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Gestão e Negócios

cervesia gestao negocios

simples nacional 11 07

O plenário do Senado Federal aprovou nesta terça-feira 10, o projeto de lei que vai “resgatar” as empresas que foram excluídas do Simples Nacional no início do ano. As companhias que perderam o direito ao regime tributário mais benevolente porque têm suas obrigações bloqueadas, inclusive de pagamento de tributos, mas também podem ter uma nova chance de participar do Congresso Nacional. Como se espalhou, o serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, no fim de junho, o Comitê Gestor do Simples Nacional emitiu parecer contrário à medida.

As empresas poderiam ter solicitado reinclusão no regime no início de 2018, no prazo regulamentar, mas a principal suspeita é que essas empresas foram lenientes e ficaram à espera da derrubada do veto do Refis do Simples, o que ocorreu em abril deste ano. Com isso, elas puderam regularizar suas pendências com descontos e agora tentam retornar ao regime para pagar menos tributos.A proposta teve amplo apoio dos senadores – foi aprovada por unanimidade pelos 59 que votaram no plenário.

Agora, o texto vai à sanção presidencial. Ao todo, 470,9 mil empresas foram excluídas do Simples Nacional no início deste ano. Dessas, 241,7 mil solicitaram a reinclusão, enquanto as demais 229,2 mil sequer pediram a nova opção pelo regime. Para o Comitê Gestor, essa constatação “revela, no mínimo, desinteresse pela permanência no regime”. Das que pediram, 83 mil tiveram o pedido indeferido, por motivos que podem ir além dos débitos tributários. Ou seja, o projeto teria potencial para alcançar 312,2 mil empresas.O relator da proposta, senador José Pimentel (PT-CE), disse que 215 mil empresas excluídas aderiram ao Refis e defendeu que elas possam retornar ao regime do Simples. O secretário-executivo do Comitê Gestor do Simples, Silas Santiago, se manifestou de forma contrária ao projeto.

O documento, revelado pela reportagem no fim de junho, o comitê dizia que “eventual reabertura do prazo em meados de 2018 seria frontalmente contrária às ações de educação fiscal, criando expectativas de que futuramente haveria novas reaberturas e prorrogações de prazo, o que desestimularia o cumprimento espontâneo dos prazos”.

O Comitê Gestor é presidido pelo secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.O documento argumenta ainda que o Refis do Simples foi vetado antes do fim do prazo para nova opção pelo regime tributário em 2018, o que daria tempo às empresas regularizarem sua situação (inclusive por meio dos parcelamentos tradicionais, em até cinco anos e sem abatimentos) para então pedirem a nova opção. Esse é considerado um indício de que as companhias agiram deliberadamente à espera da renegociação com descontos, com a segurança de que depois conseguiriam voltar ao regime.

O parecer diz que a criação desse privilégio só desvaloriza a ação de quem recorreu a tempo aos meios legais para regularizar sua situação.

A exclusão das empresas do Simples não seria impeditivo para que elas se integrassem ao regime tributário. Mas a adesão não é o direito de fazer uma opção pelo regime ainda este ano. No entanto, o mesmo acontece quando o governo não tem autoridade para fazer face ao regime fiscal, já que as empresas são excluídas do regime de lucro real ou lucro presumido, pagando mais tributos. Pelo projeto, elas voltariam ao simples meio de fazer exercício, com cadeias tributárias menores.

Fonte: DCI - 11/07/2018

robôs

A inteligência artificial vai melhorar o trabalho dos profissionais humanos ou vai criar uma horda de desempregados? Ainda vamos conviver com a dúvida por algum tempo.

A Accenture entrou na conversa com novos dados. Após ouvir 1,2 mil executivos e 14 mil trabalhadores em 11 países, a consultoria projeta que o uso da inteligência artificial pode gerar aumento de 10% no emprego até 2022 — se houver o necessário investimento em treinamento. Otimista? Sem dúvida.

Esse é o resultado global. Gianfranco Casati, executivo da Accenture para Growth Markets, adverte que, no Brasil, o investimento em treinamento da força de trabalho vem ficando atrás do realizado em outros países. Pelo lado bom, o executivo informa que, segundo a pesquisa, os trabalhadores brasileiros se mostram mais dispostos a aprender novas tecnologias e habilidades.

Uma barreira adicional atrapalhará a transição no mundo todo: empregadores subestimam a vontade de seus funcionários de aprender as habilidades necessárias para a transformação digital. E apenas 3% das organizações pretendem aumentar o investimento em treinamento nos próximos três anos.

Fonte: Época Negócios - 11/07/2018

colegas trabalho ruim

No dia a dia, não é tão difícil evitar tratar com pessoas que não gostamos. Mas no trabalho a convivência obrigatória nos faz ter que lidar com profissionais que, às vezes, não nos damos bem.
A consultora de carreira e especialista em ambiente de trabalho Lynn Taylor afirma que “a maioria dos colegas de trabalho não mostra abertamente seu desprezo por outra pessoa para não causar problemas ou comprometer suas próprias carreiras. Eles podem dificultar a vida do indivíduo, mas provavelmente tentarão permanecer fora do radar”, disse ao Business Insider.

No entanto, ela explica que sempre há sinais e se você puder identificá-los, será capaz de mudar as coisas antes que seja tarde demais. Para o bem da sua carreira, você deve se esforçar para ser sensível às necessidades de seus colegas de trabalho, permanecer otimista, amigável e comunicar-se abertamente. “Aqueles que fazem isso têm um futuro de carreira muito mais brilhante. Além disso, quando se tem relacionamentos de trabalho fortes e saudáveis, o profissional será mais eficiente e realizado em seu trabalho”, afirma Taylor.

Confira alguns sinais de que seus colegas podem não gostar de você:

  1. Eles evitam contato visual

Você precisa ficar alerta se seus colegas evitam olhar para você no dia a dia, ou olham como se fossem superiores. Geralmente, fazemos contato visual direto com pessoas que admiramos, gostamos ou achamos superiores a nós. “É uma espécie de jogo de poder com os olhos”, afirma Audrey Nelson, médica e consultora de produtividade no trabalho.

  1. Eles encaram você

Por outro lado, um olhar prolongado e intenso pode ser sinônimo de grosseria ou hostilidade para com a sua pessoa. O contato visual dura cerca de 3 segundos antes que a pessoa geralmente desvie o olhar e surja uma sentimento de desconforto, o que pode sinalizar antipatia, segundo o antropólogo David Givens.

  1. Eles não sorriem quando você está por perto

Não estamos falando de um dia ruim ocasional ou mal humor. Se seus colegas de trabalho fazem um esforço consciente para não sorrir quando você está na sala, algo está errado.

  1. Sua intuição diz que eles não gostam de você

Se você sente que seus colegas de trabalho não gostam de você, pode ser verdade. Se eles tratam você de maneira diferente dos outros e você não se sente bem ao redor deles, provavelmente você não é a pessoa mais querida do escritório. Confie no seu instinto e continue procurando por outros sinais se tiver um forte sentimento sobre isso.

  1. Eles demonstram sinais negativos não-verbais

Você deve ficar atento a sinais de movimentos do seu colega de trabalho. COMo por exemplo, olhares para cima enquanto fala com você, ou braços cruzados durante uma conversa, ou não deixam de fazer o que estão fazendo quando você diz algo para eles. As ações podem revelar mais coisas que as palavras. A linguagem corporal pode entregar quando um colega não gosta de você.

  1. Eles nunca te incluem nos assuntos do escritório

Entenda assuntos como algo de atualizações do ambiente de trabalho a fofocas. É um sinal ruim você não estar a par das novidades e das brincadeiras que rolam durante o expediente, porque isso significa que seus colegas não se sentem a vontade o suficiente para pensar em você como um membro da equipe.

  1. Eles duvidam de você constantemente

Questionamentos sobre algumas decisões podem surgir e fazem parte do trabalho. Mas quando isso se torna constante, é sinal de desconfiança. E a situação pode ficar mais grave, com uma colega duvidando publicamente para ver você fracassar.

  1. Eles incentivam você a sair do emprego

Esse sinal pode ser sutil e pode parecer uma ajuda, mas quando oferecem o emprego perfeito em outro lugar, ou ficam enviando ofertas de trabalho de outras empresas é sinal de que estão tentando se livrar de você.

  1. Eles levam crédito pelo seu trabalho

Não deixe que outras pessoas recebam os benefícios de um trabalho executado por você. Se isso acontece, você deve tomar algumas atitudes para evitar. Além disso, esse tipo de comportamento claramente demonstra que seus colegas estão prejudicando você de propósito.

  1. Eles excluem você de eventos sociais

Se você não é convidado para almoçar, ou para o happy hour depois do trabalho ou para reuniões sobre novos projetos, seus colegas provavelmente não querem passar mais tempo com você do que são obrigados.

Fonte: Info Money - 11/07/2018

open office

Escritórios abertos, sem paredes e salas individuais, na teoria deveriam melhorar a comunicação entre seus funcionários. Mas, um novo estudo, indica que isso fica apenas na teoria mesmo. Conduzida pela Harvard Business School, uma pesquisa chegou à conclusão de que os “open offices” (escritórios abertos) chegam a diminuir a interação dos colaboradores em 72%. Esse tipo de espaço ainda seria responsável por causar uma perda geral na produtividade.

Nos Estados Unidos, por exemplo, 70% dos escritórios de empresas usam esse modelo sem salas individuais, mesas privadas ou espaços fechados. Os funcionários sentam lado a lado, compartilhando mesas e, muitas vezes, trazendo seu próprio computador.

Para o estudo, os pesquisadores acompanharam a reforma de um escritório de uma empresa grande, que integra a lista da Fortune 500. Eles compararam durante um período de 15 dias a forma das pessoas trabalharem e interagirem antes e depois do escritório ganhar o formato de plano aberto. Antes da reforma, os funcionários interagiam por quase 5,8 horas pessoalmente. No cenário posterior, as mesmas pessoas mantinham conversas pessoais por cerca de 1,7 hora por pessoa.

Durante o período analisado, esses funcionários passaram a enviar muito mais mensagens para seus colegas (56%). Foi assim que buscaram, segundo os pesquisadores, a privacidade que os espaços privados anteriores proporcionavam. Mensagens instantâneas dispararam, tanto no número total como na contagem total de palavras – 67% e 75%, respectivamente.

Um dos autores do estudo, Ethan S. Bernstein, disse ao Quartz que o novo estudo reforça o argumento de que interações sociais intermitentes, em vez de constantes, otimizam nossa capacidade de resolver problemas complexos. Limites espaciais, diz, ajudam as pessoas a “entender seu ambiente, esclarecendo quem está assistindo e quem não está, quem tem informação e quem não tem, quem pertence e quem não pertence àquela situação, quem controla o quê e quem não, a quem se reportar e a quem não se reportar”.

Outros estudos, inclusive um divulgado neste ano por pesquisadores escandinavos, já haviam mostrado que os “open offices”, além de não gerar maior interação, também diminuem a satisfação geral dos funcionários. Mas, se há tantas evidências de que o formato não funciona, por que as empresas insistem em implementá-lo?

Simplesmente porque é mais barato. Escritórios de plano abertos custam menos que os tradicionais – afinal, é formado apenas por grandes mesões e algumas cadeiras. Também são formatos mais flexíveis, condizentes com uma empresa que está em estágio de crescimento e não sabe se amanhã terá 5 ou 50 funcionários. No final, a conta aqui parece ser outra.

Fonte: Época Negócios - 10/07/2018

smartfit

Por Edgar Corona, fundador de SmartFit e Bio Ritmo

A cada ano, contratamos mais de 2.000 pessoas. E o nosso segredo para manter a excelência no nível de atendimento ao cliente pode ser resumido em duas palavras: propósito e missão.

Recentemente, dei uma mentoria coletiva para a turma de empreendedores do Algar Ventures Open, um programa de aceleração da Algar Ventures em parceria com a Endeavor. Foi uma conversa bastante enriquecedora, na qual pude compartilhar algumas lições que aprendi ao longo desses anos à frente da rede de academias SmartFit e da Bio Ritmo. E um dos aprendizados mais significativos — que suscitou dúvidas não só na mentoria, mas em vários outros eventos de que participo — diz respeito à preparação de uma equipe que cresce num ritmo vertiginoso.

Como orientar novos colaboradores, que chegam em grande número, para manter o nível de qualidade do atendimento?

Acredite, este é um desafio que na Smart Fit conhecemos muito bem. Temos 263 unidades só aqui no Brasil, e 100 em sete países diferentes. Contratamos cerca de 2.200 pessoas por ano e, para reuni-las em torno dos mesmos objetivos, da mesma cultura, precisamos de algo extremamente simples, poderoso, que alinhe toda a equipe no mesmo caminho. É sobre isso que quero falar agora.

Engajamento rumo ao propósito e à visão

Tudo, como você deve saber, começa com um propósito. Mas um propósito verdadeiro, de realmente transformar a sociedade — se você pensar só em dinheiro, é bem provável que não chegue a lugar nenhum.

Por outro lado, se encontra um propósito sincero e legítimo, você terá uma visão clara. E são ambos, propósito e visão, que poderão engajar o time rumo aos objetivos da empresa, situando os colaboradores de seus papéis para que a missão seja cumprida.

Lá no começo, claro, nós tínhamos Missão, Visão e Valores, mas nem eu me lembrava direito de quais eram. E isso era indicativo: se eu não me lembrava, como os funcionários se lembrariam? Pior, como se engajariam?

É aqui que entra aquela simplicidade de que falei — quanto mais simples o propósito, mais poderoso, mais fácil de gerar envolvimento. Naquele momento, precisávamos achar aquilo que realmente queríamos fazer, de modo que os colaboradores quisessem fazer parte disso, dessa visão.

Chegamos, então, a uma formulação que resume o nosso trabalho: mudar a vida das pessoas democratizando o fitness de alto padrão. Isso é sincero e tem potencial para conectar, gerar compromisso. Mas não foi fácil elaborar esse propósito: demorou anos até encontrarmos a frase ideal.

Precisa fazer sentido

Este é outro ponto fundamental. A imensa maioria dos nossos colaboradores é jovem, da chamada geração millenium. Para essa turma, o trabalho precisa “fazer sentido”. É fundamental que gere o sentimento de “dono”. O pessoal precisa querer fazer parte.

No nosso caso, criamos formas de mostrar que os funcionários — tanto os que entram como os que já estão aqui — exercem papel fundamental naquele propósito que mencionei antes. Desde vídeos inspiradores, com depoimentos de pessoas que, em outros tempos, não poderiam acessar o fitness de alto padrão, até em processos de desenvolvimento de líderes, em que priorizamos o lado humano: tudo é feito de forma a transmitir essa cultura. Passá-la adiante é obrigação de todo mundo.

Valorização sem bônus “monetário”

Dentro desse processo, o reconhecimento dos profissionais é fator-chave de sucesso. Realizamos a medição do desempenho por meio de NPS (Net Promotion Score, metodologia criada para medir o grau de satisfação e a fidelidade dos consumidores de qualquer tipo de empresa) para cada unidade.

Isso significa que não tem dinheiro no meio: os profissionais são reconhecidos por fazerem o melhor atendimento ao cliente. A nosso ver, e na nossa estrutura, o critério monetário é mais complicado de ser utilizado como reconhecimento. Afinal, os valores podem mudar rapidamente, de um dia para o outro.

É evidente que a pessoa deve ter um bom salário. Mas o reconhecimento do cliente acentua aquela questão do “fazer parte”, do “fazer sentido”. E o cuidado com o ser humano também compõe esse processo: o líder da unidade precisa saber da vida do funcionário, de sua história. É aquela história de “walk the talk”: de nada adianta querer mudar a vida das pessoas se isso não vale para a própria estrutura da empresa. Temos que praticar o que pregamos.

Importância da diversidade

Um último ponto que quero abordar nesse processo de preparação da equipe é a diversidade. É indispensável atentar para isso, porque a homogeneidade pode trazer problemas. Vem daí a importância de haver esse approach humano, de buscar as histórias das pessoas. Entender de que forma uma pessoa pode contribuir para o negócio, para o propósito, é fundamental.

Os tímidos, por exemplo: muitas vezes, numa estrutura mais homogênea, acabam sendo solapados. O que pode ser um desperdício, porque eles podem agregar muito ao negócio. Por isso, deve-se estimular a conversa, a aproximação entre as pessoas, para que elas acabem se soltando. Às vezes, o colaborador não é tímido; ele está tímido porque não tem a oportunidade de ser ele mesmo. E, ao não estimular essa abertura, podemos perder um profissional de grande potencial.

Claro que esses aprendizados que compartilho com você surgiram na base da tentativa e erro. Nós erramos muito antes de começar a acertar, e ter essa consciência faz parte do processo. O que não faz parte é insistir no que não dá certo.

E este é um último aprendizado que gostaria de compartilhar: o líder deve perguntar muito mais do que falar. Deve entender que todo mundo precisa participar, e o fato de realmente ouvir o que a equipe tem a dizer é que realmente vai gerar engajamento.

Fonte: Portal Newtrade - 10/07/2018

nrf cervesia

Por Alexandre van Beeck, sócio-diretor da GS&Consult

Em um recente debate com executivos do varejo, quando discutíamos sobre a importância da integração de canais de varejo, fui provocado com a seguinte questão: esse negócio de Omnichannel dá resultado?

A resposta foi construída em etapas:

Tecnologia por tecnologia tende a fracassar

Muitos gestores querem encontrar a tecnologia que vai ser a ”solução dos seus problemas”. Isso não existe! A melhor tecnologia é aquela que suporta sua estratégia e trás um resultado tangível para negócio. Em função disso, a escolha de quais soluções aplicar em seu negócio é um dos grandes pilares a serem definidos. Cauda longa, RFID, digital signage, etiquetas de preço eletrônica, realidade virtual, realidade aumentada, self check out, pick up instore, espelhos inteligentes, mobile check out. A lista é longa. A tecnologia pode tanto suportar seu posicionamento de “líder em inovações“, como trazer resultados efetivos nas suas operações de loja.

Ter bem claro o papel que a inovação irá cumprir no seu negócio é essencial para equilibrar as expectativas sobre seus resultados.

Estruturar o negócio para suportar a inovação

Organizar sua estrutura para implementar novas soluções é uma etapa tão fundamental quanto óbvia para o sucesso de qualquer iniciativa de inovação. Ao mesmo tempo, é a etapa mais negligenciada nos casos de insucesso de uma estratégia de integração de canais. Omnichannel não é uma estratégia de uma só área ou departamento. Tem que ser um movimento coordenado de toda companhia. As soluções de integração podem impactar na logística, nas ações de marketing, na definição de preço, nas oportunidades de trade com a indústria, no serviço de atendimento ao cliente e até no perfil de seus vendedores. As áreas-chave da empresa devem estar alinhadas e comprometidas com o mesmo objetivo e metas. Esta é uma etapa fundamental, mas não é sexy e nem gera buzz.

Agilidade e resiliência

“Somos um transatlântico e não nos movimentamos com agilidade. Queremos nos transformar em um conjunto de pequenas lanchas rápidas e dinâmicas.” A frase me foi dita por um executivo de uma indústria que busca entrar no varejo já implementando iniciativas integradas. Essa importante metáfora é uma mudança de mindset essencial no momento que repensamos os processos envolvidos em uma operação integrada.

Da mesma forma, é necessário abrir espaço para aprendizagem com as novas experiências implementadas. Hoje em dia, principalmente no momento que o país está vivendo, não existe muita abertura ao erro e a busca por resultados rápidos e tangíveis pode ser uma barreira para inovações ainda não sedimentadas. Qual o nível de resiliência do seu negócio?

Experiência do Consumidor como objetivo central

Ter o melhor produto com preço adequado foi, durante anos, o foco do varejo. Na nova economia, o cliente tem acesso facilitado a qualquer produto e a comparação de preço foi agilizada pelo digital. Desta forma, a experiência de compra do consumidor, independente do canal, se tornou prioritário. Em estudo realizado pela Forrester Research em 2017, 68% dos varejistas pesquisados colocaram a melhoria da experiência de compra como prioridade máxima no negócio e, na sequência, o crescimento de receita.

Mesmo sendo um excelente provedor de produtos de alta qualidade, seu negócio deve capitalizar a experiência da loja oferecendo continuamente razões para os clientes retornarem. A etapa de mapeamento da jornada de compra para entender e reduzir os atritos críticos no seu processo de compra é fundamental.

Tecnologia cria novas oportunidades para a loja física

Com a aplicação de soluções tecnológicas nas lojas físicas, é possível desenvolver uma nova experiência de compra para os clientes, construir uma verdadeira ponte integrando seus diferentes canais e aumentando o nível de serviço das lojas.

A integração digital permite uma otimização dos estoques das lojas, melhora as margens evitando o mark down em operações deficitárias e aumenta a satisfação do cliente. Tanto o ”pick up instore”, que, em alguns casos já representa 35% das vendas da loja, como o “ship from store”, que agiliza a entrega das vendas digitais, tornando-a até 25% mais rápida do que a entrega via um centro de distribuição, e ainda reduz o custo da “última milha”, ajudam a desenvolver uma nova função para a loja física. Não por acaso, esta é uma das razões do GPA criar mini centros de distribuição dentro da área de hipermercados da bandeira Extra, o primeiro deles na loja do Morumbi em São Paulo.

Resultados da Estratégia Omnichannel

Zara

A Zara (Indetex) é uma das grandes corporações globais que está sabendo se ajustar aos novos hábitos de seus clientes, promovendo uma grande transformação na forma de gestão do seu negócio. Há alguns anos, a empresa de moda reviu o desempenho de suas lojas, promovendo, principalmente na Europa, o fechamento de lojas pequenas e deficitárias e valorizando a abertura de flagships. A nova estratégia da Inditex deixa muito espaço para a plataforma online se expandir sem canibalizar as lojas físicas. Ao fechar lojas menores e focar em flagships, os clientes que não estão próximos a essas unidades são estimulados a fazer compras on-line.

A empresa, que já está madura em operações de “pick up instore” e de cauda longa na loja, recentemente implementou iniciativas de realidade aumentada e hologramas dentro das lojas para apresentação de suas coleções, integrando de maneira fluída os ambientes digitais e físicos. Em uma loja do Reino Unido, foi implementado um robô para gestão e picking de produtos comprados pelos canais digitais. Assim como na Austrália, inauguraram um CD de 90.000 m2 para agilizar as entregas tanto para suas lojas como para novos canais.

Panera Bread 2.0

Desde 2014 quando iniciou sua transformação digital, o Panera Bread, rede de café & padaria americana, está liderando a integração digital no segmento de restaurantes nos EUA. A estratégia omnichannel amplia sua atuação além da loja, criando novas oportunidades de vendas e novos canais, como os quiosques fast-lane, os serviços de delivery e de pick up instore. No final do ano passado, essas vendas “digitais” representaram 26% do total das vendas da companhia, ultrapassando US$ 1 bilhão, maior resultado em restaurantes fora as pizzarias. São mais de 1.2 milhões de pedidos digitais colocados por semana. Sua estrutura conta com uma área de Experiência Digital que suporta os demais departamentos da empresa para acelerar a transformação da rede em um restaurante digital.

Fonte: Portal Newtrade - 10/07/2018

jovens chefe

Quando pensamos em experiência, muitos ainda imaginam um personagem com traços específicos. Por isso, quando fundou a Enora Leaders, consultoria de liderança, aos 25 anos, João Marcelo Furlan não dava os treinamentos. Ele sabia que seus clientes se perguntariam: “Cadê o cara de cabelo branco para dar aula?”.

Não é como se ele não tivesse a experiência. Furlan abriu a consultoria em 2007 após voltar das Filipinas, onde foi diretor comercial de uma startup aos 23 anos.

Ele explica que a questão da idade é relacionada com a experiência e a autoridade. “Quando você dá aula ou assume a liderança, essa autoridade é dada pela pessoa saber mais que você. Você ouve e respeita alguém, por exemplo, por seu doutor em um assunto”, fala.

Diante do contraste de idade na liderança, o executivo afirma que ocorre uma resistência para conceder a autoridade. Por não corresponder a imagem que a pessoa tem de um superior, ela não confia imediatamente nas habilidades daquele líder. “No começo, meus próprios clientes me olhavam e não confiavam naquele moleque”, diz Furlan.

Para quebrar esse paradigma e conquistar a confiança da equipe, os chefes mais novos precisam enfrentar a frustração de cada membro do seu time com a mudança.

“Sempre sugiro para meus clientes que é preciso ter empatia com a nova equipe, entender o fator humano e cultural. E se fosse com você? Entenda que a resistência é natural”, comenta o CEO.

No entanto, o trabalho ainda precisa ser feito e contornar essa resistência é um processo que vai precisar de agilidade e paciência. De início, Furlan recomenda separar um tempo para conhecer e ouvir um a um os membros da equipe.

O objetivo é valorizar a experiência individual que eles possuem. Se o que falta ao chefe mais novo é a experiência que o tempo traz, ele deve aproveitar o potencial que os outros carregam. “Se você chegou à liderança por promoção ou foi contratado para o cargo, o pior que pode fazer é chegar impondo seu conhecimento e querendo provar o que sabe. Essa é a hora de construir relacionamentos”, diz.

O passo seguinte é marcar uma sessão com a equipe toda. Chega a hora de entender como as peças funcionam juntas e construir uma visão de time. Segundo Furlan, esse é um espaço para compartilhar a percepção que teve das conversas individuais, traçar planos e pedir feedback.

“Gosto de um exercício que soma o tempo de casa e experiência de cada indivíduo para chegar uma nota da equipe. Por exemplo, podemos chegar a 212 anos de experiência para certo grupo. É esse o número que vai nos fazer vencer, não a idade”, fala.

Começando assim, o líder jovem mostra um diferencial importante que o destaca da autoridade por tempo ou do simples conhecimento técnico: a habilidade como facilitador do grupo para conquistar seus objetivos.

Se isso é estabelecido de início, ele derruba a principal barreira do funcionário mais velho de frustração com o avanço da própria carreira. É impossível não comparar sua posição na carreira com o do seu superior que é mais novo. “Conhecendo seus funcionários, você pode auxiliar no crescimento e desenvolvimentos deles”, diz.

Mas o líder também deve focar no resultado. Da mesma forma que estabelecer um relacionamento é importante, também é necessário dar um objetivo para a equipe, um desejo que compartilhem e possam chegar juntos. Como, por exemplo, alcançar uma meta de vendas, conquistar um prêmio de excelência ou ser reconhecidos dentro da empresa.

Para acompanhar o desenvolvimento inicial, o conselho do CEO da Enora é colocar metas claras a ser alcançadas em prazos curtos. Além do ponto final, traçar aonde querem chegar em 30, 60 e 90 dias e celebrar as pequenas vitórias. “Todo mundo adora o time que está ganhando. Vendo esses resultados, a equipe deixa de lado sentimentos negativos. Mesmo com a mudança na liderança, a pessoa consegue ver a chance de alcançar seus sonhos também”, comenta.

Resistência

Em teoria, traçar essa estratégia parece garantir a vitória. Na prática, ainda podem surgir barreiras. Afinal, cada geração possui entendimentos diferentes de cultura e comportamento no ambiente de trabalho.

Embora a contratação de um chefe mais novo possa ter o objetivo de gerar um choque e trazer mudanças nos hábitos da empresa, Furlan aconselha que o líder tente se aproximar das pessoas no começo e respeitar seu ambiente. As mudanças virão com o tempo. “Não pode ser um dia de gravata e no seguinte camiseta. Isso só atiça mais os contrastes. Ao invés de desafiar os mais velhos, se ofereça como apoio, incentivamento a troca de aprendizados”, diz.

Outro desafio para o líder jovem são membros da equipe resistentes e o relacionamento com as outras lideranças. Segundo o executivo, a mesma atenção dada aos seus funcionários deve ser estendida aos seus colegas, que muitas vezes são mais velhos e também vão julgar sua posição entre eles.

Dentro da equipe, é possível que seus esforços não mudem a cabeça de todo mundo. Um funcionário insatisfeito pode contaminar o trabalho do time ao tentar provar que o chefe não merece estar ali. “Nesses casos, você precisará resolver individualmente o conflito e se preparar para abordar a pessoa. Se o problema persistir, talvez ela não possa fazer parte da equipe”, indica ele.

O conselho final que João Marcelo Furlan oferece ao líder jovem é: busque sempre aprender. “É normal não saber tudo que tem que fazer como líder. Fiz várias bobagens no começo da carreira e isso me levou procurar literatura e mentores para melhorar. Tive que demitir a primeira pessoa que contrate e hoje vejo que estava despreparado para contratar alguém. Abrace essa compreensão sobre si mesmo e procure trabalhar os pontos que faltam”.

Fonte: Exame.com - 10/07/2018

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