Por Cecília Coiado Previato, consultora do Sebrae-SP
No mundo corporativo sempre ouvimos falar na necessidade de manter a equipe motivada para que os resultados sejam alcançados de maneira eficaz e para que a qualidade de vida dentro da empresa seja mantida. Para isso é necessário que haja um líder à frente da equipe que possa identificar pontos de motivação e aplicar na prática ações de incentivos. Na realidade das pequenas empresas, geralmente esse líder é o próprio dono do negócio. Mas quem motiva esse líder?
Não é tarefa fácil motivar o outro quando nós mesmos não sabemos ao certo o que nos motiva. É necessário que o empresário saiba quais são as suas necessidades mais intrínsecas, essenciais para mantê-lo em linha reta. E, nesse caso, não são apenas suas necessidades empresariais, mas principalmente suas necessidades pessoais. Na maioria das vezes esse é um dos grandes erros do empreendedor: querer separar suas essências profissionais das pessoais.
Quando se trata de motivação, o empresário não deve separá-las, mas sim identificar os pontos convergentes e saber que uma complementa a outra. Uma necessidade pessoal fará com que o líder tenha que se empenhar em algo específico dentro da empresa, assim como o inverso também é verdadeiro.
Ao entender essa lógica, talvez fique mais clara a busca pela sua própria motivação, entendendo que esta dependerá do seu autoconhecimento e não necessariamente de incentivos externos, como o bom desempenho dos colaboradores, por exemplo.
Portanto, o ideal é que o empreendedor entenda sua essência e a busque nos pequenos ganhos do dia a dia, seja em uma boa conversa com um cliente, um elogio espontâneo e até mesmo na solução de um problema. Um bom exercício que pode ser feito pelo empreendedor é se perguntar: “Por que eu abri esta empresa? ”. Essa autoanálise irá determinar se a motivação do negócio ainda está ativa.
Fonte: Estadão - 11/10/2018