O nível dos impostos continua sendo a maior dificuldade para fazer negócios no Brasil, de acordo com a última edição do relatório de competitividade do Fórum Econômico Mundial.
A corrupção pulou do 3º para o 2º lugar na comparação com a pesquisa anterior, o que não surpreende considerando que o Brasil ficou em último lugar mundial em confiança na classe política.
As restrições trabalhistas foram da 6ª para a 3ª posição, enquanto a regulação dos impostos caiu do 3º para o 7º degrau.
O resultado é fruto de uma pesquisa de opinião respondida por cerca de 200 executivos, gestores e investidores locais.
Combinado com outros dados estatísticos, ela forma um ranking geral que mede a competitividade de 132 países em 12 pilares.
O Brasil parou de cair no ranking geral pela primeira vez desde 2012 e ganhou uma posição, subindo de 81º para 80º lugar mundial.
Como a pesquisa foi feita em 2016, ainda não captura a aprovação de reformas nem os sinais de retomada da atividade econômica, mas já trazem mudanças de percepção relacionadas ao pós-impeachment e às investigações contra a corrupção.
O país avançou 11 países no pilar de Instituições, apesar de ainda estar entre os lugares mais baixos no mundo, e teve uma pequena recuperação relativa em ambiente macroeconômico.
Veja os 16 piores fatores para fazer negócios no Brasil atualmente, na ordem e com a nota de cada um, segundo a pesquisa com executivos:
- Nível de impostos (18,6)
- Regulações restritivas de trabalho (12,5)
- Corrupção (12,3)
- Burocracia ineficiente do governo (12)
- Oferta inadequada de infraestrutura (10,4)
- Instabilidade de políticas (7,4)
- Complexidade das regulações de impostos (5,4)
- Acesso a financiamento (5,2)
- Instabilidade de políticas/golpes (4,2)
- Força de trabalho com educação inadequada (4)
- Inflação (2,1)
- Crime e roubo (1,9)
- Capacidade insuficiente de inovar (1,8)
- Ética de trabalho fraca na força de trabalho (1,1)
- Saúde pública fraca (1,1)
- Regulações de moeda estrangeira (0,2)
Fonte: Exame.com - 01/10/2017