Chega a 1,5 milhão o número de alcoólatras na Itália, e 9 milhões de pessoas estão sujeitas a adquirir o vício de beber excessivamente. Os dados são de uma pesquisa da Sociedade Italiana de Alcoologia Gianni Testino.
Segundo a organização, o álcool é o terceiro fator que mais causa mortes em todo o Ocidente. Na Itália, durante este ano, o consumo compulsivo de bebidas alcoólicas entre mulheres grávidas fez chegar a três mil o número de bebês que nasceram com problemas decorrentes do hábito de suas mães.
"A Organização Mundial da Saúde (OMS) proibiu o uso do álcool antes dos 18 anos de idade", explica Gianni Testino, presidente da entidade responsável pelo levantamento.
A pesquisa traz ainda orientações para o consumo responsável de bebidas alcoólicas, com especificações. Para homens adultos, por exemplo, o ideal é beber no máximo três copos de vinho por dia. Para as mulheres, dois.
A região da Ligúria, no noroeste do país, é onde se registra o quadro mais crítico. Lá, 1.500 pessoas morrem por ano por problemas causados pelo alcoolismo. Em 2008, foram 300 internações e 14 intoxicações agudas de crianças por 100 mil habitantes. Os transplantes de fígado aumentaram 20% entre 2000 e 2005.
Testino chama a atenção para o caso de pessoas que crêem que beber pequenas doses pode fazer bem à saúde. "O álcool presente no vinho, na cerveja e nos coquetéis é uma substância tóxica", adverte.
Fonte: ANSA – 15/12/2008