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Gestão e Negócios

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O bilionário chinês Jack Ma, cofundador da gigante online Alibaba, continua a defender que a população chinesa trabalhe das 9h da manhã às 9h da noite, seis dias por semana, no que está sendo chamado de o “sistema 996”.

Em um artigo voltado a seus funcionários na semana passada, Ma afirmou que a oportunidade de poder trabalhar jornadas de 12 horas por dia é “uma bênção” e, na ausência dessa carga laboral, a economia chinesa “muito provavelmente perderá sua vitalidade e seu ímpeto”.

“Muitas empresas e pessoas não têm a chance de trabalhar (no sistema) 996”, declarou Ma, segundo a Reuters. “(Mas) se você não trabalha assim quando é jovem, quando poderá trabalhar (nesse sistema)? Deixe-me perguntar a todos: se você não dedicar mais tempo e energia (ao trabalho) que os demais, como conseguirá o sucesso que deseja?”

As declarações do bilionário – que anunciou que em setembro deixará o comando da Alibaba, para se dedicar à vida acadêmica – têm gerado debates acalorados na internet e na imprensa chinesas.

De um lado, Ma obteve o apoio de outro empreendedor, Richard Liu, presidente da rede de comércio online JD.com.

Liu afirmou que o rápido crescimento vivido pela China nos últimos anos aumentou o número de trabalhadores “preguiçosos” no país, inclusive em sua própria empresa. “O número de funcionários aumentou nos últimos anos (…), e o número de preguiçosos cresceu rapidamente. Se isso continuar, a empresa será rapidamente eliminada do mercado!”, escreveu.

Exploração e más condições

De outro, críticos têm compartilhado histórias de jornadas excessivas e exigentes ocorridas em empresas chinesas.

Também segundo a Reuters, em um fórum online, funcionários de empresas de tecnologia chineses têm citado a Alibaba como uma das empresas que oferecem as piores condições de trabalho a seus empregados.

Na quinta-feira, um artigo de opinião publicado no jornal estatal People’s Daily afirmou que o “sistema 996” – de 72 horas de trabalho semanais – viola as leis trabalhistas chinesas, que estipulam que as jornadas laborais não ultrapassem 40 horas semanais.

“Criar uma cultura corporativa de ‘estímulo às horas extras’ não apenas não ajudará na competitividade das empresas, como também pode inibir a capacidade dessa empresa de inovar”, diz o artigo.

A criação do Alibaba

Jack Ma, que nasceu em uma família pobre no leste da China, começou sua vida profissional como professor de inglês, mas passou por dezenas de empregos – inclusive de atendente em redes de fast food.

Em 1999, ele cofundou o Alibaba, que criou em seu próprio apartamento e se tornou uma das maiores empresas de comércio online do mundo. A empresa tem valor de mercado de aproximadamente US$ 490 bilhões (cerca de R$ 1,9 trilhão, equivalente ao PIB brasileiro), e a fortuna pessoal de Ma é estimada em cerca de US$ 37 bilhões, fazendo dele o terceiro homem mais rico da China.

O Alibaba é apontado como um marco nas vendas de varejo na China, a ponto de suas promoções – como o chamado Single’s Day – superarem em vendas as principais datas do varejo online americano (a Black Friday e a Cyber Monday).

Na semana passada, Ma confirmou que pretende deixar o comando da empresa em setembro, entregando a cadeira de presidente ao executivo Daniel Zhang. Ma se tornará, assim, o primeiro fundador de uma proeminente geração de empreendedores tecnológicos a abandonar o comando de sua própria empresa.

O empresário afirmou que pretende dedicar seu tempo à Fundação Jack Ma (que prometeu doar US$ 30 milhões a estímulos à educação rural chinesa em um período de dez anos) e voltar “ao que ama fazer”, a educação.

Ele é tido como um personagem carismático do mundo corporativo chinês e não costuma perder oportunidades de estar no centro das atenções – em 2017, ele se fantasiou de Michael Jackson para um evento corporativo do Alibaba.

Ele também tem, segundo relatos, um bom relacionamento com o presidente americano, Donald Trump, que o chamou de “grande empreendedor, um dos melhores do mundo”.

 

Fonte: Época Negócios - 16/04/2019

O varejo brasileiro caminha para o segundo ano de expansão no seu faturamento real. Para 2019, a projeção é de aumento de 5,2%. As informações são de um levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Para a ShopperTrak, líder global de inteligência de tráfego de clientes no varejo, as lojas físicas precisam aproveitar o momento e focar na experiência de compra do cliente.

“Os hábitos dos consumidores estão mudando em um ritmo acelerado. Com isso, os varejistas precisam promover um serviço de alto nível, seja qual for a jornada de compra”, explica Marcelo Quaiatti, diretor da ShopperTrak no Brasil. “Para isso, é preciso medir e incentivar o desempenho de cada estabelecimento”, destaca.

O executivo listou três princípios que devem ser levados em consideração pelos varejistas e que garantem uma boa performance de loja.

  1. Entender o caminho até a compra

Para Quaiatti, está cada vez mais difícil identificar os padrões de compra dos consumidores. Os clientes não fazem mais jornadas diretas ao pesquisar e comprar, o que dificulta as decisões de investimento dos varejistas. Por esse motivo, várias lojas estão perdendo a oportunidade de monitorar quantas pessoas entram no estabelecimento em determinado momento e reagir de acordo com esses dados.

Segundo a ShopperTrak, quase 50% dos varejistas não conseguem prever o tráfego de clientes. Hoje, soluções de análise avançadas fornecem dados em tempo real que, quando comparados a métricas importantes, oferecem informações sobre áreas do negócio, como eficácia de promoções e taxas de conversão. Com isso, os varejistas podem adotar uma abordagem com boa relação entre custo e benefício, entregando aos consumidores uma experiência personalizada e de alto nível e aumentando o volume de vendas.

  1. Disponibilizar mercadorias e ter controle do estoque

A disponibilidade e a transparência do estoque podem fazer um varejista se destacar da concorrência. Os consumidores de hoje demandam rapidez e não hesitam em buscar outro estabelecimento se não estiverem satisfeitos. Um gerenciamento eficaz de estoque também é essencial no nível operacional, especialmente devido à pressão para que as lojas maximizem o retorno por espaço físico em um período de alta de tarifas e de aluguel.

Segundo a ShopperTrak, apenas 40% dos varejistas gerenciam o desempenho e as métricas de rotatividade do estoque de maneira consistente no nível de loja, o que pode levar à perda de oportunidades de satisfazer o consumidor. Ter o produto certo na hora certa e promover a visibilidade do estoque para toda a empresa são medidas cruciais.

  1. Empoderar os colaboradores da loja

Os funcionários são os ativos mais valiosos de um varejista, embora muitos deles não sejam mobilizados de forma eficaz. De acordo com levantamentos da empresa, os varejistas gastam 70% do tempo lidando com tarefas operacionais e utilizam apenas 30% do horário para atender clientes.

Se o engajamento dos consumidores é o que faz uma experiência em loja se destacar, um colaborador usaria melhor seu tempo ao oferecer ajuda e orientação para compras ou cuidar para que as filas de pagamento não fiquem longas demais. Os varejistas podem entender melhor a força de trabalho se também levarem em consideração fatores como taxa de engajamento, eficácia dos turnos de trabalho e relação entre custo laboral e vendas – antes de tentarem solucionar as ineficiências que os impedem de prosperar.

Segundo Quaiatti, para melhorar o desempenho de uma loja, é preciso adotar uma abordagem holística. “Os varejistas precisam avaliar todos os níveis do negócio para identificar onde é possível aprimorar a eficácia operacional e de vendas”, explica. “As empresas que geram informações sobre o estabelecimento a partir de dados em tempo real, e avaliam seu desempenho, estão mais preparadas para modernizar as operações e melhorar a qualidade do relacionamento com os consumidores”, conclui.

 

Fonte: Portal Newtrade - 16/04/2019

À medida que preenchemos nossos dias com mais e mais afazeres, muitos de nós estão descobrindo que não parar não é o ápice da produtividade. É seu inimigo.

Pesquisadores estão mostrando não apenas que o trabalho que produzimos no final de uma jornada de 14 horas é de pior qualidade em comparação com o que fazemos quando estamos descansados. Esse padrão de trabalho também prejudica nossa criatividade e nossa cognição. Com o tempo, pode nos fazer sentir fisicamente doentes – e até, ironicamente, dar a sensação de vivermos sem propósito.

Pense em um trabalho mental como se fossem flexões, diz Josh Davis, autor de Two Awesome Hours (As Duas Horas Incríveis, em inglês). Digamos que você queira fazer 10 mil flexões. A maneira mais "eficiente" seria fazer todas de uma vez, sem pausa. Sabemos instintivamente, porém, que isso é impossível. Em vez disso, se fizéssemos apenas algumas de cada vez, entre outras atividades e ao longo de semanas, atingir esta meta seria mais viável. "O cérebro é muito parecido com um músculo nesse sentido", escreve Davis. "Em condições erradas e com trabalho constante, realizamos pouco. Com as condições certas, há poucas coisas que não somos capazes de fazer."

Os efeitos do excesso de trabalho na saúde

Muitos de nós, porém, tendem a pensar no cérebro não como um músculo, mas como um computador: uma máquina capaz de trabalho constante. Isso não é apenas mentira, mas nos forçar a trabalhar por horas seguidas sem descanso pode ser prejudicial, dizem especialistas.

"A ideia de que você pode estender indefinidamente seu foco e produtividade está errada. É autodestrutivo", diz o pesquisador Andrew Smart, autor do Autopilot (Piloto Automático, em inglês). "Se seu corpo está dizendo 'preciso de uma pausa', mas você continua se esforçando, a resposta a este estresse torna-se crônica – e, com o tempo, pode ser extremamente perigosa."

Uma análise comparada de diversos estudos descobriu que longas jornadas de trabalho aumentam o risco de uma pessoa ter uma doença coronariana em 40% – quase tanto quanto fumar (50%).

Outro estudo descobriu que pessoas que trabalham por muitas horas têm um risco significativamente maior de sofrer um acidente vascular cerebral, enquanto as pessoas que trabalham mais de 11 horas por dia têm quase 2,5 vezes mais chances de ter um episódio depressivo grave do que aquelas que trabalham de sete a oito horas.

No Japão, isso levou à tendência perturbadora de karoshi, a morte por excesso de trabalho.

Isso quer dizer que você deve tirar aquelas férias há tempos vencidas? A resposta pode ser sim. Um estudo com executivos e empresários na Finlândia descobriu que, ao longo de 26 anos, aqueles que tiraram menos férias tinham maior probabilidade de morrer mais cedo e de ter uma saúde pior na velhice.

Sair de férias também podem trazer benefícios à carreira. Um estudo com mais de 5 mil trabalhadores americanos com empregos de tempo integral descobriu que quem tira menos de dez dias de férias por ano tem menos chances de obter um aumento salarial ou um bônus do que quem tira mais de dez dias.

A relação entre produtividade e o tempo trabalhado

É fácil pensar que eficiência e produtividade são uma obsessão nova. Mas o filósofo Bertrand Russell (1872-1970) teria discordado.

"Diz-se que, embora um pouco de lazer seja agradável, os homens não saberiam como preencher seus dias se tivessem apenas quatro horas de trabalho", escreveu Russell em 1932, acrescentando que "isso não seria verdade no passado".

"Antes, existia uma capacidade de despreocupação e diversão que foi de certa forma inibida pelo culto da eficiência. O homem moderno pensa que tudo deve ser feito para o bem de outra coisa e nunca para seu próprio bem."

Dito isso, algumas das pessoas mais criativas e produtivas do mundo perceberam a importância de fazer menos. Eles tinham uma forte ética de trabalho, mas também se preocupavam em descansar e se divertir. "Trabalhe em uma coisa de cada vez até terminar", escreveu o escritor e escritor Henry Miller (1891-1980) em seus "11 mandamentos sobre a escrita". "Pare na hora marcada! Continue a ser humano! Encontre-se com pessoas, vá a lugares, beba, se quiser."

Até mesmo um dos "pais fundadores" dos Estados Unidos, Benjamin Franklin (1706-1790), um exemplo de diligência, dedicou grande parte de seu tempo ao ócio. Todos os dias, ele tinha duas horas de almoço, noites livres e uma noite inteira de sono.

Em vez de trabalhar sem parar como editor para pagar as contas, ele dedicava "um tempo enorme" a hobbies e à socialização. "Na verdade, os interesses que o afastaram de sua profissão levaram a muitas das coisas pelas quais ele é conhecido hoje, como inventar o fogão e o para-raios", escreve Davis.

Mesmo em nível global, não há uma correlação clara entre a produtividade de um país e a média de horas de trabalho. Com uma jornada semanal de 38,6 horas, por exemplo, o funcionário médio americano trabalha 4,6 horas por semana a mais do que o norueguês. Mas, segundo o Produto Interno Bruto (PIB), os trabalhadores da Noruega contribuem com o equivalente a US$ 78,70 (R$ 300,20) por hora – em comparação com os US$ 69,60 (R$ 265,50) nos Estados Unidos.

E quanto à Itália? Com uma média de 35,5 horas semanais de trabalho, se produz no país quase 40% a mais por hora do que na Turquia, onde as pessoas trabalham em média 47,9 horas por semana. Supera até mesmo o Reino Unido, onde as pessoas trabalham 36,5 horas.

Todos aqueles intervalos no trabalho, ao que parece, podem não ser tão ruins assim.

A origem da jornada de oito horas de trabalho

A razão pela qual temos oito horas de trabalho por dia foi porque as empresas descobriram que reduzir a jornada dos funcionários tinha o efeito inverso do que esperavam: aumentava a produtividade.

Durante a Revolução Industrial, os dias de 10 a 16 horas eram normais. A Ford foi a primeira empresa a experimentar oito horas – e descobriu que seus funcionários eram mais produtivos não apenas por hora, mas no geral. Em dois anos, suas margens de lucro dobraram.

Se os dias de oito horas são melhores que os de dez horas, jornadas ainda mais curtas podem ser melhores? Possivelmente.

Um levantamento do Instituto de Pesquisa Social e Econômica Aplicada de Melbourne, na Austrália, concluiu que, para pessoas com mais de 40 anos, uma semana de trabalho de 25 horas pode ser ideal para a cognição, enquanto a Suécia recentemente experimentou seis horas por dia e descobriu que a saúde e a produtividade dos trabalhadores melhoraram.

Isso parece estar relacionado à forma como as pessoas se comportam durante o dia de trabalho. Uma pesquisa com quase 2 mil trabalhadores de escritório em tempo integral no Reino Unido descobriu que as pessoas eram produtivas apenas por 2 horas e 53 minutos em um dia de oito horas.

O resto do tempo foi gasto checando redes sociais, lendo notícias, conversando sobre temas não relacionados ao trabalho com os colegas, comendo e até mesmo procurando novos empregos.

Podemos nos concentrar por um período de tempo ainda menor quando estamos no limite de nossas capacidades. Pesquisadores como o psicólogo K. Anders Ericsson, da Universidade de Estocolmo, na Suécia, descobriram que, quando fazemos um esforço para realmente dominar uma habilidade, precisamos de mais pausas do que imaginamos.

A maioria das pessoas só aguenta uma hora sem descanso. E muitos músicos, escritores e atletas de elite nunca dedicam mais de cinco horas por dia ao trabalho.

Outra prática comum entre eles? Existe uma "tendência crescente de tirar sonecas", escreve Ericsson – é uma maneira de descansar o cérebro e o corpo.

Outros estudos também descobriram que fazer pausas curtas em uma tarefa ajuda a manter o foco e continuar realizando um trabalho de alto nível. Não fazer pausas piora o desempenho.

A arte do descanso ativo

Mas "descanso", como alguns pesquisadores apontam, não é necessariamente a melhor palavra para o que estamos fazendo quando pensamos que não estamos fazendo nada.

Como já escrevemos anteriormente, a parte do cérebro que é ativada quando estamos "sem fazer nada", conhecida como rede neural de modo padrão (DMN, na sigla em inglês), desempenha um papel crucial na consolidação da memória e nossa capacidade de vislumbrar o futuro.

É também a área do cérebro que é ativada quando as pessoas estão observando os outros, pensando sobre si mesmas, fazendo um julgamento moral ou processando emoções de outras pessoas.

Em outras palavras, se essa rede fosse desligada, teríamos problemas para lembrar das coisas, prever consequências, captar interações sociais, compreender a nós mesmos, agir eticamente ou ter empatia com os outros – todas as coisas que nos tornam não apenas funcionais no local de trabalho, mas também na vida. "Isso ajuda você a reconhecer a importância das situações, a dar sentido às coisas. Quando você não consegue fazer isso, está apenas agindo e reagindo ao que acontece no momento", diz a neurocientista Mary Helen Immordino-Yang, pesquisadora do Instituto de Criatividade e Cérebro da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos.

Também não poderíamos ter novas ideias ou fazer novas conexões. Local onde nasce a criatividade, a DMN é ativada quando você faz associações entre assuntos aparentemente não relacionados ou tem ideias originais.

É também o lugar onde seus momentos de "iluminação" se escondem – o que significa que se, assim como Arquimedes, você teve uma boa ideia enquanto estava no banho ou em um passeio, deve agradecer à sua biologia.

Talvez o mais importante de tudo seja que, se não tivermos tempo para voltar nossa atenção para dentro de nós, perdemos um elemento crucial para a felicidade. "Quando você não tem a capacidade de relacionar suas ações a uma causa mais ampla, elas parecem sem propósito e vazias com o tempo, por não estarem conectadas a um sentido além de si mesmas. E sabemos que, quando uma pessoa pensa que está agindo sem um propósito, isso tem efeitos negativos sobre sua saúde psicológica e fisiológica com o passar do tempo", diz Immordino-Yang.

Como se livrar dos efeitos nocivos do trabalho intenso

Como qualquer pessoa que tenha experimentado a meditação sabe, não fazer nada é surpreendentemente difícil. Quantos de nós, após 30 segundos de ócio, pegam o celular?

Na verdade, não fazer nada nos deixa tão desconfortáveis ​​que preferimos nos machucar. Literalmente. Em 11 estudos diferentes, os pesquisadores descobriram que os participantes preferiram fazer qualquer coisa – até dar choques elétricos em si mesmos – em vez de ficarem ociosos. E não foi como se tivessem que permanecer assim por muito tempo: os períodos de ócio variaram entre seis e 15 minutos.

A boa notícia é que você não precisa ficar sem fazer absolutamente nada para obter benefícios. É verdade que o descanso é importante. Mas também é importante fazer uma reflexão ativa, pensar sobre um problema que você tem ou em uma ideia.

De fato, qualquer coisa que exija a visualização de resultados hipotéticos ou cenários imaginários – como discutir um problema com amigos ou mergulhar em um bom livro – também ajuda, diz Immordino-Yang. Se você agir da forma certa, poderá até ativar sua DMN até ao olhar uma rede social. "Se você está apenas vendo uma foto bonita, ela fica desativada. Mas, se você está fazendo uma pausa e permitindo-se refletir internamente sobre algo mais amplo, como por exemplo o motivo que levou a pessoa da foto a se sentir de tal forma, elaborando uma narrativa em torno dela, então, você pode ativar essa rede", diz ela.

Também não demora muito para desfazer os efeitos prejudiciais da atividade constante. Quando adultos e crianças ficaram ao ar livre, sem aparelhos eletrônicos, por quatro dias, seu desempenho em uma tarefa que exigia criatividade e capacidade de resolução de problemas melhorou em 50%. Mesmo fazer uma caminhada, de preferência em um local externo, melhora significativamente a criatividade.

Outro método eficaz de reparar estes danos é a meditação: apenas uma semana de prática para indivíduos que nunca meditaram antes, ou uma única sessão para praticantes experientes, pode melhorar a criatividade, o humor, a memória e a concentração.

Qualquer outra tarefa que não exija 100% de concentração também pode ajudar, como tricotar ou desenhar.

Parte do problema para fazer isso, no entanto, está em nossa capacidade de nos controlarmos – o receio de que, se relaxarmos por um momento, tudo desabará.

Isso está errado, diz a poeta, empreendedora e consultora de carreiras Janne Robinson. "A metáfora que gosto de usar é a da fogueira. Quando começamos um negócio e, depois de um ano, finalmente podemos tirar uma semana de folga, a maioria de nós não confia que uma outra pessoa possa realizar nossas tarefas em nosso lugar. Nós pensamos 'a fogueira vai se apagar'", diz ela. "E se nós apenas confiássemos que o fogo está quente o suficiente e que podemos ir embora? Que alguém pode jogar mais madeira na fogueira e fazer ela aumentar?"

Isso não é fácil para aqueles de nós que sentem que precisam estar constantemente "realizando" alguma coisa. Mas, para fazer mais, parece que devemos nos sentir confortáveis em fazer menos.

 

Fonte: Época Negócios - 15/04/2019

O inverno chegou na noite de domingo. Depois de mais de dois anos de espera e muita especulação sobre quem vai se sentar no Trono de Ferro, estreou ontem (14) o primeiro capítulo da última temporada da série Game of Thrones, na HBO.

A sofisticada trama, repleta de personagens e regada a vinho, sangue, reviravoltas mágicas e, muitos, muitos conflitos, começa a se aproximar do desfecho, a sete temporadas anteriores não economizaram na produção de insights sobre o comportamento humano no que diz respeito à capacidade (ou falta de) de liderança de cada personagem cotado ao trono.

“A série possui excelentes e péssimos insights em liderança, no que se fazer em situações de gestão. Podemos entender as empresas como os reinos e seus gestores como os lideres representados na série, como reis ou personagens que representam um papel de liderança”, diz Mário Cunha, professor de MBA da Saint Paul nas áreas de liderança e estratégia.

Segundo explica o professor, um dos pontos mais valiosos para um líder é sua visão estratégica, e ao longo das sete temporadas expectadores puderam observar personagens utilizando esse pensamento.

Especialistas indicaram algumas situações, fatos e acontecimentos na série que poderiam embasar discursões sobre habilidades e desafios de liderança e pensamento estratégico em um curso de MBA, por exemplo. Se você ainda não assistiu a todos os capítulos anteriores é melhor parar por aqui porque há SPOILERS:

  1. Promessas cumpridas

O lema da família Lannister é, logo no começo da série, proferido por Tyrion Lannister. Ele diz: Um Lannister sempre paga suas dívidas.

“O exemplo dessa frase se aplica quando pensamos que uma empresa sempre deve cumprir o prometido. A falta do não cumprimento, faz você perder a credibilidade. Por isso, empresas devem prometer e traçar metas que são palpáveis, mesmo que a longo prazo”, diz Cunha.

  1. Previsão de riscos

O lema da Casa Stark (o inverso está chegando) é um lembrete para a necessidade constante de previsão de riscos futuros. “Se eles não se preparassem, possivelmente não conseguiriam sobreviver. Por isso, víamos os governantes do Norte analisando, criando estratégias sempre alinhados com o real cenário”, diz Cunha.

Por outro lado, alguns dos acontecimentos mais marcantes e nefastos das temporadas anteriores foram consequência direta da falta de análise de risco, segundo Felipe Costa, consultor de recrutamento da Robert Half.

A morte de Ned Stark após a sua ida para o Sul, o derramamento de sangue no Casamento Vermelho, a captura de Jamie Lannister, a morte de Karl Drogo e a morte de Doran Martell são consequência de atitudes carregadas impulsividade aliadas à negligência na análise de riscos.

Todo líder, antes de colocar um plano novo em ação, deve fazer análise prévia dos riscos envolvidos e evitar agir por impulso. “Muitos acontecimentos ali ocorreram e poderiam ser evitados, seja por ímpeto dos personagens ou falta de mensuração destes riscos também”, diz Costa.

As lideranças das empresas devem se atentar aos seus pontos crise e ter sua estrutura montada para aguentar eventualidades. “Pois como na série, se ela é pega de surpresa, seu caminho de retomada será ainda mais difícil”, diz Cunha.

  1. Construção de alianças

Se nenhum homem é uma ilha, nenhum líder sobrevive sem fazer alianças e influenciar pessoas a trabalharem em prol de objetivos comuns.

“A construção de alianças confiáveis pelos gestores devem ser pautadas em interesses genuínos e na relação de ganha-ganha”, diz Costa. Quando a relação ganha-ganha existe em uma negociação, ninguém sai com sentimento de que está perdendo alguma coisa.

Na série duas alianças estabelecidas em diferentes temporadas merecem atenção para os fatores, objetivos e desejos dos seus envolvidos: a primeira entre as casas Lannister/Tyrell/Bolton (enquanto funcionou) e a mais recente entre a casa Targaryen e Stark.

4. Conheça seus oponentes/ competidores

A Guerra dos 5 reinos e a “morte” de Jon Snow pela mão de seus próprios comandados da Patrulha da Noite é um momento dramático citado por Costa para reafirmar a importância de conhecer os potenciais inimigos/ competidores para conseguir antecipar eventuais ameaças ou ataques.

Ao seguir seus valores sem flexibilidade, o Lorde Comandante Snow deixou de ouvir os seus liderados e acabou sendo traído, mesmo tendo ideais nobres. Muitos outros acontecimentos ligados a Jon Snow, na série, trouxeram esse aprendizado ao personagem. Com as lições aprendidas, Jon voltou e puniu seus traidores, para em seguida reconquistar o castelo da família Stark, Winterfell, e se declarar Rei do Norte.

5. Ousadia e empatia

“Se um líder quiser fazer algo de extraordinário ele deve ser destemido e ter coragem”, diz Costa. Jon Snow e Danny Targaryen, com todas as suas conquistas, deram mostras de que têm essas características de sobra e são dois dos personagens que mais evoluíram na prática de liderança ao longo das temporadas anteriores.

Com a coragem de criar e comandar três dragões, Danny pode não ser uma líder natural, o que fica evidente com a necessidade da participação de outras pessoas em suas decisões, mas isso pode ser muito bom, segundo o professor de liderança e estratégia da Saint Paul. “Daenerys mostra que o líder precisa ser preparado, ter pessoas de confiança ao seu redor para ajudar na tomada de decisão. Aqui, vemos o que acontece com os conselhos administrativos”, diz.

A “Mãe dos Dragões” tem, no entanto, uma característica que faz toda a diferença no sucesso com líder: a empatia. Com essa virtude, ela conquista a confiança dos seus comandados.

“Daenerys adota uma postura em que ela convence o soldado a lutar por ela, por este ser o melhor caminho. Ao contrário de outros que obrigam seus soldados e seguidores”, diz o professor da Saint Paul nas áreas de liderança e estratégia.

O especialista vê semelhanças com o dia a dia atual das empresas. ”O que vale mais? Um profissional motivado e com valores e objetivos alinhados ao da empresa? Ou um profissional desmotivado, desalinhado à missão e valores da empresa?”

6. Não se lidera a ferro e fogo por muito tempo

“Cersei Lannister é tão segura de si, que ignora muitas vezes a opinião de pessoas mais experientes e preparadas. Ela não se importa com os demais e nem com o que será feito para alcançar seu objetivo”, diz Cunha.

Seu estilo de liderança “ferro e fogo” é falho embora possa até dar resultados em curto prazo. “Essa forma de gerir é complicada, gera consequências a longo prazo e muitas vezes pode ser efetiva sim, mas também gerar crises, pois não olhará a 360º toda situação”, diz o professor.

 

Fonte: Exame.com - 15/04/2019

Brasileiros jovens entram no mercado de trabalho e se ressentem de um déficit de habilidades fundamentais para a vida profissional. Uma pesquisa recente da empresa de educação online Udemy colheu respostas de mais de mil profissionais com idades entre 21 e 35 anos.

Para quase dois terços deles, o que mais faz falta não são conhecimentos técnicos, e sim capacidades que deveriam ser treinadas na escola e na universidade, relacionadas a inteligência emocional, comunicação, gestão do tempo e pensamento crítico — todas fundamentais para a produtividade e para os ambientes de trabalho mais competitivos de hoje.

Além das deficiências óbvias em transmissão de conhecimento, o sistema educacional brasileiro falha também no desenvolvimento dessas habilidades, diz Sergio Agudo, diretor da Udemy no Brasil. O executivo lembra que esse tipo de ponto fraco é hoje considerado problema grave num profissional e pode prejudicar carreiras seriamente.

Um quarto dos jovens também se ressentiu de falta de habilidades de liderança, o que é facilmente compreensível em profissionais na primeira metade da carreira. Cerca de 95% dos respondentes consideram que existe uma lacuna de habilidades profissionais no país.

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Fonte: InfoMoney - 12/04/2019

“Quantos de vocês são fundadores de empresas?”. Várias mãos são erguidas na plateia. “Tenho péssimas notícias. Vocês não vão gostar muito de mim, porque em geral criadores sempre acham que têm razão. É parte da natureza deles”. Esta foi uma das primeiras perguntas de Dan Rosensweig, CEO da Chegg Study, empresa de livros online e tutoriais, em seu discurso no dia (08/04), no Brazil at Silicon Valley, evento organizado por estudantes brasileiros de Stanford.

Cultura, comunicação, confiança e colaboração: essas quatro palavras foram repetidas várias vezes e são consideradas chave para o sucesso de um negócio, segundo o executivo. Assim como outros palestrantes da conferência, Rosenweig defende que ter um time que acredita na missão da companhia e conta com espaço para testar novas ideias é essencial para inovar.

Antes de liderar a Chegg Study, Rosenweig foi CEO do Guitar Hero, do Yahoo! e da CNET. Em uma longa carreira trabalhando com grandes empresas do ramo de tecnologia e inovação no Vale do Silício, o empresário revela que o seu maior aprendizado foi ter paciência e entender que todo mundo tem momentos de dúvidas. “Toda empresa já chegou muito perto de ser vendida. Se você começou seu negócio por dinheiro, venda-o o mais rápido possível e não se arrisque. Porém, se fundou a empresa para resolver um problema, continue buscando uma solução independentemente de quanto tempo leve.”

Montando a equipe certa

Manter uma equipe motivada e encontrar profissionais que acreditem na missão da empresa não é uma tarefa fácil. É essencial ter um líder que, nas palavras de Rosensweig, esteja “com os dois pés” no projeto e disposto a trabalhar muito. O executivo também acredita que o empreendedor não é necessariamente aquele que tem boas ideias, mas sim quem consegue entender os riscos e superar a dúvida, levando o negócio para frente.

Em um de seus projetos, Rosensweig conta que ligou para o seu time e falou: “estou dentro e me dedicarei a este projeto pelos próximos três anos. Quem não quiser se comprometer com o time pode ir embora, mas quem ficar deve estar presente pelos próximos três anos”. Uma equipe unida, com boa comunicação interna, na qual todos entendem bem o propósito e os motivos pelos quais estão trabalhando, é essencial para o sucesso de uma empresa, segundo o CEO.

Para o executivo, existem dois momentos críticos em que a empresa precisa de um bom líder: quando é necessário ter um CEO que gere confiança, fazendo com que os funcionários acreditem na missão e criem uma cultura de colaboração, e quando ocorre o oposto disso. Todos os profissionais acreditam tanto na missão e têm expectativas tão altas que param de fazer novos experimentos e deixam de lado o trabalho pesado. “Um líder anda para frente, não vai para trás nem para os lados. Não tem como ser um líder sem estar com os dois pés no projeto e garantir que todos do time também estão”.

Na Chegg Study, a equipe de Rosensweig tenta solucionar o problema da “falta de educação tecnológica”, por meio de tutoriais de ferramentas como Adobe e Excel, muito importantes para jovens que estão entrando no mercado de trabalho, mas nem sempre ensinadas na faculdade. O executivo vê na tecnologia e nas inovações um mundo de oportunidade para aqueles que sabem usá-las “A verdade é que não existe nenhum trabalho que não possa, em algum momento, ser substituído por tecnologia. Ao mesmo tempo, no mundo tecnológico, existem muitos problemas que podem ser solucionados com a criação de novos empregos. É só uma questão de treinar os profissionais a usar as tecnologias”

Quando o assunto é como aumentar a competitividade do Brasil na área de tecnologia, para Rosensweig, a resposta está na execução: “Se você tem uma boa ideia, faça ela dar certo. Com uma ou duas ideias de muito sucesso, o local se torna atrativo para que outros empreendedores sigam esse mesmo caminho.”

 

Fonte: Época Negócios - 10/04/2019

A segunda edição da “Brazil Conference at Harvard & MIT” aconteceu na última semana e reuniu uma série de líderes, influenciadores e empresários brasileiros. O evento contou com a presença de Mike Krieger, um dos fundadores do Instagram.

Mike nasceu em São Paulo, se formou em programação, filosofia, psicologia e design na Universidade Cambridge e fundou a rede social em 2010, com apenas 24 anos. Hoje, o Instagram faz parte do Facebook e possui mais de 1 bilhão de usuários.

No evento, ele foi entrevistado por Júlio Vasconcelos, co-fundador do e-commerce Peixe Urbano. Confira os principais conselhos de Mike para jovens que desejam empreender:

Considere trabalhar em uma startup antes de criar a sua

Após se formar na Universidade Cambridge, em 2008, Mike já possuía desejava montar sua própria empresa, mas não entendia muito de administração, recrutamento e plano de negócios.

Por isso, decidiu trabalhar em uma startup de tecnologia de médio porte, a Meebo, e utilizar o espaço para aprender sobre cultura e organização empresarial, antes de fundar seu próprio negócio. “Pra mim, essa experiência valeu muito. Observar antes de fazer é fundamental”. Segundo o empresário, o que ele mais apreendeu na Meebo foi sobre como saber contratar a melhor equipe e como aproveitar “momentos de transição”.

“Existem momentos em que sua empresa vai precisar fazer uma escolha: ou evoluir ou morrer. Por volta de 2009, o mundo estava em processo de transição do desktop para o celular”, relembra. Ao trabalhar antes em uma startup, ele pôde observar essa transição e saber como aplicá-la ao Instagram, anos depois.

Ao se formar na faculdade, Mike quase voltou ao Brasil ao lado de Júlio Vasconcelos, que também estudou em Stanford, para criarem juntos o Peixe Urbano.

É importante trabalhar ao lado de uma pessoa antes de tê-la como sócia

Escolher um bom sócio é uma das decisões mais difíceis a serem tomadas, comenta o jovem. Quando ele conheceu Kevin Systrom, em Nova York, passaram alguns meses trabalhando juntos em pequenos projetos antes de decidirem fundar uma empresa.

“A gente se encontrava todo dia, pensávamos em um aplicativo para programar e, então, fazíamos isso juntos. Muitas vezes, até deletávamos o código depois. A intenção era apenas ver como trabalhávamos e se isso funcionava, se dava certo.” Ele também conta que, nos primeiros anos, um dos processos de seleção do Instagram consistia em trazer o candidato para a sede e deixá-lo trabalhando por um dia com o resto da equipe, para ver como ele se relacionaria com as outras pessoas.

O tamanho da equipe não é o mais importante

Nos primeiros dois anos, o Instagram possuía 30 milhões de usuários e somente 13 funcionários, sendo que apenas 6 eram engenheiros.

Para Mike, o sucesso de uma empresa não depende do tamanho de sua equipe. Mesmo em 2018, quando já possuíam mais de 400 engenheiros, ele comenta que o melhor era sempre ter os principais trabalhando juntos, em uma só sala, para facilitar a comunicação.

“Para criar os Stories foram necessárias 12 pessoas. Para o IGTV foram 14 e para o Instagram Direct foram 8. É difícil me convencer de que um grupo total de 400 engenheiros é muito mais bem-sucedido que um de 200, por exemplo.”

Sempre procure algo que possa ser melhorado

Em 2015, o Instagram já estava “indo muito bem”, mas os sócios começaram observar uma tendência mundial para compartilhamento de fotos “mais divertidas”. Era comum que as pessoas postassem apenas uma foto na rede social e comentassem “confira o resto no Snapchat”, explica o empresário. “Percebemos que era preciso criar uma forma das pessoas compartilharem esses momentos mais efêmeros. Ficamos mais de um ano discutindo como isso seria e, em 2016, lançamos os Stories.”

Para ele, um dos segredos do sucesso é sempre questionar qual a razão de sua empresa e quais detalhes atuais podem ser melhorados.

Valorize as aulas de sua Universidade

“Quando eu olho pra trás, percebo que aprendi algumas coisas nos cursos de empreendedorismo. Mas as aulas de design, programação e ciência de computação me ensinaram muito mais. Esses espaços da Universidade são os mais importantes.”

Mike comenta que não adianta ter uma ideia e não saber programá-la – isso torna o seu negócio dependente. Para ele, é preciso valorizar o conhecimento técnico da faculdade, mesmo que o empreendedorismo se aprenda somente depois, no mercado de trabalho.

Conheça bem os riscos antes de cada operação

Uma das decisões mais difíceis que Mike teve de tomar durante a trajetória do Instagram foi vendê-lo ou não ao Facebook, em 2010. “O Insta não era exatamente uma empresa, ainda faltava setor de vendas, infraestrutura, RH… Na época, a proposta do Mark Zuckerberg foi muito boa, eles já sabiam muito sobre redes sociais e tinham uma equipe muito grande.”

No entanto, o empresário confessa que não possuía total ciência dos riscos envolvidos. Se o Facebook tivesse decidido fechar o Instagram um ano depois, ele se arrependeria muito, comenta. “O conselho que eu dou é de que você só venda sua empresa se realmente estiver pronto para concluir este capítulo da sua vida, ou se a proposta for tão boa que, mesmo se a empresa fechar na manhã seguinte, você ainda estará satisfeito. Se eu tivesse me dado este conselho na época, provavelmente não teria vendido.”

 

Fonte: InfoMoney - 10/04/2019