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Gestão e Negócios

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Neste mês, o fenômeno Marie Kondo ganhou um novo capítulo — ou melhor, uma nova série. A autora e especialista em organização pessoal estrela um reality, lançado na Netflix no dia 1º, no qual leva sua “terapia” de arrumação para diferentes lares.

As dicas, porém, também podem ser úteis para o trabalho e para a carreira. Basta pensar nas mesas bagunçadas do escritório ou na pilha de emails pendentes ou perdidos no fundo da caixa de entrada.

Abaixo, estão seis maneiras de aplicar as dicas da especialista nesta área, indicadas por consultoras certificadas no método ao site HuffPost.

  1. Antes de fazer, você deve visualizar

Antes de organizar a mesa ou limpar sua caixa de email, pense em por que você quer se organizar — seja porque um objeto ali te incomoda ou as mensagens te fazem perder tempo, por exemplo. Focar nas intenções pode ajudar a realmente se comprometer com as mudanças. Segundo Jenny Ning, organizadora e primeira funcionária americana de Kondo, a pergunta a se fazer é: “Como você quer se sentir quando entra no escritório?”.

  1. Otimize suas coisas

A dica de Marie Kondo sobre guardar itens similares juntos pode ser muito útil para as papeladas — incluindo as digitais. A consultora Kristyn Ivey recomenda estabelecer três categorias: os papéis que demandam ação; os que você precisará por um período limitado e os que devem ser mantidos indefinidamente. Para determinar o que deve ser realmente guardado, a ideia é se comprometer a descartar tudo o que não tiver um propósito claro.

  1. Preste atenção aos seus sentimentos sobre o trabalho

A premissa central do método de Kondo é ensinar as pessoas a perceber seus sentimentos em relação ao seu ambiente. No caso do trabalho, segundo a consultora Tricia Fidler, as coisas que provocam e não provocam alegria podem ser pistas para o desenvolvimento da carreira. “Por que eu não gosto dessa tarefa em particular?”, exemplifica. “Continue perguntando por quê. Essas perguntas podem levá-lo a áreas que trazem alegria”.

  1. Concentre-se primeiro em suas necessidades

Assim como nos lares, o costume de “apontar o dedo” para culpados de determinadas situações também é muito presente no ambiente de trabalho. Tricia recomenda aos profissionais que se preocupem menos com a desordem dos colegas ou da empresa e mais com as ações que podem tomar para ter controle da própria carreira, fazendo os ajustes que quiserem no caminho.

  1. Seja grato pelo aprendizado

Ao longo da série, Kondo explica que o objetivo da arrumação é aprender a “amar as coisas que você tem” — e agradecer até mesmo itens dos quais estão se desfazendo. Segundo Tricia, esse exercício também pode ser exercido no trabalho, mesmo em relação a experiências que não foram essencialmente boas. “Isso pode ter ajudado você a aprender algo sobre você, o que nem sempre é fácil”.

  1. Aproveite o poder das coisas

Se a lógica é manter apenas as coisas com as quais você realmente se importa, os itens que “sobrevivem” à arrumação podem se tornar uma fonte de força. Tricia sugere manter na mesa de trabalho itens apreciados, como uma foto especial ou um presente que você ganhou de alguém querido. Segundo ela, eles podem servir como um lembrete de que este é o seu mundo e que “você tem o poder de fazer o que você quiser”.

 

Fonte: Época Negócios - 18/01/2019

O comércio eletrônico deve atingir um volume de vendas de R$ 79,9 bilhões em 2019. A estimativa é da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). O montante representaria um crescimento de 16% sobre 2018.

Segundo a ABComm, o comércio eletrônico deve registar um tíquete médio de R$ 301, com um total de 265 milhões de pedidos efetuados pelos consumidores até o fim deste ano. O número de lojas virtuais deve totalizar 87 mil.As micro e pequenas empresas devem aumentar sua participação no faturamento, atingindo 29%. A participação dos marketplaces no faturamento do setor também deve registrar crescimento em 2019 e a fatia deve passar dos atuais 31% verificados em 2018 para 35%.

A experiência do consumidor nos dispositivos móveis deve continuar sendo alvo de atenção das lojas virtuais neste ano. Segundo a associação, é esperado que 33% das vendas efetuadas pelos consumidores venham a partir de smartphones e tablets. A participação móvel nas compras online, porém, permanecerá no mesmo patamar observado em 2018, segundo dados da entidade.

De acordo com Mauricio Salvador, presidente da ABComm, uma série de fatores contribuem para a projeção de crescimento expressivo para o ano. Segundo ele, o otimismo observado pelos empresários do setor com os rumos da economia, somado à elevação da confiança do consumidor, são algumas das razões. “Percebemos uma retomada expressiva das vendas online já no último trimestre do ano passado, especialmente durante a Black Friday e nas vendas de Natal”, afirma Salvador. “Livre dos eventos observados em 2018, vemos com bons olhos o desempenho para este ano.”

 

Fonte: DCI - 17/01/2019

Em busca de um novo emprego para seu 2019? Uma análise da rede social LinkedIn aponta que empregadores estão buscando profissionais com uma combinação de competências. No topo da lista de atributos está a criatividade.

Segundo texto publicado no site do Fórum Econômico Mundial, habilidades humanas como originalidadeiniciativa e pensamento crítico tendem a ser mais valorizadas pelo mercado de trabalho à medida que a tecnologia e a automação avançam. Afinal, são essas as características únicas aos humanos (toma essa, inteligência artificial).

"Fortalecer uma habilidade pessoal é ​​um dos melhores investimentos que você pode fazer em sua carreira, já que elas nunca saem de moda", escreveu Paul Petrone, editor do LinkedIn Learning, em uma postagem sobre as habilidades desejadas pelo mercado para 2019. "Além disso, a ascensão da IA ​​está tornando as soft skills cada vez mais importantes, já que são competências que os robôs não podem automatizar."

Habilidades misturadas

Com o avanço da quarta revolução industrial, os empregadores estão exigindo um mix maior de habilidades. À medida que tecnologias como automação e algoritmos criam novos empregos de alta qualidade e eliminam outras, a demanda por essas competências só deve aumentar.

Depois da criatividade, o LinkedIn aponta que as principais habilidades pessoais eram persuasão, colaboração, adaptabilidade e gerenciamento de tempo.

Entre as competências técnicas, por outro lado, a computação em nuvem aparece no topo. A inteligência artificial vem em seguida, seguida pelo raciocínio analítico. A seguir, em quarto lugar, vem gestão de pessoas, seguida pelo design da experiência do usuário.

Na avaliação do Fórum Econômico Mundial, há também uma "crescente instabilidade de competências", uma vez que a tecnologia muda os perfis de muitos empregos atuais e diferentes habilidades são necessárias. Estima-se que mais da metade de todos os funcionários do mundo precisarão passar por algum processo de reciclagem nos próximos anos.

"As atuais mudanças na força de trabalho substituirão alguns profissionais e, ao mesmo tempo, criarão novas oportunidades para os outros", informou o relatório.

 

Fonte: Época Negócios - 17/01/2019

Nos últimos anos, os brasileiros assistiram, abismados, a diversos casos de corrupção, que emergiram nos âmbitos federal, estadual e municipal. A imagem de grandes empresas do país ficou manchada nesse processo. Mas há um lado positivo nos escândalos: aos poucos, mudanças nas regras do jogo dos negócios começam a acontecer, permitindo uma competição mais limpa.

Por exemplo, a adoção de mecanismos de ética, antes restritos a grandes empresas e utilizados com um viés de construção de imagem de marca, tem se tornado um pré-requisito para fechamento de novos contratos.

Governos estaduais, como os do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, já possuem regras que impõem aos seus fornecedores a adoção de programas de integridade. Medidas similares também foram adotadas por grandes empresas, como Duratex, Siemens e Natura.

Mencionado no decreto 8.420/2015, que regulamentou a Lei Anticorrupção (12.846/2013), o programa de integridade consiste em um conjunto de mecanismos e procedimentos internos que incluem auditorias, incentivo à denúncia de irregularidades e aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta, políticas e diretrizes.

O objetivo do programa é detectar e sanar desvios, fraudes, irregularidades e atos ilícitos praticados por empresas privadas contra a administração pública.

E como ficam as micros e pequenas empresas que desejam fornecer para essa nova cadeia de negócios que preza pela ética?

A única solução é se adequar à realidade.

Uma recente pesquisa do Sebrae apontou que 36% das micro e pequenas empresas brasileiras vendem para grandes corporações.

Esse número pode dobrar com outros pequenos negócios (36%) que ainda não vendem, mas gostariam de transacionar com esse mercado.

No entanto, das 2 mil micros e pequenas empresas consultadas, apenas 15% possuem programas de integridade. A mesma pesquisa mostra que ainda é baixo o grau de conhecimento das MPEs sobre o tema.

Entre as consultadas, 65% não sabiam que tais programas têm sido cada vez mais demandados por grandes empresas e governo e 71% não sabiam que ter um programa pode atenuar penas em processos de corrupção.

PONTO DE PARTIDA

Na realidade brasileira, não é comum a existência de departamento jurídico nos micro e pequenos negócios. Geralmente essas empresas também não possuem orçamento para contratar consultorias de compliance.

Mas isso não deve ser encarado como uma brecha ou fomento ao risco. A pesquisa do Sebrae mostrou que itens básicos, que podem compor um programa mais completo, já são feitos de forma espontânea.

É o caso da declaração pública (na internet ou local visível) dos valores e compromissos (realizado por 22% das empresas); utilização de código de ética formal (33%) e treinamento de pessoal sobre comportamento e condutas esperados pela administração do negócio (46%).

Entre as empresas que não possuem um programa formal, o gargalo mais comum é a falta de apoio para implementação (77%).

A falta de informação também é um limitador. 66% dos empreendedores têm interesse em acessar vídeos e 61% gostariam de ter acesso a textos sobre o assunto na internet. Mas para tudo tem uma saída. Uma alternativa para fomentar a gestão de riscos e práticas de integridade em pequenos negócios é a plataforma Compliance PME.

Lançada no final de 2017, o canal online disponibiliza conteúdo sobre o tema, como artigos, entrevistas, vídeos e e-books.

Há também orientações práticas de implementação de políticas de integridade, de acordo com as necessidades e tamanho do negócio, adequação para ser fornecedor e parceiro comercial de grandes empresas, do poder público e de organizações internacionais.

A plataforma também serve para criar rede de networking e qualificação para obtenção de certificado de integridade. Assim, se ajustar à lei pode ser mais barato do que correr o risco de ser penalizado.

 

Fonte: Diário do Comércio - 15/01/2019

Cientista comportamental afirma que ambiente profissional deve ser confortável e compatível com as tarefas da equipe

Você costuma deixar a mesa do trabalho bagunçada? Tem dificuldades para encontrar um documento no meio de uma pilha de papéis? Se sim, é melhor prestar atenção porque sua produtividade pode estar comprometida.

De acordo com Anja Jamrozik, cientista comportamental e consultora do espaço de coworking Breather, “quase toda mudança” que favoreça o rendimento do profissional pode ser feita na empresa.

“O espaço de trabalho é subestimado”, diz ela, à Fast Company. “Todo mundo presta atenção em colega de trabalho barulhento, por exemplo. Mas em uma escala mais ampla, geralmente não damos a atenção suficiente a como isso pode nos afetar durante o dia, a semana ou o ano.”

Jamrozik garante que o local de trabalho pode afetar nossa produtividade, desempenho, satisfação e humor. E para maximizar o rendimento, ela indica dois passos:

Compatibilidade do espaço com as tarefas

Primeiro, preste atenção ao tipo de tarefa que você realiza e se certifique de que o espaço de trabalho seja compatível com ele. Não dificulte suas tarefas. “Espaços diferentes são bons para tarefas diferentes”, diz Jamrozik.

“É mais fácil entender quando você pensa no ambiente doméstico”, compara “Você usaria a lavanderia como espaço de entretenimento, por exemplo? No escritório, é o mesmo. Os dois tipos mais comuns de tarefas são trabalho focado e trabalho colaborativo, e eles precisam de espaços que priorizem e otimizem a configuração de cada um.”

Escritórios abertos podem ser um desafio, então faça o que puder para mitigar os danos. Por exemplo, para fazer reuniões por telefone, você pode precisar de um espaço privado para não atrapalhar os colegas, tampouco compartilhar as informações.

Conforto para trabalhar com prazer

O segundo passo para melhorar a produtividade é prestar atenção em como o ambiente afeta seu conforto. As pessoas têm um desempenho muito melhor quando estão confortáveis.

Um fator é a temperatura. “Quando você está com frio, você pode se distrair pensando nisso”, diz Jamrozik.

Se você não puder controlar a temperatura em seu escritório, crie seu próprio ambiente. “Você poder trazer algo para aquecer a cadeira, ou se sentir calor, traga um pequeno ventilador de mesa pessoal”, indica ela.

A iluminação também tem um papel importante. “O execesso de brilho pode dar dor de cabeça e atrapalhar a concentração”, diz Jamrozik.

Personalizar a mesa do trabalho também aumenta o conforto, mas o nível da decoração depende do trabalho que você executa e do tempo em que você fica alocado na empresa, pondera a consultora. A tendência de espaço de trabalho compartilhado também pode afetar sua capacidade de personalizar a área de trabalho.

Por fim, decida como (ou se) você luta contra a desordem. Pilhas de papéis ou uma abundância de coisas na mesa certamente afetam a produtividade — mas de forma diferente para cada profissional.

“Pessoas extrovertidas preferem mais informação visual em seu espaço”, avalia Jamrozik “Introvertidos, no entanto, geralmente optam por um ambiente livre de objetos”.

 

Fonte: Época Negócios - 14/01/2019

Por Márcia Rodrigues, especial para o Newtrade

A crise mudou a forma de a população consumir. Segundo especialistas, depois de um longo período de recessão, as pessoas estão mais exigentes e passaram a buscar produtos com qualidade e que ofereçam o melhor custo-benefício.

“Durante a crise, as escolhas mudam conforme o tipo de categoria. Há consumidores que reduziram as compras, trocaram de marca, preferiram embalagens menores ou maiores. Quando a gente começa a ver alguns sinais de recuperação e otimismo da economia, a probabilidade de aumento de emprego e renda e, consequentemente, mais pessoas com mais dinheiro no bolso, a tendência é o consumo aumentar”, diz Antonio Sá, professor da pós-graduação da FAAP (Faculdade Armando Alvares Penteado) e especialista em varejo.

De acordo com Alan Kuhar, professor de marketing e varejo da ESPM, é comum depois de um período de recessão, o consumidor voltar a adquirir itens que deixou de comprar durante o período de recessão. Por isso os setores de beleza e de saúde deverão estar em alta.

Gustavo Gobbato, professor e coordenador da pós-graduação em gestão de marketing & inteligência de mercado da FAAP de São José dos Campos, a onda da saudabilidade vai afetar também o mix de produtos que serão comercializados no varejo.

Veja as tendências apontadas pelos especialistas:

Mix deve ser amplo e produtos devem detalhar informações

A onda da saudabilidade vai afetar também o mix de produtos que serão comercializados no varejo. É possível oferecer sempre opções de itens saudáveis e que valorizem o bem-estar. O consumidor está mais exigente, por isso, é preciso trazer informações sobre os produtos. “É possível checar tudo pelo celular, por isso, o consumidor está mais informado e mais exigente. A empresa deve cumprir a legislação e especificar qual é a composição do produto para auxiliar os alérgicos”, orienta Gobbato.

Cosméticos, beleza, eletrônicos e pets estarão em alta

O setor de cosméticos e beleza deverão continuar fortes, assim como os eletrônicos. “Tudo o que prover acesso digital estará em alta. Eletrônicos, celular, smartphone, smartwatch, enfim, produtos que sejam conectados também serão tendência.

Segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) existem mais cachorros do que crianças no Brasil. Enquanto a população de cachorros foi estimada em 52,2 milhões, em 2013, ano do levantamento, a de crianças entre O e 14 anos girava em torno de 44,9 milhões.

“O comércio que contemplar o pet e deixa-lo mais presente na vida do dono ganhará pontos com o consumidor”, estima Gobbato.

Custo-benefício será mais valorizado

Por causa do período de recessão, a previsão dos especialistas é que a população seja mais criteriosa em relação ao custo-benefício dos produtos.

“O premium precisa entregar o benefício no nível que o consumidor espera. Se ele não perceber nenhum valor agregado, vai comprar o produto apenas uma vez e multiplicar essa má experiência”, afirma Gobbato.

Modelos de recorrência ganharão cada vez mais espaço

As empresas de modelo de recorrência estão ganhando cada vez mais destaque nos últimos anos. A Smart Fit (rede de academias) eNetflix (provedora global de filmes e séries de televisão via streaming), por exemplo, oferecem custo baixo para quem quer fazer atividade física ou ter entretenimento, mas exigem m pagamento mensal. “De repente, o varejo precisa entregar formas de produzir essas recorrências para criar uma receita nova fixa todo mês e ficar menos dependente de uma data do varejo”, ressalta Gobbato.

Produtos esquecidos voltarão à tona

De acordo com Kuhar, é comum em todo o ciclo de crise, o consumidor voltar a adquirir itens que deixou de comprar durante o período de recessão.
“Em época de crise, a compra de roupas, xampu e condicionar ficam para segundo plano, assim como artigos de supermercado como iogurtes, por exemplo. Agora, com a estabilidade econômica, esses itens voltam para a cesta

Procura por serviços tende a crescer

O professor da ESPM também destaca que haverá um retorno de clientes nos salões de beleza, lavanderias e os varejistas precisam se preparar para ampliar seu portfólio de produtos. “Em tempos de recessão, o varejo diminui o mix de produtos, se ele trabalhava com 10 ou 12, passa a oferecer apenas 5 ou 6. Com o retorno do aquecimento, a margem deve voltar ao normal”, explica.

 

Fonte: Portal Newtrade - 10/01/2019

Em seu ambiente de trabalho, você pode já ter visto e-mails de puro marketing pessoal ou mesmo conversado com colegas com egos inflados. Mas às vezes você pensa: ‘essa pessoa não faz nada de bom e sempre se dá bem na empresa’.

Pois é. Pesquisadores de uma escola de negócios britânica identificaram um perfil de funcionário que consegue demonstrar sempre estar ocupado e engajado no trabalho, mas que normalmente não faz nada de útil.

Um estudo de produtividade examinou 28 mil locais de trabalho no Reino Unido e encontrou muitos funcionários que pareciam estar “altamente comprometidos” em suas tarefas. Mas, em uma análise mais detalhada, esses mesmos trabalhadores foram caracterizados como “marqueteiros”, cuja falta esforço mínimo teve como consequência a redução da produção da empresa.

A pesquisa da Hult International Business School, em Londres, examinou o nível de engajamento em equipes de trabalhadores em sete diferentes setores da negócios, como saúde, transporte, governo e organizações sem fins-lucrativos.

O estudo encontrou funcionários altamente motivados e alguns que estavam claramente insatisfeitos e sem vontade de trabalhar.

Cultura corporativa

No entanto, o levantamento encontrou uma contradição em algumas empresas: alguns funcionários se diziam altamente comprometidos, mas o trabalho em equipe e a produtividade estavam em baixa.

Em resumo, a pesquisa constatou que esses “marqueteiros” sabem fazer o jogo corporativo, mas não têm nada de especial, ou são incompetentes mesmo. O problema é que ele acabam prejudicando outros funcionários.

Eles podem aparecer constantemente em reuniões, ou se envolver em conversas que servem apenas para mostrar vantagem própria. Mas, além de jogar bem a cultura corporativa, os pesquisadores tiveram dificuldade em identificar o que eles realmente faziam de bom.

Os pesquisadores os rotularam como “pseudo-engajados”, em oposição aos “engajados” e “desengajados”.

Amy Armstrong, responsável pela pesquisa, disse que essa equipe “egoísta” minou o trabalho em equipe e prejudicou a produtividade da equipe. E, no sentido comercial, criaram um impacto negativo.

Por outro lado, a especialista diz que os “pseudo-engajados” podem ser incentivados pelos gestores a ter um desempenho melhor. “O que ocorre é que eles normalmente eles são recompensados por esse comportamento”, diz.

Crescimento na carreira

Segundo Armstrong, os “marqueteiros” são mais propensos a receber promoções, melhores salários e bônus. Porém, usam esses benefícios para dedicar ainda mais seus esforços às suas próprias carreiras, em detrimento da produtividade coletiva.

De acordo com a pesquisa, esses funcionários se dão bem porque são focados em atingir os altos escalões da empresa, ou seja, apesar de ter produtividade ruim, eles conseguem se mostrar como competentes para seus superiores.

Os funcionários que passavam o tempo se promovendo em reuniões se beneficiaram mais do que os colegas que estavam apenas fazendo o trabalho sem “se vender” como especial, segundo a pesquisa.

Outro ponto do estudo diz que os “marqueteiros” também despertam sentimentos como “níveis baixos de confiança e coesão” na equipe, além de “desunião, pouco coleguismo e apoio mútuo”. Armstrong afirma que em algumas empresas “não há sentido para o trabalho em equipe” por causa dos funcionários que parecem se beneficiar de sua autopromoção.

Fonte: Época Negócios - 10/01/2019

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