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Gestão e Negócios

cervesia gestao negocios

IA mulher 20 12 2018

À medida em que as mulheres não são encorajadas a seguir carreiras relacionadas à tecnologia e às ciências exatas, fatores como a automação e a inteligência artificial as afetam de maneira desproporcional no mercado de trabalho. É o que alerta o Fórum Econômico Mundial em uma pesquisa publicada na segunda-feira (17/12).

Elaborado anualmente, o estudo tem como objetivo identificar e discutir as formas de diminuir disparidade de gênero ao redor do mundo. Para isso, são avaliadas desde fatores socioeconômicos até políticos e culturais.

A edição deste ano mostra que as diferenças de oportunidade entre homens e mulheres diminuíram ligeiramente – embora, no ritmo atual, ainda sejam necessários 202 anos para atingir uma paridade total no mercado de trabalho. Ao incluir o impacto de tecnologias como a IA nesse cenário, porém, a pesquisa identificou o potencial de surgimento de novas “lacunas” relacionadas às habilidades nessas áreas.

Segundo os resultados, a automação de certos trabalhos afetou muitos papéis tradicionalmente ocupados por mulheres. Enquanto isso, elas continuam a ter baixa representatividade nas áreas relacionadas à ciência, tecnologia, engenharia e matemática – o que as distancia da crescente aplicação da IA nos mercados. De acordo com a pesquisa, as mulheres representam, hoje, 22% dos profissionais de IA. A diferença é três vezes maior do que em outras indústrias.

“Em uma época em que as habilidades humanas são cada vez mais importantes e complementares à tecnologia, o mundo não pode se permitir se privar do talento das mulheres em setores nos quais o talento já é escasso”, destaca o estudo.

Fonte: Época Negócios - 20/12/2018

clube assinaturas 19 12 2018

Por Caio Camargo, sócio-diretor da GS&UP, potencializadora de Negócios do Grupo GS& Gouvêa de Souza

Em meio a um dilema para as marcas do varejo, entre a venda digital e a venda online, um dos canais que tem oferecido novas possibilidades, ou uma terceira via ao negócio, são os clubes de assinaturas. Já pensou nisso para a sua empresa?

Não que seja algo novo para as marcas ou para o negócio do varejo. Mesmo antes da Internet, já haviam os clubes de assinaturas como os de revista ou livros, o que mudou, praticamente, é a facilidade de acesso e adesão através da Internet, o que permitiu a criação de diversos formatos e propostas, atendendo um vasto número de nichos e gostos em particular.

De modo geral, clubes de assinaturas são empresas que comercializam seus produtos e serviços com entregas periódicas, sendo que, hoje, a grande maioria adota o modelo mensal de entrega.

Mas isso não precisa ser uma regra, um exemplo simples de assinatura de serviço são o de empresas como Netflix ou Spotify. Um exemplo de assinatura de produtos está nas empresas de vinho, ou outras como a Petitebox, especializada em produtos infantis. Para alguns negócios, como no caso da Petitebox, o crescimento do mercado vem permitindo o crescimento desses formatos. A empresa, nesse momento, está em captação por meio de uma plataforma de crowdfunding (Saiba mais nesse link aqui), buscando recursos para aproveitar a onda e, segundo sua proposta, dobrar de tamanho nos próximos dois anos.

Essas são algumas das características de um clube de assinaturas:

Características

Curadoria de produtos e/ou serviços

Seja algo como uma “surpresa”, ou seja, algo que tenha algum direcionamento ou critério na escolha (filmes que mais gosto), a qualidade da curadoria é um dos principais elementos de um clube de assinatura de sucesso, otimizando ao máximo a relação de custo e benefício.

Receber de acordo com sua conveniência

Seja receber em casa ou em um lugar de conveniência escolhido pelo assinante, nos dias de hoje, até mesmo a questão de entrega em smartphones ou plataformas digitais é considerada, de acordo com o tipo de produto.

Periodicidade de recebimento

Mensal é a periodicidade mais utilizada pelos clubes, mas há casos de entregas bimestrais e até mesmo trimestrais em alguns casos, de acordo com o produto ou o plano escolhido.

Pagamento recorrente

Os planos oferecidos visam também a subsistência das empresas. De planos trimestrais a planos anuais, algumas companhias oferecem até mesmo planos mensais sem barreiras para cancelamento, dando liberdade de contratação aos seus assinantes.

Estilos

Amostragem reversa

Neste modo, a empresa faz parceria com as marcas e oferece uma oportunidade de experimentação de produtos pelas consumidoras. Os assinantes recebem um leque de itens que, idealmente, possuem valor maior do que o valor pago pela assinatura. Empresas como Petitebox, especializada em gestantes e bebês, e Glambox, especializada em cosméticos são exemplos.

Curadoria dentro de um segmento

São clubes de segmento únicos onde a companhia faz uma curadoria de produtos e envia aos assinantes. Neste modo ela compra o produto e revende a sua base. Empresas como a Wine (vinhos), Clubeer (Cerveja), Bestberry (Snacks) e Tag Livros (livros), são exemplos.

Compra programada

São serviços que oferecem um produto ou vários, caracterizados pelo uso contínuo, como Mensmarket (Produtos Masculinos) e BebeBox (fraldas).

Serviços

Empresas que oferecem seus serviços de acordo com um pagamento periódico. Netflix (Filmes/ Séries) e Gympass (Academia) são exemplos. Essas são alguns dos principais, mas existem clubes de assinatura de praticamente todos os segmentos, como pet, Sex Shop, alimentos e dietas restritas, entre outros.

Fonte: Portal Newtrade - 19/12/2018

carreira horario 18 12 2018

Você já se perguntou quando surgiu a ideia de que deveríamos trabalhar oito horas por dia? A jornada de trabalho de oito horas remete às lutas trabalhistas do século 19. Quando não havia limite de horas nas fábricas e a revolução industrial viu crianças de seis anos trabalhando nas minas de carvão, os sindicatos trabalhistas americanos lutaram arduamente para estabelecer uma semana de trabalho de 40 horas.

Muita coisa mudou desde aquela época, segundo artigo da Harvard Business Review. A internet transformou a maneira como vivemos, trabalhamos e nos divertimos, e a própria natureza do trabalho passou, em grande parte, de tarefas mecânicas para tarefas que exigem pensamento crítico, solução de problemas e criatividade.

Adam Grant, psicólogo organizacional e autor do best-seller “Originals: How Non-Conformists Move the World” (Originais: Como os não-conformistas movimentam o mundo, em tradução livre), afirma “quanto mais complexos e criativos forem os trabalhos, menos sentido fará prestar atenção ao número de horas trabalhadas”.

Apesar de tudo isso, a jornada de trabalho de oito horas ainda prevalece no mundo. “Como a maioria dos humanos”, diz Grant à publicação, “os líderes são notavelmente bons em imitar o passado, mesmo quando isso é irrelevante para o presente.”

Produtividade sabotada

Muitas organizações atualmente sabotam o fluxo de trabalho definindo expectativas contraproducentes quanto à disponibilidade, capacidade de resposta e participação em reuniões.

Pesquisa da Adobe mostra, por exemplo, que os funcionários gastam, em média, seis horas por dia utilizando o e-mail. Outro levantamento destaca que os profissionais verificam a caixa de entrada 74 vezes por dia, e tocam seus smartphones 2.617 vezes. Ou seja, estão em constante estado de distração e hiperatividade.

Jason Fried, cofundador da Basecamp e autor de “It Doesn’t Have to Be Crazy at Work” (Não precisa ser uma loucura no trabalho, em tradução livre), diz que para trabalhos criativos como programação e escrita, as pessoas precisam de tempo para realmente pensar sobre o serviço que estão fazendo. “As pessoas perdem muito tempo no trabalho”, de acordo com Grant. “Aposto que, na maioria dos trabalhos, as pessoas fariam mais em seis horas focadas do que em oito horas dispersas”.

Cal Newport, autor de “Deep Work: Rules for Focused Success in a Distracted World,” (Trabalho Profundo: Regras para o sucesso em um mundo distraído, em tradução livre), afirmou à reportagem que “quatro horas de trabalho profundo e contínuo por dia é ideal para uma mudança produtiva e transformadora em nossas vidas”.

Fried concordou, dizendo que ele é realmente produtivo em metade do dia. “Se você não conseguir um bom fluxo de quatro horas por dia, colocar mais horas não vai compensar isso. Não é verdade que, se você ficar mais tempo no escritório, mais trabalho será feito”.

Apesar dos avanços na tecnologia, e talvez em grande parte por causa disso, muitos profissionais estão trabalhando além das 17h apenas para acompanhar suas cargas de trabalho — mas não precisa ser assim, afirma Newport.

Fonte: Época Negócios - 18/12/2018

ceo produtivo cervesia

As novas tecnologias trouxeram inúmeros benefícios para a vida das pessoas. A facilidade de encontrar informações no mundo digital tornou a vida do ser humano bem ágil. Porém, com a busca pela produtividade no ambiente de trabalho, os profissionais podem desenvolver hábitos que prejudicam o andamento das tarefas.

Pensando em ajudar os profissionais em usarem as novas tecnologias e terem foco no trabalho junto a tanta informação, Tiago Magnus, CEO & Founder do TransformaçãoDigital.com, ecossistema que conecta pessoas e empresas à transformação digital, elenca algumas dicas para produzir mais em um mesmo espaço de tempo e também aplica algumas técnicas para alcançar um excelente resultado no trabalho.

Produza dados e informações

Atualmente, muitas pessoas passam horas no celular. Com isso, é fundamental analisar o tempo gasto em redes sociais, bate papo, e-mail, telefone e tudo que é feito no celular. O aplicativo Quality Time consegue contabilizar essas horas e oferece um gráfico com o histórico do uso desses aplicativos. Com essa informação, é possível pensar e buscar possibilidades para tornar os processos mais eficientes no dia a dia.

Use a tecnologia a favor

Todo o desenvolvimento tecnológico deve ter por objetivo facilitar o processo de trabalho, e não atrapalhar. Em um grupo de trabalho, onde alguns integrantes estejam trabalhando remotamente, por exemplo, para acessá-los com mais facilidade e instantaneamente, a empresa pode utilizar aplicativos de bate papo ou fazer videoconferências para resolver assuntos mais complexos do que simplesmente esperar uma resposta por e-mail.

Desenvolva uma cultura digital na equipe

A tecnologia deve ser utilizada a favor da otimização das tarefas e dos projetos para aumentar a produtividade no trabalho. Contudo, não adianta só o gestor perceber esse potencial, é preciso estratégia para alcançar a produtividade dos colaboradores. Portanto, defina para equipe as ferramentas digitais e a forma como elas serão utilizadas, o que você pretende alcançar com essas novas tecnologias no trabalho e assim por diante.

Concentre-se no projeto ou tarefa que está realizando

Fazer várias tarefas ao mesmo tempo é sinal de que produtividade ficou para trás. Isso porque gasta-se muita energia com tarefas secundárias. Pessoas que realizam vários trabalhos ao mesmo tempo acabam realizando as atividades de forma superficial, pois estão sobrecarregadas. Por isso, estabeleça as prioridades, exercite a concentração e foque no que é essencial ao trabalho.

Fonte: Portal Newtrade - 18/12/2018

ferias 14 12 2018

Por Marcelo Mascaro Nascimento, sócio do escritório Mascaro Nascimento Advocacia Trabalhista

O trabalhador que é empregado adquire o direito a usufruir de 30 dias de férias após completar um ano de serviço. Apesar de ser um direito adquirido pelo trabalhador, é o empregador que escolhe as datas em que o empregado irá aproveitá-las, de modo que, a menos que a empresa dê ao seu funcionário a possibilidade de escolher o período de férias, essa decisão é exclusiva do empregador.

Acrescenta-se que, em princípio, as férias devem ser usufruídas em um único período de 30 dias. Contudo, a legislação permite que sejam divididas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.

Nessa hipótese, porém, já não basta a mera vontade do empregador, também é indispensável a concordância do empregado. Caso o trabalhador não concorde com o fracionamento, tem o direito de recusá-lo e não poderá sofrer nenhuma punição em virtude disso.

Se, entretanto, houver pressão por parte da empresa para que as férias sejam divididas, é importante que o funcionário produza alguma espécie de prova para que, em eventual represália sofrida em razão de sua recusa, ele possa demonstrar em juízo esse fato. Isso pode ser provado por diversas formas, como testemunhas, e-mails ou mesmo gravação de conversas, desde que quem realizou a gravação seja um dos participantes.

Além disso, se as pressões sofridas pelo trabalhador lhe causaram alguma forma de constrangimento ou abalo psicológico, ele poderá reivindicar judicialmente uma indenização em razão disso.

Por fim, cabe mencionar duas exceções quanto ao fato de ser o empregador quem escolhe o período de férias dos empregados. Uma é o caso de trabalhador que é estudante e menor de 18 anos. Ele terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares.

Outra é a hipótese de membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa. Eles terão direito a usufruir das férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço.

Fonte: Exame.com - 14/12/2018

carreira promocao 13 12 2018

Ao longo de sua carreira como executivo do departamento de recursos humanos, Justin Angswuat teve de responder a milhares de perguntas de funcionários. Mas uma delas se destaca: como posso conseguir uma promoção?

A ideia não é incomodar os funcionários respondendo uma pergunta simples com outra mais complexa. É fazer as pessoas perceberem que mudar de função depende mais delas próprias do que se imagina.

Angswuat foi executivo de RH do Google e hoje é vice-presidente de pessoas da Thumbtack, uma plataforma online que conecta consumidores a profissionais freelancers locais.

“Quando as pessoas respondem essa pergunta, muitas vezes me dizem que querem mais reconhecimento, mais autonomia ou maior senso de propósito”, diz Angswuat. A dica dele é comunicar esses desejos ao gestor, para que ele possa ajudar o funcionário a chegar lá. Depois, o profissional precisa trabalhar para fazer com que seu cargo atual se encaixe melhor nos seus objetivos. É possível ajustar aspectos do seu trabalho para obter mais reconhecimento ou para alcançar qualquer outro objetivo.

Fonte: Época Negócios - 13/12/2018

daniela klaiman 13 12 2018

Pensar quais mudanças a sociedade irá enfrentar nos próximos cinco anos, com a tecnologia transformando mercados cada vez mais rápido, não é uma tarefa fácil. Traçar tendências de comportamento para os próximos 50 anos parece, então, um desafio praticamente impossível. No entanto, é justamente com essas “previsões do futuro” que trabalha a futurista Daniela Klaiman, que atua como consultora de comportamento do consumidor e pesquisadora de tendências.

daniela klaiman 13 12 2018

Para Daniela, existem quatro grandes transformações de mentalidade em curso. A primeira delas envolve um abandono do individual e uma entrada no coletivo. “Começamos a entender que, se não estivermos juntos de uma maneira mais unida, não vamos conseguir sobreviver enquanto raça humana”, diz. A transição do lado racional para o emocional é a segunda grande transformação. Na sede por sobrevivência desde o tempo das cavernas, o ser humano “destruiu tudo pelo caminho e deixou muitas dores”. Por isso, a sociedade enfrenta hoje números recordes de suicídios e de casos de estresse e depressão. “O emocional entra justamente para sanar as dores causadas por todo esse processo”, afirma a consultora.   

A terceira mudança é do linear para o exponencial. As empresas, antes estáveis e previsíveis, passam a ter um crescimento exponencial — uma vez que, “a cada dois anos, a tecnologia fica mais poderosa ao mesmo tempo em que o custo cai pela metade”. “Dessa forma, as empresas explodem. E é também muito imprevisível: pode dar muito certo ou muito errado.” Enxergar a abundância no lugar da escassez é, por fim, a quarta grande mudança. “Pensando na abundância, nós vemos que hoje já existe ou está sendo desenvolvida uma solução tecnológica para absolutamente tudo que existe. Temos as tecnologias para resolver os problemas, mas ainda não estamos utilizando-as em larga escala.”

Em entrevista à Época Negócios, a futurista fala sobre como entender esse processo de mudanças.

As mudanças que você destaca são bastante profundas e estruturais. Você acredita que as empresas estão preparadas para entender esse novo comportamento humano?

Não, com certeza não. Está bem difícil porque as empresas ainda estão ganhando muito dinheiro no formato antigo. Estamos exatamente no meio do caminho, onde as coisas velhas funcionam e as novas estão batendo na porta. Mas, se as empresas não mudarem rapidamente, outros irão provocar essa mudança. As startups têm ideias que podem revolucionar o mundo. Já as empresas contam com muito dinheiro, mas talvez não tenham essas grandes ideias. A principal questão que vemos agora são as empresas trazendo esses braços de inovação de fora — comprando e investindo em startups e trazendo consultores de inovação. É uma combinação de dentro e fora para fazer as empresas ficarem mais oxigenadas e efetivamente se transformarem. Eu não acredito que a inovação vem de dentro.

Você avalia então que esses programas de inovação interna não são eficientes?

Eu acho que não. O maior briefing de inovação é pensar em qual será a empresa que vai acabar com o meu negócio. E uma empresa nunca vai pensar nisso. Uma mentalidade interessante para se ter é acordar todos os dias e pensar: “Como é que eu posso me ferrar como empresa?”. Aí, talvez, você crie algo revolucionário.

O que falta para esse tipo de pensamento entrar nas empresas?

Em pouquíssimos anos, a água vai começar a bater bem forte na bunda — em alguns mercados já está. Daí, todo mundo vai começar realmente a se mexer muito mais. Além disso, quando as novas gerações tomarem os cargos de liderança, elas já virão com essa mentalidade de “gente, tem de mudar tudo”.

O que será crucial para uma empresa se manter relevante?

Já ter começado [a mudar] antes de achar que existe um problema. Quem largar na frente vai se dar muito melhor. O Magazine Luiza é um ótimo exemplo. É um tipo de empresa tradicional e está se transformando radicalmente. Só na parte de inovação, se não me engano, tem 200 funcionários. As outras vão patinar muitíssimo para correr atrás, principalmente as líderes. Os líderes [de mercado] sempre deixam os outros inovarem e depois vão atrás. Agora isso mudou. Se as empresas líderes não inovarem, rapidamente deixarão de ser líderes.

Quais setores são mais sensíveis?

Os mais sensíveis, de longe, são os produtos de bens de consumo. Isso porque eles têm um custo absurdo — como é o caso de carros e de bebidas. Todas as empresas novas, que são exponenciais, são leves: o Uber não tem nenhum carro, o Airbnb não tem nenhum apartamento e o Waze não tem nenhum hardware. Esse é o desafio. Antes, uma companhia era medida pela solidez e pela quantidade de funcionários e de fábricas. Não mais.

Todas essas mudanças também terão impacto no mercado de trabalho. Como você enxerga o futuro nessa área?

Sem dúvida nenhuma, o número de freelancers vai aumentar muito. As pessoas não querem mais trabalhar das 9h às 18h. Não faz sentido. O trabalho ainda imita o modelo da indústria. Oito horas diárias é a era industrial. Além disso, o líder não é mais o cara que senta sozinho no corner office, é o cara que senta com a galera. Ele não fica mandando ali, enquanto a galera faz. Ele aprende junto com as pessoas com quem trabalha. Outra mudança virá da educação. Até hoje, as escolas são exatamente iguais à primeira que surgiu. A gente segue aprendendo da mesma maneira, e basicamente para formar pessoas para o ambiente de trabalho. A educação irá mudar e formar as pessoas para a vida, e não para o trabalho.

Fonte: Época Negócios - 13/12/2018