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Produzida à base de cevada, a cerveja era, até agora, proibida para quem tem intolerância ao glúten. Para privilegiar esse grupo, uma variação da bebida produzida sem a proteína, a partir de ingredientes especiais, está começando a ganhar espaço no mercado. O assunto foi um dos destaques do simpósio "Beer and health" (Cerveja e saúde), realizado esta semana na capital da Bélgica.

O produto é destinado a pessoas que sofrem de doença celíaca, que acomete cerca de 1% da população mundial. O problema, de natureza autoimune e genética, se caracteriza pelo surgimento de lesões no intestino causadas pela ingestão do glúten.

De acordo com o professor Martin Zarnkow, chefe do Departamento de Pesquisas sobre Produção de Cerveja e Qualidade de Alimentos da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, a cerveja sem glúten pode ser produzida, principalmente, a partir de cereais alternativos.

Em vez de cevada, trigo, aveia e centeio, fontes da proteína, utiliza-se milhete, sorgo, arroz e milho, ou ainda pseudocereais (sementes parecidas com cereais) como amaranto, quinoa e trigo sarraceno.

— Testes têm mostrado que diferentes estilos da bebida podem ser produzidos a partir de grãos livres de glúten sem qualquer problema.

De acordo com a nutricionista clínica e esportiva Andrea Zaccaro de Barros, essa versão da cerveja não ajuda a emagrecer e é indicada apenas para celíacos.

— As pessoas estão com mania de querer cortar o glúten da alimentação. Não é ele que faz engordar, mas sim comer e beber sem moderação — alerta.

Fonte: paraiba.com.br – 03/10/2014