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Os Navy SEALs são a principal força de operações especiais da marinha dos Estados Unidos. É uma das áreas mais secretas dentro do exército americano. Foram eles que encontraram e mataram Osama Bin Laden, para você ter noção da importância.

As técnicas de liderança e de coordenação das operações, definidas para garantir seu sucesso, não são muito divulgadas. Dois livros abriram um pouco sobre como as coisas são feitas: Lone Survivor (que tem filme, O Grande Herói) e The Hunt for Bin Laden (também tem filme, A Caçada).

Mas a Fast Company publicou um artigo com uma lista de lições vindas diretamente de um dos comandantes dos SEALs. Percebi aí que uso muito dos ensinamentos desses militares altamente especializados para liderar meus negócios. Vou explicar como. São duas linhas de pensamento principais:

Planejamento meticuloso

A primeira coisa que você tem que entender é que SEALs são planejadores meticulosos. Procuram garantir a máxima eficiência baseada em programar cada passo.

Muitos sabem que o exército treina os soldados para uma comunicação clara e direta. Mas os SEALs focam muito em ouvir. Para planejar, o comandante solicita opiniões e ideias e todos os membros. Juntando essas informações, elabora o melhor plano de execução possível.

Por isso acredito muito em contratar pessoas boas. A tomada de decisões não deve ser um processo solitário e ter opiniões diversas ajuda nessa hora. Ouvir as pessoas da equipe pode ser determinante.

E na hora da ação, nada é executado sem um plano B. No planejamento, os diferentes cenários são estudados e cada oficial sabe como agir em diferentes situações. Sempre com foco em completar a missão, sabem deixar de lado um plano A que não tenha funcionado.

Quando decidimos testar uma hipótese por exemplo; precisamos tomar cuidado para não testar mais de uma coisa por vez; caso contrário, pode ser que não consigamos saber qual ação causou o evento que esperávamos. Por isso a importância do foco e se manter no que foi planejado. Após a análise, caso esta hipótese seja invalidada, por exemplo, é importante não se prender a ideias. Ideias são descartáveis até que se provem eficazes.

Expectativas claras

Uma das coisas que os CEOs mais pecam é em não deixar claros os objetivos do seu negócio para todos os integrantes. Os SEALs participantes de cada ação compreendem muito bem a missão, que é desenvolvida com cuidado. A importância dada a isso é alta.

Falo sobre isso quando reforço que definir os KPIs da sua companhia é essencial. Na Singu, medimos nosso sucesso (resumidamente) com o crescimento em número de pedidos, receita e fulfillment (porcentagem de pedidos atendidos vs recebidos).

Definidos os KPIs, seus funcionários precisam saber quais atividades serão designadas a eles para chegar ao objetivo. SEALs entram para as missões com seu papel bem definido e com as expectativas praticamente decoradas por todos. Isso motiva a equipe, já que não é preciso gastar energia se preocupando com os outros membros ou definindo as prioridades.

Inclusive, por mais que se repita que definir prioridades é extremamente importante, muitos líderes deixam essa regra em segundo plano.

SEALs também definem as regras de engajamento, ou seja, como cada membro deve agir nas diferentes situações. Eles sabem que modificar essas regras pode colocar a ação inteira em risco.

Nos negócios, as formas como cada funcionário é esperado para agir raramente são bem definidas.

Outras dicas direto do comandante dos SEALs que aplico:

Trabalho em equipe é prioridade. Nenhuma missão funciona se o time não trabalhar como se fosse um. De novo, a importância em contratar gente boa. A equipe precisa ser capaz de atuar como se fossem só um, mas todos sabem seu papel e como agir diante de todos os cenários. Um dos livros que mais recomendo fala sobre isso: Straight From the Gut, do Jack Welch. Ele era CEO da GE e, durante sua atuação, o valor da companhia cresceu 4.000%. Vale a pena ler.

Líderes novos são bons líderes. Diferente do mindset tradicional do mundo dos negócios, os comandantes dos SEALs são pessoas com pouca experiência. Eu costumo dizer que não dou a mínima para a experiência da pessoa que pretendo contratar. Procuro me preocupar com a sua inteligência (capacidade de aprendizagem), sangue nos olhos e comprometimento.

Procure ser ético acima de tudo. O líder ético nem sempre aparece nas empresas, mas é uma qualidade indispensável dos que são excelentes. Ter um pensamento ético ajuda muito na tomada de decisões e principalmente no engajamento do time.

Fique calmo. Assim como um CEO, o militar é treinado para estar confortável com o risco, mesmo quando as informações não são satisfatórias. Acontece que essa habilidade é raramente repassada para os membros do time.

Tempos difíceis ensinam adaptação. Quem é iniciante no mundo dos negócios deve pensar em momentos desafiantes como um treino para enfrentar a competição. Fases complexas ampliam a sua capacidade de se adaptar a diversos cenários. A própria sigla dos SEALs é derivada da capacidade do time de operar em qualquer superfície: sea, air or land. Bons líderes se adaptam às situações mais facilmente e não se desesperam quando se deparam com um cenário não esperado.

Aplique Darwin. Segundo o teórico, sobreviver não é questão de ser o mais rápido ou forte, mas sim de adaptar-se às condições do ambiente. SEALs são mestres nisso, podendo combater no deserto, ártico ou selva. Na mesma linha, CEOs devem saber trabalhar em qualquer cenário de mercado. E não esqueça de passar isso para a equipe.

Arme uma emboscada para a competição. Em uma emboscada, os soldados são treinados para atacar primeiro o responsável pelo rádio. Sem comunicação, o inimigo não pode fazer muito. Pense nisso quando criar a sua estratégia de competição; qual é o "rádio" do seu competidor?

Discordo em grande parte da cultura militar, principalmente da sua estrutura hierárquica, que é sempre verticalizada. Mas com os SEALs, de fato temos algumas coisas a aprender. Espero que tenha sido útil para você, como foi para mim.

Fonte: LinkedIn - 20/02/2017
Tallis Gomes - CEO & Founder na SINGU

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