Um novo estudo sugere que a cerveja é uma fonte significativa de silício orgânico, um ingrediente-chave para o aumento da densidade mineral óssea. Pesquisadores do Departamento de Ciência e Tecnologia Alimentar da Universidade da Califórnia estudaram a produção comercial da cerveja para determinar a relação entre os métodos de produção e o teor de silício. A conclusão é de que a substância é abundante na maioria das cervejas.
Detalhes do estudo estão disponíveis na edição de fevereiro da "Journal of the Science of Food and Agriculture", em nome da Sociedade da Indústria Química (SOCI).
"Os fatores da produção da cerveja que influenciam os níveis de silício na bebida não têm sido extensivamente estudados. Desta forma, examinamos uma ampla gama de estilos de cerveja levando em consideração seu teor de silício e também o impacto das matérias-primas sobre as quantidades da substância", explicou Charles Bamforth, principal autor do estudo.
O silício orgânico, que contribui para o crescimento e fortalecimento dos ossos, está presente na cerveja sob a forma solúvel do ácido ortosilícico (OSA), que produz 50% de biodisponibilidade, tornando a cerveja um dos principais contribuintes para a ingestão do silício na dieta ocidental. Com base nestes dados, alguns estudos sugerem que o consumo moderado da cerveja pode ajudar a combater a osteoporose, caracterizada por deteriorar o tecido ósseo.
Os pesquisadores examinaram uma variedade de amostras de matérias-primas e encontraram pouca diferença no teor de silício na cevada durante o processo de maltagem. A maioria do silício orgânico na cevada está presente na casca, a qual não é afetada significativamente durante a maltagem. Os maltes com maior quantidade de silício são pálidos, enquanto os com quantidades menores são os mais escuros.
O teor médio de silício nas cervejas incluídas nas amostras foi de 6,4 - 56,5 mg/L.
Fonte: Science Blux – julho 2014