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Gestão e Negócios

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self checkout cervesia

Por André Romero, diretor da Red Lemon Agency, agência especializada em comunicação, field marketing e ações promocionais

Tem dois novos conceitos chegando fortemente ao universo do trade marketing: omnichannel, que significa a integração entre vários canais, e self chechout, termo utilizado para descrever a compra que dispensa um caixa para pagamento. Pode parecer um pouco estranho em um primeiro olhar, mas garanto que essas possibilidades já são bem reais. A grande questão é se elas vão “pegar” no Brasil e, principalmente quando de que forma elas vão acontecer.

A missão das marcas que aderem ao conceito de omnichannel é transportar o consumidor para uma experiência onde os universos online e offline sejam um só, e o cliente esteja no centro. Já o self checkout te permite, literalmente, pegar um produto em uma loja e simplesmente sair de lá com ele sabendo que o débito ocorrerá automaticamente em seu cartão. Sem filas, livre de interferências. A ideia dos dois conceitos é aproveitar o melhor da tecnologia para colocar o consumidor no centro de uma experiência de consumo.
No caso do omnichannel, ele propõe uma convergência entre todos os canais de comunicação de uma empresa de varejo. Ele integra lojas físicas, virtuais e todos os seus pontos de comunicação com o cliente. O conceito, nada mais é do que uma evolução dos conceitos anteriores. Incialmente, tínhamos o single channel, que consistia em comprar indo até a loja. Depois, o multi channel, onde as lojas online, assim como os canais de comunicação, faziam as mensagens chegarem ao consumidor. Já o cross channel pegava os dados de todos os canais e começava a cruzar informações. Por fim, o omni converge todas as etapas anteriores, colocando o cliente no centro de uma experiência onde barreiras de online e offline são quebradas. É um processo complexo, que demanda tempo e adaptação, mas que já ocorre com algumas marcas.

O motivo dessa evolução está bem claro. Estamos lidando com consumidores cada vez mais informados, conectados. E informação hoje vai muito além de preço, qualidade e utilidade. Elas englobam comportamento, feedback, reviews e interação com outros consumidores. Não é à toa que perguntas como “tal produto é bom?” está entre as campeãs de busca no Google. O jeito de comprar foi mudando, e isso demandou novas ações por parte de quem vende.

Já o self checkout, ou auto atendimento, é mais simples. Bastante mais comum nos EUA e na Europa, o cliente mesmo registra e paga suas compras – geralmente de forma automática via um aplicativo de celular que debita os valores em seu cartão de crédito. O modelo reduz em até 30% o tempo de atendimento e gera redução de custo operacional, transmitido para o cliente através do barateamento de produtos. Há ainda otimização de espaço, além de proporcionar uma experiência mais imersiva, que não é quebrada pela intervenção de um “cobrador” ao fim da compra.

Em termos de implementação, há uma pesquisa que categoriza o processo de omnichannel de 0 a 10. No Brasil, ainda estamos no nível 3, mas isso não quer dizer que estejamos muito atrás. Trata-se de um processo. À medida que o consumidor vai mudando, o varejo se adequa a ele, incrementando novidades no âmbito do marketing, vendas e comunicação. No caso do self checkout, imagino que implementação seja um pouco mais demorada, afinal o conceito demanda diversos sistemas de segurança e tecnologia que ainda não estão disponíveis de forma simples para qualquer varejista. Isso sem falar na barreira cultural de ter o próprio cliente pagando por um produto ou serviço de forma independente.

E, respondendo à pergunta título desse artigo, acredito que esse seja um caminho sem volta. Sim, omninchanel e self checkout vão pegar no Brasil e por um motivo muito simples: é preciso investir, mudar gradualmente, e acima de tudo, se focar no cliente. Conforme as coisas vão mudando, o comportamento de consumo se altera. É um processo retroalimentado. Para os profissionais de comunicação, marketing, PDV, trade, o desafio é grande, pois é preciso adequar uma mensagem à ausência de vendedores, que geralmente fazem a diferença nas compras.

É preciso mudar a forma de comunicar, integrando tecnologia – algo que demanda investimento e novas expertises. É um caminho longo, mas plenamente possível e de retornos interessantíssimos. Essa evolução já chegou ao Brasil, e é tida como algo de valor visível ao consumidor. Felizmente, já trocamos a pergunta se “se vai ocorrer” pela “como vamos fazer”. O mundo do varejo está se movimentando cada vez mais rápido e com alterações cada dia mais intensas. É necessário ficar atento para não ser passado para trás. O consumidor brasileiro é tão exigente quanto qualquer outro, e ele quer imersão, novidade e personalização.

Fonte: Portal Newtrade - 19/04/2018

programa assinatura

Por Roger Abe, gerente de projetos da GS&Consult, consultoria especializada em estratégia e soluções para o varejo e indústria do Grupo GS& Gouvêa de Souza.

Esqueça o modelo tradicional dos programas de assinaturas diretas ao consumidor, onde era uma relação apenas de preço, com a conveniência da entrega e reposição automática.

Os varejistas e as indústrias têm desenvolvido novas formas de atuação, combinando as características do modelo tradicional com inovação, experiências para o cliente e serviços relacionados ao negócio.

Esta evolução tem sido impulsionada pelos programas de assinatura das startups, com modelos flexíveis e inovadores de relacionamento com os clientes, além do movimento de grandes marcas e varejistas, como a gigante Amazon com suas caixas temáticas de assinatura.

O que o cliente deseja

Como premissa básica de um programa de assinatura, os clientes buscam a compra de um produto com valor diferenciado, na periodicidade desejada, com a entrega no local escolhido, e, claro, com a possibilidade de cancelamento a hora que quiser. Se o programa falhar em algum destes aspectos, dificilmente será bem-sucedido.

No entanto, atender apenas os pontos acima não são suficientes para garantir a permanência no programa, pois um desconto maior com uma entrega mais rápida é o bastante para migrar para o concorrente.

Como se diferenciar em um programa de assinatura:

  • Disponibilização de PRODUTOS EXCLUSIVOS, apenas para os membros dos programas de assinatura;
    Serviço de orientação através da CURADORIA DE PRODUTOS;
  • Periodicidade customizável e não fixa (ex: apenas mensal, bimestral);
  • Envio de brindes: excelente forma de promover outras categorias e produtos;
  • Frete grátis;
  • Disponibilização de CONTEÚDOS EXCLUSIVOS nos diversos canais da empresa;
  • Melhores condições no PROGRAMA DE FIDELIDADE existente na empresa;
  • Prestação de SERVIÇOS com valores diferenciados para os membros;
  • Gestão e controles facilitados no APP.

O programa de assinatura não é mais apenas a compra de produtos com descontos, com a entrega recorrente em casa. Passou a ser uma nova forma de relacionamento entre cliente e empresa, podendo potencializar ainda mais os programas de fidelidade.

Os desafios (e oportunidades) do omnicanal

Para as empresas com mais de um canal de venda, o desafio de implementar um programa de assinatura torna-se ainda maior. Se o cliente já não espera diferenciações entre os canais, com este tipo de programa, as exigências são ainda maiores.

Com a adesão a um programa de assinatura, o cliente buscará o melhor de cada canal nesta relação, seja no melhor preço e condição de pagamento, local de entrega, produtos, serviços e no pós-venda.

A comunicação, informações e interações sobre o programa devem estar disponíveis em todos os canais: o cliente é um só, assim como a empresa também deve ser.

Quem está fazendo

Nespresso

No programa de assinatura da Nespresso, são apresentadas 3 opções de pacotes para compra de cápsulas. Para cada um deles é disponibilizada uma máquina gratuitamente.

Além das cápsulas, os valores podem ser utilizados com outros produtos, por exemplo, xícaras. Com a crescente oferta de cápsulas “genéricas”, este tipo de programa se torna ainda mais importante para a Nespresso.

Gillette

No programa Gillette Club são disponibilizadas para compra três tipos de pacotes de aparelhos ou cargas de barbear com periodicidades diversas e com frete grátis.

Pão de Açúcar

Estão disponíveis no programa de assinatura de vinhos do Pão de Açúcar, dois planos (diferenciados pela seleção de vinhos) com a possibilidade de escolha entre 2 a 6 garrafas. A entrega é gratuita e são disponibilizados vinhos exclusivos, além de benefícios para os assinantes.

Vale a pena implementar um programa?

Além dos benefícios da receita recorrente e maior fidelização do seu cliente, as empresas enxergam neste tipo de programa a possibilidade de conhecer ainda mais seus clientes. Trabalhe esta informação, de forma individual e coletiva, para continuar evoluindo as ações dentro dos programas de assinatura e, em alguns casos, para a empresa como um todo também!

Antes de pensar em diferenciações nos programas, é fundamental garantir o “básico bem feito” com preços atrativos e entrega eficiente. Lembre-se, a relação e compromisso com este cliente são ainda maiores! Complementar ao básico, o programa deve estar repleto de experiências e inovações (tópico “o que o cliente deseja”), estas diferenciações não devem ser poupadas.

Atender e superar as expectativas deste cliente é o que vai fazer a diferença para sua manutenção dentro do programa.

Depoimento: Recentemente fiz a adesão a um programa de assinatura de uma empresa do segmento Pet, migrando de um dos seus principais concorrentes, depois de alguns anos.

Respondendo de forma bem objetiva: VALE A PENA! Se os programas de assinatura forem interessantes e relevantes, os hábitos de consumo podem ser alterados.

Fonte: Portal Newtrade - 18/04/2018

lider caracteristicas

“As pessoas não querem que seu chefe seja seu melhor amigo. Elas querem um líder que apoie seu sucesso e as ajude a conquistar suas metas”. Foi o que afirmou Brian Scudamore, fundador e CEO da O2E Brands, em um artigo publicado na Inc. De acordo com o executivo, é melhor ser um chefe que todos respeitam do que um amigo de toda a equipe.

Scudamore chegou a essa conclusão depois de tentar “ser um chefe legal e criar um ambiente divertido para o trabalho” no começo do seu negócio. “Meus esforços saíram pela culatra: toda vez algo dava errado. Era quase impossível dizer aos meus ‘amigos’ que eles estavam falhando”, diz o executivo. “Percebi que não os conduzi ao sucesso. Agindo primeiramente como amigo, falhei em ser o bom líder que eles precisavam”.

O CEO percebeu as pessoas realmente precisam de um chefe honesto e respeitoso, que trate todos de maneira igual e que dê feedbacks úteis. Pensando nisso, o executivo dá quatro dicas para que você se torne um líder efetivo:

1. Estabeleça limites

Scudamore explica que como passamos a maior parte de nosso dia no escritório, é natural que criemos um relacionamento com colegas de trabalho. Mas é preciso definir limites desde o primeiro dia. Em sua empresa, por exemplo, o executivo conta que as pessoas encontram um ambiente casual com líderes acessíveis. Mas avaliações regulares são feitas para entender o que está e o que não está funcionando. “Interações com os subordinados diretos devem ser sempre tratadas com profissionalismo e integridade”, sugere o CEO.

2. Evite o favoritismo

De acordo com o executivo, é muito importante evitar criar “favoritismo” em sua equipe. Caso os membros do seu time sintam que alguém está tendo um tratamento especial, isso prejudicará toda sua autoridade. “Seu trabalho é ser um líder objetivo que mantém todos remando juntos. Quando você trata todos igualmente, você se estabelece como uma fonte de amparo para qualquer conflito que surja”.

3. Ajude seus funcionários a definir e alcançar suas metas

Segundo Scudamore, gerentes que ajudam seus funcionários a definir e alcançar suas metas têm times mais engajados, produtivos e criativos. Na O2E Brands, são realizadas reuniões semanais para definição e revisão de metas. “Isso assegura que os gerentes estão de olho no que está acontecendo e que os times estão recebendo o suporte de que precisam”.

4. Conquiste o respeito de sua equipe

Para o CEO, é melhor ser um chefe respeitoso (e respeitado) do que ser o camarada de todo mundo. “Há um equívoco de que sua equipe vai te odiar se você não pegar leve com eles. Na verdade, ser um frouxo prejudica a lealdade do funcionário e sua produtividade”, diz Scudamore. “Um bom líder sabe quando é hora de relaxar e quando é hora de trabalhar duro. Se você encontrar esse equilíbrio, sua equipe irá te agradecer a longo prazo”.

Fonte: Época Negócios - 17/04/2018

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Uma “salada mista” feita de diferentes segmentos e disciplinas. Esta definição de inteligência artificial (IA) é de Fei-Fei Li, diretor do LabAI de Stanford e executivo do Google. A frase está em artigo da The Economist, de 4/4/18, sobre o quanto a IA avança em qualquer ambiente de trabalho.

A revista diz que o avanço da IA gera mais ansiedade do que esperança. Com mais eficiência e vigilância. Exemplo: Ping Am, empresa chinesa de seguros, analisa risco por app de reconhecimento facial. Respostas do cliente em vídeo são comparadas a 50 expressões faciais que apontam desonestidade. Funciona.

IA é todo soft que aprende. O sistema faz correlações com dados que recolhe de muitas fontes, encontra tendência de análise e faz julgamentos. A Economist dá exemplos até onde já foi a IA, na Bloomberg, Vodafone ou Leroy Merlin. Sundai Pichai, da Google, afirmou que IA terá impacto “mais profundo” que fogo ou eletricidade.

Recrutamento e seleção mudaram muito com IA. A Johnson & Johnson lida com 1,2 milhão de candidatos com IA. O Hilton usa vídeos com IA para avaliar habilidades verbais, entonação e gestos de candidatos. O maior apelo para o uso da IA é o de diversidade nas contratações e mais justiça nas promoções.

Será, porém, que os critérios da IA são mesmo impessoais e avessos a preconceitos? Artigo do Financial Times, de Hannah Kuchler, investiga se algoritmos não são “tendenciosos” quando olham CVs. E pergunta: IA está mesmo imune a seguir “comportamentos determinados”?

O artigo mostra que IA funciona como “criança que imita o comportamento dos pais e não o que eles falam”. Ou seja, o algoritmo absorve informações e seleciona os padrões sugeridos. Algoritmo não cria padrão.

Recrutamento por IA, mesmo em empresa que exige diversidade, segue os “efetivos padrões dos sistemas humanos propostos pelos empregadores”. Apesar da “fala”, o sistema segue o que o “pai faz”, ou seja, atende as habilidades exigidas e, portanto, a IA contratará “homens jovens recém-formados por Harvard ou Oxford”.

Na prática, vale o alerta da Economist: IA concentra poder. Também, no RH. Ou seja, a “salada mista” tem dono.

Fonte: Estadão - 17/04/2018

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Quem tem um negócio sabe o quanto pode ser moroso preencher uma vaga no quadro de funcionários da empresa. Para quem procura emprego, o processo também pode ser angustiante. Há décadas, o método de recrutamento e seleção em boa parte das empresas continua igual: anúncio de vaga, análise de currículos, testes, dinâmicas, avaliações e entrevistas.

Até que, em 2015, surgiu a Gupy, empresa que desenvolveu uma plataforma online, dotada de inteligência artificial, para digitalizar o processo de recrutamento e seleção. Entre as funcionalidades da plataforma estão a criação de vagas personalizadas, triagem automática de candidatos e vídeo entrevistas. A empresa já recebeu mais de R$ 2 milhões em investimentos e tem como clientes empresas como Kraft Heinz, Movile, Cielo e Vivo.

“Quando o assunto é inovar, onde há problemas, há oportunidades”, afirma Marina Dias, fundadora da Gupy. Durante o último dia da Feira Empreendedor do Sebrae, terça-feira (10/04), ela proferiu uma palestra sobre como empreender e inovar em setores tradicionais da economia.

Veja as orientações práticas sobre como desenvolver um negócio disruptivo.

No meio das startups, é comum existir negócios que desenvolvem produtos de alta tecnologia, mas que não conseguem ter sucesso em vendas e acabam falindo antes de decolar. Neste caso, a questão é que não importa ter um ótimo produto se não há gente interessada em comprá-lo. A ideia é descobrir um problema do mercado e desenvolver um produto que resolva essa dor.

E como descobrir um problema relevante? Conversando com as pessoas. Partindo de “achismos”, o empreendedor deve chegar a hipóteses.

Entrevistas exploratórias ajudam a lapidar a ideia inicial. Posteriormente, conversas profundas geram novos insights. É necessário identificar padrões nas respostas e encontrar uma necessidade do cliente que ainda não foi explorada por outras empresas.

Dimensione o tamanho do mercado

Há diversas formas de dimensionar um mercado. A análise funciona como um funil. Primeiro, o empreendedor deve identificar o mercado total ao cruzar receitas ou vendas unitárias das empresas do segmento.

Esses dados geralmente são divulgados por associações de classe ou consultorias especializadas, como a Fenabrave (veículos) e IDC (smartphones, tablets e PCs). Depois, o empreendedor deve selecionar uma fatia do mercado total, considerando a região, as características do produto e taxa de crescimento para os próximos anos.

O próximo passo é segmentar mais uma vez, agora, considerando localidade, concorrência, distribuição e canais de venda, entre outros.

Uma empresa que é referência em inovação em setor tradicional é a fintech Nubank. Em 2016, o valor total das transações com cartões de crédito foi de R$ 674 bilhões. O montante representa o mercado total da fintech. No entanto, devido as características digitais do serviço, a empresa segmentou sua atuação no público jovem. Atualmente, cerca de 70% dos clientes têm menos de 36 anos.

Identifique o público-alvo

Dentro da segmentação do mercado, quem pode, quer e está disposto a pagar pelo seu produto? Quem gostaria de um clube de assinatura de ração vegana para pets em São Paulo? A resposta pode variar de acordo com renda, localidade, ocasião de compra, conveniência, entre outros fatores.

Em negócios inovadores, é necessário considerar os consumidores com maior propensão a comprar produtos e serviços que sejam novidades e de empresas ainda sem credibilidade. Focar num público-alvo específico logo de cara evita desperdício de verba promocional.

Procure um sócio

Você é um excelente gestor de projetos e quer ter um negócio. Então, convida seu amigo do trabalho, pessoa de confiança, para ser seu sócio. No entanto, ele também é um excelente gestor de projetos. Está errado. “É necessário que os sócios tenham perfil complementar”, afirma Marina. “Quando fundei a empresa, busquei pessoas que poderiam atuar em frentes que eu não tinha conhecimento, como tecnologia e comercial”.

Outro ponto crítico é criar um contrato societário com regras claras, como delimitação de participação acionária e procedimentos para caso um dos sócios opte por sair do negócio.

Teste, aprenda e melhore

A regra é que negócios inovadores devem começar rápido. Contar para os outros o que você pretende criar é uma forma de coletar críticas, que são usadas para aprimorar o modelo de negócio.

Também é necessário desenvolver um Minimum Viable Product (MVP), uma espécie de protótipo para saber se as pessoas terão interesse em pagar pela solução. Um caso mundialmente conhecido é o da americana Zappos, loja virtual de sapatos, roupas e acessórios. Em 1999, Tony Hsieh, sócio da empresa, visitou lojas físicas de sapatos em Las Vegas e tirou fotos dos produtos.

Depois, criou um blog (não um site) e publicou as ofertas. Quando um cliente fazia um pedido, Hsieh comprava o mesmo modelo na loja física, enviava ao consumidor por correio e ouvia a sua opinião sobre o produto e a entrega. Sem investir em tecnologia, estoque e logística, ele validou a ideia da loja virtual. Dez anos depois, a empresa foi incorporada pela Amazon, num acordo de cerca de US$ 1,2 bilhão.

Fonte: DCI - 17/04/2018

Por Semadar Marques 

Você pode ser cético, pragmático e racional. Pode estar preocupado com as ações práticas do dia a dia e com os números e relatórios gerenciais altamente reveladores. Tudo bem, a gente entende a responsabilidade do seu cargo. Mas uma coisa você não pode negar: meditar funciona.

Amplamente comprovado pela ciência, diversos estudos já mostraram que esta prática infere diretamente na produção química do organismo, o que funciona mais ou menos como o treino da academia. Ela fortalece o cérebro, tonalizando-o e preparando para receber melhor as dificuldades do dia a dia e impactando diretamente na forma como lidamos com as situações.

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Semadar Marques é especialista em Liderança Colaborativa e Inteligência Emocional

E a regularidade da prática amplia os resultados, fortalecendo as conexões cerebrais e retardando o envelhecimento natural do cérebro. Um estudo da Wake Forest Baptist Medical Center, da Carolina do Norte, examinou a atividade cerebral antes e depois da meditação de um grupo de voluntários, e atestou uma redução da atividade da área do cérebro responsável por regular as emoções básicas, como raiva e medo, a amigdala.

Ela gere o instinto de sobrevivência humano e a meditação reduz a atividade cerebral nesta área, o que reduz o stress e a ansiedade causados pelo excesso de pensamentos que geram medo.

E o que isto tem a ver com meu cargo de liderança?

Eu diria que tudo.

Liderança pressupõe capacidade de desenvolver pessoas e mobilizá-las por um objetivo que seja comum e beneficie a todos de uma equipe. E para colocar isso em prática, é preciso uma análise de quais competências comportamentais possuímos que possam auxiliar neste processo. Mas também é necessário analisar os gaps de competência que irão prejudicar e bloquear a tarefa de comunicar-se claramente para promover o desenvolvimento e integração entre pessoas. A gestão por competências está fundamentada nesta lógica de identificação de pontos de aptidão e complemento de lacunas através do desenvolvimento.

E onde a meditação entra neste processo? Ela auxilia eficientemente na autopercepção, que impacta no enriquecimento destas competências. Os benefícios já comprovados através da investigação científica passam por clareza de pensamento, empatia e autoconfiança.

Empresas como Google, Disney e General Mills, já descobriram os benefícios de parar, respirar e meditar, antes e até durante o período de trabalho, inclusive implantando programas de meditação regular aos funcionários. Os resultados? Maior foco, alívio do stress, ansiedade e, obviamente, aumento significativo da produtividade.

E se depois de tudo isto você ainda encontra resistências que o impedem de meditar, pense na formação de novas ideias. Meditação também contribui perfeitamente para o desenvolvimento da criatividade e o surgimento de insights poderosos, por propiciar calma e relaxamento para a mente. Não é a toa que as melhores ideias costumam aparecer debaixo do chuveiro ou em uma caminhada matinal.

Pesquisadores já comprovaram que meditar aumenta o foco em soluções inovadoras, o que é básico para liderança contemporânea, que deve estar preparada para gerir os modelos de negócio baseados na excelência de serviços entregues e na velocidade e criatividade para resolução de problemas que o mercado atual exige.

Fonte: Portal Newtrade - 13/04/2018

profissionais velhos

Ao que parece, profissionais mais velhos são tão engajados e cheios de energia quanto os novatos. Uma nova pesquisa fornecida ao site Business Insider pela plataforma Culture Amp revela que trabalhadores entre os 55 e 64 anos são até mais propensos do que os mais jovens a quererem um emprego com impacto positivo no mundo.

Didier Elzinga, CEO da Culture Amp, queria colocar à prova algumas das ideias mais comuns em relação aos millennials — especialmente a máxima de que desejam mais propósito do que seus colegas com mais idade.

O resultado? Independentemente da idade, trabalhadores querem as mesmas qualidades básicas. “Isso certamente me surpreendeu”, disse Elzinga. “Não são apenas os jovens que querem fazer a diferença no mundo, mas nós também.”

Em todas as faixas etárias, os participantes indicaram como fundamentais a confiança na liderança da empresa e a possibilidade de desenvolvimento pessoal. E quando o assunto foi ter um impacto positivo no mundo, nenhum outro grupo etário, além dos funcionários com idades entre 55 e 64 anos, listou esse entre os seus cinco pontos principais.

A pesquisa, que coletou respostas de 500 mil funcionários de 750 empresas, pediu que os entrevistados respondessem a perguntas sobre fatores que geravam o engajamento deles no trabalho. As companhias pesquisadas ficam principalmente nos EUA, na Austrália e na Europa.

Fonte: Época Negócios - 16/04/2018

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