Gestão e Negócios
Apesar do momento de incertezas no mercado, as empresas brasileiras acreditam que, até 2020, conseguirão ampliar a receita líquida e o patrimônio. Pesquisa realizada pela consultoria Deloitte, em parceria com o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri), aponta que 92% acreditam no crescimento. Já 80% dos pesquisados planejam ampliar seus ativos permanentes.
O estudo, contudo, foi realizado entre os meses de abril e maio, antes da greve dos caminhoneiros e do aumento da volatilidade do mercado, que também cresceu por fatores externos, como o acirramento da guerra comercial entre China e Estados Unidos. “As empresas devem ficar mais cautelosas, mas não muda a tendência”, afirmou o diretor-presidente do Ibri, Guilherme Setubal Souza e Silva, em coletiva de imprensa.
O levantamento contou com a participação de 224 profissionais, sendo 167 da área de finanças, controladoria, contabilidade e novos negócios; 35 de relações com investidores, 19 da área de gestão de fundos e carteiras de investimento e de reorganização de empresas; além de quatro juízes.
Outro dado apontado pela pesquisa foi que, entre os anos de 2015 e 2017, 59% das empresas ampliaram o movimento de renegociação de dívida com seus clientes. Já 57% acreditam que essas negociações devem crescer ao longo dos próximos dois anos. O levantamento mostra que 97% das empresas consultadas não venderam sua carteira de clientes inadimplentes.
A negociação com fornecedores também entrou na linha de frente das companhias. No período estudado, 45% intensificaram a renegociação de contratos com fornecedores. Já a renegociação com as instituições financeiras foi um caminho escolhido por 27% das empresas, entre o período de 2015 e 2017. A projeção, segundo a Deloitte, é de que esse número se mantenha até 2020.
Ainda para o intervalo de 2018 a 2020, as empresas consultadas têm a expectativa de, por exemplo, reduzir o endividamento.
Nos últimos anos, as empresas aprimoraram a gestão de governança, para enfrentar o período de crise, melhoraram a gestão de riscos, realizaram uma revisão sobre o retorno de seus ativos e, por fim, desenvolveram a forma de comunicação com o mercado e suas partes interessadas.
Fonte: Diário do Comércio - 21/06/2018
Muitos líderes associam o local de trabalho a um espaço de seriedade constante e pouco espaço para descontração. Mas esse é um grande erro, pois o humor nem sempre deve ser considerado uma distração. Na verdade, ele é uma receita importante e necessária para negócios de sucesso e uma equipe satisfeita.
“Há algumas décadas, os funcionários eram considerados meros recursos produtivos, e não havia por parte das empresas preocupação com o seu bem estar, o que se esperava é que cumprissem as tarefas designadas. Hoje, no entanto, muitas organizações já perceberam a importância de investir em seu capital humano, e, em vez de reprimir o humor em toda e qualquer situação, estimulam seus empregados a mostrarem seu lado mais descontraído em algumas situações do dia a dia”, avalia Kim Archetti, especialista em comunicação verbal e CEO & Founder do Awakim Academy – startup de educação com foco em comunicação e protagonismo.
No entanto, na visão do especialista, o humor ainda é uma ferramenta subestimada no mundo corporativo. “O humor é muito útil para aumentar o engajamento dos funcionários e construir culturas resilientes, e muitos líderes precisam trabalhar nisso. Um ambiente que abre espaço para descontração em alguns momentos geralmente tem um quadro de colaboradores mais feliz, que se orgulha do grupo que integra”, diz.
O especialista aponta 5 boas razões para usar o humor na hora de liderar:
Facilita o aprendizado
Se o líder quer que a sua equipe não perca de vista algo importante ou ensinando uma tarefa nova, encontrar uma maneira engraçada de passar essas informações pode ajudar muito a equipe a processar melhor e memorizar o que está sendo ensinado, além de ajudar a prender a atenção. “O riso provoca reações imediatas que prendem a lembrança positiva ao cérebro. Além disso, é muito mais fácil ter o time concentrado em uma apresentação bem-humorada do que em uma longa explicação em uma reunião tradicional, que deixe todos entediados”, explica.
Alivia tensões e crises
No mundo corporativo, a maioria dos gestores enfrenta uma situação difícil pelo menos uma vez por semana. “Quando há tensão na sala, o humor ajuda o gestor e seus liderados a relaxarem, pensarem com mais clareza e até tomarem melhores decisões”, comenta Archetti.
Outra vantagem, de acordo com o especialista, é que o uso do humor ameniza o clima, deixa as pessoas mais à vontade e reduz o fator de intimidação que líderes poderosos podem representar perante funcionários, clientes, fornecedores e parceiros. “O humor mostra que o líder não se leva muito a sério e tem humildade e isso beneficia a todos”.
Incentiva o espírito de equipe
O ambiente de trabalho, por si só, tem um clima sério. Por isso, o líder não deve ser visto como “chato e mandão”, sob o risco de ter uma equipe desmotivada e pouco produtiva. “Ninguém gosta de trabalhar em um lugar hostil, com ambiente severo e hostil, por isso essa atitude causa problemas. Além disso, quando uma equipe se diverte junta, aumenta seu senso de comunidade e cria uma cultura corporativa coesa”.
Promove o diálogo
Todo líder precisará, muitas vezes, dar feedbacks negativos e transmitir notícias ruins para a equipe. “Isso não precisa ser feito de uma forma totalmente negativa, o gestor está lidando, acima de tudo, com pessoas, que possuem suas limitações e inseguranças”, avalia Archetti.
Nessas horas, o humor é um excelente “aliado” para iniciar a conversa e “quebrar o gelo”. “Dessa forma, a pessoa estará menos defensiva para receber a notícia negativa.. Pense em como fazer o colaborador se sentir mais descontraído para que, apesar da conversa difícil, ele não se sinta desestimulado e pense em desistir”, ensina. “Nunca deixe sua equipe sentir-se oprimida. Se alguém sorrir para você, sorria de volta, e caso alguém esteja sério demais e nunca sorria, use o humor para fazê-lo sorrir”.
Fonte: Portal Newtrade - 20/06/2018
Por Carlos Arruda, coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral
O Relatório de Competitividade Digital, divulgado hoje pelo IMD (escola de negócios Suíça) e que no Brasil é realizado em parceria com o Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral, coloca o país na 57ª posição entre os 63 países analisados no relatório de Competitividade Digital. O país caiu duas posições em relação ao ano passado e o estudo expõe necessidades prementes de um Brasil que precisa elevar seu padrão educacional e, ao mesmo tempo, tornar-se uma nação digital competitiva, ativa na 4ª Revolução Industrial, que avance em realidades tecnológicas.
O ranking de competitividade digital reforça a importância de um maior envolvimento das empresas e da sociedade civil na transformação do Brasil em uma nação digital, na qual o desenvolvimento humano e tecnológico faça parte da agenda de todos, não delegando exclusivamente para os governos a responsabilidade de construir as bases para o Brasil do nosso futuro. O contexto clama por um pacto nacional para construir um Brasil digital, relevante no seu sistema educacional e com este protagonista desta transformação.
Uma breve análise dos resultados descortina inúmeros aspectos em relação aos países líderes. Os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar, seguidos por Singapura e Suécia. O relatório destaca dez países europeus (Suécia, Dinamarca, Suíça, Finlândia, Holanda, Reino Unido, Áustria, Alemanha e Irlanda) entre os 20 países com melhores condições para produzir e aproveitar as tecnologias digitais e alavancar sua competitividade. Estados Unidos, Canadá, Singapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan, além de Israel, Emirados Árabes, Austrália e Nova Zelândia completam o bloco de países líderes digitais. Entre os grandes países emergentes, os chamados BRICs, o melhor colocado é a China, que aparece apenas na 30ª posição, seguido da Rússia (40ª), Índia (48ª), África do Sul (49ª) e Brasil na (57ª). Entre os países latino americanos, o único destaque é o Chile, que fica no 37º lugar.
Metodologia e pilares
O estudo Competitividade Digital analisa cinquenta variáveis que são agrupadas em três pilares: conhecimento, tecnologia e prontidão futura. Combinando dados estatísticos e a opinião de representantes da comunidade empresarial, são avaliados fatores diversos, tais como a qualidade da educação, a capacidade de geração de conhecimento científico e tecnológico, a infraestrutura de telecomunicações, o ambiente regulatório e financeiro, os instrumentos de incentivo à pesquisa, desenvolvimento e a inovação, assim como as práticas de cooperação entre empresas, academia e governos.
No pilar conhecimento, o Brasil fica na penúltima posição, demonstrando não apenas um baixo nível de inserção tecnológica na educação, mas revelando graves deficiências na qualidade da educação básica e superior. Apesar de ser o 10º país com maiores investimentos públicos em educação (6,2% do PIB em 2016), o país fica apenas no 57º lugar no indicador de percentual de graduandos, com apenas 16,6% da população de 25 a 34 anos com diplomas de nível superior. Entre os alunos cursando o terceiro grau, apenas 15,3% estudam em cursos relacionados às ciências, tecnologias, engenharias e matemática, os chamados STEM. Um percentual muito aquém das necessidades científicas e tecnológicas do país, principalmente quando comparamos com países como Singapura (47%) e Índia (31,7%), e até mesmo com outros países latino americanos como o México, com 27,9%.
No pilar tecnologia, que agrupa variáveis associadas ao ambiente regulatório, a disponibilidade de capital para financiar o desenvolvimento tecnológico e a infraestrutura de telecomunicações, o Brasil tem se mantido na 55ª posição. Marcado pela burocracia e pela complexidade do sistema tributário, ficamos na 59ª posição no conjunto de indicadores que avaliam o ambiente regulatório. Com um sistema financeiro e bancário orientados para financiar o curto prazo, ficamos na 52ª posição na avaliação dos entrevistados sobre a disponibilidade de capital de risco e na 51ª posição na avaliação dos instrumentos disponíveis no setor bancário para financiar os esforços de pesquisa, desenvolvimento e inovação. E, apesar de aparecermos na 39ª posição na avaliação da qualidade dos investimentos em telecomunicações, ficamos apenas na 53ª no indicador de velocidade de banda larga de 6,8 Mbps. O benchmarking neste indicador é a Coreia do Sul, com 28,6Mbps.
Tais fragilidades expostas demonstram que os desafios vividos pelo Brasil apresentam não só as deficiências humanas, institucionais, políticas e econômicas do presente, mas a necessidade de um país que precisa cuidar de sua educação e avançar em realidades tecnológicas trazidas pela digitalização. No terceiro pilar analisado, o relatório procura avaliar a capacidade dos países de explorar as vantagens da transformação digital, seja na geração de novos negócios, seja na melhoria da gestão dos negócios e da administração pública. Ficando na 47ª posição neste pilar, após perder três posições em relação a 2017, o Brasil se destaca positivamente no subfator “atitudes adaptativas”, que avalia o comportamento da sociedade em relação ao uso das tecnologias digitais disponíveis, mas ficamos aquém do nosso potencial no conjunto de variáveis que avaliam o uso e aproveitamento das tecnologias digitais, tanto pelo setor público quanto pelo setor privado. Alguns dos indicadores críticos neste bloco são o baixo nível de segurança digital (54° no estudo) e a cooperação público-privado (59 entre os 63 países pesquisados).
É urgente que o Brasil promova a atualização do seu modelo educacional, incluindo não apenas programas e disciplinas sobre as novas tecnologias digitais, mas também novas competências requeridas para o profissional do futuro. É fundamental que o setor privado, em cooperação com o setor público, assuma seu papel na liderança do esforço e do compromisso de inovar em todos os aspectos. Não faltam no Brasil bons exemplos de empresas inovadoras. O que falta é que estes exemplos se tornem parte de um modelo empresarial dominante e parte de uma cultura de transformação tecnológica e comportamental da nossa sociedade.
Fonte: Época Negócios - 20/06/2018
Seja à frente de um time de futebol ou de uma empresa, um bom líder é responsável por orientar, estimular e representar sua equipe. Cada gestor tem seu estilo, mas todos têm de lidar com pressão, cobrança por desempenho e dificuldade para formar equipe. Segundo Lucas Oggiam, gerente sênior da Page Personnel, consultoria de recrutamento, os técnicos da Copa do Mundo têm desafios parecidos com líderes de sucesso do mercado corporativo. “Se pensarmos em concorrência, cobrança por inovação, pressão por resultados, necessidade de guiar e atrair talentos, os técnicos de futebol são gestores do esporte”, afirma Oggiam.
Confira abaixo as habilidades de cinco técnicos da Copa 2018 que estão em falta nas empresas, segundo a consultoria:
Tite – Seleção Brasileira
O técnico do Brasil, Adenor Leonardo Bachi, ganhou notabilidade internacional ao reverter o difícil quadro de classificação da seleção brasileira, que poderia até ficar de fora da Copa neste ano. Seu sucesso é atrelado à forte metodologia de trabalho coletivo e ao diálogo mais pessoal com os atletas, imprensa e torcedores. O estilo de liderança de Tite é pacificador, de forma a atrair o máximo de rendimento de seus profissionais. É organizado e eficiente em estratégia e estruturação de projetos.
Joachim Löw – Seleção da Alemanha
Esteve à frente da transformação de uma das seleções mais conservadoras do mundo. Löw foi o responsável direto pela renovação de talentos, estilo de jogo, características de treinamento, perfil de atletas e comissão técnica da esquadra germânica em uma gestão que já soma mais de 12 anos. Löw é discreto, cauteloso e tem um estilo de gestão que prioriza a educação e a orientação dos jogadores.
Gareth Southgate – Seleção da Inglaterra
Foi promovido de treinador das categorias de base à liderança da seleção principal inglesa quando o time voltou a ser um dos mais fortes do futebol mundial. O ex-jogador está promovendo uma sensível mudança no estilo de jogo dos ingleses, incluindo juventude, velocidade, arrojo e leveza na busca por resultados. Gareth é bem-humorado, humilde e atento a valores e talentos de times menores. Também é conectado às redes sociais e comunicativo.
Jorge Sampaoli – Seleção da Argentina
Inquieto, criativo e complexo. O argentino é reconhecido por inovações táticas e obsessão pelo controle do adversário. Sampaoli é rigoroso e de personalidade forte. Ele exige o máximo do time, toma decisões inusitadas e não pensa duas vezes diante dos riscos. Bastante criativo, ele é conhecido por tirar os jogadores da zona de conforto.
Heimir Hallgrímsson – Seleção da Islândia
Dentista por formação, Hallgrimsson é um líder nato, bem-humorado, avesso a modismos, formalidade e rigidez. É desapegado de forma saudável à fama e à valorização de mercado. Sua gestão é símbolo de trabalho primoroso e exaustivo, sem ignorar valores da cultura local e costumes pessoais e comunitários. Preza pelo trabalho árduo em que todos são exigidos ao máximo, porém não são repreendidos perante os colegas. Cooperação é a palavra-chave de sua gestão.
Fonte: Época Negócios - 19/06/2018
Assim como o Governo Federal que tenta diminuir algumas de suas despesas através da redução de itens supérfluos, como artigos de papelaria, por exemplo, as empresas brasileiras que estão no vermelho voltam suas atenções olhando para “dentro de casa”, em busca de soluções para reduzir custos e rentabilizar seu negócio.
“Aqueles gastos que parecem pequenos podem comprometer os recursos da empresa e significar a diferença entre sobreviver ou fechar o seu negócio”, destaca Samuel Lopes, sócio da Tiex, empresa de consultoria e gestão financeira corporativa.
Conforme Lopes, além de reduções de custos, controle pode gerar receita extra, que deve ser reinvestida no negócio, como novos produtos, serviços, bonificações e incentivos para colaboradores, no crescimento da empresa em geral, e até no lucro dos acionistas.
O especialista elenca cinco iniciativas que as empresas precisam ter para conseguirem se recuperar e crescer.
Plano efetivo
Antes de fazer qualquer corte, é necessário elaborar um planejamento financeiro/estratégico que tenha uma análise do passado e do presente, assim como uma projeção do futuro. “É importante lembrar que esta projeção tem que ser muito bem desenhada, considerando, por exemplo, as dificuldades atuais do mercado”, diz o sócio da Tiex.
Acompanhamento mensal
A viabilização de um acompanhamento mensal é imprescindível para que a empresa consiga obter resultados mais eficazes. Só assim os gestores poderão ter percepção de suas necessidades para a tomada das melhores decisões possíveis. “Qualquer desvio deve ser apontado e discutido. O redesenho dos processos internos e otimizações tecnológicas pode ser muito efetivo”, destaca.
Cortes menos impactantes
Deve-se saber onde é possível cortar sem interferir nos negócios. Vender ativos que fogem ao “core business” é desnecessário. “Ás vezes, as empresas entram em um mercado que possuem pouco conhecimento e acabam gastando recursos onde não tem experiência. Já uma renegociação de contratos com fornecedores, seguradoras e bancos é primordial”, afirma Samuel.
Planejamento Tributário
O planejamento fiscal é uma forma de minimizar os custos fiscais. Sucintamente, o planejamento fiscal terá de respeitar a lei de forma integral, procurando negócios jurídicos com menor ou nula tributação. Com isso, é possível se ter um maior controle dos gastos administrativos.
Aprender
Épocas de crise são ocasiões para aprender, pensar muito e ter resiliência. “Se, com a crise, conseguimos renegociar contratos, minimizar custos administrativos, redesenhar processos para que se tornem mais efetivos, pagar menos impostos com um planejamento adequado, por que não fazíamos antes?”, questiona.
Fonte: Portal Newtrade - 18/06/2018
Por Alexandre van Beeck, sócio-diretor da GS&Consult
Se o consumidor pudesse discutir seu relacionamento com o varejo e seus canais tradicionais, o diálogo no Dia dos Namorados seria algo assim:
”Acabou. Não tem mais volta.”
“Mas eu tenho tudo o que você precisa, pelo melhor preço!”
“Você e todos os outros! Já me senti traída por essas suas falsas verdades e estou aberta a novas relações que satisfaçam meus desejos”
“Mas temos anos de relacionamento! Sei que você tem de 30 a 35 anos, classe AB, mora nos Jardins, não larga o celular, se interessa por filmes, músicas e sim, adora descontos!”
“Nós não temos mais diálogo. Ou você acha que colocar um vendedor perguntando se “eu preciso de alguma coisa” é o suficiente?”
“Não entendo. Eu te mandei três e-mails só essa semana! O que você fez com eles?”
“Você mandou as mesmas mensagens para minha mãe e meu sobrinho! Vou deixar claro para você: Eu mudei e você não.”
Definitivamente, a relação de fidelidade que os consumidores tinham com um canal de vendas ou com um formato específico, acabou. Temos hoje um perfil de consumo cada vez menos fiel e mais seduzido pelo contato direto, sem intermediários, a qualquer momento e lugar com as marcas.
As grandes mudanças de consumo estão incentivando mais marcas a construir canais de venda direta para o consumidor.
Esse caminho é complexo e requer o desenvolvimento de estratégias e conjuntos de habilidades que a maioria das marcas ainda não desenvolveram.
O modelo direto tem como benefício o aumento do conhecimento de marca e reforça seu engajamento com o omniconsumidor, ao mesmo tempo em que estimula o crescimento das vendas e dos lucros. Essa tendência evidencia um compromisso e, em muitos casos, a necessidade de estabelecer relações diretas e mais profundas com o consumidor final.
Para desenvolver essa conversa direta com seus consumidores, as marcas devem responder importantes perguntas-chave em torno de sua estratégia de varejo antes de tomar a iniciativa. Cada uma dessas importantes decisões tem um enorme impacto no resultado do negócio. Para as marcas construírem o caminho direto até o consumidor, é crítico a estruturação de 6 etapas:
1 – Estratégia antes da estrutura
A estratégia escolhida deve orientar as decisões sobre cultura, organização e capital humano, e não o contrário. O varejo deve ser uma decisão estratégica fundamental para toda a organização.
2 – Cultura antes da competência
Certifique-se de que a experiência de varejo esteja disseminada em sua organização por meio de novas pessoas, estruturas, ferramentas e interfaces. Sem uma cultura para apoiar o crescimento do varejo, ele pode facilmente ser atropelado dentro da rotina de uma organização.
3 – Use os KPIs relevantes e deixe que o pessoal de varejo faça o trabalho deles
Os KPIs devem incluir diferentes métricas de varejo e de marca, de modo que o canal direto esteja cumprindo seus objetivos.
4 – Pense na integração de canais (omnichannel) desde o início
A resposta provável à estratégia de varejo de qualquer marca futura exigirá soluções que envolvam canais diversificados. Não há uma resposta única para todas as demandas.
5 – Tenha o sortimento certo e amplo
Muitas marcas são bem sucedidas atuando como um nicho dentro de um espaço de varejo maior (em multimarcas, por exemplo), porém podem não ter um alcance robusto para ter sucesso em um canal direto.
6 – Seja centrado no consumidor
Acima de tudo, lembre-se que o objetivo de um negócio de varejo, físico ou digital, é satisfazer uma necessidade do consumidor. A estratégia de varejo da marca deve levar em conta a mudança pela qual passa o consumidor, mais conectado, mais diversificado, mais exigente e mais independente do canal do que nunca, exigindo respostas ágeis das marcas que se relaciona.
O diálogo inicial entre consumidor e varejo foi inspirado na campanha “Bring the love back” de 2007 da Microsoft, que contava de maneira divertida, o fim do relacionamento do consumidor com os grandes anunciantes. Mais de uma década se passou e o consumidor continua a evoluir suas relações de consumo, estimulando as marcas, indústria e varejo a modernizarem suas estratégias comerciais.
Fonte: Mercado & Consumo - 15/06/2018
Destacar-se em um processo seletivo não é tarefa fácil, principalmente quando há centenas de pessoas concorrendo a uma mesma vaga. Para impressionar um recrutador, é preciso se preparar e segurar a ansiedade. Para ganhar mais confiança, confira abaixo 10 qualidades que os recrutadores valorizam nos candidatos:
1- Habilidade para se adaptar a mudanças de ambientes e de equipes. “Profissionais flexíveis constroem pontes de relacionamento onde quer que estejam”, afirma Ricardo Basaglia, diretor-executivo da Michael Page.
2- Criar uma imagem perfeita pode ser um verdadeiro tiro no pé. Não existe profissional ideal e as empresas sabem disso. Por isso, seja autêntico e admita suas falhas, quando necessário.
3- Ser comunicativo é diferencial, embora seja crucial ouvir os demais candidatos e o recrutador. “É importante saber como e quando se colocar na entrevista para não demonstrar prepotência”, adverte Raphael Falcão, diretor da Hays Response.
4- Proatividade e companheirismo são a base para a empresa atender uma alta de demanda de tarefas e superar períodos de crise. “O profissional que não sabe delegar funções prejudica a própria equipe”, destaca Basaglia.
5- “Alguns recrutadores avaliam se o profissional cumprimenta a recepcionista, respeita a faxineira e é simpático com os demais candidatos”, aconselha Vanessa Cepellos, professora de organizações e pessoas da FGV (Fundação Getulio Vargas).
6- Na entrevista, o profissional deve mostrar seus conhecimentos e focar na oratória e na postura. “O CV é apenas um panfleto para o recrutador chamar o candidato para uma entrevista. Jamais deve ser utilizado como catálogo”, alerta o diretor da Michael Page.
7- Revise currículo e LinkedIn e confira se ambos estão atualizados. O CV deve ter até duas páginas, enquanto a rede social tem espaço para mais informações e até exemplos de trabalhos e indicações de colegas.
8- Caso a pretensão salarial seja solicitada, pesquise o valor médio de sua área e do cargo pleiteado para não exagerar ou menosprezar a remuneração. “Mesmo que esteja em dúvida, a pergunta não pode ficar sem resposta”, diz Vanessa.
9- Conheça a empresa antes de ir à entrevista. Pesquise o perfil nas redes sociais e, se possível, converse com alguém que já trabalhou no local. “Assim, poderá escolher a roupa mais adequada e saberá o nível de formalidade da entrevista”, reforça Falcão.
10- O nervosismo faz parte de qualquer processo seletivo. Ainda assim, procure ser objetivo, prestar atenção nas perguntas e responder olhando para o recrutador. Perguntar o prazo para retorno demonstra organização e interesse.
Fonte: Época Negócios - 18/06/2018