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Gestão e Negócios

cervesia gestao negocios

produtividade 13 11 2018

Manter o foco na produtividade e no cumprimento de metas não é tarefa fácil na conjuntura atual, porque os estímulos à dispersão chegam por inúmeras vias como redes sociais, sites, e-mails, ligações etc, colocando à prova a capacidade de concentração de cada um.

Psiquiatra, filósofo e cientista, Daniel Martins de Barros diz que existem duas formas de atenção: a voluntária e a espontânea. “A voluntária é aquela em que mantemos o foco em um determinado estímulo por vontade própria. É o que chamamos de concentração”, diz o colunista do Estado.

A atenção espontânea, segundo ele, é o desvio do foco para estímulos do ambiente – uma porta que bate, uma mensagem que chega. “Em uma palavra: distração. Essa é uma forma de atenção automática, que não é possível desligar, só podemos tentar controlá-la.”

Para não prejudicar a carreira, Barros recomenda que as pessoas criem ambientes livres de distrações. “Desligue alertas automáticos, feche as abas dos navegadores da internet, evite TVs ou rádios por perto. São formas de reduzir os estímulos para a atenção espontânea, facilitando o trabalho da atenção voluntária. Usar a pressão do tempo a nosso favor, também é uma forma de não ceder aos apelos à procrastinação.”

Segundo a coach especializada em mindfulness, ou atenção plena, Vivian Wolff, a neurociência já constatou que uma das tarefas que mais demandam esforço e energia do cérebro é selecionar, escolher e priorizar. “Por isso, começar o dia com esse tipo de tarefa pode exaurir a capacidade de produção logo no início da jornada. Para não ter esse desgaste, o profissional deve começar o trabalho com um cronograma já estipulado e com as tarefas classificadas em ordem de prioridade.”

Administradora de empresas que há oito anos gerencia o departamento financeiro da rede de restaurantes Mania de Churrasco, Thaís Faruolo Kopanakis reconhece que é uma pessoa que precisa de planejamento para manter o foco, e segue a orientação citada por Vivian.

“Tudo o que planejo consigo executar melhor. Com um dia de antecedência costumo montar planilhas com as atividades que tenho de realizar, bem como as da minha equipe, por ordem de prioridades. Realizo uma por vez até que todas estejam 100% completas.”

Thaís acredita que todo ser humano dispersa facilmente em maior ou menor grau. “Por isso, tomo os devidos cuidados para que nenhuma situação ou ruído interfiram em minha produtividade. A palavra de ordem é foco. O controle e a organização estão acima de tudo, caso contrário, o trabalho não flui. Para isso é necessário muita atenção, disciplina e comprometimento com as informações de todas as unidades da rede, para estejam 100% corretas.”

A coach afirma que uma técnica que ajuda a manter o foco é o mindfulness. “É uma boa aliada para o aumento da produtividade e está se tornando popular no ambiente de trabalho. Empresas do mundo todo têm proporcionado esse aprendizado a seus funcionários”, conta.

Na Bayer, a prática de mindfulness ocorre todas as segundas-feiras. “É uma iniciativa muito interessante que ajuda os colaboradores a saírem do piloto automático e a colocarem corpo e mente na mesma sintonia. Isso ajuda na concentração e no alivio do estresse”, diz a administradora de empresas que há 12 anos atua como assistente executiva no setor de product supply da Bayer, Fernanda Percevallis.

“Sinto-me valorizada por trabalhar em uma empresa que cuida do bem-estar dos colaboradores tão genuinamente”, acrescenta. Ela também é adepta da meditação transcendental. “Medito duas vezes por dia. Comecei a fazer meditação como válvula de escape, quando fraturei um cotovelo e me vi de licença, sem poder trabalhar e me exercitar por dois meses, e hoje é minha fonte maior de energia.”

A executiva afirma que com as duas práticas consegue ter insights que antes não tinha. “Consegui canalizar minha hiperatividade e hoje transformo a ansiedade em ação. Sinto-me mais disposta e saudável.”

Vivian diz que conhecer boas estratégias para turbinar o rendimento pode fazer a diferença entre um dia bom ou ruim. Além do cronograma diário de atividades em ordem de prioridades, ela recomenda períodos de descanso a cada 90 minutos. “Faça intervalos de 5 a 10 minutos. Alongue, caminhe e respire. Mude o foco para algo que descanse sua mente e depois retome o trabalho na potência máxima”, diz.

Segundo a coach, ao trabalhar além do tempo médio que um ser humano consegue se concentrar dando o máximo de seu rendimento, a produtividade cai e é como se trabalhasse com o freio de mão puxado, com menos velocidade e muito mais chances de cometer erros.

A coach diz que ao encerrar o expediente, o profissional deve reservar um tempinho para colocar tudo em ordem e preparar o cronograma do dia seguinte.

“Um ambiente organizado poupa tempo e ajuda a aumentar a produtividade. Assim, quando chegar ao trabalho no dia seguinte, poderá usar as primeiras horas com o que realmente interessa: solucionar as tarefas que tem pela frente.”

Perfil

Presidente da diretoria executiva da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH- Brasil), Elaine Saad acredita que a propensão à distração pode ser uma característica do perfil da pessoa.

“Quem tem essa natureza tem de se perguntar que tipo de trabalho vai fazer. Se for um trabalho que exija muita concentração, terá de se bloquear para não dispersar. Por outro lado, se for fazer um trabalho mais aberto, que exija menos concentração, talvez tal característica passe despercebida”, avalia.

Elaine diz que as pessoas têm características diferentes e servem para atividades diferentes. “Não podemos rotular a pessoa e dizer que ela não tem capacidade de fazer nada. Isso não é verdade. Algumas carreiras podem aproveitar profissionais com esse perfil, quando se comunicam muito bem”, afirma. “Dependendo da atividade, pode não ser tão prejudicial. Pode ser, por exemplo, hostess, que tem de falar com todos e engajar as pessoas.”

Roteiro

Listar as pendências é mais importante do que parece. Ao tirar as obrigações da cabeça e materializá-las em uma lista, o cérebro não se preocupa tanto com elas e sobra espaço e energia para lidar com o trabalho em si

Direcionamento

Quando faz mais de uma coisa por vez, a pessoa perde o foco e coloca o cérebro em sobrecarga. Evite, por exemplo, falar ao telefone ao mesmo tempo em que responde e-mails

Disciplina

Não deixe que os e-mails mandem em você. Defina horários para acessá-los, como logo ao chegar ao trabalho, no final do dia ou entre tarefas. Desabilite os alertas de chegada de novas mensagens. Mantenha o celular por perto, mas longe do alcance das mãos. Isso fará diminuir as horas de Facebook e aumentará a sua produtividade.

Fonte: Estadão - 13/11/2018

investimento 13 11 2018

Os empresários estão otimistas em relação à economia e seus negócios em 2019 e, neste cenário, a grande maioria diz que pretende investir no ano que vem. É o que aponta pesquisa feita pela Deloitte divulgada ao G1 nesta segunda-feira (11). No entanto, enquanto os que pretendem investir são 97% dos empresários, a parcela dos que devem criar novos postos de trabalho é menor, de 47%.

O levantamento foi feito com 826 empresas que, juntas, tiveram faturamento de R$ 2,8 trilhões em 2017 – o equivalente a 43% do PIB do ano.

Entre 97% dos empresários que dizem que vão realizar algum investimento em 2019, a maioria diz que pretendem lançar novos produtos ou serviços e adotar novas tecnologias.

Já sobre o quadro de funcionários, a expectativa de aumentar as contratações atinge 47% dos empresários. Outros 32% dizem que vão manter a quantidade de empregados em 2019, mas fazendo substituições. Os que devem manter o quadro de funcionários inalterados são 14%, enquanto 7% pretendem cortar postos.

Ainda que as expectativas para a economia estejam melhorando, a recuperação lenta do mercado de trabalho está relacionada ao aumento da capacidade ociosa das empresas por causa da crise, como lembra Othon Almeida, sócio-líder de desenvolvimento de mercado da Deloitte.

“Houve uma espera que determinadas mudanças pudessem acontecer”, afirma. “Minha percepção é de que a retomada do emprego continuará se dando de maneira lenta e gradual até que essas medidas fiquem claramente definidas.”

Essas mudanças esperadas pelos empresários e mencionadas por Almeida também foram mapeadas pela pesquisa. A reforma tributária deve ser tratada como uma das prioridades para 93% dos entrevistados e a da Previdência, para 90%.

Já entre as medidas que os empresários acreditam que devem ser prioridade do governo para gerar impacto na atividade econômica, o estímulo à geração de empregos é a mais citada, com 80%. A manutenção da inflação abaixo de 5% ao ano é citada por 58% dos empresários e ampliação da participação do Brasil no comércio exterior, por 53%. “A conjuntura toda aponta para uma direção: ou nós melhoramos ou morremos”, resume Almeida.

O levantamento também mostra que a maioria dos empresários está confiante que as prioridades apontadas por eles como necessárias serão as mesmas do novo governo. Entre os entrevistados, 94% acreditam que o governo vai adotar parcial ou integralmente as prioridades apontadas por eles.

Planos para o negócio

A pesquisa mostra ainda que, entre as empresas consultadas, 30% não pretendem fazer captação de recursos em 2019.

Dos 70% restantes, a maioria diz que tem expectativa por aporte dos proprietários da empresa, empréstimos com bancos de fomento (como o BNDES) e de varejo. Apenas 1% fala em abertura de capital – ou seja, fazer um IPO para ter ações negociadas em bolsa de valores.

A pesquisa mostra ainda que a maior parte dos empresários está confiante em relação ao desempenho das vendas em 2019 – 16% dizem que deve ser mantido o patamar atual e 69%, elevado.

Outros 46% dizem que vão aumentar investimentos em equipamentos, enquanto os que pretendem diminuir são apenas 6%.

Fonte: DCI - 13/11/2018

carreira plano 12 11 2018

Quer subir na carreira e conquistar um cargo de liderança? Então é melhor começar a traçar seu plano hoje. Segundo Elaine Tavares, diretora do Coppead, a escola de negócio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), conseguir a desejada promoção exige pensamento estratégico. “Você precisa ter objetivos e direcionar sua carreira nesse sentido. Hoje, ser um especialista na parte técnica pode ser um fator propulsor na carreira, mas elementos comportamentais favorecem a escolha do profissional”, comenta ela.

O perfil do chefe não é mais estático, o profissional deve ter a capacidade de se adaptar a novos modelos de trabalho, com novas tecnologias e uma nova geração de funcionários que entra no mercado.

Como diretor de negócio da Randstad, Juliano Gonçalves tem contato com o recrutamento de profissionais para alta e média gerência e tem observado mudanças quase diárias nos requerimentos para o cargo. “O mercado exige mudanças mais rápidas e a transformação tem sido mais acentuada. Sou gestor há 10 anos e todos os dias aprendo algo novo no meu negócio. Cada pequena demanda molda um cenário novo”, diz ele.

O especialista aponta que o funcionário entrando no mercado hoje espera uma relação diferente com o trabalho, com relações sinceras, próximas das familiares. Isso se mostra na necessidade de feedback personalizado para cada perfil, espaços de convivência no escritório e horário mais flexível. Coordenar as novas demandas vira uma responsabilidade do gestor.

Apesar da mutabilidade da função, Gonçalves consegue distinguir três características importantes para desenvolver para alcançar a posição de chefia: a inteligência emocional, a boa comunicação e organização.

De acordo com a diretora do Coppead, não basta ter ambição, é preciso planejamento e postura. “Dentro do planejamento entra o preparo para adquirir as competências que vai precisar. A postura é ter a iniciativa de procurar oportunidades. Ir atrás das ambições garante a vaga com mais facilidade do que esperar por um convite”, fala ela.

Hora da ação

Enquanto as habilidades são importantes para o cargo, todo o planejamento deve vir acompanhado de um plano de ação. Para encontrar oportunidades, os especialistas recomendam duas estratégias.

O diretor da Randstad lembra que posições de gestão são cargos de confiança. Assim, embora o profissional não precise limitar suas opções, buscar uma oportunidade dentro da empresa onde trabalha é o melhor caminho.

Então, a estratégia deve ser a manutenção constante do seu networking. “É um passo natural da transição entre um cargo de analista e funções de gestão, profissionais mais experientes em suas áreas vão buscar pessoas que possam confiar para o trabalho”, diz ele.

Elaine Tavares também indica que uma rede de relacionamento forte dentro da empresa é um fator decisivo, visto que muitos preferem contratar pessoas com quem já trabalharam. “Se fazer aparecer dentro da rede e demonstrar liderança ao mesmo tempo. Não fique focado só em quem está mais próximo dentro da empresa, procure trabalhar com pessoas fora da sua equipe e esteja aberto a propostas que ampliem sua atuação”, aconselha.

Saber demonstrar seu interesse na liderança é a segunda ação essencial aos olhos dos dois especialistas. O desenvolvimento das habilidades é um exercício diário e desafiador que vai refletir nos resultados do funcionário.

Para melhor se desenvolver na empresa, a recomendação é que profissional não esconda suas ambições, indicando que almeja avançar na carreira e até buscando um mentor dentro da empresa para auxiliar sua jornada, mostrando opções e abrindo novas portas.

“Você pode ter planos de curto e médio prazo, mas não precisa fechar a porta para novas oportunidades. Dentro da empresa, é possível navegar em um rumo consistente, mas mudando de área ou função”, diz a diretora.

Fonte: Exame.com - 12/11/2018

carreira pensativo 12 11 2018 1

Necessária, complexa e ainda muito recente: neste domingo, a reforma trabalhista, a lei 13.467/17, completou um ano de vigência com mais dúvidas sobre suas implicações para o cotidiano dos trabalhadores brasileiros do que soluções. As divergências e polêmicas que marcaram sua passagem no Congresso ainda não abandonaram a reforma que alterou normas da CLT. Ela ainda precisa de tempo para amadurecer, mas levanta preocupações entre advogados especializados na área trabalhista.

Apesar das dificuldades no caminho até aqui, os advogados fazem um balanço positivo do primeiro ano da vigência da reforma, frisando a urgência para modernizar as regras das relações de trabalho no Brasil. “É a situação do copo meio cheio e meio vazio. Na minha opinião, o balanço é positivo, embora insuficiente, com temas que precisaram ser debatidos depois. A reforma foi precedida de tanta polêmica e tanta crítica, inclusive pelo Judiciário, algumas merecidas, outras de cunho ideológico, que todos têm opinião prévia sobre o assunto”, comenta José Carlos Wahle, sócio da área trabalhista do Veirano Advogados.

Segundo Wahle, a reforma trouxe mudanças pontuais, mas os direitos fundamentais dos profissionais permanecem inalterados. O advogado lamenta resultados negativos da nova lei, como o enfraquecimento dos sindicatos. “A regras antes eram muito inflexíveis, agora há maior liberdade para administrar esses direitos e negociar. O que me decepciona foi o efeito que teve nos sindicatos, pois o fim do imposto sindical ameaça sua atuação”, diz ele.

O fim do imposto sindical é um dos pontos polêmicos da reforma que ainda deve render debates no próximo ano.

Para Maurício Corrêa da Veiga, do Corrêa da Veiga Advogados, a reforma pode ter completado um ano, mas foi apenas em agosto desse ano que ela saiu de um quadro de insegurança e incerteza. Ele aponta que o quadro político do Brasil trouxe dúvida se a reforma sequer seria aprovada e prejudicou o amplo debate das alterações.

Em agosto passado, o Supremo Tribunal Federal deliberou como constitucional a terceirização de atividades-fim das empresas, liberando a adoção dessa medida pelas companhias e reforçando as alterações feitas pela reforma.

“O próximo ano deve ser de amadurecimento legislativo. Poderemos ver uma regulamentação maior do trabalho intermitente e da terceirização. O julgamento do STF é de altíssima importância e mostra para o Judiciário e para as empresas um norte em caminho que antes era nebuloso de como a lei será aplicada”, fala ele.

É como um novo marco para a reforma trabalhista, uma sinalização para os empregadores de que, agora sim, as mudanças estão valendo.

No entanto, o advogado se preocupa que possíveis alterações nas leis trabalhistas no próximo governo possam abalar a recém-estabelecida segurança jurídica.

Em campanha, o presidente eleito Jair Bolsonaro fez a proposta de uma nova carteira de trabalho “verde e amarela”. E na quarta-feira, dia 7, Bolsonaro anunciou que pretende incorporar o Ministério do Trabalho a outra pasta.

Os especialistas avaliam que todas as declarações ainda são muito preliminares para qualquer análise.

As declarações contribuem para abalar a segurança do mercado, segundo o doutor Roberto Baronian, sócio do Granadeiro Guimarães Advogados. Ele aponta que o ministério possui funções múltiplas e complexas e que esse movimento do governo deve ser tratado com muito critério.

“São muitas perguntas e poucas respostas, há temor de esvaziamento ou perda de políticas sobre relações de trabalho, o que seria um retrocesso e ruim para os trabalhadores e para os empregadores. Agora, se bem pensado e tornar o trabalho dos órgãos mais eficiente, certamente haverá ganho”, comenta.

Para Maurício Corrêa da Veiga, a tendência será de um estado menos intervencionista, dando espaço para a atuação independente da Justiça do Trabalho, que pode dar garantias na aplicação da reforma trabalhista.

Para o próximo ano, os advogados esperam uma evolução no debate sobre as novas regras e alguns desafios. Confira os pontos principais:

Sindicatos

Os três especialistas apontam que um tema preocupante e que deve se desenrolar durante o ano é a reformulação da estrutura dos sindicatos. A reforma trouxe um paradoxo na sua atuação: priorizou a força da negociação e acordo coletivo para os empregados enquanto retirou a obrigatoriedade da cobrança do imposto sindical.

Por um lado, o fim da obrigatoriedade acaba com o oportunismo de instituições de fachada, com baixa representatividade, brigas por territórios ou criação de subdivisões de categorias de negócios. Pelo outro, ainda há uma brecha que precisa ser resolvida sobre os custos de sua atividade, que pode prejudicar diretamente os funcionários.

Após a vigência da reforma, as entidades viram sua arrecadação despencar 88% nos quatro primeiros meses do ano, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Segundo Wahle, o problema foi notado e uma solução possível seria a possibilidade de aprovar uma arrecadação dentro do acordo coletivo. “Temer tentou aprovar MP que corrigia isso, que previa que um valor deveria ser cobrado se houvesse previsão dele em acordo coletivo, mas a proposta não foi para frente. O paradoxo permanece e isso é um problema, não vejo nenhuma solução alternativa a essa lacuna na lei”, explica Wahle.

Neste ano, a quantidade de negociações concluídas caiu 39,6% apenas no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2017. Sem uma solução, muitos avanços da reforma em relação a atuação dos sindicatos para defender os interesses dos funcionários diante da empresa podem congelar.

Processos

Um dos maiores efeitos da reforma foi a queda acentuada de reclamações trabalhistas. Segundo dados dos Tribunal Superior do Trabalho (TST), entre janeiro e setembro de 2018, as varas do Trabalho receberam 1.287.208 reclamações trabalhistas. No mesmo período de 2017, foram 2.013.241 queixas.

O caso emblemático da ex-funcionária do Itaú que foi condenada a pagar R$ 67,5 mil ao banco após perder a ação trabalhista mostra o efeito da nova regra sobre os honorários de sucumbência. Nesse caso, a justiça reverteu a decisão, já que a ação foi proposta antes da mudança entrar em vigor.

No entanto, serviu de alerta para trabalhadores que queriam levar suas empresas à Justiça. Com a reforma, quem perde a ação paga o honorário do advogado de quem ganha, um número que pode variar de 5% a 15% do valor total da ação.

Os advogados falam que essa medida, assim como outros dispositivos adicionais da reforma, corrige uma distorção na Justiça, que facilitava a criação de reclamações e pedidos exagerados e improcedentes.

Segundo Wahle, a tendência é que os processos continuem caindo em 2019. Porém, ele destaca que a regra está sendo questionada no STF. Caso seja declarada sua inconstitucionalidade, ele não acredita que as ações voltem ao patamar anterior.

“Tende a crescer de novo. Havia antes ações frívolas, em que a parte sabia que estava errada, com pedidos inflados e exagerados. Contra esses exageros, temos outros itens na reforma que permitem ao juiz punir e aplicar multas em quem ajuizar processos incorretos ou sem procedentes”, explica ele.

Terceirização

Apesar da decisão do STF sobre a terceirização da atividade-fim, prática em que o empregado de uma empresa presta serviço para outra, Wahle acredita que ainda existam controvérsias na aplicação da reforma.

Após anos sem uma regulamentação, julgamentos sobre o tema geraram um documento que direciona os juízes de acordo com decisões passadas. Essa súmula definia que o contrato terceirizado só poderia ser realizado em atividades-meio, ou seja, nas práticas sem relação ao produto principal da empresa.

O julgamento do STF deveria colocar fim no debate, mas o advogado diz que será difícil abandonar um entendimento sedimentado por anos nos tribunais. Ao mesmo tempo, com a decisão, as contratações nessa modalidade podem acelerar, o que testará a decisão e sua aplicação na prática.

O temor é que a medida cause uma deterioração das condições de trabalho com a contratação irrestrita de terceirizados. No entanto, o advogado afirma que a empresa ainda precisa zelar pela conformidade dos contratos com a lei e o comprimento de direitos trabalhistas.

Trabalho intermitente

O novo modelo criado pela reforma trabalhista se assemelha ao estilo de trabalho do profissional freelancer, onde o funcionário possui um contrato por projetos pontuais. Aqui, o trabalhador fica à disposição do empregador aguardando um chamado para o serviço, podendo aceitar ou não prestar o serviço caso convocado.

Para Baronian, a regulamentação ainda possui lacunas sobre sua funcionalidade prática. Ele vê como positiva a tentativa de formalizar uma demanda do mercado que antes deixava o profissional vulnerável.

“A lei não deixa claro que direitos esse trabalhador terá caso adoeça ou na gravidez, se terá seguro saúde ou como fica o fator previdenciário durante o período que não for convocado pela empresa. E se a remuneração pelo serviço prestado não atingir o salário mínimo? São pontos polêmicos que ficaram abertos”, explica ele.

O advogado acredita que novas contratações na modalidade coloquem os problemas em evidência, levando a criação de leis complementares à reforma ou através de normas negociadas coletivamente.

Fonte: Exame.com - 12/11/2018

lideranca carreira 09 11 2018

Por Claudia Bittencourt é diretora geral da Bittencourt, consultoria especializada no desenvolvimento e expansão de redes de franquias e negócios

As exigências impostas pela nova sociedade demandam mudanças na cultura organizacional das empresas e na forma de pensar e agir dos líderes, a grande questão é como passar por estas transformações preservando a essência e os valores da marca.

A necessidade de migrar de organização moderna para pós-moderna, ou organização exponencial é o grande desafio para os empresários e franqueadores, o que significa uma ruptura com o tradicional e a preservação do passado.

Segundo Jorge Forbes, no mundo pós-moderno o ambiente empresarial para ter êxito deve incorporar um conjunto de atributos envolvendo o trabalho, as relações e o mundo digital, e que o principal vetor dessa mudança é a liderança, porém, afirma o psicanalista, que a maioria dos líderes formados em padrões da modernidade enfrenta dificuldades para mudar.

Além da dificuldade para a mudança, um outro fator que considero crítico nesse processo é que muitos executivos, líderes nas mais diversas organizações, não estão percebendo a necessidade dessa mudança na velocidade que deveria acontecer.

Os líderes da nova sociedade (pós-moderna), horizontalizada, em rede e sem padrão, devem dar mais autonomia a suas equipes e um espaço maior para a criatividade, o que invariavelmente vai gerar nas pessoas um senso de maior responsabilidade. Para os líderes do franchising isso se torna um desafio ainda maior, cada vez mais teremos franqueados mais criativos e menos disciplinados e que estão na ponta atuando diretamente com os clientes da marca.

Para gerar uma reflexão maior sobre esses desafios e onde atuar para uma eventual mudança, abaixo algumas características que diferenciam o líder da era moderna do líder da era pós-moderna, segundo o psicanalista Jorge Forbes:

Líder moderno   

Líder moderno   

Estimula a eficiência

Estimula a criação da diversidade

Atribui notas

Atribui responsabilidade

É moralista

É ético

Comunica

Envolve

Projeta o futuro

Inventa o futuro

Avisa os perigos, é precavido

Incentiva a inovação responsável

Controla e dirige

Inspira e entusiasma

Busca o lucro no mundo

Associa o lucro com a construção do mundo

 

Fonte: Mercado & Consumo - 09/11/2018

carreira criatividade 07 11 2018

Em 2006, quando a Disney adquiriu a Pixar, eles estavam “perdidos”. Após o sucesso de Rei Leão (1994), a companhia enfrentou mais de uma década sem lançar uma nova animação que conquistasse um patamar semelhante. A Pixar recebeu o desafio de mudar esse cenário – e aprendeu ali algumas lições para si própria. “Por que eles falharam? Porque, com o sucesso rápido, eles tiraram as conclusões erradas sobre a razão de terem sido bem sucedidos”, diz Ed Catmull, cofundador e presidente da Pixar e presidente do Walt Disney Animation Studios.

carreira criatividade 07 11 2018

Ed Catmull, cofundador e presidente da Pixar

O produtor foi um dos palestrantes da HSM Expo 2018, que ocorre entre os dias 5 e 7 de novembro em São Paulo. Catmull também falou sobre como a criatividade pode ser estimulada no ambiente corporativo. Muitas das práticas adotadas nas empresas, segundo ele, tornam seus espaços menos propícios a ideias realmente novas e ousadas. “É natural perguntar como ser mais criativo. Mas essa é a pergunta errada” diz o executivo. “A pergunta que realmente importa é: que tipos de gestão e de forças culturais bloqueiam a criatividade?”.

A dificuldade em aceitar as falhas como parte dos processos, segundo ele, é um dos principais fatores de bloqueio. Insistir em criar projetos e ideias perfeitas demanda mais tempo e impede que se assumam riscos, algo essencial para criar coisas que ninguém fez antes.

“Você precisa tentar alguma coisa. Se não funcionar, você corrige”, diz Catmull. Ele cita como exemplo os próprios brainstorms realizados nos estúdios sobre cada novo projeto de filme. A primeira versão, segundo ele, nunca é boa. O que finalmente vai para as telas é resultado de inúmeras mudanças e reviravoltas. “É mais fácil consertar uma falha do que evitar ela a qualquer custo”, completa.

Mudança de estrutura

Para o processo funcionar, é preciso haver um ambiente favorável para essa dinâmica. Isso inclui dar espaço para que todos opinem sem medo de errar. “Seguir a lógica de zero erro e zero falha é importante para algumas áreas, como nas aeronaves ou nos hospitais, por exemplo. Mas na maior parte da vida não é assim”, diz o executivo.

Na Pixar, adotar essa filosofia significou, por exemplo, mudar a estrutura das reuniões. Os colaboradores são estimulados a fazer (e ouvir) comentários realmente honestos, além de terem a chance de conversar com seus pares – ou seja, pessoas da mesma área de atuação. A quebra da estrutura de poder tradicional também foi uma medida.

“Se as pessoas com poder começam a discussão, elas definem o tom. Queremos que elas se calem por 10 ou 15 minutos para que ela comece”, descreve Catmull. Por fim, é importante observar o ambiente para entender não apenas o que está sendo dito, mas como a dinâmica está acontecendo. “As pessoas estão sendo honestas? Estão tentando se ajudar? Alguém está se sentindo intimidado?”, exemplifica.

Esse formato está longe de ser infalível. O ego e o desejo de impressionar os outros, segundo Catmull, são alguns dos fatores que tendem a atrapalhar a fluidez desse momento. “Por outro lado, há reuniões em que acontece mágica”, diz ele. “O ego desaparece e as ideias vem e vão sem que as pessoas se apeguem a elas. Quando você chega nisso, as coisas se abrem e fluem, porque esse grupo está realmente querendo resolver o problema”.

Diferentes ‘backgrounds’

Assumir riscos também é importante para permitir o crescimento dos profissionais – e a própria descoberta de talentos. Isso inclui oferecer chances de participação para profissionais com menos experiência, além de promover um equilíbrio entre gêneros e trazer pessoas de diferentes etnias e origens culturais para dentro da empresa.

Falhar ao identificar a forma como a criatividade surge e funciona, segundo Catmull, foi um dos fatores que levaram a Disney à “lacuna” de sucesso naquele ano. Após o sucesso anterior, a companhia passou a apostar nos mesmos produtores que a levaram até ele, além de terem insistido que a próxima produção deveria ser mais “leve”. “A Disney fez a criatividade subserviente para ter uma produção mais leve “, diz o executivo.

Uma vez que as empresas e pessoas entendem a necessidade de colaborar e se ouvir, há, ainda, outro desafio pela frente. Segundo ele, há uma vasta diferença entre pensar que se entendeu algo e realmente entender. “A parte difícil é se perguntar: por que não aplicamos esses valores?”, questiona ele. “Mudar uma cultura requer observação e analise pesadas”.

Fonte: Época Negócios - 07/11/2018

laszlo google 08 11 2018

Como gestores devem estabelecer os salários de suas equipes? Como saber que área, entre tantas de uma empresa, deve ser privilegiada com pagamentos maiores? E, dentro dela, que condicionantes podem jogar o valor um pouco mais para cima ou para baixo em cada caso? Questões envolvendo o benefício básico do mundo profissional – o pagamento em dinheiro pelo trabalho realizado – são tão antigas quanto as próprias funções. E recentemente foram ainda mais instigadas por movimentos de equidade de pagamentos entre gêneros, liderados por mulheres.

É verdade, entretanto, que, em alguma medida, distinções salariais sempre existirão nas empresas. Mas qual a forma de implementá-las que, ao mesmo tempo, seja meritocrática e justa?

Para Laszlo Bock, que por dez anos exerceu a posição de “vice-presidente de pessoas” (People Operations VP) no Google, só há uma forma de fazer isso: identificando as áreas que são capazes de gerar verdadeiras transformações na empresa e, ali, disponibilizar as maiores diferenças salariais a favor dos profissionais de alta performance.

laszlo google 08 11 2018

Laszlo Bock, ex-chefe de RH do Google

“A performance humana funciona de forma diferente dos números gerenciais. Se você tira o melhor jogador de futebol de campo, por exemplo, não só o time dele, mas todo o jogo perde uma qualidade imensa. Em algumas áreas das empresas, é parecido. Há pessoas esforçadas e na média das demais, mas há pessoas excepcionais que sozinhas podem fazer uma diferença enorme”, comentou Laszlo durante sua apresentação na HSM Expo, em São Paulo.

Usando o exemplo das empresas de tecnologia, ele citou os engenheiros de software, que, nesse caso, são os maiores geradores de inovação interna, segundo ele. “Bill Gates disse uma vez que um excelente operador de torno mecânico merece várias vezes o salário de um médio, mas um grande desenvolvedor de software vale 10 mil vezes o de um regular”, lembra, estendendo o exemplo para a área corporativa. “Profissionais de finanças devem ser valorizados, mas não há como um deles ter um impacto tão maior que outro.”

Em uma escala comparativa, ele citou posições em finanças, vendas e marketing em que, da primeira até a última, deve aumentar a diferença entre os profissionais medianos e os excepcionais. Os profissionais de tecnologia ficariam acima desses, merecendo as maiores diferenças a favor de quem apresenta uma performance acima da média.

Essa “injustiça”, porém, deve se restringir à performance profissional, não sendo estendida a diferenciações por gênero, religião, orientação sexual, e nem mesmo perfis psicológicos, como pessoas mais ou menos extrovertidas, segundo o especialista. E de preferência incluir outros métodos de compensação por metas atingidas, seja um plano de cargos ou bônus financeiros.

Criando essa rede de benefícios, diz o executivo, é mais factível que os funcionários da empresa sejam compreensivos com eventuais diferenças salariais entre áreas e posições. “As pessoas podem entender as diferenças de pagamentos se verem a diferença que o trabalho de cada um faz ali. Mas se você discrimina funcionários por outras questões, está encorajando-os a procurar outro lugar para trabalhar.”

Pequenas atitudes valem mais do que grandes mudanças

Em outros conselhos deixados durante sua apresentação, Laszlo, que é autor do livro Um novo jeito de trabalhar (Editora Sextante, 2015) e dono da Humu, consultoria para transformação organizacional nas empresas, lembrou da importância dos gestores manterem constantemente conectados à força de trabalho, incentivando, mesmo com pequenas atitudes, a valorização da equipe.

“Tradicionalmente, mudanças nas companhias acontecem de cima para baixo. Já vi muitas vezes um novo CEO assumir e prometer uma série de mudanças. Sabe o que acontece? As pessoas fazem o que é possível mas em geral não estão nem aí, porque sabem que daqui alguns anos esse cara já saiu de lá”, aponta.

Segundo ele, a melhor forma de gerar uma melhora na produtividade das equipes é com pequenos e constantes “empurrões”. Mesmo que seja um feedback sobre uma atividade específica ou uma simples preocupação com o bem-estar do funcionário no ambiente de trabalho.

“Já notamos, com o trabalho em algumas companhias, que o chefe escrever constantemente para a equipe, não para cobrar, mas demonstrando preocupação com o ambiente de trabalho, já gera um aumento de 2% na produtividade de cada um”, garante. “Talvez vocês achem isso pouco, mas lembrem que não custou absolutamente nada.”

De forma geral, aponta o especialista, a grande chave para uma constante melhora na performance de grandes equipes está nessas ações, seja por meio de benefícios financeiros ou de relação de proximidade, que reconhecem o valor do profissional. “Não importa o quanto sua empresa lucra, o tamanho dela ou em que setor atua. Todos seres humanos querem poder confiar nos outros e ser respeitados.”

A prova disso, diz, está nas empresas consideradas as melhores para se trabalhar nos Estados Unidos, segundo o ranking anual da revista Fortune. No ano passado, o Google ficou com o prêmio, enquanto a segunda colocada foi a rede de supermercado Wegmans, que passa longe de ser uma das maiores empresas do país.

Fonte: Época Negócios - 08/11/2018

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