A cerveja, uma das bebidas mais antigas do mundo, consumida desde 6.000 a.c. pelos povos do Egito e Mesopotânia.1, pode ser considerada a queridinha dos brasileiros, sendo a bebida mais consumida, hoje, em nosso país.
Em seu processo de fabricação encontramos quatro ingredientes básicos: a água, uma fonte de amido (cevada, sorgo, trigo, milho, arroz), lúpulo e levedura.2 Dentre estes insumos, o Lúpulo (Humulus lupulus L.) que produz resinas e óleos, responsáveis pelo aroma e amargor característicos da cerveja, tem sido muito estudado devido as suas propriedades antioxidantes, presentes nos compostos fenólicos. 3
Alguns estudos mostram que os compostos fenólicos presentes na cerveja apontam o mesmo efeito antioxidante e cardioprotetor que o vinho e outras bebidas alcoolicas.4 Além disso há uma relação entre o consumo moderado de cerveja diminuição de fatores de risco para ateroesclerose e o aumento do HDL, "colesterol bom".3,5,6
Com todos esse benefícios para o coração devemos lembrar que os estudos realizados foram com quantidades moderadas de cerveja. O consumo deve ser de uma dose, o equivalente a uma lata de 350ml, para as mulheres, sendo 15g de álcool/dia, e duas doses para os homens, sendo 30g de álcool/dia, recomenda a Organização Mundial da Saúde-OMS. 6
Referências:
HORNSEY, Ian Spencer. A history of beer and brewing. Royal Society of Chemistry,v. 34, 2003.
MACIEL, Denis Cardoso; et al. Compostos fenólicos em diferentes marcas de cerveja: comparação qualitativa de diferentes marcas e sua relação com a saúde humana. Uniara, v. 16, n. 1, p. 41, 2013.
ARRANZ, Sara et al. Wine, beer, alcohol and polyphenols on cardiovascular disease and cancer. Nutrients, v. 4, n. 7, p. 759-781, 2012.
REGLERO, Guillermo et al. Bebida funcional cardiosaludable de vino y extractos de lúpulo.Instituto de Investigación en Ciencias de la Alimentación (CIAL), 2013.
BRIEN, Susan E. et al. Effect of alcohol consumption on biological markers associated with risk of coronary heart disease: systematic review and meta-analysis of interventional studies. BMJ: British Medical Journal, v. 342, 2011.
PEREIRA, Ana Lúcia Fernandes; VIDAL, Tatiana Fontoura; CONSTANT, Patrícia Beltrão Lessa. Antioxidantes alimentares: importância química e biológica Dietary antioxidants: chemical and biological importance. Nutrire Rev. Soc. Bras. Aliment. Nutr, v. 34, n. 3, 2009.
Fonte: doutorgourmet.com, por Nutr.Carolina Figueiredo - 09/05/2014