No mundo dos negócios, este estado é sistemático e em forma de cadeia.
A palavra “crise” tem sua etimologia grega “krisis” utilizada, particularmente, pelos médicos para designar quando o doente era medicado e entrava em estado de desfecho. Portanto, crise poderia significar a morte ou a vida, uma fase difícil de transição entre a penúria (depressão) e a prosperidade. Entendo que a essa passagem permite avaliar quais nossas potencialidades pessoais e empreendedoras. É a partir da “crise” que se encontra a certeza do caminho certo.
No mundo dos negócios, este estado é sistemático e em forma de cadeia, ou seja, está instalado em todas as áreas da empresa, deste a produção até a área comercial e de marketing, passando pela gestão dos recursos humanos disponíveis. Portanto, a gestão financeira não poder ficar isolada no combate à crise: é necessário articular-se, estrategicamente, a todas as áreas. Assim, seguem algumas dicas para enfrentar a crise:
1. Controle os custos operacionais (fixos e variáveis), de acordo com a natureza do negócio. Em geral, serviços apresentam despesas mais altas com mão de obra. Avalie, portanto, a produtividade de cada colaborador e o retorno de entrega para os resultados esperados;
2. Troque de fornecedores, busque menores preços da matéria-prima e negocie contratos vigentes. Em tempos de crise, todos estão voltados à negociação: fornecedores e compradores;
3. Faça um controle rigoroso para não gastar mais do que arrecada. Evite empréstimos bancários, tendo em vista as altas taxas de juros. Resista à oferta de ajuda dos bancos para equilibrar seu capital de giro;
4. Faça uma adequação do padrão de produtos/ serviços ao preço cobrado, mantendo sempre a qualidade. Em tempo de crise, clientes são criteriosos em manter a fidelidade, principalmente, quando percebem que a adequação não interfere nos parâmetros de qualidade conquistados;
5. Faça revisão nos processos administrativos, produtivos e financeiros do negócio. Saiba que menos sempre será mais quando estamos em crise;
6. Por fim, avalie a continuidade do negócio a curto e médio prazo. Reveja a formatação de suas atividades e adéque-as à realidade de caixa e de mercado.
Fonte: Newtrade, por Arnaldo Vhieira é coordenador do curso de gestão financeira da FMU – 21/06/2016