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Por Sofia Esteves, presidente do Conselho do Grupo Cia. de Talentos

Quando você se candidata a uma vaga, o que você procura? Você sabia que focar apenas o salário pode não ser uma boa ideia?

Imagine que você viu uma roupa muito bonita em uma vitrine e, em um ato de impulso, comprou sem nem ao menos experimentar ou se atentar aos detalhes. Quando você a veste, percebe que além dela não cair bem, seu tecido desbota fácil e não tem a qualidade que parecia ter – e na verdade – ela não reflete seu jeito de se vestir.

Isso também pode acontecer com a sua carreira, caso você escolha uma empresa que não combine com você.
Para que você faça a escolha certa é muito importante que você saiba que cada empresa está baseada em um tipo de cultura organizacional e isso pode interferir na sua realização profissional.

A cultura organizacional é a essência da empresa, o conjunto de hábitos, atitudes e valores que todos devem seguir. É ela quem diz como será o seu salário, formas de atuação e crescimento, a maneira como você se veste e também se comportar dentro do ambiente de trabalho.

Essas práticas são baseadas na história, missão, valores, crenças e código de ética da empresa, que refletem a identidade da organização e como ela escolheu se expressar para o mercado.

Um dos papéis dos gestores de RH é garantir que nos processos seletivos sejam escolhidos candidatos que se adequem à cultura da empresa, mas isso nem sempre acontece e cabe a você também estar atento para não investir em uma empresa que possa te gerar frustração.

De outro lado, conhecer a cultura de uma empresa pode te ajudar a garantir destaque em uma entrevista de emprego, mostrando como o seu perfil pode somar à organização.

Pesquise: hoje é muito fácil conhecer a reputação de uma organização através das redes sociais e sites de avaliação como o Glassdoor/LoveMondays. Busque saber o que estão dizendo sobre a empresa, como ela se relaciona com seus clientes e como seus colaboradores se expressam sobre ela(s) em suas redes. Já nos sites de avaliação, você poderá encontrar informações anônimas de funcionários e ex-funcionários.

Mas não se esqueça, não existe empresa perfeita, uma crítica nem sempre é verdadeira e é muito desafiador agradar a todos os tipos de personalidade, então use o bom senso para filtrar as avaliações.

Faça perguntas: muitos processos seletivos já estão permitindo aos candidatos fazerem perguntas em alguma etapa da avaliação. Aproveite esse momento e se informe sobre tudo que possa te agradar ou desagradar dentro de um ambiente de trabalho.

Se conheça: para fazer as perguntas certas é muito importante que você mesmo saiba como é o seu jeito de ser e o que deseja vivenciar em sua vida. Busque formas de autoconhecimento que permitam que você tenha mais clareza sobre si.

Busque referências internas: o Linkedin é uma ótima plataforma para fazer networking e se informar sobre uma empresa. Encontre colaboradores da sua organização de interesse e pesquise sobre como é trabalhar lá e como estão se sentindo enquanto profissionais.

Observe: perceba como são os processos seletivos, eles são impessoais e tradicionais ou investem na humanização e na tecnologia? Isso também indica como a empresa se comporta enquanto cultura. Outra dica é aproveitar quando o recrutamento for dentro da empresa para observar como os colaboradores se comportam e se relacionam uns com os outros, você se sentiria bem ali?

 

Fonte: Exame.com - 03/07/2019

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