Gestão e Negócios
Pela primeira vez em três anos, a renda do brasileiro cresceu mais do que os gastos. É o que mostra um estudo divulgado nesta segunda-feira (18) pela Nielsen. De 2016 para 2017, a renda média mensal por família cresceu 11%, para R$ 3.460, enquanto os gastos médios subiram apenas 1%, para R$ 3.148, o que indica que o consumo está mais consciente. Com isso, a relação renda/gasto, que estava em equilíbrio em 2016, ficou em 9,9% neste ano. “Com a crise, o consumidor aprendeu a planejar suas compras, economizar por meio do gerenciamento de seus gastos, fazer opções inteligentes quanto à escolha de produtos e canais”, diz em nota Ricardo Alvarenga, especialista em entendimento do consumidor da Nielsen.
Porém, essa realidade muda conforme a região do país e o nível socioeconômico. A classe C, que sofreu mais intensamente a crise, por exemplo, é a que ainda mantém certa estabilidade na balança, com gastos 0,3% acima da renda.
A Nielsen destaca que a perspectiva de consumo foi impactada neste ano pela inflação mais controlada, a volta do crescimento do PIB e a queda da taxa de desemprego.
Impacto do FGTS
Segundo a pesquisa, quase um terço (27,2%) das famílias se beneficiaram do saque das contas inativas do FGTS. Delas, quase metade (46,6%) usaram o dinheiro para pagar dívidas, 14,8% investiram ou pouparam e 11,6% compraram bens de consumo.
Famílias grandes sofrem mais
Ainda de acordo com o estudo, 48,2% (12,4 milhões) dos lares brasileiros passaram imunes pela crise em 2017, ou seja, não acumularam dívidas nem perderam o emprego. Desse total, 26% não sofreram com recessão nos últimos dois anos e 22,2% saíram da crise no último ano (10,6 milhões).
Entre as famílias que nunca foram impactadas, 30% pertencem à classe AB e 32% à DE. A maioria dos lares são sem crianças (62%) e têm até dois membros (51,2%). Grande parte também é do estado de São Paulo (32,6%). “Essas famílias aprenderam a economizar e optam por canais que lhes ofereçam um melhor custo-benefício. Por exemplo, vão mais vezes ao Cash & Carry (atacarejo), enquanto buscam os Hipermercados para comprar itens mais premium”, diz Alvarenga.
Por outro lado, dos 51,8% que foram impactados pela recessão, 14,4% sentiram os efeitos só neste ano (os demais já estavam em situação difícil). Os lares nesse grupo são principalmente da classe C (52%), com crianças de 6 a 11 anos (12,4%) e famílias de cinco ou mais componentes (24,5%).
Como driblar a crise
O estudo revela que pagar as contas em dia, garantir os estudos e manter ou conseguir um emprego são as maiores preocupações das famílias impactadas pela crise. Para economizar e driblar os efeitos, a principal estratégia usada por elas foi a substituição por marcas mais baratas.
A busca por formas de conseguir renda extra também foi outro artifício utilizado: 24% passaram a prestar serviço como babá, diarista e passeador de cachorro, enquanto 4% se cadastraram em aplicativos de táxi. Outros 18% começaram a vender produtos em catálogo e 12% passaram a cozinhar bolos caseiros ou salgados para fora. “Os impactados vão em busca de melhores oportunidades e promoções na hora de consumir, encontrando muitas vezes o que precisam no Cash & Carry (atacarejo). Não é à toa que o canal cresce em penetração, ticket médio e quantidade de itens entre essas famílias”, analisa Alvarenga.
Fonte: G1 - 19/12/2017
Andressa Bereta tinha só 23 anos quando entrou como estagiária em uma pequena empresa de produtos para a saúde, a Apis Flora. Efetivada no ano seguinte, a farmacêutica decidiu construir sua carreira ali e auxiliar no crescimento da organização.
Enquanto ajudava a implantar inovações na empresa, como um setor de desenvolvimento de produtos, a profissional investia em sua formação com o apoio da empresa. Vinte anos depois, Andressa ocupa um cargo estratégico na companhia e, hoje doutora em Farmácia pela Universidade de São Paulo (USP), alia seu trabalho de pesquisadora à sua atuação na Apis Flora.
Com uma vida dedicada à companhia, que dobrou seu quadro de funcionários de 2000 para cá, a farmacêutica é o exemplo de um perfil profissional praticamente em extinção: as pessoas que constroem carreiras longas em um só lugar.
As passagens pelas empresas são hoje bem mais curtas e este novo cenário tem várias raízes. Uma delas é o ingresso dos dinâmicos millenials no mundo do trabalho. Eles têm muito acesso a informação, conhecem melhor as oportunidades que existem do lado de fora da empresa e, enérgicos, têm medo da estagnação. Não à toa, se estão felizes e insatisfeitos com o emprego, partem logo em busca de novos desafios.
Outro motivo tem a ver com o aumento dos contratos a curto prazo, modelo que, segundo a gerente do site de empregos Adzuna no Brasil, Veronica Cortizo, já está consolidado na Europa e só cresce por aqui. Esse tipo de redução de vínculos entre empregado e empregador é uma tendência global que influencia significativamente a composição das novas carreiras.
Empresários de si mesmos
A professora norte-americana Ilana Gershon, que estuda o impacto da tecnologia na contratação de profissionais nos Estados Unidos, defende em um de seus artigos que a quebra de um suposto pacto de fidelidade mútua entre empresa e trabalhador tem dado origem a uma geração de profissionais incluídos no que ela chama de "economia quitting". Neste sistema, os funcionários não pensam muito para deixar a empresa e partir para um projeto mais atraente. São empresários de si próprios.
Os indivíduos tendem a perder aquele compromisso firme que as gerações passadas tinham com as companhias para as quais trabalhavam – como resposta às novas estruturas de trabalho. "Eles se reinventam como meras peças comercializáveis, prontas para irem embora quando acharem conveniente", escreve a pesquisadora.
De acordo com Veronica, os profissionais passam, em média, algo entre um e dois anos dentro da mesma companhia, mas isso varia de empresa para empresa.
Ela acrescenta que, entre os millenials, há uma tendência crescente de mudar de emprego depois de um período que vai de 6 a 12 meses.
"Durante esse ciclo o funcionário aprende uma nova atividade, se aperfeiçoa, enfrenta grandes desafios, falha e se supera. É importante que, neste espaço
de tempo, a pessoa absorva o máximo do cargo em que está", diz.
Entre os altos executivos, as carreiras curtas na mesma empresa também têm aumentado. Thiago Gaudêncio, gerente da Michael Page no Paraná, explica que outro motivo determinante para isso é uma visão de cunho meritocrático que impera nas companhias nos dias de hoje. Mediante um foco em resultados, os funcionários são promovidos muito mais por performance e entrega do que por tempo de casa.
Sob essa ótica, as lideranças também não ficam muito tempo na companhia. "Assim que encontram uma oportunidade mais desafiadora, acabam indo embora", explica Thiago.
Quem trabalha em organizações com bons planos de sucessão e carreira, políticas transparentes e benefícios atrativos tem muito a ganhar quando opta por desenvolver sua vida profissional em um só lugar. Sobretudo quando estas companhias representam um terreno relativamente seguro.
Para Heloísa Capelas, especialista em inteligência comportamental do Centro Hoffman no Brasil, entre os lucros desta opção está o trunfo de poder viver em uma empresa na qual se acredita e com a qual já se está acostumado. Além disso, companhias que, hoje, retém pessoas por muito tempo, são reconhecidas desenvolver pessoas por valorizar os pontos fortes de seus colaboradores, ainda que ciente das fraquezas de cada um.
Mas a profissional alerta que, caso a pessoa esteja ali apenas por se sentir segura naquele ambiente e ter medo de alçar novos voos, esta escolha não faz muito sentido porque só paralisa o indivíduo.
Heloísa lembra que qualquer coisa que de repente afete a organização – seja um vendaval pós-crise econômica ou até mesmo uma sucessão inesperada na companhia – pode levar por água abaixo a dedicação de uma vida, então, não há caminho sem risco. "Quando você não escolhe seu rumo por puro receio, alguém acaba escolhendo em seu lugar. É preciso ter voz sobre a própria vida. Saiba sentir quando é hora de mudar", aconselha.
Fonte: Gazeta do Povo - 18/12/2017
Não é difícil achar ambientes de trabalho em que responder e-mails fora do expediente e levar trabalho para casa se tornaram parte da rotina. Um novo estudo da Universidade de Zurique, no entanto, chega como alerta para quem adotou esse estilo de vida.
Pessoas que não criam limites entre a vida pessoal e profissional reportam níveis mais baixos de bem-estar e mais altos de exaustão. Fazer atividades voltadas para o relaxamento e lazer é, segundo os pesquisadores, essencial para garantir a saúde.
A pesquisa, publicada no “Journal of Business and Psychology”, teve participação de quase dois mil funcionários de empresas de diversos setores localizados em países germânicos. Deles, metade disse trabalhar mais de 40 horas por semana, enquanto 37,7% trabalhavam entre 30 e 39 horas/semana. Eles responderam questionários sobre a frequência com que levavam trabalho para casa, trabalhavam nos fins de semana ou se preocupavam com atividades profissionais durante o tempo livre.
Os participantes também indicaram se tinham tempo para relaxar participando do que os especialistas consideram “atividades restauradoras”, como socializar com amigos ou a família, praticar esportes ou hobbies e dedicar qualquer período ao relaxamento. O nível de bem-estar dos participantes foi medido com base no nível de exaustão física e emocional e no senso pessoal que cada um reportou de equilíbrio ente trabalho e o resto da vida.
Os participantes que não organizavam uma separação clara entre o trabalho e o tempo livre acabavam participando com menos frequência de atividades que os permitissem relaxar e se recuperar do trabalho. Isso os levou a registrar mais exaustão e menos senso de bem-estar em diversos aspectos da vida.
Para Ariane Wepfer, pesquisadora do Instituto de Epidemologia, Bioestatísticas e Prevenção da Universidade de Zurique e uma das coautoras do estudo, faz parte do interesse das empresas garantir que sua cultura organizacional e políticas internas ajudem os funcionários a gerenciarem os limites entre a vida profissional e pessoal com sucesso – do contrário, os efeitos podem eventualmente aparecer nos resultados financeiros. “Ter o bem-estar debilitado leva à redução de produtividade e da criatividade”, afirma.
Fonte: Valor Econômico - 18/12/2017
Dezoito meses atrás, Tom Harvey se aposentou. Mas então ele mudou de ideia este ano e decidiu voltar à ativa. Ele não está sozinho. No Reino Unido, segundo uma pesquisa sobre o envelhecimento e sociedade, 25% dos aposentados voltam a trabalhar, sendo que cerca de metade desses dentro de cinco anos após a aposentadoria. O estudo definiu não-aposentados aqueles que "informaram estar aposentados e que posteriormente começaram a trabalhar de novo em um emprego pago, ou começaram um trabalho em período integral após a aposentadoria parcial (trabalhando menos de 30 horas por semana)".
Um estudo de 2010 constatou taxas parecidas nos Estados Unidos. Essa pesquisa sugere que a aposentadoria poderá não ser mais uma condição permanente. Em vez disso, ela é um processo. Para Harvey, sua aposentadoria poucos anos antes da idade legal no Reino Unido, de 65 anos, foi altamente desejável depois de décadas na vida corporativa - primeiro no ramo da propaganda e depois na área de comunicação de serviços financeiros. Isso deu a ele a chance de levar os cachorros para passear e praticar equitação. Mas seu cérebro clamava por estímulos.
"Você sente falta do envolvimento intelectual do trabalho e das discussões em torno de problemas difíceis", diz ele. O aspecto financeiro também é importante. "É sempre bom ter mais dinheiro." Hoje, este homem de 63 anos está oferecendo consultoria a pequenas empresas, especialmente em comunicação para diretores e altos funcionários.
Sua reação reflete a de outras pessoas, afirma Loretta Platts, do Stress Research Institute da Universidade de Estocolmo, e coautora do relatório. "Algumas pessoas sofrem um choque com a aposentadoria. Ela não é aquilo que eles achavam que iria ser." O estudo definiu aposentadoria como pessoas afirmando estar "aposentadas" de suas principais atividades. Loretta Platts diz que há quem possa discordar e fixar isso em uma idade, talvez mais de 65 anos.
No Reino Unido, o número das pessoas entre 50 e 64 anos de idade que trabalham subiu de 60% em 2000 para 71%, segundo a Agência Nacional de Estatísticas, enquanto o número de pessoas na ativa que têm além de 65 anos dobrou para cerca de 10%.
Nos Estados Unidos, a Agência de Estatísticas do Trabalho prevê que para o período de até 2024, os dois grupos com idades de 65-74 e mais de 75 anos apresentarão as maiores taxas de crescimento da força de trabalho anualmente, do que quaisquer outros grupos etários. Em resposta aos custos adicionais de se viver mais, muitos governos estão aumentando a idade de aposentadoria.
Para Robert Roy, baseado em Washington, a aposentadoria aos 69 anos era atraente porque "terminei o que estava fazendo. Foi intenso". Sua carreira no trabalho social com crianças e famílias havia sido recompensadora. Mas depois de seu último emprego como executivo-chefe de uma organização sem fins lucrativos que trabalha no apoio a famílias em Portland, ele sentiu a necessidade de dar uma pausa.
Após sair da organização, Roy dedicou seu tempo a pescar e a escrever. Mas sentiu que algo estava faltando. "Eu pensei: 'qual é a minha razão de viver?'". O trabalho para ele era diversão. "Quando você trabalha, seus dias estão definidos. Quando você tira isso de repente, vai substituir por o quê? O que vem em seguida? O que eu vou fazer?"
Portanto, Roy decidiu abandonar a aposentadoria. Ele sempre se sentiu desconfortável com o termo aposentado porque é como se ele já tivesse batido as botas. "Eu não me sentia assim. Eu não queria sentir que tudo estava acabado para mim". Hoje, ele trabalha dois dias por semana no Virginia Garcia Memorial Health Center, na área de serviços de saúde mental, e é consultor de organizações sem fins lucrativos que prestam tratamentos a crianças problemáticas e suas famílias.
Isso cai bem para esse senhor de 79 anos, pois significa que ele tem tempo para passar com a família. Ele fez a mudança graças ao Encore Fellowship, um esquema gerenciado por uma ONG americana que ajuda profissionais experientes, geralmente nas casas dos 50 ou 60 anos, que querem mudar para uma carreira na área de serviços públicos.
O Encore ajuda a preencher uma lacuna no treinamento. Um artigo publicado no "Public Policy and Ageing Report" em 2015 afirmava que reter os trabalhadores mais velhos significa aumentar as oportunidades de treinamento e desenvolvimento para aqueles que estão na faixa dos 50 anos. A atual falta de opções de treinamento para os trabalhadores mais velhos se deve em parte à atitude dos gerentes de linha e empregadores.
Segundo o relatório, os indivíduos também podem sentir que depois de uma certa idade ou estágio de suas carreiras, mais treinamento seria desnecessário. Ou que o aprendizado que eles deverão receber é inapropriado dado o seu nível de experiência e habilidades.
Outro relatório publicado na semana passada pela "Business in the Community" exorta os patrões a se esforçar mais para treinar trabalhadores mais velhos e prepará-los para a economia digital. David Sinclair, diretor do International Longevity Centre UK, disse que o estereótipo sobre os trabalhadores mais velhos é que eles são confiáveis: "Isso alimenta uma imagem de que eles são seguros e constantes, quando na verdade as pessoas podem inovar ao longo de toda a vida".
Para Harvey e Roy, a aposentadoria foi interessante porque eles queriam dar uma pause nas exigências do trabalho. "É uma pena que as organizações não sejam mais sofisticadas na identificação do estresse", observa Harvey. Ele sugere que elas poderiam ajudar os funcionários que "podem estar precisando dar um tempo e tirar uns meses de folga".
Desenvolvimentos como o trabalho em casa e os horários flexíveis também são promissores, acrescenta ele. Lynda Gratton, uma professora de prática de gestão da London Business School e coautora de "The 100-Year Life", acha que os empregadores deveriam deixar as pessoas trabalharem enquanto puderem. Mas eles deveriam ser mais criativos com os rumos de carreira. Os funcionários vão querer "dar uma escapadinha de vez em quando para rejuvenescer e aprender uma nova habilidade". Ela também acredita que os trabalhadores precisam planejar melhor suas vidas profissionais.
Loretta Platts acha que essa mudança do emprego para a aposentadoria e de volta ao trabalho é um reflexo da visão curta dos empregadores. Muitos falham em manter seus funcionários, principalmente por não conseguir encontrar para eles funções flexíveis. "Isso é importante porque as pessoas mais velhas têm mais dificuldade para conseguir emprego. Quanto maior for o intervalo, mais difícil será voltar para o trabalho."
Harvey diz que não é fácil encontrar um trabalho: "Quando você tem cabelos grisalhos e usa óculos, frequentemente as pessoas ficam apreensivas em ter de trabalhar com alguém 20 anos mais velho. O preconceito de idade existe". Esse não é o caso de Jacky Beare, que se aposentou aos 55 anos na Marks & Spencer em 2015, depois de trabalhar como gerente comercial.
Este ano ela voltou a trabalhar, sob contrato, como assistente de vendas. Trabalha cinco dias por semana das 11h às 15h. Jacky continua no mundo profissional e não perdeu suas habilidades comerciais. E um novo motivo para retornar à ativa vem sendo citado por alguns não- aposentados do Reino Unido: a incerteza trazida pelo Brexit foi um fator na decisão de Jacky. "Estou bem agora, mas poderia não estar", diz ela.
Fonte: Supermercado Moderno - 18/12/2017
As pessoas que alcançaram o sucesso financeiro geralmente têm muitos méritos. No entanto, o caminho não costuma ser fácil e mesmo os grandes bilionários cometeram erros financeiros e estratégicos em suas carreiras. As falhas são comuns e parte importante do aprendizado na busca pelo sucesso.
De Jeff Bezos perdendo bilhões com a Amazon até o lançamento de um programa de TV da Oprah que deu errado, confira os piores erros que 4 bilionários famosos cometeram em suas carreiras e que os levaram a algum prejuízo, segundo o Business Insider:
Jeff Bezos
Este ano tem sido de muito sucesso para Jeff Bezos, fundador da Amazon, que se tornou a pessoa mais rica do mundo e chegou a atingir um patrimônio líquido de US$ 100 bilhões. Mas sua tendência a tomar riscos já levou a empresa a perder muito. Enquanto apostas como o Kindle e a Echo renderam muito dinheiro, um arrependimento é certamente o Fire Phone que foi um fracasso nas vendas e deu um prejuízo de cerca US$ 170 milhões para a companhia.
Oprah Winfrey
Depois de décadas dominando a TV americana, Oprah Winfrey poderia ter mudado de direção quando seu programa The Oprah Winfrey Show terminou. Mas, ao invés vez disso, ela lançou um outro programa em 2011. Mas o OWN, nome do projeto, teve um caminho difícil e acabou não dando certo. O principal concorrente era uma série, e Oprah admitiu: “Se eu soubesse que era tão difícil, eu poderia ter feito outra coisa”. A empreitada deu um prejuízo de cerca de US$ 330 milhões.
Warren Buffett
Warren Buffett é admirado pela experiência com investimentos. Mas no início de sua carreira, ele tomou uma decisão precipitada que lhe custou caro. Na década de 1960, Buffett comprou ações da Berkshire Hathaway, que na época era apenas uma empresa têxtil, e as vendeu para ganhar um pequeno lucro. Mas o CEO da Berkshire Hathaway na época desfez o acordo proposto, e Buffett procurou se equilibrar, comprando mais ações na empresa para continuar tendo um pequeno lucro. A aposta no negócio têxtil trouxe prejuízos no processo até atingir o sucesso, e hoje em dia ele afirma que se soubesse de todos os problemas que enfrentaria teria investido em outra coisa, e não teria perdido cerca de US$ 200 bilhões no começo de seu império.
Richard Branson
Richard Branson, o fundador do grupo Virgin, também já cometeu erros. Mas ele acredita que passar por contratempos faz parte do DNA de todos os empreendedores bem-sucedidos. Embora ele tenha aprendido lições valiosas com seus erros, ele teve um grande prejuízo com a Virgin Cola, uma concorrente da Coca-Cola que teve vida curta. Em seu pico, a marca atingiu apenas 0,5% da participação de mercado, e acabou falindo sem nenhum sucesso. Os valores do prejuízo não foram divulgados. “Declarar guerra a um concorrente gigante não faz sentido”, afirmou Branson.
Fonte: Infomoney - 15/12/2017
Uma vez eu ouvi de uma pessoa em busca de uma movimentação na carreira o seguinte questionamento: eu faço tudo conforme o planejado, nunca me atraso, entrego minhas tarefas no horário, sem percalços, mas nunca fui promovido. Onde estou errando?
Acredito que essa não seja a pergunta certa para entender o cenário, mas sim, o que não estou fazendo para ser reconhecido? Existem profissionais que fazem seu trabalho da maneira esperada, são até considerados competentes naquela função, mas não são reconhecidos exatamente for não se destacarem. Manter-se na zona de conforto, fazendo tudo conforme o roteiro, não coloca ninguém no radar dos gestores e das oportunidades.
O melhor arroz com feijão
Para se destacar no mercado de trabalho não basta fazer o que esperam de você. É preciso ir além. É preciso mostrar entusiasmo, curiosidade, interesse, e apresentar resultados que façam a diferença. Não adianta fazer o melhor arroz e feijão do mundo se a expectativa é por uma boa e suculenta ceia de Natal.
Muitas vezes não é nem por falta de vontade, mas por comodismo ou até por receio de arriscar. E é esse conformismo que difere o profissional mediano do funcionário brilhante. Enquanto o primeiro trabalha por trabalhar e cumpre suas funções “by the book”, o segundo persegue seus objetivos com muita determinação e clareza do que deseja alcançar.
Questão de segurança
Muitos justificam a decisão de manter-se em sua zona de conforto por conta do cenário de desemprego e instabilidade, afirmando que é melhor não arriscar. No entanto, em um mundo onde tudo muda a cada segundo, reinventar-se é palavra de ordem, seguida de adaptação. O medo da mudança é uma âncora na carreira e quem não acompanhar todo esse dinamismo possivelmente ficará esquecido em algum lugar operacional. Como já escreveu John A. Shedd, em Salt from my Attic, “A ship in harbor is safe, but that is not what ships are built for”, ou seja, em português, “O navio no porto está seguro, mas não é para isso que se fazem navios”. Arrisque-se!
Fonte: Exame.com - 13/12/2017
Você acaba de ser promovido e é seu primeiro dia na nova cadeira. Assim que entra no escritório, tem várias ideias para o setor e não vê a hora de começar a gerir seu time. Empolgado, vislumbra na função diferente uma página em branco para deixar a sua marca. Mal imagina que nem tudo é tão novo assim.
Em pouco tempo, você nota que, ao herdar um cargo, herda também problemas bem mais antigos do que seus planos otimistas. É como um trem já em movimento. Os entraves vão desde documentos perdidos e desorganização até a falta de união e engajamento da equipe. Um estudo publicado pela consultoria Navalent, dos Estados Unidos, mostra que boa parte dos executivos não se dá bem nesta situação. Segundo a pesquisa, 50% dos líderes que herdam uma bagunça dos seus antecessores falham até o 18.º mês no posto.
Não é para menos. A gerente executiva da consultoria Thomas Case, Deise Gomes, lembra, por exemplo, que não é incomum ver gestores perdidos por não saberem exatamente o que a empresa espera deles. A companhia não diz, o novo líder não pergunta.
Por isso, a especialista orienta que a primeira coisa que o novo chefe precisa fazer quando vai assumir uma posição é conhecer as expectativas da organização com relação ao novo cargo.
Será que há erros a serem reparados? Que aspectos a equipe precisa aperfeiçoar? Assim, é possível entrar no setor tendo clareza dos problemas que estarão pela frente. Nesta etapa inicial, passar mais tempo observando minuciosamente o funcionamento de tudo pode fazer toda a diferença para colocar a casa em ordem.
Conhecendo seu time
Outro passo importante é a escuta ativa. Estar preparado para ouvir as pessoas é fundamental. O coach João Alves aconselha que, logo na primeira semana de trabalho, o gestor faça uma reunião coletiva com o grupo, mostre suas propostas e demonstre engajamento. Nesse momento, o profissional deve abrir espaço para ouvir os anseios do grupo. Perguntar o que os incomoda, o que os agrada – seja no âmbito técnico ou pessoal.
Depois de ouvir todos juntos, o gestor pode ouvir um a um em reuniões individuais. Conhecer um pouco da vida deles. Quais seus grandes planos dentro e fora da empresa? "Há quem diga que essa aproximação não é boa, mas é importante, sim. Se o funcionário não está bem em casa, isso vai impactar seu trabalho e afetar todo o time", diz o especialista.
Isso vale para os líderes, mas também para qualquer profissional que está assumindo um novo cargo e integrando uma nova equipe.
Olhe o problema de dentro
Jamais trate sua equipe como se você estivesse fora dela. Inserir-se dentro do grupo, dizer "nós" e não "eles", para se referir ao seu pessoal é uma regra básica quando se quer colocar ordem na casa. Mas, muito cuidado para não tentar ser amigo de todo mundo em vez de ser apenas um chefe atento. "Investir energia construindo fortes laços de amizade com seu pessoal pode confundir as relações de poder estabelecidas pela empresa e aumentar a probabilidade de uma reação das pessoas quando você precisar impor sua autoridade", diz um artigo da consultora Liane Davey para a revista Harvard Business Review.
Outo ponto crucial tem a ver com a comunicação: da mesma maneira que você foi orientado pelos seus superiores quanto ao que a organização espera de você, seja objetivo ao mostrar aos seus subordinados o que você quer. Muitos líderes deixam o barco afundar sem que as pessoas saibam ao certo o motivo. Falha de comunicação. Se notar que você tem alguma dificuldade com isso, não hesite em procurar um mentor. "Ele poderá ajudar a construir boas soluções para o trato com a equipe e com o próprio trabalho", diz Deise.
Líder confiante não culpa seu antecessor
Um mentor ou coach pode te ajudar também a trabalhar sua autoconfiança. Muitos líderes, com medo do fracasso, passam o tempo todo se gabando de experiências passadas e do próprio potencial. Isso é um erro, conforme explica o consultor americano Ron Carucci. Para o especialista, embora você possivelmente tenha sido promovido por seus bons resultados, ficar falando sobre eles não vai ajudar. Manter a calma e criar estratégias com tudo o que você aprendeu na carreira será muito mais eficaz.
Depois de observar, ouvir e dialogar, é hora de partir para as soluções efetivas dos problemas. Ron lembra que, em hipótese alguma, se deve culpar o predecessor. Se a equipe é desunida, os processos de trabalho são complexos, os arquivos estão perdidos, é hora de olhar para frente e pensar em novas formas de executar as coisas.
Ele lembra que a reestruturação exige mudanças que podem causar impactos negativos quando não se atenta ao tempo certo de dar início às transformações. Ainda que haja muitas regras sobre esse momento ideal, ele vai depender de dois pontos centrais: a urgência da questão e o preparo da sua equipe para receber a novidade. Só é preciso não deixar dúvidas entre as pessoas acerca do que está acontecendo.
Deise destaca outro fator importante: muitas vezes, os entraves no setor estão relacionados a falhas da própria cultura da empresa. Nestes casos, é fundamental alinhar as prioridades da organização com a gestão da companhia e sugerir o que pode ser melhorado começando lá de cima. "No dia a dia, o líder vai mostrando que, abrindo mão de velhos vícios, todo mundo só tem a ganhar".
Fonte: Gazeta do Povo - 14/12/2017