio, é hoje o guia que irá, no momento adequado, orientar a retomada das feiras de negócios em mais de 100 grandes centros no mundo.

Outro avanço concreto é o acordo assinado na última quarta-feira, dia 6 de maio, entre o governo da Alemanha e os estados federais (que são, no final das contas, os donos dos centros de feiras e das promotoras alemãs – empresas de capital misto – como a Deutsche Messe AG de Hannover, a Koelnmesse de Colonia, a Berlim Messe, Frankfurtmesse, etc.) que primeiramente separa as feiras de negócios de outros eventos de massa, como eventos esportivos e shows, e dá autonomia para cada estado decidir quando será seguro retomar o calendário e a realização das feiras comerciais. Em suma, as feiras não serão mais consideradas parte da categoria de grandes eventos e atendendo aos altos requisitos de regras de higiene e distanciamento, poderão ser realizadas em muito breve.

Talvez até bem antes de setembro de 2020, como era o planejamento anterior. Estes são passos importantes no sentido de reiniciar a indústria de feiras, como plataformas de inovação e cooperação para a recuperação da economia na EU.

2) A indústria de eventos mudará?

Novos comportamentos e hábitos estão sendo formados, que serão uma característica permanente de nossa vida. Haverá um “novo normal”, mas o presencial continuará sendo uma parte vital de como socializamos e fazemos negócios. Muitos eventos adiados, e que ainda não tem data para acontecer no segundo semestre, provavelmente nem acontecerão mais esse ano.
O que talvez seja melhor, porque os expositores não conseguirão aprovar verba e organizar uma participação efetiva em muitas feiras em tão pouco tempo.

Será vital dar aos visitantes a confiança de viajar e de se misturar com centenas ou milhares após um longo período isolado. Aqui haverá um impacto no número de participantes nas feiras. O que poderá ser excelente para os negócios, pois o ambiente ficará mais focado. O que estamos enfrentando é a criação de uma mudança de longo prazo no comportamento dos negócios e na maneira como interagimos e fazemos negócios. Todos nós precisaremos ter uma forte presença on-line e presencial.

Precisamos estar mais próximos dos clientes com ofertas on-line para complementar os eventos presenciais. Muito já foi discutido nas últimas semanas sobre eventos virtuais, mas eles serão o apoio e o complemento dos eventos presenciais em 2020 e 2021 com toda a certeza.

3) As novas normas irão possibilitar que os eventos mantenham a sua eficiência? As feiras continuarão sendo a principal ferramenta de marketing para os expositores europeus?

Sim, estamos falando de um mercado consolidado e financeiramente forte, que é extremamente resiliente e já se adaptou a inúmeras situações de crise, como ameaças de terrorismo, o Ebola ou a gripe H1N1, só para mencionar algumas. Adaptações vão sendo feitas, mas a plataforma segue sendo muito útil e eficiente. Para se ter uma ideia, o investimento médio anual em feiras na Alemanha é de 9,6 bilhões de euros segundo a AUMA – Association of the German Trade Fair Industry. 17.000 empresas expositores chineses participam como expositores em feiras na Alemanha por ano e 230.000 pessoas trabalham diretamente com feiras de negócios só no país.

Os promotores alemães já afirmaram que as grandes feiras alemãs podem atender aos requisitos de saúde, devido à sua forma organizacional e aos modernos centros de feiras que utilizam. Hoje já dá para se dizer que os promotores têm as ferramentas, o dinheiro e estão em condições de cumprir as diretrizes oficiais do Instituto Robert-Koch (agência de saúde pública da Alemanha) sobre higiene e distância física. Então, tão logo os governos possam definir que o risco passou, as feiras voltarão a ocupar um
lugar de destaque nos planejamentos de marketing das empresas.

4) Existem setores muito atingidos? Pode dar algum exemplo?

Acredito que as montadoras de estandes estão sendo as mais afetadas. O COVID-19 coloca em risco quase 250.000 empregos na construção de estandes em toda a Europa, segundo uma pesquisa recente da Federação Internacional de Serviços de Eventos e Exposições (IFES). Estima-se que essas empresas percam pelo menos 50% de seu faturamento anual.

São cerca de 1.750 empresas montadoras de estandes na Europa, se contarmos as mais importantes. A maioria das feiras ocorre no início do ano e, depois, ocorre uma pausa no verão entre o final de junho e o início de setembro. Os 40% restantes dos eventos ocorrem no outono entre setembro e dezembro. O desafio é como essas empresas irão sobreviver até setembro, se estão tendo que lidar com uma montanha de dívidas e taxas que devoram qualquer chance de estabilidade financeira.

 

Fonte: New Trade – 11/05/2020

Desde sua descoberta no fim de 2019, até o seu rápido avanço pelo mundo, o COVID-19 vem causando preocupação. Diante da pandemia, muitos países optaram por fechar fronteiras e orientaram suas populações a evitarem aglomerações e a recorrerem ao isolamento social para impedir o avanço da doença. Tais medidas impactaram diversos setores e segmentos da economia.

De acordo com um estudo realizado pela Kerry, diante de uma situação de isolamento social nunca vivida, os consumidores da América Latina mudaram seus comportamentos de compra e de consumo.

Essa mudança de hábitos repentina tem desafiado a indústria de alimentos e bebidas e principalmente o setor de food service, os quais estão sendo obrigados a buscar novas informações e a se reinventar.

Analisando os maiores mercados da região da América Latina vemos atitudes similares em diferentes culturas. Conhecidos mundialmente por sua simpatia e receptividade, os latinos estão mudando sua forma de comprar entre as mais diversas faixas etárias, acelerando a utilização dos meios on-line para adquirir alimentos e refeições prontas.

Outra tendência do setor de food service que promete ser destaque durante o período de isolamento social, é o conceito de “Dark Kitchen”, ou restaurante fantasma. Trata-se de um estabelecimento que oferece serviços de alimentação apenas para viagem ou entregas. Além de ter um custo operacional menor, sem despesas referentes ao salão, este tipo de restaurante tem um investimento financeiro inicial mais baixo e pode ter mais flexibilidade no menu, adequando-o ao gosto de seu público sempre que necessário. Mais uma facilidade deste modelo de negócio, é que as entregas podem ser feitas diretamente pela empresa ou terceirizada, devido aos diversos aplicativos e serviços de delivery de comida disponíveis no mercado.

Brasil

Houve um aumento significativo na adesão dos brasileiros aos chamados atacarejos e hipermercados onde os consumidores podem encontrar todos os itens de primeira necessidade em um único local, muitas vezes em embalagens maiores. Segundo dados da Kantar, ambos registraram juntos 53% de penetração no consumo de massa e mais de 2,5 milhões de novos lares que aderiram a estes modelos de compras. Em questão de itens classificados como indispensáveis pelos brasileiros, os destaques de aumento de consumo desde as primeiras semanas da quarentena, são: pães industrializados (+52%), linguiças (+16%), sucos prontos (+15%), cervejas (+15%), absorventes higiênicos (+21%) e papel higiênico (+15%). Por outro lado, produtos que antes faziam parte da lista de compras de boa parte da população registraram quedas nas vendas, como os leites fermentados (-21%), iogurtes (-17%), lâminas de barbear (-12%), tintura de cabelo (-4%) e bebidas de soja (-7%).

Refeições

A relação dos brasileiros com as refeições também mudou, houve a diminuição da preparação de refeições caseiras em detrimento do aumento de deliverys aos finais de semana, opção cada vez mais recorrente. Comparando a primeira semana de março com a segunda, o número de lares que pediram comida aumentou, principalmente por meio de pedidos diretos aos restaurantes e lanchonetes, mas o uso de aplicativos para esta finalidade, também foi alto (19%), segundo Rg Nutri com TechFit. A mesma instituição também mostra que os supermercados registraram 74% no aumento das vendas online entre 16 e 22 de março.

A preferência de consumo no setor de bebidas também está mudando. Segundo da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), com bares e restaurantes fechados devido ao avanço do Coronavírus no País, esse mercado teve uma desaceleração de 52% desde o dia 15 de março. De acordo com a Kantar, em janeiro e fevereiro houve uma variação positiva nas vendas de sucos prontos (+15%), cervejas (+10%) e refrigerantes (+6).

México

Distante territorialmente do Brasil, porém muito próximo em preferência, no México o número de pessoas que pediram refeições via aplicativo já é de 6 em cada 10. Somente no Rappi os pedidos triplicaram e diversos estabelecimentos pararam de cobrar o valor da entrega. No varejo, a venda de alimentos como arroz, feijão e ovos cresceram 400% nas últimas duas semanas. A demanda por produtos enlatados, que possuem mais tempo de validade e que reduzem a necessidade de uma nova compra rapidamente, também aumentou, principalmente sardinha e arenque (155%) e atum (151). Embalagens maiores ou multipacks também tem sido as preferidas pelos consumidores mexicanos.

Portanto, o delivery é o novo modelo operacional para redes de restaurantes, e mesmo estabelecimentos que não usam os aplicativos Uber Eats ou Rappi, atendem pedidos via WhatsApp e Instagram, oferecendo também várias promoções e descontos no valor da entrega.

O número de parceiros em uma das principais plataformas de entrega do país aumentou mais de 250%, e alguns restaurantes implementaram o modelo para viagem, que consiste em fazer pedidos pelo telefone e retirá-los na loja ou no ponto de venda. Nos setores de panificação e confeitaria, algumas empresas locais optaram por um modelo “faça você mesmo”, vendendo os materiais e embalagens para que os clientes possam fazer suas próprias receitas em casa. Algumas marcas também estão oferecendo aulas on-line de padaria e confeitaria em lives no Instagram, enquanto chefes famosos também oferecem aulas online para entreter e estimular os Mexicanos.

Para prolongar a vida útil dos alimentos, as embalagens que antes eram usadas apenas pelas principais marcas agora são usadas por todos os tipos de estabelecimentos, como as de embalagem a vácuo. Para apoiar os restaurantes a manterem seus negócios abertos, uma grande rede de solidariedade foi desenvolvida e as pessoas estão comprando vouchers para usarem quando a crise passar, válidos para todo o ano de 2020. De acordo com Zinklar, os consumidores mexicanos estão comprando não apenas mais unidades de produtos, mas também preferem embalagens maiores ou múltiplas, com preferência por itens nacionais.

América Central, Caribe e Região Andina

Na região central da América Latina, a preferência pelas compras digitais também deixou de ser uma tendência e rapidamente se tornou realidade. De acordo com a Associação de Exportadores e a Câmara de Comércio Digital da Guatemala, no Panamá, Costa Rica e Guatemala, os três primeiros dias de quarentena triplicaram a demanda por pequenas empresas interessadas em atualizar e expandir suas plataformas digitais. Além disso, segundo a Kantar, mais de 25% das pessoas na Colômbia e na Guatemala (acima da média da América Latina) mencionaram que estão comprando e usando mais o canal digital para suas compras.

Apesar do declínio do setor de bebidas em outros países, durante os primeiros dias da crise, produtos como suco de laranja, bebidas sem gás e bebidas em pó tiveram um grande crescimento nas vendas.

Houve também uma mudança nos locais onde as pessoas compram alimentos e bebidas. Eles estão comprando mais em mercados (super e hiper) e drogarias, e menos em estabelecimentos antigos ou menores. O motivo é a percepção de limpeza e segurança. Até 20 de abril, mais de 1000 “pulperías” ou pequenas mercearias foram fechadas na Costa Rica, e essa situação está se repetindo em toda a região.

No setor de alimentos, a oportunidade parece mais latente na entrega de pratos como frango, pizza e hambúrgueres. Além disso, as famílias aumentaram o percentual de gastos com alimentos, especialmente com produtos não perecíveis, frutas e legumes.
Algumas das principais marcas alimentícias estão doando produtos e refeições para equipes médicas e serviços de emergência, como a Cruz Vermelha Colombiana.

Chile

Embora a renda dos Chilenos tenha sido afetada pelo impacto do Covid-19, eles estão aproveitando a oportunidade para dedicar mais tempo à hábitos saudáveis e consumir alimentos de qualidade. Mais da metade da população que participou da pesquisa Customer Trigger disse que as principais prioridades quando se trata de consumo agora são alimentos e produtos de limpeza. O que mostra uma oportunidade ainda maior para produtos com baixo teor de sódio, calorias e açúcar, além de refeições prontas que consideram extratos naturais, molhos e especiarias com apelo fresco.

 

Fonte: Portal Newtrade - 11/05/2020

 

Com o isolamento social e outras medidas adotadas para combater a disseminação do novo coronavírus (COVID-19), muitas empresas encontraram no comércio on-line a alternativa para manter as operações. Para o economista e presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR), Claudio Felisoni de Angelo, a necessidade acelerou a digitalização para a qual a sociedade já caminhava, mas é preciso identificar as melhores soluções virtuais, de acordo com cada estrutura.

Na opinião do especialista, o cenário é desafiador, e é inevitável que as empresas se reinventem para manter os negócios e os empregos. “A mudança radical obrigou os empresários, independentemente do tamanho da operação, a procurarem alternativas em curto prazo. Investir no e-commerce foi a resposta mais viável para o momento”, comenta Felisoni.

A Bio Mundo, rede de produtos saudáveis e naturais, intensificou o sistema de delivery para equilibrar o fechamento de 75% em suas atividades em Brasília, onde a marca conta com 15 lojas próprias, e de demais operações pelo Brasil. Segundo o CEO da companhia, Edmar Mothé, as vendas eram muito concentradas nas lojas físicas, mas, com o fechamento dos comércios, foi preciso adotar uma estratégia mais ativa de entregas. O delivery da Bio Mundo começou representando 7% da receita e já chega a 10%, com indícios de crescimento. A rede possui mais de 100 franquias em 15 estados do Brasil.

Já a varejista Ricardo Eletro, do grupo Máquina de Vendas, já possuía uma presença ativa no e-commerce, mas registrou um aumento de 32% em março em relação ao mesmo período de 2019. Algumas categorias, como os eletroeletrônicos, avançaram cerca de 80% nas vendas. E para reforçar sua atuação online, a marca passou a integrar parceiros de marketplace para oferecer itens que não faziam parte do mix de produtos, como linhas médicas e alimentícias.

Para minimizar os impactos para os mais de 2.400 vendedores das 300 lojas que estão fechadas, a Ricardo Eletro criou um link para que cada colaborador receba a comissão pelas vendas realizadas neste link.

“A tendência é que muitas empresas de diversos segmentos ainda migrem ou reforcem suas operações no comércio eletrônico, como reflexo da pandemia e, consequentemente, pelas ações de isolamento social. Esse trágico episódio, por certo, contribuiu enormemente para o amadurecimento do varejo em geral e do brasileiro, em particular em relação à jornada de compra virtual”, finaliza o presidente do IBEVAR.

 

Fonte: Portal Newtrade - 27/04/2020

Fazer com que uma empresa se torne referência no mercado e tenha uma boa reputação no meio corporativo é um grande desafio. Mas, algumas conseguem se destacar.

Por mais um ano consecutivo, a Natura foi eleita a empresa com a melhor reputação no mercado brasileiro pelo Monitor Empresarial de Reputação Corporativa (Merco), enviado em primeira mão ao InfoMoney. O levantamento tem como base dados referentes a 2019.

“A reputação é o reconhecimento do comportamento corporativo de uma companhia, dessa percepção dos stakeholders pela empresa, e isso está relacionando com o cumprimento dos compromissos”, explica Lylian Brandão, diretora geral da Merco Brasil em entrevista ao InfoMoney.

A pesquisa é constituída por mais de 4 mil entrevistas com diferentes agentes que atuam no mercado corporativo. Para esse levantamento, foram entrevistados mais de 370 diretores empresariais, cerca de 500 especialistas do mercado (analistas financeiros, jornalistas de informação econômica, sindicatos) e mais de 3 mil consumidores. A pesquisa foi auditada pela consultoria KPMG.

Os mais bem vistos pelo mercado

Além da Natura, o top 5 das companhias que possuem a melhor reputação no Brasil conta com Ambev, Itaú Unibanco, Grupo Boticário e Google – sendo essa a única não nacional entre as cinco primeiras colocadas.

Para Lylian, o fato dessas empresas sempre figurarem bem nos rankings de reputação mostra um esforço em manter um compromisso de sustentabilidade e confiança com os clientes e a sociedade de modo geral.

“Um olhar mais no longo prazo, foco em modelos de negócios sustentáveis e a manutenção do compromisso com a sociedade são pontos em comuns entre as essas empresas”, explica.

A diretora ainda argumenta que, ao longo últimos anos, as companhias perceberam a necessidade de ter uma visão mais abrangente dos negócios e da atuação da empresa no ambiente econômico que a mesma se encontra.

Em outras palavras, para uma companhia fortalecer sua imagem perante o mercado e os clientes, é preciso ter uma coerência nos discursos da companhia e um caráter de preocupação e cuidado com funcionários, clientes, fornecedores e a sociedade civil de forma geral.

“As empresas começaram a entender a importância essa visão mais abrangente, verdadeira uma atuação comercial. Não é só olhar o resultado financeiro, é necessário prestar atenção em outros pontos cada vez mais relevantes para a sociedade”, conclui a diretora.

Lylian ainda explica que, embora seja complicado construir uma reputação tão boa para figurar entre as primeiras colocadas, uma vez consolidada, fica mais fácil para manter essa boa imagem perante ao mercado.

“No top 10 as empresas tem poucas oscilações. O desafio maior é o crescimento, então lá em cima a briga é maior. Empresas melhores tem a preocupação com a sociedade como um todo”, afirma.

Confira:

  1. Natura

Eleita por mais um ano consecutivo como a a companhia com a melhor imagem corporativa no mercado brasileiro, a Natura & Co sabe o quão importante a responsabilidade corporativa é para seus negócios. Desde a primeira edição do estudo, em 2013, a Natura consolida-se como a empresa com a melhor reputação corporativa no Brasil.

Fundada em 1969 em São Paulo, a companhia está presente em mais de 60 países e conta com mais de 40 mil funcionários no mundo todo. Após adquirir a rival Avon em 2019, a Natura tornou-se a quarta maior empresa do ramo de beleza e cosméticos do mundo. O Grupo Natura também é dono da inglesa The Body Shop e da australiana Aesop.

A companhia é presidida desde 2016 por João Paulo Ferreira. Na lista da Merco das lideranças mais bem vistas pelo mundo corporativo brasileiro, Ferreira ficou na oitava posição. Já o CEO global do Natura & Co, grupo que controla a companhia, é o brasileiro Roberto Marques.

A companhia obteve a nota máxima de 10 mil pontos no estudo.

  1. Ambev

Controlada pela belga AB InBev, a Ambev, maior cervejaria da América Latina e líder do segmento no Brasil, foi a segunda empresa com a melhor reputação no Brasil.

Muito conhecida pelo seu popular portfólio de cervejas, que conta com nomes como Skol, Brahma e Budweiser, nos últimos anos, a Ambev tem se diversificado, apostando em segmentos de bebidas não-alcoólicas, como refrigerantes e sucos, e até mesmo em energéticos e bebidas destiladas.

A companhia obteve uma pontuação de 8784 no estudo.

  1. Itaú Unibanco

Presidido por Candido Bracher, o Itaú Unibanco é a primeira instituição financeira a aparecer na lista Merco. O banco, que é o maior do Brasil e da América Latina, ocupa a terceira posição entre as empresas com melhor reputação no Brasil.

Roberto Setubal, ex-presidente do banco e hoje membro do conselho de administração, foi eleito o terceiro líder empresarial mais bem visto no país.

A companhia obteve uma pontuação de 8449 no estudo.

  1. Boticário

Uma outra marca representante do setor de beleza e cosméticos na lista das empresas com a melhor reputação no Brasil é o Grupo Boticário. O grupo possui grandes marcas do mundo da beleza como O Boticário, Eudora e Quem Disse, Berenice?

Com mais de 3,7 mil lojas espalhadas pelo país, o Grupo Boticário é uma grande concorrente da primeira colocada Natura.

A companhia obteve uma pontuação de 8332 no estudo.

  1. Google

O Google é a mais bem colocada companhia estrangeira a integrar o ranking da Merco no país. A companhia é presidida no Brasil pelo engenheiro Fábio Coelho, que também é o vice-presidente da Google Inc.

O levantamento da Merco também mostrou que Coelho é o segundo líder empresarial mais admirado pelo mercado corporativo brasileiro.

Além disso, o Google é a empresa mais desejada para trabalhar entre estudantes universitários de negócios, engenharia e tecnologia em diversos países.

A companhia obteve uma pontuação de 8328 no estudo.

  1. Nestlé

Presidida por Marcelo Mechior, a Nestlé é a segunda marca internacional mais bem colocada no ranking. A marca suíça de alimentos e bebidas atua no Brasil desde o século XIX, mas foi apenas em 1921 que a companhia se estabeleceu de vez no país, com sua primeira fábrica construída na cidade de Araras (SP).

O Brasil é muito importante para a Nestlé, já que constitui o quatro maior mercado da marca – que faturou cerca de 92,5 bilhões de francos suíços mundialmente em 2019.

A companhia obteve uma pontuação de 8110 no estudo.

  1. Apple

Presidida globalmente por Tim Cook, a companhia é considerada uma das mais importantes mundialmente na produção de smartphones e tecnologias de maneira geral.

A companhia obteve uma pontuação de 7986 no estudo.

  1. Bradesco

Presidido por Octavio de Lazari Jr., o Bradesco, segundo maior banco privado do país, se manteve na oitava colocação. Octavio também figurou entre os lideres com a melhor reputação no Brasil, sendo listado na 36ª posição.

Fundado nos anos 1940 pelo empresário Amador Aguiar, o Bradesco já foi o maior banco do país e atingiu o feito de, em 2010, ser a única instituição financeira privada a estar presente em todos os municípios do Brasil, tendo pelo menos uma agência ou posto de atendimento em cada uma das cidades do país.

A companhia obteve uma pontuação de 7975 no estudo.

  1. Toyota

A montadora japonesa é uma das empresas que mais tem melhorado sua reputação no mercado brasileiro. Em dois anos, a companhia subiu cerca de 10 posições, uma oscilação não muito comum no ranking da Merco.

Em grande parte, a confiança do empresariado brasileiro com a companhia no país tem crescido após ótimos resultados da Toyota no Brasil e de um bom trabalho de aproximação e transparência com os consumidores e parceiros brasileiros.

A companhia é presidida no Brasil por Rafael Chang, que também integra a lista dos líderes empresariais mais respeitados no mercado brasileiro na 40ª posição.

A companhia obteve uma pontuação de 7639 no estudo.

  1. Magazine Luiza

Conhecida por despontar como uma das varejistas mais queridas do investidor brasileiro e vencedora do ranking Melhores Empresas da Bolsa, realizado pelo InfoMoney em parceria com Ibmec, a Magazine Luiza tem melhorado cada vez mais sua reputação no mercado corporativo do país. A companhia obteve uma pontuação de 7583 no estudo.

Ainda que os resultados da companhia nos últimos anos sejam impressionantes, um dos fatores que ajuda muito a companhia a se lançar como uma empresa referência no mercado é a ótima reputação do seu conselho administrativo e dos seus diretores.

Por mais um ano consecutivo, Luiza Trajano, Presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, foi eleita a líder mais respeitada em todo Brasil. Luiza é sobrinha dos fundadores do Magalu e começou a trabalhar na companhia da família ainda aos 12 anos.

A atuação de Luiza na empresa foi fundamental para o importante salto de inovação e crescimento que colocou o Magazine Luiza entre os maiores varejistas do Brasil.

Nos 25 anos em que esteve à frente das operações, Luiza expandiu suas lojas para diversos locais do Brasil, além de ter aberto o capital da empresa na Bolsa de Valores em 2011.

O fato de Luiza Trajano ser a líder empresarial mais respeitada no Brasil abre espaço para um debate importante no corporativismo do país: a falta de mulheres em cargos de lideranças empresariais.

Ainda que seja significativo e simbólico ter uma mulher encabeçando uma lista de líderes corporativos, a ausência geral de representantes femininas no ranking geral é evidente: entre os 100 nomes, há apenas 10 mulheres.

Para Lylian, da Merco, o resultado é um reflexo direto no baixo número de mulheres em cargos de alta diretoria de grandes empresas.

“É um retrato do mercado em si. Porém, ainda que não haja um percentual significativo sobre mulheres como líderes de empresas, isso não faz com que elas se concentrem na parte de baixo da tabela”, explica a diretora.

Confira abaixo a lista das 100 empresas com a melhor reputação no Brasil:

EMPRESA

PONTUAÇÃO

SETOR

Natura

10.000

Beleza e cosméticos

Ambev

8.784

Bebidas e alimentos

Itaú

8.449

Serviços financeiros

Grupo Boticário

8.332

Beleza e cosméticos

Google

8.328

Tecnologia e serviços digitais

Nestlé

8.110

Bebidas e alimentos

Apple

7.986

Tecnologia e serviços digitais

Bradesco

7.975

Serviços financeiros

Toyota

7.639

Montadora automobilística

Magazine Luiza

7.583

Varejo

Coca Cola

7.554

Bebidas e alimentos

Netflix

7.527

Tecnologia e serviços digitais

Volkswagen

7.502

Montadora automobilística

Hospital Sírio-Libanês

7.480

Saúde

Unilever

7.447

Beleza e cosméticos/ Bebidas e alimentos

Danone

7.398

Bebidas e alimentos

Avon

7.266

Beleza e cosméticos

Hospital Albert Einstein

7.250

Saúde

Microsoft

7.238

Tecnologia e serviços digitais

Gerdau

7.115

Metalurgia

Renner

7.049

Varejo

Honda

7.048

Montadora automobilística

Santander

7.045

Serviços financeiros

Johnson & Johnson

7.020

Beleza e cosméticos

Samsung

6.966

Tecnologia e serviços digitais

Mercedes Benz

6.958

Montadora automobilística

P&G

6.942

Serviços financeiros/Consultoria

Porto Seguro

6.933

Seguros

Embraer

6.922

Aviação

Fiat

6.918

Montadora automobilística

Tramontina

6.903

Varejo

Heineken

6900

Bebidas e alimentos

GPA

6898

Varejo

Votorantim

6878

Serviços financeiros

McDonald’s

6859

Bebidas e alimentos

Latam

6772

Aviação

Ipiranga

6695

Gasolina

Mercado Livre

6688

Serviços digitais/Varejo

Facebook

6684

Tecnologia/serviços digitais

Amazon

6660

Varejo/Serviços digitais

Bayer

6645

Saúde

Nubank

6637

Serviços financeiros

Banco do Brasil

6634

Serviços financeiros

Carrefour

6621

Varejo

Lojas Americanas

6614

Varejo

Vivo

6598

Telecomunicações

Cielo

6589

Serviços financeiros

Ford

6581

Montadora automobilística

Adidas

6454

Varejo

Gol

6440

Aviação

Raia Drogasil

6410

Saúde

Volvo

6344

Montadora automobilística

Petrobras

6337

Mineração/extração de petróleo

Hering

6333

Varejo

Alpargatas

6302

Varejo

IBM

6182

Tecnologia e serviços digitais

HP

6180

Tecnologia e serviços digitais

C&A

6169

Varejo

Casas Bahia

6157

Varejo

Claro

6082

Telecomunicações

Grupo Silvio Santos

6065

Mídia e entremetimento

Walmart

6033

Varejo

Grupo Globo

5988

Mídia e entremetimento

Pepsico

5912

Bebidas e alimentos

Bunge

5849

Bebidas e alimentos

Caixa Econômica Federal

5837

Serviços financeiros

GE

5760

Tecnologia/Energia

Lenovo

5644

Tecnologia e serviços digitais

Grupo Abril

5634

Mídia e entremetimento

Siemens

5626

Tecnologia/Energia

Aurora Alimentos

5620

Bebidas e alimentos

Amil

5613

Saúde

Arezzo

5613

Varejo

Klabin

5564

Papel e celulose

JBS

5519

Alimentos

Farmácias PagueMenos

5505

Saúde

TIM

5401

Telecomunicações

3M

5354

Tecnologia

Fleury

5339

Saúde

Braskem

5338

Química

Tigre

5296

Construção

BRF

5103

Bebidas e alimentos

Caterpillar

5040

Maquinário industrial

BASF

5006

Quimica

Cargill

5002

Alimentos

Oi

4897

Telecomunicações

Vale

4878

Mineração

Suzano

4833

Papel e celulose

Ultrapar

4679

Petroquímico

CSN

4644

Metalurgia

Mondelez

4637

Alimentos

Oderbrecht

4061

Construção

Souza Cruz

3218

Tabaco

Eletrobras

3030

Energia

Azul

3032

Aviação

Enel

3018

Energia

Weg

3014

Tecnologia/Energia

iFood

3008

Tecnologia e serviços digitais

Cacau Show

3002

Bebidas e alimentos

Usiminas

3000

Mineração

 

Metodologia

A avaliação da Merco integra a percepção de 16 fontes de informação diferentes sobre as mais diversas variáveis que podem constituir uma empresa ou o perfil de um líder.

A Merco investiga uma série de quesitos, com base em 4.189 entrevistas realizadas com três grandes grupos: diretores de grandes empresas, especialistas de vários setores (analistas financeiros, membros do governo, acadêmicos e representantes de ONGs, entre outros) e consumidores.

Primeiro, diretores de grandes empresas apontam as 10 empresas mais respeitadas do mercado na sua visão, exceto a deles. Depois, essa lista passa na mão de diversos especialistas que avaliam de 0 a 100 cada uma das empresas nas variáveis das quais possuem conhecimento.

Na sequência, é realizado um trabalho de pesquisa de campo com a população em geral (consumidores).

Há ainda uma avaliação da atividade das marcas citadas nos canais de divulgação próprio e a comunicação da reputação gerada (mídias sociais, influencers digitais, usuários da rede etc)

Por fim, técnicos da Merco avaliam os principais indicadores das empresas incluídas no ranking ate então para chegar às 100 primeiras. Essa é a parte de separar os indicadores e dados de respostas e valorar todas essas variáveis para chegar à uma pontuação final para cada empresa citada.

 

Fonte: New Trade – 29/04/2020