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Gestão e Negócios

cervesia gestao negocios

jovens chefe

Quando pensamos em experiência, muitos ainda imaginam um personagem com traços específicos. Por isso, quando fundou a Enora Leaders, consultoria de liderança, aos 25 anos, João Marcelo Furlan não dava os treinamentos. Ele sabia que seus clientes se perguntariam: “Cadê o cara de cabelo branco para dar aula?”.

Não é como se ele não tivesse a experiência. Furlan abriu a consultoria em 2007 após voltar das Filipinas, onde foi diretor comercial de uma startup aos 23 anos.

Ele explica que a questão da idade é relacionada com a experiência e a autoridade. “Quando você dá aula ou assume a liderança, essa autoridade é dada pela pessoa saber mais que você. Você ouve e respeita alguém, por exemplo, por seu doutor em um assunto”, fala.

Diante do contraste de idade na liderança, o executivo afirma que ocorre uma resistência para conceder a autoridade. Por não corresponder a imagem que a pessoa tem de um superior, ela não confia imediatamente nas habilidades daquele líder. “No começo, meus próprios clientes me olhavam e não confiavam naquele moleque”, diz Furlan.

Para quebrar esse paradigma e conquistar a confiança da equipe, os chefes mais novos precisam enfrentar a frustração de cada membro do seu time com a mudança.

“Sempre sugiro para meus clientes que é preciso ter empatia com a nova equipe, entender o fator humano e cultural. E se fosse com você? Entenda que a resistência é natural”, comenta o CEO.

No entanto, o trabalho ainda precisa ser feito e contornar essa resistência é um processo que vai precisar de agilidade e paciência. De início, Furlan recomenda separar um tempo para conhecer e ouvir um a um os membros da equipe.

O objetivo é valorizar a experiência individual que eles possuem. Se o que falta ao chefe mais novo é a experiência que o tempo traz, ele deve aproveitar o potencial que os outros carregam. “Se você chegou à liderança por promoção ou foi contratado para o cargo, o pior que pode fazer é chegar impondo seu conhecimento e querendo provar o que sabe. Essa é a hora de construir relacionamentos”, diz.

O passo seguinte é marcar uma sessão com a equipe toda. Chega a hora de entender como as peças funcionam juntas e construir uma visão de time. Segundo Furlan, esse é um espaço para compartilhar a percepção que teve das conversas individuais, traçar planos e pedir feedback.

“Gosto de um exercício que soma o tempo de casa e experiência de cada indivíduo para chegar uma nota da equipe. Por exemplo, podemos chegar a 212 anos de experiência para certo grupo. É esse o número que vai nos fazer vencer, não a idade”, fala.

Começando assim, o líder jovem mostra um diferencial importante que o destaca da autoridade por tempo ou do simples conhecimento técnico: a habilidade como facilitador do grupo para conquistar seus objetivos.

Se isso é estabelecido de início, ele derruba a principal barreira do funcionário mais velho de frustração com o avanço da própria carreira. É impossível não comparar sua posição na carreira com o do seu superior que é mais novo. “Conhecendo seus funcionários, você pode auxiliar no crescimento e desenvolvimentos deles”, diz.

Mas o líder também deve focar no resultado. Da mesma forma que estabelecer um relacionamento é importante, também é necessário dar um objetivo para a equipe, um desejo que compartilhem e possam chegar juntos. Como, por exemplo, alcançar uma meta de vendas, conquistar um prêmio de excelência ou ser reconhecidos dentro da empresa.

Para acompanhar o desenvolvimento inicial, o conselho do CEO da Enora é colocar metas claras a ser alcançadas em prazos curtos. Além do ponto final, traçar aonde querem chegar em 30, 60 e 90 dias e celebrar as pequenas vitórias. “Todo mundo adora o time que está ganhando. Vendo esses resultados, a equipe deixa de lado sentimentos negativos. Mesmo com a mudança na liderança, a pessoa consegue ver a chance de alcançar seus sonhos também”, comenta.

Resistência

Em teoria, traçar essa estratégia parece garantir a vitória. Na prática, ainda podem surgir barreiras. Afinal, cada geração possui entendimentos diferentes de cultura e comportamento no ambiente de trabalho.

Embora a contratação de um chefe mais novo possa ter o objetivo de gerar um choque e trazer mudanças nos hábitos da empresa, Furlan aconselha que o líder tente se aproximar das pessoas no começo e respeitar seu ambiente. As mudanças virão com o tempo. “Não pode ser um dia de gravata e no seguinte camiseta. Isso só atiça mais os contrastes. Ao invés de desafiar os mais velhos, se ofereça como apoio, incentivamento a troca de aprendizados”, diz.

Outro desafio para o líder jovem são membros da equipe resistentes e o relacionamento com as outras lideranças. Segundo o executivo, a mesma atenção dada aos seus funcionários deve ser estendida aos seus colegas, que muitas vezes são mais velhos e também vão julgar sua posição entre eles.

Dentro da equipe, é possível que seus esforços não mudem a cabeça de todo mundo. Um funcionário insatisfeito pode contaminar o trabalho do time ao tentar provar que o chefe não merece estar ali. “Nesses casos, você precisará resolver individualmente o conflito e se preparar para abordar a pessoa. Se o problema persistir, talvez ela não possa fazer parte da equipe”, indica ele.

O conselho final que João Marcelo Furlan oferece ao líder jovem é: busque sempre aprender. “É normal não saber tudo que tem que fazer como líder. Fiz várias bobagens no começo da carreira e isso me levou procurar literatura e mentores para melhorar. Tive que demitir a primeira pessoa que contrate e hoje vejo que estava despreparado para contratar alguém. Abrace essa compreensão sobre si mesmo e procure trabalhar os pontos que faltam”.

Fonte: Exame.com - 10/07/2018

nrf cervesia

Por Alexandre van Beeck, sócio-diretor da GS&Consult

Em um recente debate com executivos do varejo, quando discutíamos sobre a importância da integração de canais de varejo, fui provocado com a seguinte questão: esse negócio de Omnichannel dá resultado?

A resposta foi construída em etapas:

Tecnologia por tecnologia tende a fracassar

Muitos gestores querem encontrar a tecnologia que vai ser a ”solução dos seus problemas”. Isso não existe! A melhor tecnologia é aquela que suporta sua estratégia e trás um resultado tangível para negócio. Em função disso, a escolha de quais soluções aplicar em seu negócio é um dos grandes pilares a serem definidos. Cauda longa, RFID, digital signage, etiquetas de preço eletrônica, realidade virtual, realidade aumentada, self check out, pick up instore, espelhos inteligentes, mobile check out. A lista é longa. A tecnologia pode tanto suportar seu posicionamento de “líder em inovações“, como trazer resultados efetivos nas suas operações de loja.

Ter bem claro o papel que a inovação irá cumprir no seu negócio é essencial para equilibrar as expectativas sobre seus resultados.

Estruturar o negócio para suportar a inovação

Organizar sua estrutura para implementar novas soluções é uma etapa tão fundamental quanto óbvia para o sucesso de qualquer iniciativa de inovação. Ao mesmo tempo, é a etapa mais negligenciada nos casos de insucesso de uma estratégia de integração de canais. Omnichannel não é uma estratégia de uma só área ou departamento. Tem que ser um movimento coordenado de toda companhia. As soluções de integração podem impactar na logística, nas ações de marketing, na definição de preço, nas oportunidades de trade com a indústria, no serviço de atendimento ao cliente e até no perfil de seus vendedores. As áreas-chave da empresa devem estar alinhadas e comprometidas com o mesmo objetivo e metas. Esta é uma etapa fundamental, mas não é sexy e nem gera buzz.

Agilidade e resiliência

“Somos um transatlântico e não nos movimentamos com agilidade. Queremos nos transformar em um conjunto de pequenas lanchas rápidas e dinâmicas.” A frase me foi dita por um executivo de uma indústria que busca entrar no varejo já implementando iniciativas integradas. Essa importante metáfora é uma mudança de mindset essencial no momento que repensamos os processos envolvidos em uma operação integrada.

Da mesma forma, é necessário abrir espaço para aprendizagem com as novas experiências implementadas. Hoje em dia, principalmente no momento que o país está vivendo, não existe muita abertura ao erro e a busca por resultados rápidos e tangíveis pode ser uma barreira para inovações ainda não sedimentadas. Qual o nível de resiliência do seu negócio?

Experiência do Consumidor como objetivo central

Ter o melhor produto com preço adequado foi, durante anos, o foco do varejo. Na nova economia, o cliente tem acesso facilitado a qualquer produto e a comparação de preço foi agilizada pelo digital. Desta forma, a experiência de compra do consumidor, independente do canal, se tornou prioritário. Em estudo realizado pela Forrester Research em 2017, 68% dos varejistas pesquisados colocaram a melhoria da experiência de compra como prioridade máxima no negócio e, na sequência, o crescimento de receita.

Mesmo sendo um excelente provedor de produtos de alta qualidade, seu negócio deve capitalizar a experiência da loja oferecendo continuamente razões para os clientes retornarem. A etapa de mapeamento da jornada de compra para entender e reduzir os atritos críticos no seu processo de compra é fundamental.

Tecnologia cria novas oportunidades para a loja física

Com a aplicação de soluções tecnológicas nas lojas físicas, é possível desenvolver uma nova experiência de compra para os clientes, construir uma verdadeira ponte integrando seus diferentes canais e aumentando o nível de serviço das lojas.

A integração digital permite uma otimização dos estoques das lojas, melhora as margens evitando o mark down em operações deficitárias e aumenta a satisfação do cliente. Tanto o ”pick up instore”, que, em alguns casos já representa 35% das vendas da loja, como o “ship from store”, que agiliza a entrega das vendas digitais, tornando-a até 25% mais rápida do que a entrega via um centro de distribuição, e ainda reduz o custo da “última milha”, ajudam a desenvolver uma nova função para a loja física. Não por acaso, esta é uma das razões do GPA criar mini centros de distribuição dentro da área de hipermercados da bandeira Extra, o primeiro deles na loja do Morumbi em São Paulo.

Resultados da Estratégia Omnichannel

Zara

A Zara (Indetex) é uma das grandes corporações globais que está sabendo se ajustar aos novos hábitos de seus clientes, promovendo uma grande transformação na forma de gestão do seu negócio. Há alguns anos, a empresa de moda reviu o desempenho de suas lojas, promovendo, principalmente na Europa, o fechamento de lojas pequenas e deficitárias e valorizando a abertura de flagships. A nova estratégia da Inditex deixa muito espaço para a plataforma online se expandir sem canibalizar as lojas físicas. Ao fechar lojas menores e focar em flagships, os clientes que não estão próximos a essas unidades são estimulados a fazer compras on-line.

A empresa, que já está madura em operações de “pick up instore” e de cauda longa na loja, recentemente implementou iniciativas de realidade aumentada e hologramas dentro das lojas para apresentação de suas coleções, integrando de maneira fluída os ambientes digitais e físicos. Em uma loja do Reino Unido, foi implementado um robô para gestão e picking de produtos comprados pelos canais digitais. Assim como na Austrália, inauguraram um CD de 90.000 m2 para agilizar as entregas tanto para suas lojas como para novos canais.

Panera Bread 2.0

Desde 2014 quando iniciou sua transformação digital, o Panera Bread, rede de café & padaria americana, está liderando a integração digital no segmento de restaurantes nos EUA. A estratégia omnichannel amplia sua atuação além da loja, criando novas oportunidades de vendas e novos canais, como os quiosques fast-lane, os serviços de delivery e de pick up instore. No final do ano passado, essas vendas “digitais” representaram 26% do total das vendas da companhia, ultrapassando US$ 1 bilhão, maior resultado em restaurantes fora as pizzarias. São mais de 1.2 milhões de pedidos digitais colocados por semana. Sua estrutura conta com uma área de Experiência Digital que suporta os demais departamentos da empresa para acelerar a transformação da rede em um restaurante digital.

Fonte: Portal Newtrade - 10/07/2018

habilidades 30 anos

Em um mercado cada vez mais concorrido e exigente, conseguir gerenciar a própria carreira é uma qualidade fundamental para os profissionais que desejam obter êxito em suas áreas de atuação. Assim, a capacidade de autoliderança vem sendo cada vez mais valorizada.

Mas, o que é autoliderança? “Como o próprio termo indica, é o processo de liderar a si mesmo. Por meio dela, o profissional assume o domínio e a responsabilidade sobre a sua trajetória, buscando a motivação, as capacidades e as habilidades necessárias para atingir seus objetivos. A sua prática proporciona o desenvolvimento de pensamentos e comportamentos benéficos e construtivos, como a autoconfiança, o foco e a resiliência, proporcionando ao profissional autonomia e controle sobre a sua carreira”, explica a palestrante especializada em Liderança Intrapessoal, Luciana Passadori.

Importância no mercado

Essa capacidade é cada vez mais valorizada no mercado de trabalho, sendo que o fator humano tornou-se um dos aspectos mais valorizados dentro das empresas nas últimas décadas, e não poderia ser diferente, pois ele é crucial para o sucesso de uma organização.

Dessa forma, o mercado de trabalho começou a reconhecer a importância das características comportamentais e da capacidade de adquiri-las e utilizá-las em favor do autodesenvolvimento e da busca por resultados. Isso proporcionou mais liberdade e autonomia para os funcionários controlarem e direcionarem as suas carreiras dentro das empresas.

Porém, para que isso seja positivo e traga evolução para as organizações e seus colaboradores, é essencial que os profissionais sejam capazes de gerir a si mesmos e buscar um crescimento contínuo.

Como desenvolver?

O desenvolvimento da autoliderança envolve diversos fatores, necessita de uma profunda investigação interna e tem aspectos próprios para cada pessoa. No entanto, existem algumas questões que são indispensáveis para esse processo. Veja algumas orientações preparadas por Luciana Passadori, sobre quem deseja desenvolver essa característica:

• Autoconhecimento – ponto indispensável no desenvolvimento da autoliderança. Isso ocorre porque para esse processo ser possível é preciso que o profissional tenha uma consciência profunda sobre si mesmo e consiga ter clareza em relação a princípios, valores e objetivos.
• Autodeterminação – A determinação e a confiança são fundamentais em qualquer processo de liderança. Elas proporcionam a resiliência necessária para superar os desafios que aparecem na busca pela conquista de objetivos. A principal mudança é que, nesse caso, ela serve principalmente para criar estímulos e impulsos internos para depois reverberar e afetar o ambiente externo.
• Abertura para aprender – O profissional que deseja desenvolver a autoliderança precisa estar em constante evolução. É imprescindível que ele esteja sempre superando limitações, por menores que sejam, adquirindo capacidades e aperfeiçoando habilidades. O processo de autoliderança sempre vai apresentar novos desafios, necessitando de aprimoramento ininterrupto.
• Responsabilidade – esse ponto está profundamente associada com a autoliderança. Ela é a base para a construção dessa competência, sendo indispensável para que o profissional se comprometa com princípios e valores e os utilize para gerar motivação e impulso em direção aos objetivos.
• Disciplina – ponto indispensável para conquistar qualquer objetivo. Ela é responsável pela manutenção do foco nas metas estipuladas e no que é necessário ser feito para alcançá-las. Sem ela não é possível manter um planejamento em curso e transformar um desejo em realidade.

Como a autoliderança pode ajudar a liderar equipes?

“O primeiro passo para ser um grande líder é conseguir liderar a si mesmo com eficiência. Isso ocorre porque a liderança efetiva acontece quando o profissional consegue esta posição de forma genuína, tornando-se uma figura inspiradora, alguém que tem credibilidade e cujo comportamento é um exemplo a ser seguido”, explica a palestrante do Instituto Passadori.

As capacidades e habilidades necessárias para desenvolver a autoliderança aliadas ao impacto interno e externo desse processo proporcionam a conquista de diversas qualidades, como estabilidade emocional, segurança na hora de tomar decisões e resiliência, que fazem o líder ser um exemplo para os membros da equipe.

Além disso, faz com que o profissional consiga entender melhor as necessidades e os comportamentos das outras pessoas. Assim, ele consegue extrair o melhor de cada indivíduo em função dos resultados coletivos. No entanto, é importante lembrar que ela também traz grandes responsabilidades. Para que apresente resultados é preciso comprometimento e empenho para buscar o autodesenvolvimento, superar obstáculos e alcançar os objetivos almejados.

Fonte: Portal Newtrade - 06/07/2018

loja do futuro

A WGSN – autoridade global em análises e previsões de tendências – acaba de lançar novo estudo relacionado ao perfil do consumidor para o começo da década que se aproxima. A empresa global, que antecipa tendências e é responsável por direcionar a estratégia de diversas marcas, apresenta mapeamento inédito sobre o grupo de consumidores que influenciarão o mercado. Denominados como localtivistas, imperfeccionistas e aumentalistas, esses consumidores irão direcionar o modelo econômico e a forma como as marcas fazem negócio.

Neste sentido, a era do ativismo, na qual indivíduos pressionam a sociedade para mudanças de acordo com suas crenças e valores, ganha uma nova nuance em 2020, com impulso do ativismo local. Esse grupo – constituído prioritariamente por millennials – percebeu que o “ativismo de sofá” não funciona. Impulsionados pela campanha presidencial americana em 2016, os chamados localtivistas entenderam que seus votos podem fazer a diferença em eleições locais. Isso gerou um engajamento recorde deste público, uma vez que perceberam que o progresso desses movimentos depende de seu envolvimento ativo.

Confirmado essa movimentação, no Reino Unido, por exemplo, mais de um milhão de jovens britânicos se registraram para votar nas eleições desde o Brexit. Nos EUA, a adesão às ONGs ACLU e League of Women Voters disparou. No Brasil, o cenário é ainda mais complexo para esse grupo, uma vez que, a falta de valores compartilhados e corrupção, tornaram os brasileiros mais céticos em relação à democracia. Neste sentido, segundo o relatório de pesquisa mundial “Government at a Glance”, a confiança global nos governos despencou de 70% para 42% em 2009*. Contudo, há um fator ao redor do mundo interessante com relação aos protestos: cada vez mais, eles têm contado com a participação multigeracional, já que são mais impulsionados por crenças e exigências por mudanças políticas de toda uma sociedade.

Mas o que isso tem gerado? Conforme a sociedade entende que países e governos não têm mais poderes para lidar com as questões do mundo atual, os cidadãos assumem o controle. A China é exemplo desta mudança. À medida que a população percebeu que o estado tem pouco colaborado para atender as suas necessidades, fez com que as doações locais às ONGs quadruplicassem desde 2007, chegando a US$ 16 bilhões em 2016. Vale reforçar que esse grupo tem fortemente impulsionado o capitalismo comunitário – que é novo modelo econômico que terá efeitos a longo prazo nas regulamentações governamentais, no planejamento cívico e no futuro do trabalho e do desenvolvimento regional. Quando nos voltamos ao papel que empresas têm diante desse cenário, o questionamento que fica é como estas devem se preparar para atender pessoas que priorizam o crescimento da comunidade e o engajamento cívico local. Em resumo, a resposta está em sendo parte da solução e não ignorando os problemas.

A Era da Ansiedade

Vivemos a era da ansiedade – que já é considerada uma epidemia. Está em todos os lugares, em qualquer cultura. Há quem se refira aos millennials como “Geração Xanax”. De acordo com o Google Trends, as pesquisas envolvendo a palavra “ansiedade” dobraram desde 2015, com a Irlanda e a Austrália liderando essa alta desde 2017. E tudo isso tem causado um verdadeiro impacto na indústria: o mercado de bem-estar, incluindo o turismo (com projeções de US$ 808 bi até 2020), aplicativos, produtos de beleza e exercícios restauradores, deve se manter em alta até 2020.

Contudo, uma doença que pode ser derivada deste distúrbio – a depressão – tem se tornado assunto muito sério. De acordo com um estudo divulgado em 2017**, “uma em cada três meninas sofrem de ansiedade e depressão” – o que representa um aumento de 10% em relação à década passada. Mas é possível combater esse “mal do século”? Sim! É chegado o momento em que está tudo bem não ser perfeito. E nada melhor do que a apatia seletiva para “remediar” esse mal.

A apatia seletiva é fundamental na promoção do equilíbrio mental. Ela está em tudo o que os indivíduos são capazes de controlar e dedicar totalmente a energia física e mental. Ou seja, ao focar em coisas com as quais nos importamos, conseguimos resultados melhores, diminuímos os níveis de ansiedade e aumentamos a produtividade. Além disso, ela nos “habilita” a aceitar as imperfeições. Com ela, fortalecemos o “movimento” dos imperfeccionistas, grupo que foca no autoconhecimento, mas longe do conceito de “atenção plena”.

Não é difícil notar o aumento deste modelo de consumidor com a intensificação de campanhas realistas, sem retoques, que deverá ser a maioria em breve. E essa é uma das vertentes que o grupo defende. Além disso, observam -se exemplos deste movimento em países como a França, que já conta com lei que exige veiculação com aviso sobre imagens irreais, visando, principalmente, o combate as desordens alimentares. Outro caso é da farmácia CVS, que contemplará até 2020 uma espécie de selo “CVS Beauty Mark” em todas as imagens da marca que não tenham sido retocadas. Esse é apenas um dos casos de como as empresas poderão se relacionar com esse perfil de consumidor.

Qual será a melhor forma de conversar com esse grupo de indivíduos interessado em menos ansiedade e que aprecia um toque de humor negro? Simplifique a experiência de compra e brinque com sarcasmo. A chegada da tecnologia 5G, capaz de aprimorar as transmissões em tempo real, será um artifício para indústria se comunicar com esse público. Haverá uma adesão do movimento asiático “assista agora, compre agora”.

A Tecnologia Como Aliada

Falando de mundo digital, não poderíamos deixar de citar a era tecnológica, que já alcançou diversos patamares. Há quem ame e quem goste menos. Mas, uma coisa ninguém pode negar: a tecnologia é um caminho sem volta. E com isso um novo perfil de consumidor surge: os aumentalistas – grupo que defende os avanços tecnológicos, mas quer que a vida seja otimizada por ela, em vez de consumida. E há pessoas otimistas com relação a como as máquinas podem contribuir – ainda mais – em nossa rotina.

Uma pesquisa da Harvard Business Review com indivíduos dos EUA, Canadá, Reino Unido, China e Brasil apontou que 52% dos pesquisados acreditam que a inteligência artificial será positiva e outras 82% afirmaram que suas últimas interações com a IA foram positivas. O que é interessante é que 92% reconhece que a IA estará presente mais cedo ou mais tarde em suas vidas.
Estudiosos acreditam que haverá um impacto relevante na sociedade com a combinação da inteligência humana à artificial, como, por exemplo, crescimento exponencial da produtividade e ascensão da indústria neurotecnológica. Segundo o relatório “Emerging Jobs”***, os que mais serão beneficiados são os engenheiros de aprendizagem de máquinas, seguidos pelos cientistas de dados. A consultoria Gartner prevê que até 2020 “a IA vai criar 2,3 milhões de postos de trabalho e eliminar 1,8 milhão”.

Situações que envolvem o ambiente da IA e tecnologia, que consideraríamos que aconteceria somente em um futuro distante, já estão a alguns passos. Elon Musk, da empresa Neuralink – que desenvolve pesquisas que visam aprimorar o cérebro por meio da tecnologia – declarou recentemente: “Já somos ciborgues. O seu telefone e o seu computador são extensões de você, mas a interface ocorre por meio dos dedos ou da fala, o que é muito lento”. Neste sentido, Musk ainda acredita que logo será possível encontrar dispositivos como o “rede neural” – implantados e conectados ao cérebro – que vai permitir que as pessoas interajam com um computador sem tocarem no teclado ou no mouse.

Mais uma vez, tudo sinaliza que a tecnologia 5G vai chegar e estimular a adoção em massa dos recursos de RA e RV e causará um grande impacto no futuro da propaganda, principalmente as marcas que querem conversar com esse público. Neste ponto, profissionais das agências precisam analisar como o marketing colateral poderá sobreviver nas diversas plataformas (móveis e desktop) e superfícies (óculos inteligentes e telas de RV). Ou seja, mais um desafio que tira a indústria da zona de conforto.
E a pergunta que fica: no que sua empresa vai apostar para ganhar mercado em 2020?

Fonte: Portal Newtrade - 06/07/2018

dan gilbert

Dan Gilbert, bilionário que é dono da equipe de basquete Cleveland Cavaliers, gerencia um verdadeiro império. Fundador da holding Rock Ventures, guarda-chuva para mais de 100 empresas, ele ofereceu a todos os seus funcionários um guia corporativo com as 19 regras que utiliza em todo e qualquer negócio que põe as mãos.

Segundo ele, as regras não são novas, mas os ensinamentos são universais e aplicáveis a qualquer modelo de negócio. Confira:

  1. Sempre aumente seu nível de atenção: escutar os clientes verdadeiramente é uma habilidade ativa, não passiva.
  2. As medidas que precisamos estão por todos os lados ao nosso redor. Não adianta para uma empresa ser excepcional em apenas uma direção, mas sim em todos os detalhes.
  3. Responda com senso de urgência: todos os funcionários devem atender a ligações e responder e-mails no mesmo dia que recebem, seja de clientes ou de colegas.
  4. Todos os clientes. O tempo inteiro. Sem exceções. Sem desculpas. “Clientes não ligam para o quanto você sabe até saberem o quanto você se importa”.
  5. Obsessão em encontrar uma solução melhor. Gilbert quer que funcionários se sintam à vontade para falar se pensarem ter uma solução melhor para qualquer situação.
  6. Sim antes de não. Nem todas as ideias serão aceitas, mas todas serão ouvidas.
  7. Ignore o barulho. Gilbert é uma pessoa pública, portanto deve aprender a ignorar comentários sem fundamento – e quer que todos os funcionários façam o mesmo.
  8. Não é sobre quem está certo, mas sobre o que está certo. Não existe espaço para arrogância.
  9. Nós somos “eles”. Culturas corporativas onde colegas se tornam “outros” são tóxicas.
  10. É preciso tirar o assado do forno. Ser perfeccionista pode levar à perda de oportunidades e tempo.
  11. Você verá quando acreditar. Visão de longo prazo é o que permite às empresas e pessoas chegarem onde sonham.
  12. Vamos resolver. Foco em mover-se para frente.
  13. Cada segundo conta: “tempo, não dinheiro, é a commodity mais importante de todas. E nunca pode ser substituído”.
  14. Números e dinheiro seguem, não lideram. Crescimento deve ser a motivação, e não dinheiro.
  15. Um centavo economizado é um centavo: é preciso fazer investimentos pensando no macro – grandes despesas no curto prazo podem gerar valor.
  16. Comemos nossa própria ração. Todos os funcionários da Rock Ventures devem usar conselhos dos colegas e apoiar uns aos outros.
  17. Simplicidade é genial: normalmente, qualidade e complexidade são qualidades opostas.
  18. Inovação é recompensada. Execução é idolatrada. Ideias excelentes são apenas metade do processo.
  19. Faça a coisa certa: não tome atalhos, mantenha-se no mais elevado padrão de integridade.

Fonte: Info Money - 05/07/2018

conta magica satisfacao dos funcionarios

Ter profissionais na empresa que, além de competentes, estão engajados nos princípios e objetivos da companhia é, provavelmente, o sonho de qualquer CEO. Mas como medir um indicador tão humano e subjetivo? Há empresas que estão apostando em um método objetivo que se baseia em uma única pergunta ao time de colaboradores. O eNPS, “employee Net Promoter Score”, gera um índice numérico a partir da pergunta “De 0 a 10, qual é a probabilidade de você indicar um amigo ou familiar qualificado para trabalhar na sua empresa?”. O indicador foi baseado no NPS, criado pelo professor de negócios norte-americano Fred Reichheld, um dos fundadores da Bain & Company, para medir a fidelidade de consumidores, e adaptado para compreender a satisfação do público interno.

A partir das respostas, é possível separar os funcionários em três grupos: os promotores (que respondem 9 e 10), os neutros (que dão notas 7 e 8) e os detratores (que respondem de 6 para baixo). A partir daí, já é possível identificar as pessoas que precisam de um cuidado extra, e estudar como engajá-las melhor no dia a dia da empresa.

Mas a conta não acaba aí. O eNPS pode ser utilizado para medir o nível de engajamento geral da empresa. Não por uma média simples das respostas, mas pela seguinte expressão:

(Número de promotores – o de detratores)
____________________________________ x100 = eNPS
Total de respondentes

Ou seja, subtrai-se o número de detratores do de promotores da empresa e se divide o resultado pelo total de respondentes. Depois, basta multiplicar o número resultante por 100 para ter o seu índice final.

Solução para empresas?

Uma startup de recursos humanos, a Vaipe utiliza o eNPS como um dos métodos de gestão de performance em seus clientes. A companhia aplica a pesquisa periodicamente, permitindo comentários e garantindo anonimato, e identifica os “gaps de engajamento” que podem ser explorados para melhorar esse resultado. Depois, treina os gestores para lidar com as dificuldades encontradas.

Os benefícios podem ser sentidos rapidamente no negócio, segundo a CEO da empresa, Adriana Barbosa. “Colaboradores engajados estão cinco vezes mais propensos a indicar a empresa para alguém, e três vezes mais propensos à inovação”, explicou durante o evento Tecnologia, Inovação & Startups na Gestão do Capital Humano, que reuniu startups com soluções para a área de recursos humanos em São Paulo.

Entre seus clientes, a startup identifica que, atualmente, os principais problemas de engajamento encontrados dentro das empresas são: comunicação ineficiente da companhia com o colaborador; e a falta do sentimento de realização profissional.

Alcançar a pontuação máxima talvez não seja possível. Empresas conceituadas e tecnológicas como Spotify e Facebook, por exemplo, têm eNPS baixo, segundo a Vaipe: 31 e 45, respectivamente. Mas é possível chegar a níveis melhores – um eNPS de 60 em uma empresa de médio porte já pode ser considerado um bom resultado, de acordo com Adriana Barbosa.

Fonte: Época Negócios - 04/07/2018

estresse no trabalho 18 04

Muita gente reclama que está muito estressado no trabalho. Mas ajudaria saber que, na realidade, isso pode ajudar no desempenho profissional? Ou que o pensamento negativo, aplicado com cuidado, pode fortalecer as empresas? Um grande número de pesquisas sustenta essas hipótese, apesar de a filosofia predominante focar em melhorar o engajamento dos funcionários, diz o psicólogo organizacional Lewis Garrad ao Fórum Econômico Mundial.

“Se você olhar para as pesquisas, a correlação entre engajamento e desempenho está longe de ser perfeita, o que significa que muitos indivíduos e equipes ‘engajados’ não estão entregando os resultados que os líderes esperam”, diz. “Mas em algumas empresas, você descobre que as equipes com melhor desempenho são as que têm os profissionais menos satisfeitos.”

Estresse pode trazer coisas positivas e negativas ao ambiente de trabalho

Em 2016, Garrad escreveu um artigo com Tomas Chamorro-Premuzic, professor de psicologia para os negócios da University College London. Eles reconhecem que há uma grande ligação entre engajamento e produtividade, mas também alertam que algumas empresas desprezam os benefícios da insatisfação e ansiedade no trabalho.

Chamorro-Premuzic afirma que enquanto as mentalidades positivas podem trazer “abertura e criatividade” ao ambiente de trabalho, um sentimento negativo é capaz de trazer “foco e atenção”. Ele cita pesquisas que sugerem que indivíduos menos satisfeitos muitas vezes são os mais motivados, melhor preparados e com melhor pensamento crítico. “Eles também são mais propensos a desafiar o pensamento do grupo e o status quo, o que é chave para incentivar a inovação em uma grande organização.”

O risco é que se os gestores focam toda a sua atenção em aumentar a moral e lutar contra o estresse, podem acabar deixando de lado outros fatores que incentivam o bom desempenho, como uma liderança forte ou cultura aberta. Essa postura também pode gerar complacência, diz Chamorro-Premuzic. Ele afirma que isso é especialmente perigoso para as empresas grandes. “Quando as companhias se tornam grandes e dominantes, se tornam vítima do próprio sucesso. O engajamento dos funcionários muitas vezes é um produto da complacência e felicidade, que acontecem depois do sucesso.”

A chave é encontrar o equilíbrio de estresse

Se algum nível de estresse e ansiedade podem melhorar o desempenho, um exagero pode ser prejudicial. No Reino Unido, 12,5 milhões de dias de trabalho foram perdidos por causa de estresse, depressão e ansiedade no trabalho em 2016 e 2017. Os fatores que causam o estresse incluem carga de trabalho excessiva, falta de apoio e bullying.

Mas então, qual é o nível certo de estresse para melhorar o desempenho das equipes? A professora de marketing da London School of Economics, Heather Kappes, diz que o pensamento negativo pode ser bom para os negócios, mas há uma forma correta para isso. “Não é pensar ‘isso nunca vai dar certo’, é mais ‘eu posso imaginar que isso será difícil’. Quando as pessoas pensam da segunda forma, normalmente ficam mais empenhadas em trabalhar duro e fazem planos para superar os problemas que imaginaram. Isso pode ajudá-las a encontrar soluções criativas”, diz ela. A moderação é a chave para colocar isso em prática, mas encontrar o equilíbrio pode ser difícil.

Funcionários diferentes precisam de abordagens diferentes

Aumentar a pressão em um departamento inteiro pode aumentar a energia no curto prazo, mas pode ser pouco produtivo no longo prazo. Em vez disso, os líderes deveriam conhecer cada um de seus funcionários para conseguir lidar com eles de forma mais eficaz.

“Pessoas muito ansiosas sentem o estresse com facilidade, então precisam de mais encorajamento e mais apoio. Aqueles que são muito ajustados emocionalmente podem precisar de uma atenção mais focada para gerar a energia e esforço de que precisam para melhorar”, diz Garrad.

O estresse exacerbado se torna prejudicial à saúde e bem estar quando dura muito tempo e se torna crônico. Por isso, os gestores devem tentar equilibrar momentos estressantes e períodos mais relaxados e de recuperação, diz Garrad. Eles também podem tentar estabelecer metas para cada um da equipe.

“Simplificando, o estresse é um sinal sobre as ameaças do ambiente, e é melhor reagir a ele do que ignorá-lo”, diz Garrad. “As pessoas precisam entender que bons empregos irão causar estrese, e não deveriam tentar evitar senti-lo.”

Fonte: Época Negócios - 04/07/2018