O consumo moderado de álcool só é benéfico para pessoas mais velhas - depois dos 35 anos, no caso dos homens, e 45 anos, para as mulheres - indica um estudo britânico divulgado em julho deste ano.
Segundo os pesquisadores, para os mais jovens o álcool representa um fator de risco, mesmo se consumido em pequenas quantidades. Ao analisar comportamentos de homens entre 16 e 34 anos e mulheres de 16 a 54 anos, os autores do estudo concluíram que quanto mais eles bebem, mais sofrem riscos à saúde.
O estudo, realizado pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, desafia a noção de que o consumo moderado de álcool não faz mal algum à saúde. Pesquisas anteriores indicam que uma taça de vinho por dia ajuda a prevenir problemas cardíacos.
Doses diárias recomendadas para homens
35 a 44 anos: 2 unidades
45 a 54 anos: 3 unidades
55 a 84 anos: 4 unidades
85 em diante: 5 unidades
Uma unidade de álcool corresponde a uma taça de vinho ou a 240 mililitros de cerveja.
No entanto, o estudo sugere que os benefícios - assim como as doses diárias de álcool recomendadas - aumentam com a idade.
Dessa forma, o consumo de 2 unidades de álcool é saudável para homens de 16 a 34 anos. A dose é metade da recomendada para homens que tenham acima de 85 anos.
As mulheres só passam a ter benefícios mais velhas e, ainda assim, devem consumir quantidades inferiores às recomendadas aos homens. Os pesquisadores sustentam que o ideal é que jovens não consumam nada de álcool.
Doses diárias recomendadas para mulheres
16 a 44 anos: 1 unidade
45 a 74 anos: 2 unidades
75 em diante: 3 unidades
No momento, a maior parte da comunidade médica aconselha homens jovens a não passar de 21 unidades de álcool por semana e mulheres de 14 unidades. "Como a maior parte das mortes de jovens atribuídas ao álcool são relacionadas a acidentes, o foco deveria ser evitar o consumo de álcool em vez de reduzi-lo", afirmam os autores do estudo, ao apresentá-lo no Jornal Britânico de Medicina.
O consumo de álcool é associado com várias doenças - entre elas o câncer e problemas no fígado e acidentes - e com o aumento do risco de acidentes.
Fonte: BBC Brasil